DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS DO INSTITUTO DO ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ – IESAP

Ione Vilhena Cabral
Roberto Carlos Amanajas Pena

1.2  Breve contexto da Educação Religiosa  no Brasil

O Brasil tem suas primeiras atribuições educacionais com os padres jesuítas (comentado no tópico anterior), podiam ser analisados similares ao processo educativo, a educação religiosa provinha da idade média quando a Europa foi conduzida pelos tratados teocêntricos da palavra divina como mediador do povo. Porém, com a formação e o nascer da burguesia cria-se um novo estilo de vida baseado na exploração material e propriedade intelectual do povo pelo clero, e este configura-se por meio da coroa de Cristo em manipular por intermédio das ações as consciências dormentes e cansadas sob domínio da retórica cristã.
Comenta ARRUDA  2007:

“Embora recebessem educação padronizada, os brasileiros entravam em contato com outros estilos de vida e traziam as aspirações da civilização urbana mais avançada e vislumbrada no velho mundo para contrapor ao modo de vida rural e patriarcal da colônia. Esses elementos de diferenciação fizeram germinar idéias políticos e sociais reveladoras da insatisfação do Status quo”. (ARRUDA PG.165)

Com isso, a estrutura da igreja ultrapassa os limites da educação, tendo a monarquia para estabelecer uma divisão entre o homem iletrado pelo homem erudito. A reminiscência por meio da patrística e escolástica configura a passagem por esse período turbulento em que, o lado educacional estava contido em poder do clero e monarquia seguido pela burguesia.
Identifica-se que a educação no Brasil continuava a ser isômera a do século anterior mantendo-se um ensino tradicional baseado nos pensadores racionalista com ênfase na cultura dos poderosos que possuíam maior riqueza e os privilégios da intelectualidade da corte. Isso desdobrava-se com outros conceitos que, visualizassem a maneira de como o saber era repassado. A educação aos poucos foi participando da cúpula oriunda da classe da opulência, sendo moldada a partir da graça ocidental urbanizada, aos desígnios climáticos e tropicais do Brasil.

Assegura ARRUDA 2007:

“A educação interessava apenas a poucos elementos da classe dirigente e, ainda assim, como ornamento e erudição. Era literária, abstrata – além de dogmática -, afastadas dos interesses materiais, utilitários, e até estranha, por tentar trazer o espírito europeu urbano para um ambiente agreste e rural”. (ARRUDA PG. 164)

A especificidade dos jesuítas no Brasil era apenas doutrinar os verdadeiros donos da terra para depois transmitir a cultura de vida e aspirações do velho continente, contudo as companhias eram responsáveis pela educação religiosa, o ensino jesuítico controlava as lições de aprendizagem e limitações destinadas ao modo de alcançar funções de obediência.
A colônia estava voltada para produção e não para a educação, nesse seguimento as proporções era a de um ensino desprezado pela sociedade, o que, caracterizou-se um total abandono nas noções de saber, o reflexo se estende as nações ocidentais como modelo a seguir pela doutrina dogmática. Embora alguns brasileiros procurassem por meios próprios o destino educacional como forma de sobrevivência, já que a ação era oferecida pela igreja e não pela coroa, passa-se então a perceber que, para sorver o ensino o apostolado era preciso dirigi-se com suas colocações para os seminários e colégios religiosos sobre doutrina rigidamente clerical.
Comenta ARRUDA 2007:

“No século XVII, o ensino no Brasil não apresentou grandes diferenças com relação ao século anterior. O ensino jesuítico manteve a escola conservadora, alheia a revolução intelectual representada pelo racionalismo cartesiano e pelo renascimento cientifico. Centrada no nível secundário, a educação visava a educação humanística, privilegiando o estudo do latim, dos clássicos e da religião. Não fazia parte do currículo escolar as ciências físicas ou naturais, bem como as técnicas ou as artes”.
(ARRUDA PG.164)

Com fundamento nestas colocações e propriedades torna a igreja a única detentora da informação para época, já que, para se inserir no lado formal do conhecimento bastava-se colocar a disposição dos seus cuidados sacerdotais. Frisa que era uma saída para o mundo do saber. Os seminaristas eram enviados para estudos no antigo continente, e estudavam as técnicas e a maneira como os dirigentes do apostolado aprendiam a ciência da educação.  

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