Nos vários  planos e programas de desenvolvimento territorial das sub-regiões do Centro é  evidente a importância do produto saúde e bem-estar e da sua revitalização  enquanto fator de atratividade turística e desenvolvimento territorial1.
O turismo ocupa  posição de destaque na estratégia de desenvolvimento desta região sobretudo no  que diz respeito ao turismo de saúde e bem-estar através do recurso “estância  termal”, ao reconhecer a riqueza da região em termos de recursos hidrominerais  bem como a existência de estruturas de apoio à sua utilização que configuram um  posicionamento privilegiado deste subsetor turístico no contexto nacional e  ibérico.
  Do programa  destaca-se a Linha Estratégica 4 – Valorização de Recursos Territoriais Específicos,cuja ação incidena valorização dos recursos  endógenos privilegiando territórios de baixa densidade associados a espaços  específicos, tais como aldeias, áreas de serra, linhas de água, estâncias  termais, entre outros.
  Esta região  possui um elevado número de complexos termais associados  a propriedades terapêuticas diversas embora,  muitos destes se encontrem abandonados, com unidades hoteleiras  degradadas e insuficientes e alguns integrados em aglomerados urbanos  degradados, contribuindo para a desvalorização do recurso, no contexto local e  regional. Apesar de a maioria ter diversificado a sua  oferta combinando várias possibilidades de  fruição, alargando o período de funcionamento, coexistindo as valências saúde e  lazer/bem-estar, a promoção dos serviços revela-se insuficiente.
  Tendo  em conta as potencialidades proporcionadas pelos recursos termais, as estâncias  termais são enquadradas no Projeto Estruturante (PE) – Criação, reabilitação e  requalificação de complexos termais,onde a reabilitação e requalificação daqueles complexos e dos aglomerados  onde se inserem, bem como a divulgação e promoção integrada,  são tomados como fatores impulsionadores do seu desenvolvimento e adequada  valorização e promoção numa lógica regional.
  As  principais ações gerais definidas no âmbito deste projeto são:
Como intervenções complementares definiram-se a:
A concretização destas ações tem como margem temporal 2008-2012 e estima-se um investimento de 31.301.600 €.
O Baixo Mondego  tem uma atividade turística bastante consolidada, contudo, reconhece-se um  cenário de relativa dispersão e desconexão da oferta e da ausência de um fator  de atratividade que por si só justifique um aumento exponencial de turistas.  Neste sentido, segundo as orientações deste programa, o almejado  desenvolvimento do setor terá que passar pela exploração da tendência de  crescimento de novas procuras e públicos onde se insere o turismo de saúde e  bem-estar, numa linha de valorização competitiva dos recursos endógenos.
  A estratégia  está materializada em 5 eixos estratégicos dos quais se destaca o Eixo III - Transformar o  Baixo Mondego numa jazida sustentável de emprego e crescimento,  assumindo o rio como mais uma forma de ligação entre os diferentes territórios, cuja  ação é sustentada pelo património natural, histórico e cultural expresso na paisagem,  nos produtos regionais e nas tradições, recursos encarados como potenciadores  de novas formas de turismo. 
  Os recursos termais são enquadrados  particularmente no objetivo específico 6, “Promover a  integração do turismo e do lazer na valorização territorial - cultura,  património e mundo rural” e por duas ações integradas. 
  Merece destaque  a “Ação Integrada de Base Territorial Luso/Buçaco” que pretende o  desenvolvimento de um destino complexo, um pólo de atividades ligadas ao  turismo, saúde, beleza e bem-estar, aproveitando a marca Luso, a paisagem local  (mata e palácio do Buçaco), as competências da Universidade, Hospitais e  unidades de investigação de Coimbra, da hotelaria, comércio, equipamentos  desportivos, I&D entre outros, e promovendo a cooperação com as outras  unidades termais da região.
  A AIBT  Luso/Buçaco materializa-se em três eixos que contemplam essencialmente a  componente da investigação e desenvolvimento associadas à beleza, a longevidade  e vida saudável (destino inovador), a atração de empresas, indústrias e  técnicos especializados da cosmética e dos produtos de beleza, e a oferta  hoteleira na valorização de estadias de diferentes períodos com base nos  produtos e serviços de bem-estar inerentes. É concretizada através de um  conjunto de intervenções:
Esta ação, para o horizonte temporal 2008-2010, dispõe de um elevado investimento, 150.000.000 € dos quais 75.000.000 € provêm da iniciativa privada.
A Beira Interior  Sul assume ser incipiente a atividade turística na região assente numa carência  de recursos capazes de atrair um turismo de massas, pelo que, tem apostado na  valorização dos recursos existentes e no desenvolvimento de alguns nichos de  mercado criando alternativas económicas principalmente nas áreas rurais.
  Neste contexto,  enquadra os recursos termais no eixo “Consolidação e qualificação dos espaços  sub-regionais” e encara-os, principalmente as termas de Monfortinho, como uma  das “forças” do território enaltecendo a sua forte atratividade turística e  reforçando-o como um destino de saúde e bem-estar. O investimento na  reabilitação das termas, com um orçamento de dois milhões de euros, é tido como  uma das grandes “oportunidades”, contudo, as ações delineadas no âmbito da  requalificação urbana, estão classificadas, neste plano, como “intenções”.
De referir que o Programa Territorial de Desenvolvimento para a Sub-Região do Baixo Vouga e Programa Territorial de Desenvolvimento do Médio Tejo e Pinhal Interior Sul não fazem qualquer alusão aos recursos termais presentes nestes territórios e a quaisquer ações no sentido da sua revitalização e valorização.
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