As energias alternativas são a saída para o problema energético do  mundo e se elas não são economicamente viáveis, isto se deve ao fato de que no  custo do petróleo não estarem embutidos os custos devastadores que o seu  consumo impõe a sociedade (BERMANN, 2001).
  As fontes alternativas de energia, sem dúvida, terão uma  participação cada vez mais relevante na matriz energética global nas décadas  vindouras, podendo chegar a 10% em 2020. No setor de transportes, as principais  montadoras mundiais estão comercializando veículos híbridos (associando motores  a explosão e elétricos), e trabalhando seriamente no desenvolvimento dos  modelos a hidrogênio, onde as células a combustível fazem a conversão de  energia (TOLMASQUIM, 2003).
  Neste contexto, a energia solar é das promissoras. Segundo  Russomano (1987), está pode ser definida como a energia transmitida pelo Sol  sob a forma de radiação eletromagnética; ela é, na realidade, a origem de todas  as formas de energia, pois até os combustíveis fósseis dela se utilizaram em  sua gênese. 
  O uso da energia solar vem crescendo em suas diversas alternativas  de aproveitamento: térmica a baixas temperaturas, térmica a altas temperaturas  e fotovoltaica, tanto para aplicações rurais isoladas quanto para uso urbano  interconectado a rede elétrica. A indústria de fabricação de sistemas eólicos e  solares vem apresentando um crescimento vertiginoso, com taxa anual médio acima  dos 30% (TOLMASQUIM, 2003).
  Internacionalmente a geração de energia  através da conversão fotovoltaica tem sido preferível à alternativa via  térmica. A sua modularidade, favorecendo sistemas distribuídos já demonstra  aplicações importantes para regiões isoladas e poderá ser crescentemente  importante para aplicações de maior porte em 10-20 anos interconectadas à rede  elétrica (JANNUZZI, 2003). 
   A  geração de energia elétrica por meio da conversão fotovoltaica é menos  agressiva ambientalmente por que elimina, pelo menos, duas etapas importantes  do processo de geração de eletricidade, quando são utilizadas usinas  termoelétricas convencionais ou nucleares.  A primeira etapa do ciclo de uma usina movida a carvão, óleo combustível  ou nuclear está relacionada à produção, transporte e armazenamento do  combustível. Os processos de produção, particularmente do carvão, provocam  enormes impactos ambientais. No processo de transporte, o impacto ambiental  devido aos possíveis derramamentos de óleo. Em usinas termoelétricas a carvão  ou a óleo, a conversão da energia química é feita mediante sua combustão que  normalmente libera grandes quantidades de poluentes e gases provocadores do  aquecimento global. Finalmente, na conversão nuclear não está adequadamente  resolvida a questão do repositório final do lixo nuclear. Porém, na tecnologia  fotovoltaica atual, ainda existem impactos ambientais importantes na fase de  produção dos módulos, que é uma tecnologia intensiva em energia, durante a  operação, caso ocorra incêndio (liberação de substâncias perigosas), e  finalmente no fim da vida útil de uma central fotovoltaica com o lixo  resultante (TOLMASQUIM, 2003).
  O Brasil recebe elevados níveis de  incidência da radiação solar praticamente durante todos os meses do ano  (TOLMASQUIM, 2003). Mesmo com essa grande vantagem, necessita desenvolver uma  estratégia de pesquisa e desenvolvimento para essa área visando: 
  a) analisar as necessidades  tecnológicas e viabilidade econômica para a produção de silício de grau solar  (a indústria de painéis fotovoltaicos utiliza restos de silício de “grau  eletrônico”, mais caro) no país; 
  b) apoiar o desenvolvimento de células  e painéis solares no país a partir de silício de “grau solar”; 
  c) desenvolvimento e produção de  componentes/ sistemas eletrônicos, conversores, inversores para painéis  fotovoltaicos; 
  d) desenvolvimento de mecanismos  regulatórios e tarifários para incentivar a criação de um mercado para essa  tecnologia (como é feito em diversos países) e 
  e) criação de normas técnicas e padrões  de qualidade (JANNUZZI, 2003). 
  Não diferente da energia solar, a eólica também é considerada como  forma renovável e não poluente. Provém da força dos ventos e pode ser  considerada uma manifestação da energia solar, pois os ventos se originam das  diferenças de temperatura das massas de ar (RUSSOMANO, 1987).
   O perfil da evolução da energia eólica na década de 90  indica perspectivas promissoras para o crescimento da indústria eólica mundial  para as próximas décadas. Cada vez mais, países em todo o mundo encontram na  energia eólica um importante complemento da geração de energia elétrica de  forma limpa e ecologicamente correta (TOLMASQUIM, 2003).
   Para Tolmasquim (2003), no Brasil a dinâmica tecnológica de  produção de energia eólica está dispersa em ações isoladas de universidades,  centros de pesquisas e concessionárias, com uma produção científica e  tecnológica que somente ganhou destaque a partir do final da década de 70 e ao  longo da década de 80.
  O aproveitamento dos ventos para a geração de energia elétrica  apresenta, como toda tecnologia de produção de energia, algumas características  ambientais desfavoráveis como, por exemplo: impacto visual, ruído audível,  interferência eletromagnética, ofuscamento e danos a fauna, ainda em que  pequena escala. Essas características negativas podem ser significativamente  minoradas, e lógicas. Uma das características ambientais favoráveis da energia  eólica está na não necessidade do uso da água como elemento motriz ou mesmo  como fluido de refrigeração. Apresenta também vantagem de não produzir resíduos  radioativos e não ter emissões gasosas. Além disso, cerca de 99% de uma área  usada em um parque eólico pode ser utilizada para diversos fins, como a  pecuária e atividades agrícolas (TOLMASQUIM, 2003). 
  A geração de energia elétrica através dos recursos hídricos no  Brasil, não é nova, se deu a partir do final do século XIX, com base em  centrais de pequeno porte, da ordem de algumas centenas de quilowatts, construídas  e operadas principalmente por prefeituras e empresas particulares (TOLMASQUIM,  2003). 
  No Brasil, sempre a energia hidráulica foi dominante, uma vez que  o Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. Fato  comprovado pelo crescimento na geração de eletricidade onde o país cresceu a  uma taxa média anual de 4,2% entre 1980 e 2002 (GOLDEMBERG; LUCON, 2007). 
  Atualmente, o crescimento do setor elétrico brasileiro é dos mais  elevados do mundo sob a ótica de qualquer país em desenvolvimento. O número  total de consumidores no país, tanto na área industrial, comercial, como  residencial, não deixa de crescer, assim como também as grandes oportunidades e  as grandes hidrelétricas vêem como forma de atender essa demanda (TOLMASQUIM,  2003). 
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![]() 1647 - Investigaciones socioambientales, educativas y humanísticas para el medio rural Por: Miguel Ángel Sámano Rentería y Ramón Rivera Espinosa. (Coordinadores)  Este  libro  es  producto del  trabajo desarrollado por un grupo interdisciplinario de investigadores integrantes del Instituto de Investigaciones Socioambientales, Educativas y Humanísticas para el Medio Rural (IISEHMER).  Libro gratis  | 
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