Neste ponto realiza-se uma síntese integradora das análises efetuadas  sobre a avaliação da situação de referência (Anexo I) e dos questionários,  procurando identificar-se os principais fatores positivos e obstruentes  suscetíveis de influenciar a revitalização e o desenvolvimento do produto de  saúde e bem-estar, na vertente das estâncias termais, na região Centro.
  A necessária análise mais global do produto de saúde e bem-estar é o mote  para a análise realizada ao nível de cada estância, uma  abordagem mais  específica que permite descortinar as realidades singulares de cada unidade. O  diagnóstico estratégico apresentado sob a forma de modelo SWOT (quadro 31) compreende uma matriz relacional de pontos fortes,  pontos fracos, oportunidades e ameaças, segundo uma vertente interna e externa,  cuja leitura integrada permite evidenciar as vantagens competitivas, as  potencialidades mas também as fragilidades e vulnerabilidades, constituindo-se  como base da construção de um conjunto de objetivos e medidas adequados a cada  realidade.
  Esta matriz sugere a delineação de  estratégias, de forma mais sustentada, que conduzam à maximização das  oportunidades do ambiente, e construídas sobre os pontos fortes de cada unidade  termal e à minimização das ameaças, bem como à redução dos efeitos dos pontos  fracos das mesmas.
  Não obstante  um conjunto de elementos que são transversais à maioria das estâncias termais  portuguesas, foram identificados um conjunto de elementos chave em cada um dos  vetores da matriz SWOT que  caracterizam de forma geral o produto de saúde e bem-estar na região TCP (quadro 32).
  Esta região  detém uma posição privilegiada no que diz respeito às propriedades medicinais  das águas minerais, ricas e diversificadas, e à quantidade e dimensão das  estâncias termais que aqui se localizam. O desenvolvimento do segmento de saúde  e bem-estar que se tem vindo a consolidar nos últimos anos, a inserção em territórios  historicamente e patrimonialmente ricos a vários níveis, assim como as ótimas  acessibilidades, nomeadamente rodoviárias, constituem os principais pontos  fortes.
  Este conjunto  constitui o ponto de partida para o aproveitamento das oportunidades que a realidade  externa oferece sobretudo quando a região Centro se posiciona como prioritária  para o desenvolvimento do turismo de saúde e bem-estar.
  Assiste-se a  uma preocupação crescente com a saúde e com o bem-estar, o que se traduz num  aumento de clientes efetivos e potenciais com esta motivação. Note-se que a  região Centro tem tido um crescimento médio anual de cerca de 23%, e tendo em  conta que é um segmento que se encontra em fase embrionária nesta região, goza  de uma margem de progressão muito grande. O facto de o Centro deter um conjunto  de outros recursos e produtos que lhe conferem notoriedade turística e  capacidade suficiente por si só para atrair clientes, constitui uma  oportunidade para a construção de um produto completo e competitivo.
  A Estratégia  de Eficiência Coletiva - PROVERE, especificamente direcionada para a  revitalização das estâncias do Centro constitui, neste momento, uma das  principais e mais cruciais oportunidades das estâncias nomeadamente em termos  de intervenções de requalificação das estruturas físicas, da organização e  promoção assim como, a aposta na promoção cada vez mais eficaz por parte do TCP e o facto de se inserirem em ambiências  paisagísticas naturais cuja exploração turística não está esgotada, muito pelo  contrário, em alguns casos está mais do que subaproveitada, perfilam-se  igualmente como grandes oportunidades do setor.
  Contudo, é  necessário apontar um conjunto alargado de constrangimentos internos. Pese  embora as ações em curso e previstas ao nível da requalificação, alargamento e  modernização dos estabelecimentos termais, subsistem exemplos de degradação e  desadequação de infraestruturas e equipamentos às novas realidades e mercados  podendo motivar a perda de clientes, de deficiência e até mesmo carência em  termos de estruturas de apoio à atividade turística, nomeadamente do  alojamento, do comércio, da restauração e animação turística, de promoção e  divulgação do produto a nível nacional e internacional, de organização e  integração num modelo compósito, de ser ainda incipiente a oferta do segmento  de saúde e bem-estar, de predominar uma clientela doméstica, envelhecida,  motivada pela cura e com fraca capacidade económica, e de haver dificuldades de  captação de investimento para este segmento do produto, nomeadamente estrangeiro.
  Este conjunto  de fragilidades tende a agudizar e empolar os efeitos das ameaças que se  verificam. A associação cada vez mais estreita do produto de saúde e bem-estar  ao conceito de Spa e a urgência em  dotar as estâncias termais de Spas por forma a manterem-se competitivas com outras ofertas, nomeadamente a dos  hotéis, poderá motivar as estâncias termais a incorrer numa atitude de relegar  progressivamente para segundo plano a vertente terapêutica, assim como a  proliferação de Spas, como já foi  referido, associados a outro tipo de oferta, poderá anular os argumentos das  estâncias ao captar essa clientela.
  A proximidade  geográfica entre estâncias (pólo de Dão-Lafões) pode constituir uma ameaça à  competitividade sustentável e sustentada se não houver cooperação e integração.
  Em suma, são  vários os pontos fortes que poderão elevar os níveis de competitividade das  estâncias termais se forem aproveitadas todas as oportunidades que vêm surgindo  a este setor e suprimidos os muitos constrangimentos que ainda se verificam.
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