A oferta do  produto de saúde e bem-estar em Portugal é maioritariamente representada pelas  estâncias termais distribuídas um pouco por todo o país. 
  O parque termal  português é composto por 48 estabelecimentos termais, dos quais apenas 38 1 estiveram em atividade em 2009, devido a encerramentos temporários ou  permanentes por via da remodelação e reestruturação física de algumas termas  mas, também, por perda de propriedades terapêuticas e falta de capacidade  técnico-finaceira de outras (FRASQUILHO, op.  cit.). Neste momento, o Centro é a região que congrega mais  estabelecimentos, e em funcionamento, 19, representando 50% do total,  solidificando a importância deste setor turístico na região, seguida pelo Norte  com 16 e o Alentejo e Algarve com 3. 
  Em Portugal, a  atividade termal é regulada pela Associação das Termas de Portugal 2,  da qual são associadas 44 estâncias termais (figura 4), de natureza pública,  mista e privada, que visa fundamentalmente a promoção e o desenvolvimento  técnico, económico e social do termalismo e das termas portuguesas. 
  A ATP desenvolve  a sua ação assente em objetivos como a valorização e projeção sócio-económica  dos setores integrados na atividade termal, a união entre todos os associados  assim como a sua representação junto de entidades públicas ou privadas e  organismos similares em Portugal e no estrangeiro, a realização de estudos  económico-jurídicos, de mercado e técnicos com vista ao crescimento do setor, e  o fomento de iniciativas de interesse para o setor assim como uma concorrência  saudável entre membros3 .
As indicações  terapêuticas das águas termais portuguesas são diversificadas (quadro 6),  destacando-se, no âmbito do termalismo clássico, a oferta de estabelecimentos  vocacionados para o tratamento de doenças músculo-esqueléticas e reumáticas  (75%), que são de resto as que suscitam maior procura (mais de 50%), seguidas  das do aparelho respiratório e de pele (67,5% e 45%), reservando-se a menor  oferta para as doenças do sistema nervoso e do sangue (2,5% respetivamente),  assim como a menor procura.
  A administração  e gerência do parque termal português (quadro 7) está maioritariamente votada à  iniciativa privada que abarca 24 estâncias (63%), onde se destaca a Unicer, SA  como o principal operador privado no setor. O setor público concessiona 10  estabelecimentos, mantendo igualmente parcerias com o setor privado.
  Em 2009, a época  termal de 18% dos  estabelecimentos termais foi anual, sendo que a média de funcionamento é de  cerca de 8 meses com uma parte substancial das unidades com um período reduzido  de funcionamento, algumas devido a obras de remodelação que sofreram e que  condicionaram a sua abertura e pleno funcionamento. 
  As  estâncias termais têm nestes últimos anos procurado diversificar os serviços de  oferta, sendo que, para além da vertente termal clássica e terapêutica, muitas  vêm congregando e complementando esta vertente com programas de saúde e  bem-estar que têm representação em mais de 50% das estâncias termais  portuguesas, denotando a importância crescente deste segmento. 
Monção, Melgaço, Chaves, Gerês, Carvalhelhos, Carlão, Caldelas, Eirogo, Taipas, Caldas da Saúde, Vizela, Moledo, Aregos, Entre-os-Rios, S. Jorge, Carvalhal, Longroiva, Almeida, Cavaca, Alcafache, S. Pedro do Sul, Sangemil, Felgueira, Vale da Mó, Curia, Luso, Manteigas, Cró, Unhais da Serra, Monfortinho, Envendos, Monte Real, Caldas da Rainha, Vimeiro, Fadagosa de Nisa, Sulfúrea, Monchique e S. Vicente (DGEG, citada em TP, 2010).
2 A Associação das Termas de Portugal (ATP) foi constituída em 16 de dezembro de 1996 em resultado do processo de reestruturação da ANIAMM - Associação Nacional dos Industriais de Águas Minero-Medicinais e de Mesa (informação disponibilizada no endereço eletrónico da ATP: www.atp.com, a 03/08/10).
3 Informação disponibilizada no endereço eletrónico da ATP: www.atp.com, a 03/08/10.
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