TURyDES
Vol 6, Nº 15 (diciembre/dezembro 2013)

TURISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA PRAIA DE ATALAIA (LUÍS CORREIA-PIAUÍ-BRASIL)

Tercilene Moura Santos, Rodrigo de Sousa Melo (CV) y Adriana Santos Brito (CV)

1. INTRODUÇÃO

O turismo existe desde a antiguidade, pois as pessoas sempre tiveram a necessidade de se deslocar do seu habitat natural para conhecer outros lugares. Atualmente, por meio da globalização aumentou a facilidade em comunicar-se com outros povos fazendo com que o turismo venha se expandindo cada vez mais, e assim tornando-se um fenômeno de grande relevância para as sociedades modernas. O índice de economia dos países turísticos tem crescido consideravelmente.
Deste modo o turismo gera perspectivas de desenvolvimento social, político e cultural para esses destinos, dando impulso e causando a aspiração de transformação e crescimento para a vida dos empresários e moradores desses lugares e/ou das pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a atividade. Além do crescimento, os países envolvidos com o turismo passam por mudanças negativas. O grande fluxo de turistas causa degradação ambiental, transforma o cotidiano da comunidade receptora alterando a cultura e distribuindo de forma irregular a renda.
Para evitar esses tipos de impactos é fundamental que seja promovido um planejamento antes e durante o processo de desenvolvimento turístico pelas empresas ou comunidades locais que se relacionam com essa prática. O desenvolvimento sustentável tem sido abordado como uma maneira das comunidades pensarem sobre o seu padrão de vida, incluindo a igualdade social e a defesa dos recursos naturais.
O desenvolvimento sustentável acontece através do planejamento turístico, onde assegura a sustentabilidade ecológica, garantindo a manutenção da diversidade biológica; a sustentabilidade social, cultural e espacial, mantendo os valores culturais, sociais e uma estabilização entre cidade e campo; e a segurança na sustentabilidade econômica da localidade para continuar a gerir sempre a economia de forma estável, garantindo assim o bem-estar das gerações futuras. Para Molina e Rodríguez (2001, p. 79):

O planejamento é o resultado de um processo lógico de pensamento, mediante o qual o ser humano analisa a realidade abrangente e estabelece os meios que lhe permitirão transformá-la de acordo com seus interesses e aspirações. Disso resulta que a forma adequada de planejar consiste em analisar objetivamente uma realidade e condicionar as ações ao problema.

Assim, quando o planejamento turístico é citado pensa-se em sustentabilidade, preservação ambiental, redução de impactos, conscientização ambiental, dentre outros fatores. Esses são os pontos que levam os atores envolvidos com turismo a planejar, para que as populações futuras possam usufruir dos bens naturais, materiais e imateriais que temos a oportunidade de vivenciar hoje.
Para Bramwell e Lane (1993, apud, Araújo, 2008, p. 94) antes de chegar ao conceito de sustentabilidade existem alguns aspectos que podem ser analisados:

A partir desses princípios básicos caminha-se para o conceito de sustentabilidade, então o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) diz que:  Sustentabilidade é a capacidade de um processo ou forma de apropriação dos recursos continuar a existir por um longo período.” (IBGE, 2004).
É através da sustentabilidade que os recursos naturais continuarão a existir para o bem-estar das gerações futuras. O turismo também depende da sustentabilidade para continuar a crescer e a se desenvolver, assim como as pessoas que dependem do turismo de forma direta ou indireta. Dessa forma de acordo com Ruschmann (1997, apud,  Ignarra, 2003, p. 167) o:
           
Desenvolvimento sustentável representa um novo direcionamento da atividade e, consequentemente, um grande desafio para os órgãos responsáveis pela preservação ambiental e pelo turismo nos países com recursos naturais consideráveis. A sua ênfase tem sido maior nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nestes últimos, a atividade turística é intensa e normalmente eles têm sua economia totalmente dependente dos fluxos turísticos. Como o Brasil ainda não se tornou uma destinação turística internacional significativa, apesar dos recursos naturais que possui, o desenvolvimento sustentado do turismo pode ocorrer sem grandes reações dos empresários nacionais e dos grupos multinacionais envolvidos na sua comercialização. Além disso, a preservação e as medidas implantadas pelo setor poderão tornar-se força para o marketing, demonstrando, no exterior, a preocupação do país com o bem-estar do turista, aliado à preservação dos recursos naturais e culturais. Estratégia semelhante poderá ser empreendida no mercado internacional.

Um turismo sustentável trás benefícios para a comunidade tanto no aspecto econômico, social e cultural; para o turista e para o meio ambiente. Então a OMT (2003, apud, Cooper et al.,2007, p. 271), referem-se ao turismo sustentável da seguinte forma:

O desenvolvimento do turismo sustentável vai ao encontro das necessidades atuais dos turistas e das regiões anfitriãs e, ao mesmo tempo, garante oportunidades para o futuro. É a gestão de todos os recursos de tal forma que as necessidades econômicas, sociais e estéticas possam ser satisfeitas mantendo-se, ao mesmo tempo, a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade biológica e os sistemas de apoio à vida.

O desenvolvimento sustentável de uma comunidade é responsabilidade de todos os que fazem parte dela e dos que a visitam como os turistas, o poder público também tem sua parcela de obrigação com a sustentabilidade. Se alguma das partes falharem com sua função dentro deste meio o turismo deixa de ser sustentável
 Assim, existe a necessidade de suprir as deficiências sociais, econômicas e ambientais, conhecendo de forma ampla a área a ser trabalhada para mantê-la o mais natural possível. Delimitando, então, os objetivos e prazos a serem alcançados e ainda quem serão os responsáveis por cada etapa do turismo sustentável de certa região.
As dimensões do turismo sustentável são divididas em cinco categorias: social, econômica, ecológica ou ambiental, espacial e a cultural. Dentro dessas categorias (Sachs, 1993, apud, Montibeller-filho, 2001, p. 46) resume cada uma delas como segue:

A dimensão social visa à redução das desigualdades sociais entre os turistas e a comunidade local e dos impactos socioculturais que a atividade turística acarreta para a localidade receptora. A dimensão social pode ser resumida com a implementação da:

O turismo para a localidade deve ser benéfico e não um peso na vida desta, os visitantes devem interagir com a comunidade respeitando o seu espaço. São inúmeros os impactos do turismo sobre as sociedades locais, eles são tanto positivos como negativos, conforme apresentado no tópico anterior. O turismo sustentável deve trabalhar para minimizar os impactos negativos e promover a igualdade.
O principal meio de sanar os impactos socioculturais é a boa relação entre comunidade e turista, se o turismo cresce de forma acelerada e sem planejamento esse contato continuará ruim, pois na medida em que aumenta o fluxo de visitantes em certa localidade os moradores sentirão que seu espaço está sendo invadido. De acordo com Mathieson e Wall (1982, apud Swarbrooke, 2000, p. 115) o relacionamento entre os turistas e a população local tem cinco características principais, como segue:

Nas localidades que enfrentam essas dificuldades com os turistas não são sustentáveis, pois esses pontos são considerados como características negativas da sustentabilidade do turismo. Os direitos das pessoas nativas de cada região devem ser respeitados, assim como o meio ambiente e os animais que fazem parte do ecossistema. A dimensão social é uma importante ferramenta para o desenvolvimento turístico sustentável de uma região.
Na dimensão econômica o aumento da produção e da riqueza social é promovido sem a dependência externa, existe o fluxo permanente de investimentos públicos e privados (iniciativa de cooperativas). Essa dimensão trás alguns benefícios para uma localidade como o auxilio na viabilidade dos negócios locais, a criação de empregos, estímulo para investimentos internos, dentre outros, assim como aparecem custos como, necessidade de investir em infraestrutura e dependência do turismo, tornando a economia local vulnerável a queda nos períodos do ano que são considerados de baixa-estação.
            Goeldner (1999, apud, Dias e Aguiar, 2002, p. 170),  explica que “um turista, gastando seu dinheiro numa determinada região, está contribuindo com fundos para a economia local. Os valores desses fundos serão, então, proporcionais às despesas originais do visitante. Esse efeito pode ser analisado, inicialmente, como um ‘multiplicador da receita’, pois os gastos do turista geraram ganhos diretos ou indiretos da população local (...).” E dessa forma vão gerando empregos, pois aumenta a necessidade dos turistas e aumenta também a necessidade de mais infraestrutura, dessa forma a localidade cresce economicamente.
            A dimensão ecológica trata dos impactos que o turismo trás para o meio ambiente. Como o turismo faz uso dos recursos naturais, estes acabam sendo prejudicados pelo mal dos turistas que interferem no ecossistema deixando lixo, pisoteando a vegetação, poluindo a água de rios e lagos, perturbando os hábitos dos animais. Esses são os impactos negativos, mas segundo Mathieson e Wall (1982) “pode-se também creditar ao turismo o mérito da valorização do meio ambiente”.
            De certa forma, apesar dos impactos negativos, o turismo influência positivamente na preocupação com a preservação do meio ambiente. As pessoas estão sendo informadas com mais frequência sobre a importância ambiental.
            Como existe essa ligação entre o turismo e o meio ambiente o melhor a fazer é interagi-los de forma sustentável. Swarbrooke (2000) sintetiza que em relação ao meio ambiente construído deve-se assegurar que todo novo empreendimento seja:

Assim o turismo causa mais danos ao meio ambiente que benefícios, apesar de muitos deles não serem intencionais. Então o essencial para combater esses riscos é a conscientização dos turistas e operadores de turismo, bem como manter um equilíbrio entre a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento do turismo.
Na dimensão espacial é examinado como os espaços e/ou territórios estão sendo utilizados. Santos (2006, p. 217) enfatiza o espaço geográfico:

Através do entendimento desse conteúdo geográfico do cotidiano poderemos, talvez, contribuir para o necessário entendimento (e, talvez, teorização) dessa relação entre espaço e movimentos sociais, enxergando na materialidade, esse componente imprescindível do espaço geográfico, que é, ao mesmo tempo, uma condição para a ação; uma estrutura de controle, um limite à ação; um convite à ação. Nada fazemos hoje que não seja a partir dos objetos que nos cercam.

Os espaços são fundamentais para o andamento da vida humana. Eles são utilizados para toda e qualquer atividade a ser desenvolvida, tanto pelo ser humano como pelos animais e para nossa comodidade esses espaços são modificados e acabam sofrendo impactos que por vezes são irreparáveis.
No meio turístico essa ação não é diferente, talvez seja até maior, pois vamos em busca de ambientes ainda intactos e a ação turística contribui para sua devastação. Conforme Sancho (2001, apud, Barddal et al., 2010), “este espaço geográfico é um ponto geográfico onde acontece a oferta e de onde flui a demanda turística. A dimensão espacial deve ser considerada devido à importância do espaço geográfico para a atividade turística”. Assim a falta de planejamento nesses territórios coopera para o crescimento desordenado dos destinos turísticos. Então deve ser trabalhada a ideia do limite de capacidade de carga nos destinos turísticos bem como os excessos da demanda nesses ambientes para serem evitados os impactos negativos nas localidades que estão se desenvolvendo sustentavelmente.
O turismo se beneficia da dimensão cultural da sustentabilidade, pois ele cresce e se desenvolve através da cultura de uma localidade, tanto a população local como os visitantes enriquecem com a troca de valores. Para Tomazzoni (2007):
 

O ambiente turístico não é construído somente sobre alicerces físicos, ou sobre valores materiais mensuráveis por critérios econômicos. A dimensão cultural reúne os elementos da centralidade da cultura; cultura popular; integração cultural; e produtos e atrativos culturais que são fundamentais para o planejamento e gestão do desenvolvimento sustentável do turismo.

Com o turismo aumenta-se o fortalecimento das manifestações culturais como as danças, o artesanato, a arte, os costumes e as tradições da região, identificando dessa forma esses elementos como atrativos turísticos.
Esse crescimento do turismo causa impactos positivos e se mal planejado causa impactos negativos para a localidade conforme citado no Quadro 01.

Quadro 01: Resumo dos impactos socioculturais do turismo

 

FATORES ASSOCIADOS AO TURISMO

IMPACTOS POSITIVOS

IMPACTOS NEGATIVOS

 

O uso da cultura como atração turística

 

Revitalização das artes tradicionais, festivais e línguas. Acréscimo das culturas tradicionais.

Mudanças nas atividades tradicionais. Invasão da privacidade.

 

Contatos diretos entre turistas e

moradores.

 

Ruptura dos estereótipos negativos.

Aumento das oportunidades sociais.

 

Aumento da comercialização.

Introdução de doenças.

Mudanças na estrutura econômica e papéis sociais

 

Maiores oportunidades econômico-sociais. Diminuição de desigualdades sociais.

Conflitos e tensão na comunidade. Perda da linguagem.

 

Desenvolvimento de infraestruturas

Aumento das oportunidades de lazer.

 

Perda de acesso às atividades de recreio e lazer

 

 

Aumento da população de turistas

 

Melhora das condições sanitárias, educação e melhora da qualidade de vida.

 

Congestionamento, multidão, aumento da criminalidade.

Fonte: OMT (1997).

Os ecossistemas costeiros resultam da interação de ambientes marinhos e terrestres que se caracterizam pela diversidade biológica e fragilidade ambiental. Dessa forma, o ambiente litorâneo é um forte a candidato a sofrer influências decorrentes da própria ação da natureza, da especulação imobiliária e da ação turística sem planejamento.   Assim, este artigo objetiva analisar o desenvolvimento turístico na praia de Atalaia, com ênfase nos princípios do turismo sustentável.

2. METODOLOGIA

2.1.  Área de Estudo

A praia de Atalaia está localizada no município de Luís Correia (PIAUÍ-BRASIL), situado a 15 km da cidade de Parnaíba e a 338 km da capital do Piauí, Teresina. Possui cerca de 30 mil habitantes, e uma área de territorial de 1.070,922 km², com vegetação predominante o cerrado e caatinga (IBGE, 2011). O município de Luís Correia abrange cerca de 30 km do litoral piauiense, dividido em 07 belas praias como a Praia do Macapá, Praia do Maramar, Praia de Carnaubinha, Praia do Arrombado, Praia de Itaqui, Praia do Coqueiro e Praia de Atalaia. Algumas não contam com infraestrutura adequada para receber os turistas mais exigentes.
A praia de Atalaia tem cerca de 2 km de extensão, onde dispõe de 14 (quatorze) quiosques, de 28 módulos sanitários compostos por três banheiros ao longo do curso da praia, calçadão, canteiro central, praças para eventos, quiosques de apoio para o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.

2.2. Procedimentos metodológicos

A metodologia empregada na pesquisa caracterizou-se por ser descritiva, qualitativa e exploratória (Severino, 2007) . A princípio foi realizada pesquisa exploratória como base no levantamento bibliográfico e na pesquisa de campo. A técnica de pesquisa utilizada constituiu-se de um formulário e registro fotográfico. Os sujeitos da pesquisa são os órgãos públicos do município e os donos de bares e restaurantes da orla da Praia de Atalaia. Na análise dos dados utilizou-se a metodologia do Coastal Resources Center (Centro de Recursos Costeiros) - CRC (Pollete, 1997) da Universidade de Rhode Island (URI) dos Estados Unidos.
Como técnica da pesquisa foi elaborado um formulário que abrange as questões da limpeza da praia, coleta de lixo, poluição sonora, sistema de esgoto, estacionamentos e conscientização ambiental. E ainda foi utilizada a técnica de registro fotográfico com o intuito de identificar e expor os assuntos questionados.
Os sujeitos da Pesquisa caracterizam-se pelos órgãos públicos e seus representantes como a Prefeitura Municipal, as Secretarias de Meio Ambiente e Turismo, Secretaria de Infra-Estrutura da cidade de Luís Correia (PI). E também os representantes dos bares e restaurantes da orla da Praia de Atalaia no município de Luís Correia (PI).
Para a análise dos dados foram utilizadas técnicas de estatística descritiva, sendo elaborado um diagnóstico para avaliar o turismo sustentável na orla da praia de Atalaia em Luís Correia - Piauí, adaptado do modelo CRC-Centro de Recursos Costeiros (Polette, 1997) da Universidade de Rhode Island (URI).
O Centro de Recursos Costeiros (CRC) mobiliza governos, empresas e comunidades ao redor do mundo para trabalhar em conjunto como guardiões dos ecossistemas costeiros. Trabalham para definir e alcançar a saúde, a distribuição equitativa da riqueza, e intensidades sustentável da atividade humana na zona de transição entre a terra e o mar, numa gestão costeira integrada. O CRC realiza anualmente o programa de treinamento para os indivíduos, principalmente nos países em desenvolvimento. Usa experiencial abordagem de aprendizagem com currículos que mescla teoria acadêmica com experiência de campo. Utilizam profissionais e acadêmicos como instrutores.
No projeto final aplicam-se as experiências reais vividas pelos participantes durante o curso sobre as questões costeiras. Centro de Recursos Costeiros (CRC) da Universidade de Rhode Island (URI) oferece uma versão introdutória do curso (também conhecido como Summer Institute) desde 1992, com mais de 200 (duzentos) alunos que trabalham em 60 (sessenta) países. O curso introdutório é um levantamento de questões de ordenamento costeiro integrado e abordagens, centra-se sobre os desafios de planejamento e execução relacionados com a gestão em nível local e regional costeira. Para este curso incluem baías, ilhas e bacias hidrográficas. Na primeira fase o CRC sugere a identificação e avaliação dos conflitos e preocupações no caso em estudo, através da criação do Quadro 04 para apontar estes.
Assim, foi elaborado um diagnóstico da orla da praia de Atalaia, onde as informações foram obtidas através da observação e análise das condições ambientais, considerando as inter-relações entre os componentes físicos, biológicos e antrópicos. Os dados foram cole­tados através de estudos sistemáticos de campo. Segundo Gil “Na observação sistemática o pesquisador, antes da coleta de dados, elabora um plano específico para a organização e o registro das informações” (1999, p. 114).
Em seguida foi desempenhada a escolha dos conflitos que mais afetam a praia de Atalaia, o CRC recomenda que “Para cada tema, escreva uma ou duas sentenças, caracterizando quais aspectos do recurso(s) estão em conflito, quais são os interesses mais afetados, e se existe alguma discordância entre causa e efeito. Em seguida, liste as características mais importantes para fins de gestão da área de estudo analisada”.
Para a definição da lista dos principais conflitos, considerou-se os seguintes itens:

Depois de realizada a escolha dos conflitos, estes foram interpre­tados e analisados com base em uma visão crítica e científica. Com a interpretação dos conflitos foram criadas soluções de propostas para amenizar os impactos decorrentes do turismo na praia de Atalaia. E por fim, como uma das ações sugeridas foi à criação da Gestão Costeira Integrada.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O presente diagnóstico resulta da observação dos impactos decorrentes do turismo na costa abordada. Para dar início ao diagnóstico foi elaborado um formulário com todos os quesitos a serem investigados, onde este ajudou na coleta e observação das questões a serem abordas. Após os dados coletados, estes foram ajustados ao método do Centro de Recursos Costeiros – CRC (Polette, 1997) da Universidade de Rhode Island (URI) para melhor análise da situação da faixa litorânea examinada. O Quadro 02 aponta as problemáticas investigadas no estudo de caso.

Quadro 02: Questões investigadas na orla da praia de Atalaia


PROBLEMÁTICAS NO CASO DE ESTUDO

1. Limpeza dos bares e orla da praia

2. Coleta de lixo

3. Esgotos dos bares

4. Estacionamentos da orla

5. Animais e veículos à beira-mar

6. Poluição sonora

7. Falta de conscientização ambiental

Fonte: Adaptado de  POLETTE (1997).

A Orla da Praia de Atalaia foi inaugurada no dia 28 de abril de 2011 pelo governador do Estado do Piauí Wilson Martins e possui 1,8 mil metros de extensão. Ao longo da orla encontram-se 14 (quatorze)  quiosques, sendo que comportam 02 (dois) restaurantes com dois 02 (banheiros) cada, são vinte e oito (28) módulos sanitários compostos por três banheiros ao longo do calçadão, 02 (duas) praças de eventos, quiosques de apoio para o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, estacionamento para automóveis, pavimentação da avenida com quatro pistas de rolamento e a iluminação da via e do trecho da praia.
A averiguação foi iniciada pela limpeza dos bares e orla da praia. Os bares são limpos pelos proprietários ao fim do dia, mas a limpeza é realizada de forma insatisfatória, pois fica muito lixo nas proximidades dos bares. A limpeza da areia e do calçadão da praia é realizada pela Prefeitura Municipal de Luis Correia, ação essa que não ocorre com freqüência, deixando ambas com acúmulo de lixo por toda sua extensão.
Dessa forma, pode-se diagnosticar que a limpeza da areia, bares e calçadão realizada atualmente na praia não supre a necessidade existente. Toda a extensão da praia encontra-se comprometida pela falta de limpeza, pois os donos dos bares, o poder público, as pessoas que comercializam produtos informalmente na praia e os turistas e visitantes não limpam e/ou mantém a praia de Atalaia devidamente limpa e organizada causando danos para o meio ambiente costeiro.
São vários os tipos de objetos encontrados na praia como garrafas de plástico e vidro; latas de alumínio; sacos, copos e outros objetos plásticos; restos de alimentos; dentre outros objetos. A Secretaria de Infraestrutura de Luis Correia é responsável pela limpeza da praia de Atalaia e dispõe de 06 (seis) caminhões e 18 (dezoito) garis para a prática da coleta de lixo, sendo que esse número de caminhões e garis promove a limpeza da cidade de Luis Correia e da Praia de Atalaia. Na praia estudada a coleta acontece aos finais de semana, mas os donos de bares afirmam que essa coleta não ocorre em todos os fins de semana.
Os donos dos bares reclamam da falta de coletores de lixo suficientes para todos os quiosques. Estes se encontram sem tampa, o que acaba atraindo urubus e outros tipos de animais, além de causar mau cheiro devido à aglomeração de lixo. Observa-se que o lixo é um grande problema para a praia explorada, podendo ser encontrado por toda parte, dando oportunidade para o surgimento de animais indesejados como os urubus. São muitos os tipos de objetos que estão espalhados ao longo da praia. Faltam ainda coletores para coleta seletiva de lixo.
A água que abastece os quiosques é encanada e chega da cidade de Luis Correia. Cada bar possui dois (02) reservatórios com dois mil (2.000ℓ) litros cada um. Assim não falta água nos bares. O esgoto e fossa séptica dos quiosques são canalizados e interligados e são levados para uma estação de tratamento de água.
Podem ser observados canais que escoam a água da chuva que fica acumulada do outro lado da orla. Esses canais não estão limpos com freqüência, assim dessa maneira com o passar do tempo nasce mato por conta da incidência da água e ocorre o amontoamento de lixo trazido pelo vento, o que provoca mau cheiro e aparecimento de insetos indesejados. A água desses canais escorre diretamente para o mar.
Outro problema que pode ser observado após a conclusão da orla da praia de Atalaia é a quantidade dos estacionamentos. Ao longo do curso da orla podem ser notados em torno de 600 vagas de estacionamentos para automóveis, sendo que não há nenhum ponto para estacionamento de ônibus. O litoral piauiense é muito procurado por turistas e excursionista, sendo que na alta estação o número de excursionistas aumenta significativamente e, por conseqüência, o fluxo de ônibus também aumenta. Dessa forma não existe espaço suficiente para estacionar esses ônibus, dificultando o trânsito nas vias de acesso.
 Mesmo com a existência dos estacionamentos é fácil perceber que há vários carros circulando pela areia, ainda que seja proibido transitar por esse local com qualquer tipo de veículo. Além dos carros podem ser vistos animais como cachorros, cavalos, vacas e urubus como já foi citado. Alguns donos de bares afirmam que os carros só são permitidos em seus bares na baixa estação.
Esses animais afetam a vegetação do local e os carros causam impactos negativos ao ambiente costeiro podendo destruir animais marinhos que vivem na beira-mar alterando o ecossistema. Além desses impactos muitos visitantes e/ou turistas provocam a poluição sonora através dos sons de seus carros. Alguns donos de bares permitem que esses carros desçam até a areia e liguem o som dos carros.
São em grande quantidade os veículos encontrados na faixa litorânea com diversos sons ligados ao mesmo tempo, já nos bares que é a zona “proibida” essa ação também ocorre. Em geral não existe um controle rigoroso para esses atos. As placas de conscientização ambiental não alertam para a proibição desses atos.
Em todo o curso da orla da praia de Atalaia são encontrados em dois pontos placas que tratam da questão da decomposição do lixo jogado no entorno da faixa costeira e de informações sobre a região turística do Delta. Depois de realizado o diagnóstico dos impactos no ambiente estudado foi escolhido 04 (quatro) dos problemas que mais afetam o ambiente costeiro como podem ser identificados no Quadro 03.

Quadro 03: Problemas que mais afetam o ambiente costeiro da praia de Atalaia

ESCOLHA DOS CONFLITOS

01. Limpeza dos bares e orla

02. Coleta de lixo

03. Animais e veículos na praia

04. Poluição sonora

Fonte: Adapatado de Polette (1997).

Assim foi desempenhada uma análise individual de cada um desses conflitos para a partir, de então criar propostas para desenvolver o turismo de forma sustentável na região abordada. A constante limpeza do entorno dos quiosques e da orla (areia e calçadão) da praia é necessária para a preservação desse meio. Melhorando, dessa forma, o ambiente de trabalho dos barraqueiros, proporcionando um espaço saudável e agradável para os turistas que em sua maioria buscam um local ideal para relaxar e usufruir da natureza. A limpeza da praia e de qualquer outro atrativo turístico atinge os princípios da dimensão ecológica do turismo sustentável que visa à mínima deterioração dos ecossistemas.
A falta da coleta sistemática do lixo na praia de Atalaia é um sério problema, pois provoca o acúmulo exagerado por todo o curso da orla, acarretando na poluição excessiva da área, assim como no entupimento de canais de escoamento da água da chuva. A maior incidência do amontoamento de lixo decorre da falta de coletores nos diversos pontos da praia. O turismo é um aliado da sustentabilidade, assim deve trazer benefícios para o meio ambiente para que as gerações futuras também possam apreciá-lo.
Para o crescimento e desenvolvimento do turismo é essencial praticá-lo de forma sustentável. Mas a circulação de veículos e animais na praia de Atalaia trazem riscos tanto para natureza quanto os usuários da praia, negando o ato de turismo sustentável no ambiente costeiro investigado. A permanência dos animais na praia põe em alerta quanto o bem-estar dos usuários da praia, pois as fezes e urina destes trazem doenças e sujam a praia. Ainda é notório o descaso quanto à circulação de veículos à beira-mar. O poder público deveria incentivar e fiscalizar os carros que circulam pela praia, no entanto é fácil encontrar carros da polícia e do corpo de bombeiros praticando essa ação.
Para a realização do turismo sustentável é necessário um planejamento prévio das atividades que acontecem naquele destino, bem como seus impactos, na praia de Atalaia falta esse planejamento, pois o turismo ocorre de forma desestruturada, degradando o meio ambiente e causando a insatisfação dos turistas e/ou visitantes da praia em estudo. A poluição sonora é um dos muitos impactos mencionados a priori. A degradação por meio do som dos carros incomoda os turistas que buscam descanso e acaba por afastar os animais típicos das regiões litorâneas, além de causar outros tipos de agressões já apontadas.
Essa investigação dos conflitos constatou que a praia de Atalaia sofre muitos impactos decorrentes do turismo sem planejamento, o poder público não proporciona meios para que os donos de bares e restaurantes possam trabalhar com responsabilidade para com o meio ambiente, assim como não oferece infraestrutura adequada para receber o fluxo intenso de turista que freqüentam a praia de Atalaia.
Na pretensão de se conhecer o turismo sustentável na orla de Atalaia foram observados os conflitos existentes devido à ação turística. Assim foram criadas medidas de caráter técnico para a implementação de propostas de projetos e ações para desenvolver o turismo sustentável na praia investigada, como poder ser visto no Quadro 04.

Quadro 0­4: Ações para implantar o turismo sustentável na Praia de Atalaia

 

CONFLITO

 

AÇÕES ANTECIPADAS PARA SOLUÇÃO DE CONFLITOS

 

QUEM DEVE AGIR?

 

LIMPEZA DOS BARES E ORLA

1. Contratação de pessoal especializado para limpeza da orla.

1. Parceria do Governo do Estado do Piauí com a Prefeitura de Luís Correia.

2. Limpeza constante dos bares.

2. Os donos dos bares e seus funcionários.

3. Programas de sensibilização dos donos de bares e turistas quanto à limpeza da praia.

3. Parceria do Governo do Estado do Piauí com a Universidade Federal do Piauí.

 

COLETA DE LIXO

1. Expandir através de concurso público o número de garis e conseqüentemente a frota dos caminhões de lixo.

1. Prefeitura Municipal de Luís Correia.

2. Aumentar a quantidade de dias para que o lixo seja coletado na praia de Atalaia.

2. Prefeitura Municipal de Luís Correia.

3. Implantar coletores com tampa no curso da orla e na proximidade dos bares e coletores de coleta seletiva no calçadão da praia.

3.  Governo do Estado do Piauí em parceria com a Prefeitura de Luís Correia.

 

 

ANIMAIS E VEÍCULOS NA PRAIA DE ATALAIA

1. Retirar os carros da polícia militar e do corpo de bombeiros da areia da praia. A ronda pode ser feita a pé, por duplas de soldados em distintos pontos da praia, já que no calçadão existem quiosques de apoio para a polícia e corpo de bombeiros. Os bombeiros podem ficar nos pontos de observação implantados na praia.

1. Grupo Gestor responsável pela Praia de Atalaia em parceria com a Secretaria de Turismo de Luís Correia

2. Alertar pessoal especializado para a retirada dos animais da praia e fiscalização frequente no local.

2. Prefeitura Municipal de Luís Correia e Secretaria Municipal de Saúde.

3. Informar aos motoristas sobre a dimensão do impacto que os carros provocam ao meio ambiente e multar aqueles que continuarem a transitar pela praia.

3. SEBRAE em parceria com o curso de Bacharelado em Turismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN-PI).

 

POLUIÇÃO SONORA

1. Proibir carros na areia da praia.

1. Prefeitura de Luís Correia e Secretaria de Turismo de Luís Correia.

2.  Aumentar a fiscalização.

2.  Prefeitura de Luís Correia e Secretaria de Turismo de Luís Correia.

3. Implementação de programas de conscientização para os usuários de som de carro na beira-mar.

3. Secretaria de Turismo de Luís Correia em parceria com SEBRAE.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Adapatado de Polette (1997).
           

Existe um Grupo gestor que foi estruturado pelo Governo do Estado do Piauí para gerir os interesses da praia de Atalaia, mas vale ressaltar que a UFPI, Campus Universitário de  Parnaíba (PI) não foi convidada a participar deste grupo, tendo como requisito para se fazer presente nesta comissão o curso de Bacharelado em Turismo, que visa através da graduação de Bacharéis em Turismo, ampliar e conduzir de forma sustentável o turismo da região.
Então, baseando-se nos princípios da sustentabilidade, observa-se que na praia de Atalaia o turismo acontece de forma irregular, assim a praia investigada necessita de outras ações além das citadas a priori, como a criação de um Programa de Gestão Costeira Integrada na praia estudada. Esse programa tem o intuito de tornar sustentáveis os múltipos recursos costeiros e a manutenção da biodiversidade e para atenuar os conflitos entre os atores que exercem algum tipo de influência nos ambientes costeiros. É entendido de forma a incluir o poder público, as instituições não-governamentais e a sociedade. No Quadro 05, apresentam-se as estratégias para a Gestão Costeira Integrada.

Quadro 0­5: Estratégias de Gestão Costeira Integrada

1. Trabalhar nos diferentes níveis (federal, estadual/regional e local), com forte ligação entre os níveis.

2. Construção de projetos a partir de problemas que foram identificados por meio de um processo participativo.

3. Construir o Comitê Gestor para o gerenciamento dos recursos por meio de processos de mobilização dos atores institucionais e sociais que têm como foco a tendência de uso dos recursos, como estes afetam a sociedade e os benefícios para o processo de gerenciamento.

4. Desenvolver um processo aberto democrático e participativo envolvendo todos os atores no planejamento e na sua implementação, especialmente dos utilizadores dos recursos.

5. Utilizar e, sempre que possível, aprimorar as ações executivas por meio de um sistema de informações/banco de dados científicos para o planejamento e para a tomada de decisões, utilizando de monitoramento na avaliação de desempenho do Projeto de Gestão.

6. Construir uma capacidade nacional por meio de capacitação e treinamentos de curto e longo prazos, sob a ótica de aprender-fazer, cultivando, assim, profissionais ao longo do país, estimulando as trocas de experiências locais e regionais.

7. Completar o ciclo entre o planejamento e a implementação de forma tão rápida quanto possível, com pequenos projetos executivos que demonstrem a viabilidade de planos de intervenção inovadores, de forma a demonstrar o compromisso de agir na busca dos enunciados das propostas de intervenção.

8. Aumentar a adoção de ações que levem a uma gestão equilibrada e ecologicamente sustentável de recursos da zona costeira.

9. Fortalecer ou introduzir mecanismos para ações intersetoriais no nível local.

10. Adotar e incrementar uma gestão integrada da orla de forma que esta possa ser adaptada a médio e longo prazo, reconhecendo que o projeto pode ser desenvolvido em ciclos de acompanhamento e revisão.

Fonte:  Adpatado de Polette (1997).

O Programa de Gestão Costeira Integrada trabalha dentro da perspectiva de sustentabilidade ambiental, a partir dos problemas identificados ao longo do litoral, onde se dá a elaboração de planos por meio de um processo participativo contínuo e interativo das entidades envolvidas para que sejam alcançados os resultados esperados.
As ações adotadas serão aplicadas não apenas em curto prazo, mas de modo que essas também possam ser adaptadas de acordo com as realidades regionais e locais, a médio e longo prazo, já que a sustentabilidade exige mudanças de caráter ético em todos os níveis.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme a pesquisa realizada na Praia de Atalaia, foi possível inferir que o turismo praticado na região acontece de forma desestruturada. Baseando-se nessa premissa é necessário salientar a importância da ação do poder público, privado e da comunidade civil no processo do desenvolvimento sustentável na praia abordada.
A partir da metodologia empregada pôde-se diagnosticar e identificar através de registros fotográficos os impactos negativos que a praia de Atalaia sofre com a ação turística mal planejada, que são a falta de limpeza do ambiente litorâneo por parte dos barraqueiros, turistas e órgãos públicos, assim como a falta da coleta sistemática de lixo, estacionamentos insuficientes para automóveis e a falta deles para ônibus, a concentração de veículos e animais na orla da praia, a poluição sonora provocada pelos veículos que circulam pela praia e a falta de conscientização dos atores beneficiados direta ou indiretamente com o turismo. Assim, foi realizada a análise da intensidade dos impactos mais relevantes para que a partir de então, proporem-se ações para que o turismo possa ser planejado e desenvolvido de forma sustentável.
Sugere-se que o poder público crie medidas de sensibilização ambiental para promover a sustentabilidade, incentivando e alertando os donos de bares, os vendedores ambulantes e os turistas quanto à importância da preservação ambiental e dessa forma manter o bem-estar do ambiente costeiro e a continuidade do turismo.
Diante disso, compreende-se que resolução dos conflitos ambientais se dá por meio do planejamento do turismo, pois o conhecimento dos danos é indispensável para o crescimento ordenado do turismo, bem como para o aumento da renda dos atores envolvidos na prestação de serviços e para a manutenção e preservação dos atrativos naturais. Assim, o procedimento da investigação do meio ambiente é um ponto norteador para o planejamento turístico, onde devem ter bases sustentáveis para se chegar a uma interpretação confiável do ambiente em questão e assim ocorrer o desenvolvimento sustentável.
Perante o que foi exposto, infere-se a praia de Atalaia tem capacidade de se tornar um atrativo sustentável. O litoral piauiense ainda não foi totalmente explorado e se planejado de maneira adequada pode manter a conservação ambiental, crescer economicamente e melhorar a qualidade de vida das populações receptoras dessas regiões.
Portanto, conclui-se que este estudo demonstrou que a maneira como o turismo é trabalhado na praia de Atalaia não estão dentro dos princípios da sustentabilidade. Apesar da construção da orla a ação do turismo de massa continua a causar sérios impactos que só podem ser sanados através de medidas preventivas e corretivas tomadas pelos atores que abrangem a atividade turística. Assim propõe-se que este estudo seja implantado para outras praias do litoral piauiense ou que seja feita uma análise em conjunto desses destinos.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, Lindemberg de Medeiros. (2008): “Análise de Stakeholderspara o turismo sustentável”. Caderno Virtual de Turismo, vol. 8, n 1, março de 2008, p. 91-99. Disponível em:http://www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/index.php?journal=caderno&page=article&op=view&path%5B%5D=260&path%5B%5D=185. Consultado em: 25/ 05/ 2011 às 17h10min.

BARDDAL, Roberto; ALBERTON, Anete; CAMPOS, Lucila Maria de Souza. (2010): “As dimensões e métodos de mensuração da sustentabilidade e o turismo: uma discussão teórica”. Revista de Gestão Social e Ambiental. vol. 4, n. 2, maio./ago, p. 138-155. Disponível em: http://www.revistargsa.org/rgsa/article/view/274/108. Consultado em: 18/05/2012 às 17h19min.

COOPER, Chris; FLETCHER, John; FYALL, Alan; GILBERT, David; WANHILL, Stephen. (2007): Turismo: princípios e práticas”. 3. ed. Porto Alegre: Bookman.

DIAS, Reinaldo; AGUIAR, Marina Rodrigues de. (2002): “Fundamentos do turismo: conceitos, normas e definições”. Campinas, SP: Alínea.

GEE, Chuck Y; FAYOS-SOLÁ, Eduardo. (2003): “Turismo internacional: uma perspectiva global / Organização Mundial do Turismo e Rede de Educação da OMT”. 2. ed. Porto Alegre: Bookmann.

GIL, Antônio Carlos. (1999): “Métodos e técnicas de pesquisa social”. 5. ed. São Paulo: Atlas.

IBGE, Instituto brasileiro de geografia e estatística. (2004): “Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente”. 2 ed.  Rio de Janeiro, RJ. 332 p.

IGNARRA, Luiz Renato. (2003): “Fundamentos do turismo”. São Paulo: Pioneira.

LOHMANN, Guilherme; NETTO, Alexandre Panosso. (2008): “Teoria do Turismo: conceitos, modelos e sistemas”. São Paulo: Aleph.

MOLINA, Sergio; RODRÍGUEZ A., Sergio. (2001): “Planejamento integral do turismo: um enfoque para a América Latina”. Bauru, SP: EDUSC.

MONTIBELLER-FILHO, G. (2001): “O mito do desenvolvimento sustentável: Meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias”. Florianópolis: ed. da UFSC.

OMT. Organização Mundial do Turismo. (1997): “Manual técnico nº 1: conceptos, definiciones e clasificaciones para las estadísticas del turismo”. Madrid.

POLETTE, Marcus. (1997): “Gerenciamento Costeiro Integrado: proposta metodológica para a paisagem litorânea da microbacia de Mariscal - município de Bombinhas (SC) – Brasil”. Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais). Curso de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de São Carlos (SP), São Carlos.

RUSCHMANN, Doris Van de Meene. (1997): “Turismo e planejamento sustentável: a proteção do meio ambiente”. Campinas, SP: Papirus.

SANTOS, Milton. (2006): “A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção”. 4. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo – (Coleção Milton Santos; 1)

SEVERINO, Antônio Joaquim. (2007): “Metodologia do trabalho científico”. 23. ed. rev. e atualizada. São Paulo: Cortez.

SWARBROOKE, John. (2000): “Turismo sustentável: conceitos e impacto ambiental”. São Paulo: Aleph.

TOMAZZONI, Edegar Luis. (2007): “Dimensão cultural do turismo”. In: VIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sul, Rio Grande do Sul: Passo Fundo.



TURyDES es una revista acadmica iberoamericana, editada y mantenida por el Grupo eumednet de la Universidad de Mlaga.

Para publicar un artculo en esta revista vea "Sobre TURyDES ".

Para cualquier comunicacin, enve un mensaje a turydes@eumed.net


 
Turismo y Desarrollo Ofertas especiales de
Paquetes por Europa con Paris y Londres
para los subscriptores de la revista.
Visita ya Europa y conoce nuevos lugares y culturas.
Inicio
Sobre TURyDES
Nmeros anteriores
Anuncios
Subscribirse a TURyDES
Otras Revistas de EUMEDNET