1. INTRODUÇÃO
A atividade turística é praticada desde os primórdios da  sociedade. Os períodos marcados pela Antiga Babilônia, Grécia Antiga e Roma  foram palco desta atividade através da criação de inúmeros polos de atração e  de diversas peregrinações feitas pelas antigas civilizações. O turismo se  expandiu devido às mudanças no sistema econômico, possibilitando o aparecimento  de novas estruturas e o aperfeiçoamento de serviços. Foi, então, na primeira  metade do século XIX que, de fato, a história do turismo pôde ser acompanhada  pelas primeiras atividades desenvolvidas por grandes nomes conhecidos até os  dias atuais, como: Thomas Cook, Thomas Bennet e George Pullmann. No Brasil, o  início desta atividade aconteceu motivado pelas festas do Centenário da  Independência, em 1922, com o surgimento dos primeiros hotéis no Rio de  Janeiro. Atualmente, viajar tornou-se algo vital. O turismo está massificado e  as viagens ocupam lugar de destaque nas relações econômicas, sociais e  políticas das sociedades, além de empregar milhões de pessoas e gerar bilhões  de dólares por ano (LAGE e MILONE, 2001).
Para aproximar o produto/serviço do consumidor, a  atividade turística ocorre com o “casamento” de duas vertentes: a demanda e a  oferta turística (MORETTO NETO & SCHMITT, 2008). A demanda turística é  destacada por Cerqueira et al. (2007) como o número de produtos que os  consumidores turistas estão dispostos a adquirir em determinado tempo, tendo o  preço como sua principal variável. Por conseguinte, a oferta turística é  conceituada por Lage e Milone (2001) como a quantidade de produtos que as  empresas estão dispostas a oferecer em determinado tempo, tendo, também, o  preço como variável. 
Um dos componentes da oferta turística é o turismo  receptivo, objeto de estudo deste trabalho, e tido como um conjunto de bens,  serviços, atrativos e infraestrutura formando um produto turístico à disposição  do turista (VAZ, 2001). O consumidor turista, por sua vez, participa  grandemente da formação deste produto, pois, em seu processo de composição, os  agentes de marketing pensam em suas  características para, assim, empreenderem e direcioná-lo a determinado tipo de  público. Dessa forma, o posterior estudo da qualidade do produto turístico  através da satisfação dos consumidores seria de grande importância para a  constatação das boas ou más ações de marketing e possíveis amadurecimentos de ideias. 
A partir dos pressupostos relatados, objetiva-se, neste  artigo, analisar a qualidade do turismo receptivo no estado de Sergipe através  de dados já publicados, mas, principalmente, por meio da satisfação dos  consumidores turistas que já usufruíram de alguns dos variados serviços à  disposição no estado. Para isso, especificidades serão atribuídas, como:  perceber se as expectativas foram atendidas ao conhecerem os destinos  turísticos do estado; analisar a qualidade dos serviços das agências de turismo  receptivo com relação à satisfação do consumidor; bem como, comparar os  passeios do estado com relação aos dos outros estados em preço e qualidade,  também de acordo com o consumidor.
Com isso, a pesquisa justifica-se por apresentar à  comunidade acadêmica um tema ainda pouco discutido e que necessita de  constantes atualizações. Trata-se da qualidade do turismo receptivo do Estado  de Sergipe, porém, não apenas seguindo dados estatísticos de chegadas, mas,  sim, estudando o próprio turista, baseando-se em suas opiniões com relação ao  produto Sergipe do qual ele usufruiu. É uma forma de contribuir nos estudos de  pesquisa de satisfação do turista, que, segundo Santos (2012), ainda são muito  poucos, além de servir, segundo Swarbrooke e Horner (2002) para um  amadurecimento da atividade turística e posteriores estudos na área.
2. O TURISMO RECEPTIVO EM  SERGIPE
O turismo receptivo está ligado à hospitalidade e é  destacado por Medeiros (2010) como o ato de receber o turista com total  excelência. Ele é executado desde o traslado que é feito para o turista de seu  ponto de chegada ao hotel, até os serviços oferecidos no destino para o  suprimento de suas necessidades e seus desejos. Para isso, existem diversas  agências especializadas neste segmento que podem ter seus serviços contratados  pelos turistas antes mesmo da viagem – diretamente com a agência ou através de  pacotes adquiridos com operadoras ou agências de turismo – ou após a chegada,  com uma variedade de passeios disponíveis para escolha. 
A Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC,  2012) revela que o setor de receptivo superou o de hospedagem (22,2%), o  segmento de agências de viagens (19,5%) e o transporte aéreo (18,2%), obtendo  um crescimento de 33,5%. Aliando este crescimento à crescente quantidade de  turistas estrangeiros desembarcando no Brasil (aumento de 4,5% em relação a  2011 com um total de 5,6 milhões de pessoas), bem como, do aumento do turismo  doméstico no país (cerca de 60 milhões de pessoas e 197 milhões de viagens em  2012), segundo dados do G1 (2013) e do Centro de Excelência em Turismo (CET,  2012), fazem-se necessários, cada vez mais, grandes investimentos na área e  maiores ofertas de serviços ao consumidor turista. Contudo, a qualidade deve  estar sempre em foco, tanto para com o bom atendimento ao consumidor quanto à  pertinente comercialização de seus serviços, visto que as empresas turísticas  que trabalham com o receptivo são responsáveis por transformar os atrativos em  produto turístico (BRAGA, 2010).
No estado de Sergipe, o setor turístico encontra-se  altamente intenso. Posicionado entre dois grandes estados receptores (Bahia e  Pernambuco), esforços do poder público se aliam à iniciativa privada e às  agências de fomento que reconhecem as vantagens do turismo, que, em muitos  casos, é mais forte que outros setores da economia. Com os investimentos feitos  a partir da década de 1990 (ampliação do setor hoteleiro e surgimento do  Programa de Desenvolvimento do Turismo no nordeste com investimentos na  infraestrutura turística do estado), o turismo receptivo, cada vez mais,  aumenta seu nível de arrecadação e envolve um grande número de empreendimentos  criando um processo de “globalização” da sociedade (EMSETUR, 1999).    
         Soares et  al. (2011) definem o produto turístico brasileiro como diversificado, tendo em  vista a gama de opções disponíveis ao turista que aqui pratica esta atividade.  Fato verídico, pois, apenas o estado de Sergipe – o menor da federação – dispõe  de 167 km de praias, cidades banhadas por um dos maiores e mais famosos rios do  Brasil – o São Francisco –, além de aspectos históricos e de um variado acervo  cultural, caracterizado por manifestações e comemorações durante todo o ano.  Cânion de Xingó e Mangue Seco são os destinos mais procurados que, apesar de  não estarem situados exatamente em Sergipe, são produtos comercializados pelo  estado há décadas, visto que é a porta de entrada para todos eles. Além disso,  outros destinos são explorados, como: Croa do Goré, Foz do Rio São Francisco, Serra  de Itabaiana, Estância, Pirambu e as cidades históricas de São Cristóvão e  Laranjeiras.
Além disso, a cidade de Aracaju vem se tornando uma  grande porta para todos os destinos do estado. O Aeroporto Santa Maria, situado  na cidade, obteve o maior crescimento entre as capitais nordestinas na  movimentação de passageiros. Foi um acréscimo de 25,64% em 2012, com relação a  2011. Quase 1,5 milhão de passageiros movimentaram o aeroporto neste ano. A  infraestrutura turística também evoluiu com a crescente quantidade de leitos  disponíveis no estado que, atualmente, já passam de 8.000. Os turistas baianos  são os que mais contemplam as belezas sergipanas. Logo após vem São Paulo,  Pernambuco, Rio de Janeiro, Alagoas, Distrito Federal e Minas Gerais (EMSETUR,  2013). 
Dessa forma, é possível perceber que o estado é uma  excelente opção para se trabalhar com o turismo receptivo. A demanda pelo sol e  praia é grande pela maioria dos turistas brasileiros, e Sergipe dispõe de uma  gama de variedades de atrativos neste e em diversos outros segmentos. Num  estudo realizado por Medeiros (2010), constatou-se a existência de mais de  vinte empresas que trabalham com o receptivo no estado. Número este que,  provavelmente, é multiplicado a cada ano devido a enorme demanda pelos passeios  mais famosos, principalmente nos períodos de alta temporada.
2.1. Ações mercadológicas 
Para comercializar um destino turístico, faz-se  necessária a utilização de ações mercadológicas. Tais ações são pautadas na  combinação de ferramentas estratégicas objetivando uma valorização por parte do  cliente, chamada de Composto/Mix de Marketing. Os elementos primários deste  composto são: o produto, a praça, a promoção e o preço. Por isso, o composto de marketing é compreendido, também,  pela sigla 4P’s. O produto refere-se ao que é oferecido ao cliente por parte  dos profissionais de marketing. A  praça, por sua vez, é o que permite a disponibilização do produto para o  cliente, podendo, a empresa, diferenciar sua oferta oferecendo variabilidade. A  promoção diz respeito ao processo comunicativo entre a empresa e o seu  público-alvo, aproximando o produto ou serviço dos distribuidores e clientes.  Por fim, o preço é uma combinação de fatores que faz cobrar do cliente aquilo  que a empresa oferece (KOTLER, 2000; SOUSA, 2009).
Na comercialização de serviços, caso do turismo  receptivo, um novo mix é instituído a  fim de complementar o tradicional composto de marketing. Diz-se respeito, então, ao Promotion dos 4P’s. Sua utilização se fez necessária a partir dos  avanços tecnológicos e engloba: a propaganda (veiculada por mídias escritas ou  eletrônicas e possui qualidades e defeitos quanto à penetração, foco, custo,  público-alvo etc.), vendas pessoais (gerando um relacionamento direto entre o  representante da empresa e o comprador), promoção de vendas (um incentivo  adicional à compra, ajudando o consumidor a decidir por meio de concursos,  bônus, descontos etc.), relações públicas (comunicações diretas com públicos de  interesse da organização através de coletivas de imprensa, eventos especiais,  feiras comerciais e diversos outros tipos de interação de forma não paga) e marketing direto (telemarketing, mala direta, e-mail  marketing etc.) (LOVELOCK & WIRTZ, 2006).
No estado de Sergipe, estas ações são geridas pela  Empresa Sergipana de Turismo (EMSETUR), criada na década de 1970, objetivando  desenvolver políticas públicas de turismo no estado. Atualmente, é responsável  por trabalhar a imagem de Sergipe através dos meios de comunicação e por gerir  estratégias de marketing a partir dos  atrativos naturais e culturais da região. Suas maiores divulgações estão  relacionadas aos atrativos turísticos já consolidados no estado, como: Cânion  de Xingó, Mangue Seco, Litoral Sul e Foz do Rio São Francisco, porém, também se  preocupa em mostrar algumas especificidades a partir de imagens que representam  festas, artesanato e gastronomia (MENEZES, 2009). 
            Por outro lado, as ações ainda se  mostram escassas, e algumas deficiências de infraestrutura no estado contribuem  para o aparecimento de ameaças à atividade turística. Contribuindo com isso, há  a falta de parceria entre alguns municípios e o estado para promover o turismo  investindo em infraestrutura e promoção. Há uma grande falta de interesse em  alguns municípios e isso faz com que o turismo sergipano fique muito longe de  se tornar uma referência nacional (MENEZES, 2009; SOARES et al., 2011).
            Infelizmente, o embate político  contribui bastante para o vagaroso desenvolvimento turístico de Sergipe.  Municípios e estado não se aliam devido à concorrência de seus gestores e os  planejamentos sempre recomeçam a cada nova gestão, causando um processo de  regressão. Os destinos turísticos aqui existentes são os mesmos de duas décadas  atrás e quase nenhum outro local é explorado para a atividade. Além disso,  nota-se que o turismo de sol e praia é trabalhado quase que exclusivamente,  visto que a quarta cidade mais antiga do Brasil – São Cristóvão – possui um  riquíssimo acervo cultural e total escassa infraestrutura receptiva. É  importante frisar que, não se trata apenas do trabalho ou da empresa que  gerencia o turismo no estado. Os próprios municípios necessitam de  sensibilização e capacitação, para, assim, o estado conseguir gerir suas  estratégias de comunicação e marketing com eficiência.
3. O CONSUMIDOR TURISTA
O grande diferencial de se trabalhar com serviços é que,  em muitos casos, o próprio consumidor pode estar envolvido no processo de  produção, além de derivar maior valor, mesmo não obtendo propriedade como nos  produtos tangíveis (LOVELOCK & WIRTZ, 2006). Dessa forma, se preocupar com  o consumidor é algo primordial, visto que é através de sua percepção com o  produto ou serviço adquirido que a empresa, posteriormente, obterá seu  posicionamento no mercado. Oliveira e Campomar (2007) confirmam esta afirmação,  complementando que a partir da percepção e de preferências que o consumidor  obtiver dos bens ou serviços, ele deve ser estimulado a desenvolver  considerações da marca/empresa, além de contribuir para a diferenciação das  concorrentes no mercado.
O turismo é um campo complexo, ele trabalha com diversos  elementos tangíveis dentro de seus serviços, como: camas de hotéis, refeições,  cartões e talões de cheques. Porém, ao final de tudo, o que será avaliado é o  serviço em si e isto reforça a afirmação de os agentes se preocuparem bastante  com o consumidor turista. A partir disso, também, é reforçado o pressuposto de  que os serviços devem possuir a melhor qualidade possível, tendo em vista os  dados divulgados por Nascimento (2013) no que se refere ao consumidor, que,  quando este está insatisfeito com o produto/serviço adquirido, contará a mais  pessoas sobre as frustações vivenciadas do que quando estiver satisfeito. Além  do mais, pouquíssimos são os clientes que reclamam diretamente com a empresa.  Estes preferem, antes de tudo, divulgar suas frustrações aos seus.
Os agentes de turismo precisam saber lidar, também, com  os diversos tipos de compradores. Existem aqueles que vão adquirir o  produto/serviço e que necessitam do aconselhamento do vendedor para planejar  sua viagem, como existem os que já são muito bem informados sobre suas  características e seu preço e que, normalmente, resistem às recomendações dos  vendedores. Por conseguinte, Middleton (2002) afirma que o consumidor turista  passou a desenvolver diversas características a partir do século XXI, como:  melhores condições financeiras, melhor nível de escolaridade, maior preocupação  com a saúde, maior atividade a cada avanço na idade, maior tempo livre, mais  exposição, experiência e heterogeneidade. Tais fatores contribuem para as  constantes mudanças e os avanços em marketing na comercialização dos produtos turísticos.
São muitas as diferenças entre os turistas. Fatores como  a personalidade e o estilo de vida são grandes contribuintes para determinar  suas motivações e seus interesses. Com isso, o mercado passa a se preocupar e  constituir segmentações, a fim de, em meio a um grande campo de  heterogeneidade, serem selecionados grupos homogêneos para direcionar  corretamente a promoção de um produto ou serviço. No turismo existem dezenas de  segmentações que levam em conta se o turista é recreativo, empírico,  experimental, preocupado com a natureza, aventureiro, sonhador, econômico,  explorador, excêntrico etc. A segmentação torna-se, então, a melhor maneira de  viabilizar o composto de marketing (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010; SWARBROOKE & HORNER, 2002).
No estado de Sergipe, o segmento de sol e praia é o mais  explorado. Normalmente, os turistas chegam ao estado cientes da existência da  famosa Orla da Praia de Atalaia, presente na cidade de Aracaju-SE, do Litoral  Sul do estado, da Foz do Rio São Francisco e do Cânion de Xingó no Rio São  Francisco. Contudo, atrativos como a Serra de Itabaiana, São Cristóvão e  Laranjeiras fazem Sergipe se tornar apto a receber turistas de diversos outros  segmentos. Para isso, empresas do setor turístico aliadas ao estado e aos  municípios devem desenvolver seus planos para localização e captação dos  potenciais clientes, isto é, daquelas pessoas que, de acordo com suas  características, podem estar dispostas a praticar a atividade turística no  estado.
4. METODOLOGIA
Além do estudo bibliográfico, optou-se por uma pesquisa  quantitativa e qualitativa de caráter descritivo, que de acordo com Schlüter  (2003) é o melhor a ser utilizado quando se deseja medir o grau de satisfação  de serviços com a maior precisão possível, além de servir de base para outros  tipos de estudos na área. A forma de coleta de dados foi a entrevista  semiestruturada, que, segundo Boni e Quaresma (2005), proporciona ao  entrevistado maior versatilidade para discorrer sobre o assunto por ser uma  combinação de perguntas abertas e fechadas. 
As entrevistas foram realizadas com um total de 100  turistas, em quatro dos passeios mais procurados do estado: Crôa do Goré, Foz  do Rio São Francisco, Mangue Seco e Cânion de Xingó, nos respectivos dias: 25 e  29 de outubro e 01 e 03 de novembro de 2013. No passeio até a Crôa do Goré,  foram entrevistados apenas 10 turistas, visto que, dentre os quatro destinos  citados, é o de menor procura, e a embarcação não oferece acomodação a um  grande número de tripulantes. Nos demais passeios, foram entrevistados 30  turistas em cada um. 
O roteiro foi composto por 10 questões, no qual algumas  delas foram abertas e o entrevistado pôde discorrer sobre suas experiências  acerca do tema proposto, a fim de algumas respostas serem melhores  justificadas. O critério de amostragem é o não probabilístico por julgamento e  a seleção dos passeios se deu por comportarem maior variedade de turistas e  tempo para aplicação da entrevista. 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados apresentados no gráfico 01 demonstram que, do  espaço amostral entrevistado, 85% dos turistas vieram a Sergipe pela primeira  vez; 5% pela segunda vez; 0% dos turistas não vieram pela terceira vez e 10%  vieram pela quarta ou mais vezes. 
Diante dos resultados expostos, nota-se que o estado  recebe, cada vez mais, novos turistas. Estes, possivelmente, instigados a  conhecer Sergipe através de práticas de publicidade e marketing que, como afirma Sousa (2009), podem ser bastante  efetivas na prospecção de clientes. Por conseguinte, os turistas que vieram  mais vezes, provavelmente, foram induzidos devido aos bons serviços e destinos  turísticos vivenciados anteriormente.  
Quando perguntados se o destino turístico do qual o  turista estava desfrutando atendeu às expectativas, 94% deles responderam que  sim e apenas 6% disseram que não, conforme exposto no gráfico 02.
De acordo com Araujo  (2003), os consumidores avaliam o produto turístico de forma geral. Mesmo tendo  um leque variado de produtos e serviços inseridos, o consumidor avalia uma  unidade. Dessa forma, os dados do gráfico acima revelam que, no conjunto que  diz respeito aos destinos turísticos do estado (beleza, produtos e serviços),  as expectativas dos turistas são superadas, caracterizando um bom serviço de  receptivo. Por outro lado, os turistas que não tiveram as expectativas  atendidas, ainda de acordo com Araujo (2003), passaram por um desencontro de  expectativas (causado pelas propagandas ou experiências passadas) e percepções.  Ao discorrerem sobre o assunto, eles revelaram que tiveram experiências  medianas, tendo em vista o alto tempo gasto no deslocamento do hotel até o  destino turístico visitado. No passeio para o Cânion de Xingó, por exemplo, o  turista que sai da capital Aracaju passa cerca de 6 horas (ida e volta) num  veículo de locomoção por terra e tem um passeio de 3 horas no Rio São  Francisco. 
Os dados apresentados, por sua vez, no gráfico 03  buscaram identificar possíveis problemas quanto à agência de turismo receptivo  na qual o turista contratou o passeio. Dessa forma, 14% dos turistas revelaram  que houve complicações quanto ao serviço da agência, porém, a maioria, 86%,  respondeu que não.
Tais resultados se tornam mais um fator positivo para o  bom andamento do turismo receptivo no estado. Com relação à porcentagem de  turistas que vivenciaram complicações nos serviços da agência, isso vai de  encontro ao que é descrito por Lago e Cancellier (2005) no tocante às agências  receptivas ultimamente virem enfrentando grandes desafios e necessitarem gerar  novas experiências para os turistas. Eles, por sua vez, argumentaram sobre a má  explicação de alguns passeios, atrasos, mudanças diárias de guias (dificultando  a identificação da agência por parte do turista) e até o precário atendimento a  duas turistas estrangeiras por não falarem muito bem o português. Com isso,  evidencia-se a afirmação de Kuazaqui (2000) de que, no setor turístico, a falta de experiência dos gestores em nível nacional carece  no momento da negociação, principalmente porque os serviços possuem  características próprias e mais complexas que as dos produtos. 
O gráfico 04 demonstra que o atendimento da agência foi o  item que melhor atendeu às expectativas dos turistas com relação à compra do  passeio, com 71%. Em segundo lugar, vieram os serviços do guia de turismo, com  22%; em terceiro o meio de transporte, com 4% e, em quarto, o preço do passeio,  com 3%.
Com os dados acima, é reafirmado o resultado positivo da  questão anterior: as agências de turismo receptivo do estado, no geral,  realizam um bom trabalho. Também é válido ressaltar os serviços do guia como um  fator positivo. Dessa forma, o atendimento sergipano supera o que é exposto por  Kuazaqui (2000), evidentemente baseando-se nas afirmações dos turistas.
O gráfico 05 corresponde aos resultados da prática de  turismo em outros estados. Com isso, buscou-se equiparar os serviços e o seu mix entre Sergipe e os demais estados  brasileiros. Nesse sentido, 96% dos turistas entrevistados responderam que sim,  e 4% que não. 
A partir dos resultados acima, a pesquisa toma um novo  rumo nas duas próximas questões, visto que elas buscam medir a qualidade dos  serviços oferecidos por Sergipe em comparação com os demais estados  brasileiros. Como 96% dos turistas visitaram outros estados, eles estão aptos a  discorrer sobre as próximas duas questões da entrevista. 
O resultado do gráfico 06 buscou comparar a qualidade dos  passeios turísticos de Sergipe com os dos outros estados. Para isso, o turista  precisou fazer um apanhado de aspectos como atendimento, infraestrutura e meios  de acesso. Os dados apontam que 37,50% dos turistas preferem os serviços de  receptivo do estado de Sergipe e 62,50% preferem os das outras localidades que  visitaram.
Por ser um estado pequeno e, ainda, em ascensão, Sergipe  se mostra querido pelos turistas. Ao selecionarem os passeios do estado como os  melhores, eles argumentaram que o atendimento – tanto nas agências, quanto dos  guias nos passeios – é impecável, e o acolhimento da população influencia  bastante. Por conseguinte, a maior valorização dos outros estados por parte dos  turistas se deu devido a fatores já mencionados anteriormente neste estudo,  como: variedade de passeios, infraestrutura, meios de acesso e preço.
É inquestionável a importância do preço na compra de  algum serviço turístico. E para o turista que viaja bastante, é muito  importante que ele faça uma comparação dos preços dos passeios nos diferentes  estados que ele visitou, para, assim, formar um diagnóstico a respeito do  assunto. Dessa forma, quando indagados se os preços dos passeios do estado são  caros, com relação aos outros estados que eles visitaram, a maioria (75%)  respondeu que sim, enquanto 25% que não, conforme está descrito no gráfico 07.
Vaz (2001) destaca que as pessoas buscam um leque variado  de aspectos positivos em suas viagens, bem como a pretensão de realizarem o que  desejam. Dessa forma, tudo não irá depender apenas da disponibilidade  financeira, mas, sim, de questões envolvendo custo/benefício. Desse modo,  Sergipe, assim como os demais estados do nordeste, caracteriza-se pelo turismo  de sol e praia e precisa estar atento às suas ações mercadológicas – mais  especificamente ao preço –, que podem se tornar menos incitantes que as dos  demais estados, levando, assim, o turista a encontrar melhor custo/benefício em  outros receptores. 
Por conseguinte, tendo em vista os problemas relatados  por parte dos entrevistados, no gráfico 08 encontra-se um leque de possíveis  melhorias que as agências de turismo receptivo devem realizar. Com isso, 42%  dos entrevistados escolheram como fator primordial de melhorias os preços dos  passeios. Em segundo lugar, veio o atendimento, com 22%, e, logo em seguida,  vieram o meio de transporte e os serviços do guia de turismo, com 17% e 8%,  respectivamente. Além disso, 11% dos entrevistados relataram que nada carecia  de melhorias. É importante destacar que, a partir desta questão, o espaço  amostral volta a ser de 100 pessoas.
Com o preço dos passeios sendo o fator mais carente de  melhorias, segundo os turistas, é reafirmado o resultado da questão anterior: o  produto turístico sergipano é caro e, para um estado em ascensão e que deseja  ter maior visibilidade em âmbito nacional, a competitividade é algo primordial.  Em segundo lugar é citado o meio de transporte. Neste caso, algumas agências  dispõem de vans que se tornam desconfortáveis para longas viagens, como até a  cidade de Canindé de São Francisco, por exemplo. Apesar de terem sido bastante  qualificados, o atendimento nas agências e os serviços dos guias ainda são  citados como fatores carentes de ajustes. Isso acontece devido ao que é exposto  por Araujo (2003), quando diz que os serviços turísticos são complexos e, mesmo  com padronizações, as relações emocionais dos indivíduos são imprevisíveis,  variando a cada dia. Desse modo, os turistas são propensos a receber um bom ou  mau atendimento, independentemente da agência contratada. 
Novamente, a partir de alguns problemas relatados, a  questão do gráfico 09 buscou identificar o item primordial de melhoria com  relação aos destinos turísticos do estado. A maioria dos entrevistados (31%)  considerou o atendimento nos estabelecimentos o fator mais necessitado. Em  segundo lugar veio a infraestrutura, com 25%, e, logo após, os meios de acesso  e o saneamento básico com 15% e 13%, respectivamente. Além disso, 12% dos  entrevistados consideraram os destinos turísticos perfeitos, sem necessidade de  melhorias, e, 4% deles citaram outros possíveis fatores de melhorias.
Os resultados acima vão de encontro ao que foi descrito  por alguns autores ao longo deste estudo, como Medeiros (2010) e Soares et. al  (2011). Apesar de o estado possuir grande diversificação no turismo, mesmo com  sua pequena extensão, fatores relacionados a infraestrutura são algumas  fraquezas que podem acarretar futuras ameaças ao desenvolvimento turístico  local. A carência do atendimento nos estabelecimentos, por conseguinte, vai de  encontro ao que é exposto por Menezes (2009) no que diz respeito a haver falta  de interesse em diversas cidades, causando uma desintegração no turismo sergipano.  Essa falta de investimento por parte dos municípios influencia bastante as  pessoas que direta indiretamente trabalham com o turismo na região, mas que, ao  não possuírem capacitação ou maior conhecimento a respeito da atividade,  refletem isso em seu modo de trabalho. Os turistas que responderam a opção  “outros” argumentaram sobre as acomodações, a alimentação e, em alguns casos, a  falta de um guarda-volumes no destino turístico. 
Por fim, a última questão da entrevista buscou  identificar a intenção de volta dos turistas entrevistados depois de terem  feito uma retrospectiva do(s) destino(s) visitado(s) e dos serviços dos quais  usufruíram. 91% responderam que voltariam numa outra oportunidade, porém, 9%  responderam que não voltariam.
Desse modo, nota-se que o conjunto que tange às  estratégias de marketing do estado,  bem como os serviços de receptivo, mostra-se eficiente a ponto de despertar o  interesse de volta na maioria dos turistas. Por conseguinte, é válido ressaltar  que a porcentagem de turistas que não voltariam novamente a Sergipe argumentam  que essa decisão não se deu a partir dos serviços ou (da falta de)  infraestrutura, mas, sim, porque preferem dar prioridade a outros estados que  ainda não conhecem. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O turista é parte integrante da composição do produto  turístico e, a partir disso, as pesquisas de satisfação se tornam importantes,  principalmente quando envolve a hospitalidade. Desse modo, este estudo buscou  contribuir para o crescimento desta área, visto que há uma grande escassez de  outros estudos similares realizados no estado de Sergipe (o mais recente e  oficial foi entre 1996 e 1999, desenvolvido pela EMSETUR). 
Como Sergipe está posicionado entre dois grandes estados  receptores e, cada vez mais, recebe investimentos do governo, seu poder de  atração aumenta, e isso é notável devido ao crescimento de desembarques nos  terminais do estado. Com efeito, o turismo receptivo se intensifica e só faz  crescer o número de agências especializadas neste setor. No entanto, essa  evolução deve estar atrelada ao bem receber, que é o princípio básico da  hospitalidade e o aspecto principal para a intenção de retorno dos turistas a  determinado local. 
A pesquisa descritiva, realizada para melhor compor este  trabalho, concluiu que os serviços de receptivo do estado são empreendidos de  forma consonante com as expectativas dos turistas, resultando, assim, em  bastante competitividade com relação a outros estados similares à sua  proporção. Apenas o preço é tido como um aspecto desfavorável e, como este é um  dos principais elementos para adquirir competitividade no mercado, pode acabar  prejudicando o turismo sergipano em futuras ocasiões, visto que ainda passa por  um processo de consolidação no mercado brasileiro. 
Obviamente, foram registrados contrapontos com relação ao  tópico “atendimento”, porém, por se tratar de serviços, este fator se torna  complexo de mensurar, pois envolve indivíduos que possuem sentimentos, costumes  e atitudes diferenciadas que podem gerar diversificadas opiniões por parte dos  consumidores. Além disso, os aspectos positivos perpassaram os negativos em  todos os quesitos envolvendo atendimento, caracterizando, em suma, o bom  serviço de receptivo que o estado possui.
Por fim, cabe mensurar que Sergipe vem se tornando um  grande mercado no turismo. Apesar dos problemas já destacados neste trabalho  (como infraestrutura e meios de acesso), seus aspectos de calmo e acolhedor,  cada vez mais, persuadem os turistas para conhecerem e voltarem a desfrutar das  belezas do menor estado da federação. É satisfatório verificar também que o  poder público começa a enxergar isso de forma empreendedora devido aos  investimentos que vêm sendo feitos no setor. Contudo, mais do que isso, é  imprescindível a capacitação e uma melhor visão por parte dos municípios,  compondo, a partir desse processo, a efetiva organização turística na região. 
REFERÊNCIAS
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Braga, D. C. (2010) “Procedimentos operacionais e estrutura funcional das agências de  turismo receptivo da cidade de São Paulo”. Global Turismo e Cultura. Vol. 6  n. 1. Maio 2010. Disponível em: <http://www.periodicodeturismo.com.br/site/artigo/pdf/1%20Agencias.pdf> Consultado em: 03/05/2013 às  21h32min. 
Brasil. Ministério do Turismo. (2010) “Segmentação do turismo e o mercado”. Ministério do Turismo,  Brasília.
Boni,  V.; Quaresma, S. J. (2005) “Aprendendo a  entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais”. Revista Em Tese.  Vol. 2 nº 1. Pós - Graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de  Santa Catarina. Disponível em: <http://www.journal.ufsc.br/index.php/emtese/article/view/18027/16976> Consultado em: 04/04/2013 às  20h30min.
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Recibido: 21/4/2014
Aceptado: 10/05/2014
Publicado: Junio 2014
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