PROCESSOS DE MUDANÇA, TURISMO E DESENVOLVIMENTO RURAL: AS ALDEIAS DO XISTO DO CONCELHO DE GÓIS E O PAPEL DA LOUSITÂNEA

PROCESSOS DE MUDANÇA, TURISMO E DESENVOLVIMENTO RURAL: AS ALDEIAS DO XISTO DO CONCELHO DE GÓIS E O PAPEL DA LOUSITÂNEA

Luiz Rodolfo Simões Alves (CV)
Universidade de Coimbra

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A Rede das Aldeias do Xisto

“ A medida II.6 da “Ação Integrada de Base Territorial do Pinhal Interior (FEDER)” é a referência de enquadramento da linha de ação “Infraestruturas e Equipamentos de Promoção das Potencialidades”, que fomenta a requalificação de uma série de aldeias, referidas no ponto anterior, de forma a sustentar uma rede de lugares de interesse turístico, dando apoio a projetos, de forma a “estabelecer uma rede de percursos ativos (pedestres, BTT, TT, rodoviários) e culturais (arquitetura tradicional, arqueologia), numa perspetiva integrada que promova a globalidade da região, a requalificação e o estabelecimento de novas praias fluviais, e o estabelecimento de uma iniciativa museológica constituída por iniciativas temáticas ou desenvolvidas em conjunto ou em elementos isolados, dispersos pelo território e preservados in situ” (Carvalho, 2009:518/519, citando ccdr, 2001:38).
Assim sendo, os lugares passam a ser integrados em rede, envolvendo esforços entre atores e entidades (públicas e privadas), assumindo-se uma visão conjunta de todo o território das Aldeias do Xisto (interpretando “a velha máxima” de que “o todo deve ser mais do que a soma das partes”), para a partir daí os lugares poderem tirar o máximo proveito dessa integração, completando-se uns aos outros, tornando-se assim, mais eficientes e completos, ou seja, mais atrativos. É nesta ótica que surge e que se baseia a “Rede das Aldeias do Xisto”.
Para a concretização do propósito de afirmar as Aldeias do Xisto como um produto turístico destinado a captar um segmento de mercado muito exigente (ao nível da qualidade do serviço, da oferta cultural, da informação disponível e prestada, entre outros) e potenciar paisagens que oferecem prodigiosas possibilidades de lazer, manifestou-se indispensável a criação da Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR).  
A ADXTUR (entidade privada sem fins lucrativos), através de uma parceria que envolve 19 Municípios da Região Centro e com mais de 230 operadores privados que atuam no território, “constitui uma plataforma de cooperação muito relevante no percurso de afirmação das Aldeias do Xisto. A oferta de serviços e produtos turísticos dos seus associados (alojamento, restauração, animação turística e comércio tradicional), articulada com o calendário de animação das Aldeias do Xisto, é uma das faces de maior visibilidade da ação inovadora deste órgão colegial, tendo em vista gerir e promover a marca Aldeias do Xisto, articular entidades públicas e agentes privados, induzir dinâmicas locais de desenvolvimento sustentável (através da diversificação e dinamização das atividades económicas, especialmente na área do turismo), valorizar recursos endógenos e contribuir para a integração do Pinhal Interior (na versão AIBT) nas dinâmicas emergentes do mercado turístico” (Carvalho; 2010:187).
A Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto engloba as vontades públicas e privadas de uma região, que se agregam em torno da gestão partilhada de uma marca, na promoção conjunta de um território, na criação de riqueza a partir da oferta de serviços de índole turística e na preservação da cultura e do património das áreas abrangidas pela RAX. Pretende, assim, contribuir para o desenvolvimento integrado do território, “combatendo” o despovoamento, o esquecimento e o abandono, entre outros aspetos já referidos nesta dissertação.
No que concerne ao nível de gestão da ADXTUR este está alicerçado em grupos de trabalho setoriais, nomeadamente: praias fluviais (Rede de Praias Fluviais Aldeias do Xisto); ambiente, caça e pesca; ordenamento do território e regulamentos urbanos; produtos turísticos; Rede de Lojas Aldeias do Xisto; formação e qualidade (certificação); comunicação e marketing; projetos de desenvolvimento e cooperação estratégica, que equivalem aos eixos estratégicos de ação da Agência.
A presença das Aldeias do Xisto em variados eventos nacionais (como a Bolsa de Turismo de Lisboa, por exemplo) e internacionais (como aconteceu na Feira Internacional de Turismo de Berlim em 2009) demonstra também a sua integração nas estratégias de promoção turística das marcas Centro de Portugal e Portugal (Carvalho; 2010:187).
No panorama interno, importa salientar o calendário de animação das Aldeias do Xisto, ou seja, um programa permanente de eventos idealizados em conjunto com os parceiros locais. O número de eventos já realizados cifra-se em largas dezenas, de forma continuada e com forte incorporação de inovação, em áreas como a gastronomia, o artesanato, a educação ambiental e patrimonial, o desporto de natureza, entre outros.
            A RAX assenta sob os princípios da responsabilidade social e pretende diferenciar-se como uma marca que se afirma por uma qualidade genuína. A estreita cooperação entre as entidades públicas e privadas com base nos princípios da igualdade, participação e solidariedade institucional entre todos os seus membros são o segredo para o sucesso deste projeto de desenvolvimento local. Todo o programa, bem como as ações a ele subjacentes, assentam sempre no princípio do desenvolvimento sustentável, tendo em conta o principal objetivo do programa: melhorar a qualidade de vida das populações que habitam nestas áreas de baixa densidade, através de mecanismos e ferramentas para poderem criar condições favoráveis ao seu desenvolvimento e ao seu crescimento económico. Exemplo disso é a criação da Rede de Lojas das Aldeias do Xisto que pretende promover os produtos locais, os seus artesãos e produtores, recuperando atividades tradicionais e dinamizando pequenas economias ao nível de aldeia.
            A integração de todas as atividades ligadas à marca das Aldeias do Xisto, no plano ambiental, assenta de forma extremamente rigorosa, na preservação do meio ambiente. A integração e a “comunhão” Homem – Meio é sempre feita de forma a que haja o mínimo “prejuízo” para o ambiente e para o espaço que agrega todos os aspetos da natureza. As atividades realizadas no âmbito das Aldeias do Xisto caraterizam-se por “zero emissões de CO2” onde o contacto dos visitantes com o património natural é sempre estimulado numa perspetiva de utilização sustentável dos recursos naturais.
            A Rede das Aldeias do Xisto (Figura 5) tem como objetivo afirmar-se através dos padrões de qualidade dos agentes económicos aderentes à marca. Para poder “atestar” essa qualidade, existe um selo da marca que é a garantia, para o consumidor, de que há confiança corporativa no agente ou no produto que tiver o selo de qualidade. O selo de qualidade também “transporta” “as preocupações ambientais pelo exercício de boas práticas, as preocupações sociais pela integração de todos no processo de construção e desenvolvimento deste destino turístico” (Ramos, 2009:106).
            Como já referimos, a ADXTUR tem como principal objetivo a criação de modelos de qualidade para as diversas vertentes da marca “Aldeias do Xisto”. A concretização desse objetivo será feito através da criação de um Selo de Recomendação das Aldeias do Xisto, que indicará o nível de certificação e/ou qualidade de um determinado produto ou serviço.
            O projeto de dinamização da Rede das Aldeias do Xisto já alastrou a sua marca a submarcas e a projetos complementares. São exemplo disso a Rede de Lojas das Aldeias do Xisto, que comercializam produtos locais (mel, compotas, queijos, licores, aguardentes, chás, produtos em linho, máscaras tradicionais do Entrudo, miniaturas de casas em xisto, tapeçarias, entre outros); o Calendário de Animação das Aldeias do Xisto, um programa de eventos realizados nas aldeias; a Rede de Património do Xisto, um projeto internacional de parceria com RÆros; a Rede de Praias Fluviais (Figura 6); a Rede da Arte Rupestre da Região Centro.
“As preocupações no que diz respeito ao desporto de natureza, designadamente percursos pedestres e BTT, revelam-se em iniciativas como os Caminhos do Xisto (percursos pedestres locais, em Água Formosa, Benfeita e Gondramaz, entre outras), a Grande Rota das Aldeias do Xisto (de que é exemplo o troço entre Ferraria de São João e Casal de São Simão), os caminhos pedestres acessíveis (Gondramaz), e os Centros de BTT das Aldeias do Xisto (mais uma iniciativa inovadora em Portugal) que apresentam um conjunto de equipamentos para os praticantes desta modalidade (estacionamento, balneários, estação de serviço para bicicletas em regime de self-service), associados aos trilhos de BTT (sinalizados e disponíveis ao longo de todo o ano, com diferentes níveis de dificuldade) por entre paisagens de rara beleza, como acontece na Serra da Lousã (Gondramaz, Ferraria de São João, Lousã) ” (Carvalho; 2010:186/187).
Os “Caminhos do Xisto” correspondem a 23 percursos pedestres, de pequena rota, implementados no território das Aldeias do Xisto. Aproveitando, na generalidade, caminhos antigos, os percursos desenvolvem-se a partir das aldeias, ou nas suas proximidades, possibilitando um contacto muito próximo com o território e os seus valores naturais e culturais (Tovar, 2010).
“De acordo com a ADXTUR, a implementação desta rede de caminhos, pretende ser um fator de inovação do produto turístico existente no território, aumentando a capacidade de atração e a qualidade do mesmo, contribuindo para a criação de um destino de excelência de Turismo de Natureza, permitindo ainda o alargamento das actividades de lazer, não só para os turistas como para a população local” (Tovar, 2010:95).
No total, são quase 171 km de percursos sinalizados, ligados a 20 das 27 aldeias que constituem a Rede de Aldeias do Xisto. A esmagadora maioria dos percursos pedestres são circulares (num total de vinte), com início e fim numa das aldeias (Tabela 3). A “Rota das Tradições do Xisto”, Caminho do Xisto em Góis, une as 4 Aldeias do Xisto deste concelho: Aigra Nova, Aigra Velha, Pena e Comareira. Apenas 3 dos Caminhos do Xisto assumem a forma linear (Caminho do Xisto Gondramaz Acessível; Caminho do Xisto de Gondramaz – Nos passos do Moleiro; Caminho do Xisto de Martim Branco – Pela Ribeira de Almaceda), com o ponto de chegada diferente do ponto de partida.
Todos os percursos encontram-se marcados/sinalizados de acordo com as normas da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e foram submetidos ao processo de homologação, que se encontra em curso ou, em alguns casos, já concluída (ADXTUR, 2010, citada por Tovar, 2010:96).
A informação sobre os percursos encontra-se disponível, em português e inglês, na página de internet das Aldeias do Xisto ou nas Lojas das Aldeias do Xisto bem como dos Posto de Turismo de cada Município. Para cada um dos percursos pedestres (com exceção do Caminho do Xisto de Fajão – Voltinhas do Ceira) existe um folheto (encontrando-se, também disponível, on-line, a informação para GPS) (Figura 6), disponível para download, com informação bastante detalhada, que inclui: identificação dos percursos, mapa/esquema, distância, duração, tipo (circular ou linear), desnível acumulado, altitude máxima e mínima, texto descritivo, pontos de interesse, altimetria, grau de dificuldade, época do ano aconselhada, informações e contactos úteis, sinalética, normas de conduta e identificação dos promotores (Tovar, 2010:96).
A extensão dos percursos é variável, sendo o mais curto o Percurso Acessível de Gondramaz (PR1MCV), um percurso linear com 450 metros de extensão (concebido com a finalidade de possibilitar a sua utilização por pessoas portadoras de incapacidade, com a utilização de soluções técnicas diferenciadoras, ao nível do pavimento, sinalética e equipamentos). Por outro lado, o percurso mais extenso é o Caminho do Xisto de Sarzedas, um percurso circular, com 14,8 quilómetros de extensão. Em termos horários, os percursos têm, na generalidade, uma duração média que varia entre meio-dia (2 a 3 horas) e um dia.
Relativamente à exigência de cada um dos percursos, os Caminhos do Xisto são, na generalidade, percursos de dificuldade reduzida ou média estando, na maioria das vezes, a maior dificuldade relacionada com o “esforço físico” e/ou com “o tipo de piso”.
De acordo com Tovar (2010:101), “os percursos são ricos em pontos de interesse. Em primeiro lugar, as próprias aldeias construídas, de forma tradicional, em xisto. Saindo das aldeias, ao longo dos percursos, assumem relevância elementos do património cultural etnográfico, arquitectónico ou arqueológico, que testemunham antigas vivências, como moinhos e levadas, lagares, fontes e lavadouros, gravuras rupestres e antigas minas; ou do património natural, como florestas reliquiais, rios e ribeiras, quedas de água, fragas e penedos. Alguns cruzam convidativos espaços de lazer, tais como praias fluviais, parques de merendas e miradouros”.
Por fim, a responsabilidade de implementação, sinalização dos percursos (Figura 7) (em parcerias criadas com a ADXTUR) e manutenção dos Caminhos do Xisto, assim como da sua dinamização é, mediante os casos, das Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, associações de desenvolvimento local ou empresas de animação turística (ou, ainda, mediante parcerias entre várias destas instituições).
Os Centros de BTT das Aldeias do Xisto (Figura 8) correspondem a infraestruturas desportivas permanentes, constituídas por redes de trilhos para a prática de BTT (Figura 9) e locais de acolhimento dotados de equipamentos dedicados exclusivamente aos praticantes de BTT. Estes locais estão equipados com estacionamento, balneários, estação de serviço para bicicletas (lavagem, ar e mini-oficina) em regime de self-service.
Os Centros oferecem trilhos do tipo CrossCountry, DownHill ou FreeRide, sinalizados com marcações específicas, adotadas internacionalmente, com quatro níveis de dificuldade (verde, azul, vermelho e preto) adequados a todos os tipos de utilizadores, desde os que pretendem iniciar-se até aos mais exigentes.
No total são quatro os Centros de BTT nas Aldeias do Xisto, localizados em Ferraria de São João (Penela), Gondramaz (Miranda do Corvo), Lousã e Pampilhosa da Serra, oferendo um total de 408 km de trilhos sinalizados, ligados a 9 das 27 aldeias que constituem a Rede de Aldeias do Xisto (Tabela 4). O trilho mais longo estende-se por 75 quilómetros, ligando Ferraria de São João ao Gondramaz e a Casal de São Simão, num trilho classificado como “difícil”. Por outro lado, o trilho mais curto situa-se em Casal da Lapa (Pampilhosa da Serra) e tem uma extensão de 3 quilómetros, cuja dificuldade de realização se classifica de “fácil”. A dificuldade e capacidade técnica necessária para a realização dos percursos são variadas, dispondo a “Rede de Trilhos de BTT” percursos mais simples (com distâncias que podem variar entre 3 e 5 km) e trilhos mais técnicos e extensos (que podem variar entre os 5 e os 75 quilómetros de distância). Em termos horários, os percursos têm, na generalidade, uma duração média que varia entre meio-dia (2 a 3 horas) e um dia.
O Centro de BTT da Ferraria de São João é aquele que oferece a maior quantidade de quilómetros de trilhos marcados, com um total de 176 km, seguindo-se Pampilhosa da Serra com 122 km de percursos disponíveis, Lousã com 87 km e, por fim, Gondramaz com 23 km de trilhos marcados para a prática de BTT.
Segundo a informação disponível on-line, na página da internet das Aldeias do Xisto, o Centro de BTT da Ferraria de São João foi o primeiro do género em Portugal. Este Centro tem à disposição quatro percursos com crescentes níveis de dificuldade, e um quinto, de longa distância, que faz a ligação com os trilhos do Gondramaz e Lousã, voltando sempre à Ferraria de São João.
Este Centro dispõe de um edifício de apoio ao BTT com estação de serviço para bicicletas com lavagem (moedas de 50 cêntimos ou 1 euro), ar e mini-oficina self-service disponíveis 24h. Tem ainda casas de banho e duches quentes disponíveis das 8h às 20h.
Analisando algumas das singularidades que cada uma destas infraestruturas pode proporcionar (Centro e trilhos), por exemplo, o Gondramaz oferece 4 trilhos de Downhill de diferentes dificuldades e níveis de destreza. Já no caso da Lousã, alguns dos trilhos irrompem por antigos caminhos de pastoreio, recuperados agora para esta atividade de lazer.   
A informação sobre os percursos encontra-se disponível, em português e inglês, na página de internet das Aldeias do Xisto ou nos Centros de BTT existentes. Para cada um dos trilhos existentes existe um folheto (com exceção do trilho Lousã FreeRide) (encontrando-se, também disponível, on-line, informação para GPS, com exceção dos trilhos de Gondramaz e do Lousã FreeRide) (Figura 10), disponível para download, acompanhado com informação bastante detalhada, na página das Aldeias do Xisto na internet que inclui: identificação dos percursos, mapa/esquema, distância, desnível acumulado, altitude máxima e mínima, texto descritivo, pontos de interesse, altimetria, grau de dificuldade, informações e contactos úteis, sinalética, normas de conduta e identificação dos promotores.
Pela localização de cada uma das 28 aldeias que constituem a Rede das Aldeias do Xisto é possível, com alguma facilidade, efetuar algumas agregações pela sua proximidade (física, mas também de relacionamento), nomeadamente o conjunto das 13 aldeias da Serra da Lousã; o conjunto das 5 aldeias ao longo do curso do Rio Zêzere; o conjunto das 5 aldeias ao longo do trajeto do IC8 e o conjunto das 4 aldeias integradas na Serra do Açor (Figuras 11 e 12) (Barros e Gama; 2010).
Inseridas num contexto geográfico de rara beleza, atravessada por sistemas montanhosos e cursos de água importantes, o xisto assume-se como definidor da paisagem (Figura 13), modelando estas aldeias que se destacam pela ruralidade, pela conservação de vários elementos tradicionais e patrimoniais e pela grande riqueza a nível de recursos naturais. Porém, todos estes elementos não funcionaram como elemento fixador e atrativo de população sendo que, ao invés, o isolamento a que têm estado sujeitas e a visão setorial de algumas políticas públicas reforçaram um cenário de abandono, de despovoamento e de envelhecimento dos seus habitantes (Barros e Gama; 2010).
Com o projeto Rede das Aldeias do Xisto, e com todos os outros projetos a ele associados, espera-se que a área abrangida comece a abandonar o estigma do despovoamento, o flagelo dos incêndios florestais, a inércia do setor privado e a falta de identidade regional, conseguindo vislumbrar expetativas de um futuro muito mais animador e adquirindo ferramentas que lhes permitam construir e criar um território coeso e competitivo.