Na elaboração deste plano de ação achou-se importante saber qual a perceção dos gestores/administradores quanto à atividade termal em geral e em particular das estâncias que gerem/administram assim como as suas perspetivas face à mudança.
A prossecução deste objetivo teve como suporte um inquérito por questionário1 (Anexo III) enviado aos mesmos. Um instrumento de avaliação que pretendeu não só reconhecer o seu papel como atores centrais no processo de revitalização dos espaços termais como constituir uma via para melhor e de forma mais sustentada enquadrar esta estratégia.
Este questionário foi estruturado em duas grandes partes, sendo precedidas pela justificação e âmbito desta investigação e por uma análise inicial introdutória referente ao enquadramento da estância termal e perfil do inquirido.
Na primeira parte2 , pretendeu-se avaliar a perceção dos gestores/administradores sobre a realidade atual do termalismo e estâncias termais em Portugal, as causas do seu atual estado de funcionamento, perceber qual o caráter de urgência na reestruturação das estâncias termais e os principais motivos e ações para tal, assim como destrinçar as principais dificuldades/obstáculos e oportunidades à sua reestruturação, sendo constituída por sete questões chave:
1) Como perspetiva a realidade atual do termalismo e estâncias termais em Portugal?
2) Quais as motivações do atual estado de funcionamento das estâncias termais?
3) Se acha que a reestruturação da atividade termal tem algum caráter de urgência, quais os motivos que revelam essa urgência?
4) A reestruturação da atividade termal e dos espaços termais passaria por que ações?
4.1) Mais especificamente, que outros serviços e atividades se deveriam oferecer para uma otimização dos equipamentos, património e espaço e, dinamização das estâncias termais?
5) Quais são as principais dificuldades e obstáculos à sua reestruturação?
6) Quais são os principais pontos fortes e oportunidades à sua reestruturação?
Cada uma das questões apresenta um conjunto de possibilidades de respostas através de escolha múltipla simples, sendo que algumas apresentam a possibilidade de resposta aberta (questão 2, 4.1, 5 e 6). Os resultados apresentados, para cada questão, têm como base uma escala de respostas definida através de categorias com um intervalo de 1 a 53 em que o nível 1 corresponde a discordo totalmente, o nível 2 a discordo, o nível 3 a não concordo nem discordo, o nível 4 a concordo e o nível 5 a concordo totalmente, sujeitos a uma apreciação em termos de média (Méd.), moda (MO), nível máximo (Máx.) e mínimo (Mín.) registado para cada opção e desvio padrão (DP), sendo que são apresentadas as que apresentaram os valores mais altos de média e portanto as que mais vezes foram objeto de escolha, por parte dos inquiridos, para dar resposta às questões expostas a priori, apontando-se igualmente as opções menos pertinentes à concretização de cada questão. De referir que, em função da escala de respostas (1 a 5), e para os itens formulados na positiva, quanto mais elevada for a pontuação de cada participante em cada item (mais próxima de 5), mais favorável se considera a resposta dos inquiridos face à questão em análise, sendo que o sentido da escala de respostas é invertido quando o item é de cariz negativo.
A segunda parte pretendeu recolher opiniões mais concretas e conclusivas sobre as vertentes das estâncias e o seu papel na sua revitalização, a qualificação e especialização de mercados, os modelos de gestão, a importância do ordenamento e planeamento do território, a promoção e as relações de complementaridade como fatores intervenientes na dinamização e atratividade das estâncias, assim como os principais constrangimentos e oportunidades do setor termal e das estâncias termais que gerem culminando na opinião quanto ao futuro que perspetivam para as estâncias e a atividade termal. A maioria das questões são de seleção dicotómica entre duas afirmações – Sim/Não e de resposta aberta na sua justificação.
O questionário realizado foi baseado no questionário aplicado por RAMOS (op.cit.), por se achar um modelo eficaz em termos de conceção e obtenção de respostas que, para esta investigação, foi atualizado, aprofundado e alargado a outros âmbitos.
2 Nesta primeira parte, foi solicitado aos gestores/administradores que manifestassem a sua opinião em relação à realidade portuguesa e a que se ajustava à realidade que geriam/administravam. Contudo, os inquiridos apenas deram a sua opinião relativamente à primeira opção.
3 Escala de tipo Likert (RAMOS, op. cit.).
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1647 - Investigaciones socioambientales, educativas y humanísticas para el medio rural Por: Miguel Ángel Sámano Rentería y Ramón Rivera Espinosa. (Coordinadores) Este libro es producto del trabajo desarrollado por un grupo interdisciplinario de investigadores integrantes del Instituto de Investigaciones Socioambientales, Educativas y Humanísticas para el Medio Rural (IISEHMER). Libro gratis |
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