PROCESSOS DE MUDANÇA, TURISMO E DESENVOLVIMENTO RURAL: AS ALDEIAS DO XISTO DO CONCELHO DE GÓIS E O PAPEL DA LOUSITÂNEA

PROCESSOS DE MUDANÇA, TURISMO E DESENVOLVIMENTO RURAL: AS ALDEIAS DO XISTO DO CONCELHO DE GÓIS E O PAPEL DA LOUSITÂNEA

Luiz Rodolfo Simões Alves (CV)
Universidade de Coimbra

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Património e turismo

O exercício de identificar e avaliar os recursos e as potencialidades de um determinado território consubstancia-se sempre numa tarefa de difícil execução, quer por um certo caráter subjetivo que lhe possa estar na base quer, ainda, pela multiplicidade de fatores que é necessário considerar, evidenciando-se, ainda mais, esse cunho de tarefa árdua pela variedade e pela dimensão territorial considerável que apresenta o concelho de Góis.
            Podemos, assim, começar esta análise por uma sinopse histórica que nos permite enquadrar conceptualmente algum do património histórico-cultural de natureza material. Como refere Ventura (2010:62) “a História em Góis reporta-se à Idade do Bronze, período a que remontam os exemplares de arte rupestre da Pedra Riscada (Cadafaz) e da Pedra Letreira (Álvares). As figuras salientam-se pelas representações de alabardas, arcos e flechas, signos doliformes e escutiformes e figuras antropomórficas, gravadas com o traço fino das lascas de sílex ou quartzo. Existem, ainda, no concelho minas de ouro, prata, volfrâmio, hulha, chumbo, ferro e estanho, facto que terá sido a razão fundamental para a ocupação romana”.
            A autora citada anteriormente prossegue a sua contextualização histórica salientando que, em 1113, “a vila de Góis é doada por D. Teresa e D. Afonso Henriques a Anião Estrada e sua esposa Ermezenda e, apesar do primeiro fundador da Casa e Morgado de Góis ter sido Vasco Peres de Farinha, só em 1352, Góis veria ser-lhe atribuído o seu primeiro foral doado por Gonçalo Vasques de Goes, a quem havia sido concedida a sua jurisdição, por D. Afonso IV”.
Nesta cronologia histórica, há mais uma data que se viria a tornar marcante e fundamental para o concelho de Góis e para a sua História: “1448 ano em que Afonso V doa essas terras a Gomes Martins de Lemos, trisavô de D. Luis da Silveira, que viria a ser 1º Conde de Sortelha, Alcaide-Mor de Alenquer e Sortelha, guarda-mor de D. Manuel e de D. João III, no reinado de quem se viria a retirar para Góis, e onde mais tarde viria a falecer” (Ventura; 2010:62).
De facto, a influência do Fidalgo junto da Corte não foi, certamente, alheia à edificação da ponte quinhentista sobre o Ceira, da capela-mor da Igreja Matriz, dedicada a Santa Maria Maior, e do Túmulo do Conde de Sortelha, de estilo renascentista, da capela do Castelo e da fonte do Pombal.
Ainda na senda da análise ao património cultural com o elencar das “pontes históricas” que perfazem a sua ligação às raízes históricas do território de Góis, não podemos deixar de destacar que, “apesar do rasto de destruição e morte deixado pelas tropas francesas na sua passagem por Góis em 1810, a Vila mantém hoje um centro histórico pleno de memórias: a Igreja da Misericórdia, o Hospital e Capela do Espírito Santo, o Edifício dos Paços do concelho, a Casa do Despacho, a Cisterna e Fontanário do Pombal, a Casa dos Paços Velhos ou a Casa do Terreirinho, exemplar de arquitectura seiscentista em que se destaca o portal manuelino” (Ventura; 2010:62/63), para além de diversos sítios de importância arqueológica (Quadros 4 e 5).
Numa História mais recente, ainda na memória de muitos Goienses por estes a terem experienciado e vivido, estão o que podemos considerar os “gloriosos anos 30 e 40” do século passado, para o concelho de Góis, uma época que se espelha num dos acontecimentos mais importantes da sua História contemporânea, e que lhe deu projeção fora das suas fronteiras: a exploração de volfrâmio. A exploração deste minério, “durante a 2ª. Guerra Mundial, surge com um fator novo e indutor de alterações substanciais na vida económica e social local, que trouxe prosperidade e riqueza até cerca de 1944 a um concelho que sofria das limitações próprias de um meio rural e montanhoso, isolado, sem comunicações, alto desemprego e reduzido nível de instrução e cultura” (Ventura; 2010:63).
Não é fácil encontrar um conceito concreto, abrangente e suficientemente rigoroso de oferta turística. De facto, como refere Ventura (2010:73), “a dificuldade de definição de oferta turística resulta das próprias caraterísticas do produto turístico, que constitui um produto intangível, abstrato e compósito, que inclui necessariamente um conjunto integrado de bens e serviços, e cuja qualidade é avaliada globalmente como um todo”.
Assim, e utilizando a definição de Cunha (1997:149), podemos entender a oferta turística como o “conjunto de todas as facilidades, bens e serviços adquiridos ou utilizados pelos visitantes, bem como todos aqueles que foram criados com o fim de satisfazer as suas necessidades e postos à sua disposição e ainda os elementos naturais ou culturais que concorrem para a sua deslocação”.
A oferta turística de um destino é constituída por um vasto conjunto de elementos destacando-se, segundo Ventura (2010:73), os seguintes componentes:
‒ Recursos turísticos primários;
‒ Recursos turísticos secundários;
‒ Infraestruturas e serviços de apoio ao turismo;
‒ Hospitalidade e acolhimento.
Por recurso turístico entende-se “todo o elemento natural, actividade humana ou seu produto, capaz de motivar a deslocação das pessoas, de ocupar os seus tempos livres ou de satisfazer as necessidades decorrentes da sua permanência” (Ventura; 2010:73).
Por outro lado, o conjunto de recursos turísticos primários (património histórico, cultural, natural, clima, paisagem, entre outros) que compõem a oferta turística primária deve servir como mote para a definição de uma política turística e para a conceção da oferta turística derivada (conjunto de recursos turísticos secundários: hotéis, restaurantes, instalações de animação), tendo em conta as infraestruturas e serviços existentes ou a criar (saneamento básico, transportes, saúde, comunicações, entre outros), incluindo-se, ainda, na oferta turística outros elementos intangíveis que vulgarmente se designam por hospitalidade1 e acolhimento2 (Ventura; 2010).
No caso dos destinos turísticos rurais (nos quais podemos inserir o concelho de Góis), em que a competitividade económica, política e tecnológica é na maior parte dos casos deficitária, tornam-se fundamentais as vantagens competitivas associadas à eficácia, eficiência e inovação das estratégias e da gestão.
No que concerne ao concelho de Góis, podemos definir e apresentar uma lista (definida sem exaustão elencando, apenas, os principais recursos com potencial interesse para a atividade turística), que consagre e realce os principais recursos primários, sistematizando-os em quatro grupos: património natural, património cultural; equipamentos e eventos.
Relativamente ao património natural do concelho de Góis destaca-se, indubitavelmente, toda a paisagem marcada por uma forte componente de montanha que caracteriza este território serrano, com um destaque claro para a inserção na Serra da Lousã e na Serra do Açor, mas cujo ponto de maior interesse (paisagístico, geológico, geomorfológico, ambiental) são os Penedos de Góis, que marcam a transição entre as duas serras acima referidas. Nesta área de montes e vales não podemos deixar de salientar, também, o Vale do Ceira cuja adaptação do rio com o mesmo nome ao relevo xistoso, a montante da vila de Góis, fá-lo parecer uma “enorme serpente” a percorrer os vales bastante encaixados nas freguesias de Cadafaz e Colmeal. Não podemos falar de vales sem mencionar o Vale da Ribeira do Mouro (afluente do Rio Sótão), linha de água de extensão, expressão e adaptação ao relevo mais modesta do que a referida anteriormente. Carateriza-se por ser um dos mais ricos recantos de toda a Serra da Lousã em termos de biodiversidade (e, muito provavelmente, um dos menos conhecidos da Região Centro), correspondendo a um verdadeiro tesouro natural para o concelho de Góis (estando inserido na Rede Natura 2000, Sítio Serra da Lousã). 
Esta linha de água constitui-se como um verdadeiro refúgio para os elementos de fauna, sobretudo dos autóctones, como a Lontra (Lutra lutra) ou da endémica Truta fario, averdadeira truta de rio (Salmo fario), bastante ameaçada por, entre outros motivos, ter sido alvo de pesca muito intensa.
Porém, é no coberto vegetal que este vale conserva toda a sua sumptuosidade. Para compreender a afirmação anterior torna-se fundamental lembrar um pouco da história geológica do planeta, que se repercutiu na evolução do coberto vegetal. De facto, o atual coberto vegetal da Serra da Lousã pouco tem a ver com o que se supõe ter sido o seu revestimento florístico natural original. Há 20 milhões de anos a nossa floresta, devido às condições climáticas de características subtropicais bem diferentes do nosso atual clima, era essencialmente constituída por uma vegetação perenifólia, chamada Laurissilva. Contudo, a era das glaciações levou a alterações geológicas que, por sua vez, conduziu a alterações climáticas, facto que originou que a maioria destas espécies procurassem refúgio em formações arbóreas de caducifólias. Da Laurissilva faziam parte espécies como: o Azereiro (Prunus lusitanica), sendo que se estima que haja 30.000 exemplares desta espécie em todo o Mundo, ocorrendo neste recanto da Serra algumas largas centenas de exemplares de Azereiro; o Azevinho (Ilex aquifolium); o Feto-real (Osmunda regalis); o Folhado (Viburnum tinus); a Hera (Hedera helix); o Loendro ou Adelfeira (Rhododendron ponticum); o Loureiro (Laurus nobilis) e o Medronheiro (Arbutus unedo), estando todas esta espécies uma distribuição e representação muito importante no vale da Ribeira do Mouro, consagrando-se estes elementos sempre-verdes como a “última” cobertura florestal natural da Serra da Lousã.
Por fim, importa salientar ainda que as várias linhas de água que atravessam o concelho de Góis criam condições para a instalação de várias praias fluviais, como são exemplo disso as seguintes: Praia Fluvial da Peneda, Praia Fluvial do Pêgo Escuro, Praia Fluvial do Cerejal, Praia Fluvial das Canaveias, Praia Fluvial da Cabreira, Praia Fluvial de Álvares, Praia Fluvial da Ribeira do Sinhel, Praia Fluvial de Amiosinho, Praia Fluvial do Colmeal (Quadro 6).
No que concerne ao património cultural do concelho de Góis destacam-se, de sobremaneira, o património cultural, humano e construído ligado aos usos e costumes do meio rural, pontuado por alguns monumentos e construções inerentes à História da Região e que, também, marcam a oferta cultural do concelho, património cultural esse já evidenciado no início deste ponto, dos quais resultam alguns circuitos turísticos: percursos pedestres (com destaque para a Rota das Aldeias do Xisto ‒ PR1 GOI), rota do azeite ou o roteiro dos monumentos do Centro Histórico de Góis.
Importa ainda salientar a riqueza da gastronomia local e das atividades relacionadas com o artesanato, embora com uma dimensão mais reduzida e com potencial ainda limitado. Como pratos típicos da gastronomia local podemos, sem dúvida, salientar a chanfana (carne de cabra velha), o cabrito assado em forno de lenha, a tibornada de bacalhau, o bucho recheado, os vários enchidos, a sopa de castanha, a broa de milho (simples e recheada com carne, sardinha, ou bacalhau) e, ainda, os queijos de cabra e de ovelha. Ainda na senda da análise aos elementos gastronómicos destacamos as filhós, o Bolo Doce de Góis, o Bolo da Várzea, a Tigelada, o Arroz Doce e, o mais recente deleitoso produto gastronómico, ao nível da doçaria: as Gamelinhas. Por fim, não podemos deixar de salientar mais dois produtos que tanto e tão bem caraterizam esta região: a aguardente (com diversas variações, de mel, de medronho, de castanha, entre outros) e a jeropiga.
Relativamente ao artesanato da região destacam-se, claramente, as aplicações na área dos têxteis, desde a fiação de lã à tecelagem, passando pelos bordados, rendas e pela manufatura de artigos têxteis para o lar. Salientam-se, ainda, diversos trabalhos em madeira, latoaria, serralharia e outros, como a construção de casas de xisto em miniatura e os trabalhos em cortiça (Quadro 7). 
            No contexto do artesanato é inevitável fazer a ligação com uma das principais tradições desta área serrana: o Entrudo, há muito tempo “esquecido” e que, na memória viva dos moços e moças que viveram os tempos de sua celebração ajudaram a Lousitânea a reavivar e a fazer renascer esta tradição.
Na realização das celebrações do Entrudo torna-se fundamental recorrer ao artesanato e à capacidade criativa desta atividade: o aproveitamento dos sobrantes de cortiça para a construção das máscaras, fundamentais para a folia. De facto, o ditado “a necessidade aguça o engenho” era, nas aldeias serranas, levado à letra pelos seus habitantes em todas as suas vivências e necessidades do dia-a-dia, inclusive nos momentos de lazer. A escassez de posses económicas e materiais “obrigava” as pessoas a recorrer à sua criatividade e imaginação para a criação/construção das suas próprias máscaras, utilizando vários materiais que tinham em casa, nomeadamente a cortiça quer através de alguns sobrantes, quer recorrendo a alguns velhos cortiços das abelhas que já serviam para acolher as abelhas para, assim, “correr o entrudo”, pelas aldeias vizinhas, ao ritmo imposto pelas vozes em tom elevado soltando o passo a par de várias quadras jocosas. É, assim, com o reavivar desta tradição que se enaltece, aqui, o artesanato local, nomeadamente com a construção de máscaras de cortiça.
Relativamente aos equipamentos disponíveis no concelho de Góis podemos afirmar que a oferta de equipamentos coletivos se revela limitada, porém acaba por ser o reflexo do sucessivo decréscimo da população bem como do aumento acentuado do índice de envelhecimento. A oferta referida abarca, numa primeira escala de destaque, o pavilhão gimnodesportivo de Góis, o campo de ténis, o campo de futebol Eng.º Augusto Nogueira Ferreira e o circuito de manutenção da Quinta do Baião. Numa segunda escala, ao nível dos equipamentos disponíveis, podemos destacar os vários campos desportivos dispersos por várias aldeias do concelho e, ainda, no contexto deste tipo de recursos turísticos as zonas de concessão de caça e pesca desportiva com importância significativa na oferta disponível.
Por fim, não podemos terminar esta análise aos equipamentos sem deixar uma nota de destaque à Casa da Cultura do concelho de Góis, inaugurada no passado dia 13 de julho de 2013 visto como um local de excelência para a difusão, acolhimento e contacto com as artes e a cultural, num espaço que será um ponto focal não só no contexto municipal mas, também, com potencial de atração e de se afirmar no contexto regional, como um espaço de excelência para a cultura e as artes.
No que concerne aos recursos turísticos secundários, e começando pelo alojamento existente no concelho de Góis de acordo com a última publicação oficial (do Instituto Nacional de Estatística), editada finais de 2012, com o título “Anuário Estatístico da Região Centro 2011”, referente aos estabelecimentos classificados pelo Turismo de Portugal, I.P. (Continente) e Direções Regionais de Turismo nas Regiões Autónomas, o concelho de Góis não apresentava, em 31 de julho de 2011, qualquer estabelecimento hoteleiro e, consequentemente, nenhuma cama disponível para efeitos turísticos (Tabela 16).
Por sua vez, a informação disponível na página oficial da Câmara Municipal de Góis (em finais de março de 2013) revela oito unidades de alojamento 3: Parque Municipal de Campismo (em Góis, com três quartos e capacidade para 400 pessoas); Casa de Santo António (em Góis, com dezoito quartos e capacidade para 40 pessoas); Casa de São Francisco (em Álvares, com seis quartos e lotação para treze pessoas); Casa da Cereijinha (na Pena, com dois quartos e capacidade de albergue para seis pessoas); Casa do Neveiro (na Pena, com um quarto e lotação para duas pessoas); Casa da Comareira (na Comareira, com três quartos e capacidade de alojamento para oito pessoas); Quinta da Simantorta (na Simantorta, com seis quartos e lotação para doze pessoas); e Casa Banda de Além (na Aigra Velha, com dois quartos e com capacidade para quatro pessoas). Na totalidade, estas unidades de alojamento apresentam uma capacidade total de 41 quartos, com 71 camas, capazes de albergar 484 pessoas. Das oito unidades de alojamento anteriormente referidas, três (Casa da Cereijinha, Casa do Neveiro e Casa de São Francisco) apresentavam-se registadas no site do Turismo de Portugal (em março de 2013).
Por outro lado, existem ainda outras unidades de alojamento (sobretudo unidades de Turismo em Espaço Rural) no concelho de Góis (que, em conjunto com as já mencionadas anteriormente, perfazem um número total de 17 unidades de alojamento) e que, apesar de não se constituírem, verdadeiramente como unidades de alojamento (sob ponto de vista legal, por não se encontrarem em conformidade com o vários parâmetros exigíveis para o seu funcionamento como tal) são expressivas na capacidade total da oferta de alojamento do concelho de Góis. Assim sendo, na globalidade das 17 unidades de alojamento existentes no território em análise 4, Góis apresenta uma disponibilidade de 160 camas, com um total de 79 quartos aos quais corresponde uma capacidade de ocupação para albergar 603 pessoas (Tabela 17).
Por fim, importa ainda referir que se encontra em fase de execução um outro projeto associado aos conceitos de turismo de aldeia e de ecoturismo que irá aumentar a capacidade de alojamento no concelho de Góis, mais concretamente na aldeia do Loural (Freguesia do Colmeal), onde se está a implementar o projecto Loural Village.
Ainda no que concerne aos recursos turísticos secundários podemos mencionar que, no concelho de Góis, estão instaladas vinte unidades de restauração (com uma capacidade total na ordem das 645 pessoas) e trinta e sete bares, cafés e pastelarias. Por fim, salienta-se, ainda, uma empresa de animação turística a TransSerrano, que desenvolve atividades e ações de caráter cultural, etnográfico, ambiental e desportivo, tais como: canoagem (descidas de canoa do rio Mondego e Alva), escalada e percursos pedestres guiados na Beira Serra (Serra da Lousã e Serra do Açor), colónias de férias e programas culturais. A TransSerrano, especialista na organização de passeios com forte cariz cultural e etnográfico, proporciona o contacto com as tradições, com o património e com a gastronomia da região, organiza igualmente passeios dirigidos ao turismo sénior. Entre os vários programas oferecidos destaca-se, no concelho de Góis, a “Rota do Azeite”, e, nos concelhos vizinhos, a “Rota da Farinha e da Broa” e a “Rota da Cabra, da Chanfana e do Queijo” (Ventura; 2010:87).

1 “A hospitalidade traduz as atitudes de boa convivência e de tolerância perante os visitantes ‒ a cortesia e o desejo de bem servir” (Ventura; 2010:74).

2 “O acolhimento representa, além disso [hospitalidade], o conjunto de comportamentos, políticas e medidas que visam satisfazer as necessidades, gostos e aspirações dos turistas, valorizando o conjunto da oferta” (Ventura; 2010:74).

3 Sendo compostas por uma Unidade de Alojamento Local, seis Casas de Turismo em Espaço Rural (Casas de Campo) e um Parque de Campismo.

4 Valor que deve ser tomado em análise por defeito, devido à já referida existência de unidades “não legalmente constituídas” e que, certamente, não estarem aqui todas contabilizadas.