SAÚDE DO TRABALHADOR: UMA ANÁLISE SOBRE A PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL NO HOSPITAL OPHIR LOYOLA EM BELÉM-PA

SAÚDE DO TRABALHADOR: UMA ANÁLISE SOBRE A PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL NO HOSPITAL OPHIR LOYOLA EM BELÉM-PA

Maria Estrela Costa de Sousa (CV)
Marcelo Santos Chaves
(CV)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará

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3.2 PROPOSIÇÕES DAS ASSISTENTES SOCIAIS

Quadro 4: Relação das proposições.

Profissionais

Propostas

A

  • Aumento do número de leitos e diminuição da demanda, mesmo tendo consciência que isso não depende diretamente da mesma;
  • Realização de curso direcionado ao conhecimento de oncologia para o profissional;
  • Construção de um espaço físico adequado, ou seja, uma sala específica nas clínicas, para o atendimento do paciente em particular, haja vista que a existente no local é uma sala multiprofissional.

B

  • Reformulação na atenção básica e na média complexidade, quanto à orientação e a prevenção;
  • Melhorar as formas de acesso a todos os benefícios que o paciente tem direito.

C

  • Oferta de cursos para os profissionais;
  • Redução do número de atendimento diário, ou seja, tentar seguir o estabelecido em ambulatório;
  • Reuniões semanais com a equipe para discussões de casos.

D

  • Aumento de leitos, pois com isso a rotatividade seria maior e a profissional poderia estar dando uma resposta melhor para o usuário do hospital;
  • Criação de momentos de lazer para os profissionais do hospital com o intuito de maior integração entre os mesmos e revigoração do trabalhador.

Fonte: Elaboração dos autores com base na pesquisa de campo/entrevista, nov/2007.

As propostas do quadro 4 foram colocadas pelas assistentes sociais no momento das entrevistas, cada uma sugeriu o que poderia melhorar em relação ao atendimento, aos usuários e a formação profissional das mesmas. Essa necessidade de mudança se faz necessário em qualquer espaço de trabalho na medida em que, as formas que estão sendo implementadas não estejam mais satisfazendo as necessidades do sujeito envolvido.
Com base nisso é relevante citar a fala da assistente social quando diz que para melhorar é preciso: “uma reformulação não só na atenção básica como na média complexidade, de orientação e de prevenção (...)” esse patamar descrito pela profissional é algo de ordem macro que envolve políticas sociais para mudança no ordenamento do modo de atendimento nas unidades básicas de saúde. Pois, é através delas o ponto de chegada do paciente.
Ao chegar na unidade de saúde o paciente deveria ser orientado e encaminhado adequadamente já com os devidos exames básicos realizados para que, ao chegar em um hospital de média e alta complexidade fosse rápida a viabilização dos procedimentos de internações, no entanto, não é comum acontecer isso. Para que haja mudança nesse aspecto é preciso políticas sociais voltadas para esse aspecto, mas isso muitas vezes para se efetivar faz-se necessário a mobilização e luta da sociedade.
Também foi proposta, pelas assistentes sociais, a criação de salas para atendimento reservado, diminuição no atendimento diário e ao aumento do número de leitos para que possa melhorar o atendimento. Este, por sua vez, é algo que embarga na questão de recursos financeiros, porém segundo uma das assistentes sociais existe uma proposta no hospital Ophir Loyola para ampliação dos leitos da mastologia e ginecologia.
Outra proposta foi a participação em palestras e cursos de formação voltados para o profissional, seria assim uma forma de capacitação e incentivo para o mesmo, uma vez que é fundamental que o mesmo esteja se reciclando.
Por fim, houve também a sugestão de lazer direcionado para os profissionais no seguinte aspecto:

Eu acho que a instituição deveria montar uma estratégia de lazer que não fosse todo mundo de uma vez, mas que pegasse dois setores totalmente contrários, tipo: lavanderia e o pessoal da direção e levasse para um lazer onde as pessoas se integrassem e conversassem (...) fosse lá para rir, jogar bola se divertir. Uma vez por mês se isso acontecesse o funcionário sairia revigorado, ele iria se sentir importante porque o funcionário precisa se sentir importante (D, nov, 2007).