Observatorio de la Economía Latinoamericana


Revista académica de economía
con el Número Internacional Normalizado de
Publicaciones Seriadas ISSN 1696-8352

ECONOMÍA DO BRASIL

OS ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA PETROBRÁS, BRASIL

Cássio de Melo Azevedo
csszvd@gmail.com
Maruschka Carneiro Rodrigues
marus_k08@hotmail.com
Marcos Caldas Gonçalves
eng.marcoscaldas@gmail.com
Ramon Leonardus Gomes da Silva Ferreira
ramonlgsf18@gmail.com
Heriberto Wagner Amanajás Pena (CV)

heripena@yahoo.com.br


Resumo

A análise das demonstrações financeiras ou contábeis é uma ferramenta essencial à geração de informações sobre o desempenho organizacional, a situação econômico-financeira das empresas e, até mesmo, com relação a seu gerenciamento. O presente artigo tem por objetivo considerar a importância dos indicadores financeiros, na tomada de decisão dentro de uma organização líder no setor petrolífero. O intuito é procurar identificar por meio de Índices de Liquidez, Estrutura e Rentabilidade a saúde financeira da empresa comparando seus desempenhos, medindo a capacidade de pagamento a curto/longo prazo, além da medição da rentabilidade em função dos investimentos e patrimônio líquido. Utiliza-se para este estudo, uma análise exploratória do Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) da empresa Petróleo Brasileiro S/A, companhia de capital aberto, tendo como referência os exercícios 2009 e 2010.

Palavras-chave: demonstrações financeiras, índices econômico-financeiros, rentabilidade.

Abstract

The analysis of the financial statements or accounting is an essential tool for generating information about organizational performance, the economic-financial companies and, even with respect to its management. This article aims to consider the importance of financial indicators in decision-making within an organization leader in the oil sector. The aim is to seek to identify through a measure of liquidity, structure and profitability of the company's financial health by comparing their performance by measuring the ability to pay short / long term, and measuring profitability in terms of investments and net worth. It is used for this study, an exploratory analysis of the Balance Sheet (BP) and the Statement of Income (DRE) of the company Petroleo Brasileiro S / A, a publicly traded company, with reference to the years 2009 and 2010.

Keywords:
financial statements, financial indicators, profitability

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Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Melo Azevedo, Carneiro Rodrigues , Caldas Gonçalves, Gomes da Silva Ferreira y Amanajás Pena: "Os índices econômico-financeiros como instrumento de análise financeira das demonstrações contábeis da empresa Petrobrás, Brasil", en Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 160, 2011. Texto completo en http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/


1. Introdução

    1. Contabilidade e Índices Financeiros
A contabilidade é um instrumento da função administrativa que tem por finalidade controlar o patrimônio, apurar o resultado e prestar informações sobre o patrimônio das empresas, auxiliando seus usuários no processo de tomada de decisões (FERREIRA, 2007).
Em face de toda gama de informações fornecidas pela Contabilidade, ao administrador financeiro se torna fundamental interpretar a nomenclatura contábil de maneira eficiente a fim de que os dados sejam entendidos pelos usuários internos e externos, utilizando-se de algumas técnicas para tal interpretação, dentre as quais, destaca-se a análise dos índices econômico-financeiros. Estes índices, por sua vez, são baseados nas demonstrações contábeis que são divulgadas pelas empresas em geral. A análise desses índices se constitui como uma ação que norteia os investidores na aplicação de seus recursos financeiros (MARION,1996).
Este artigo caracteriza-se por uma análise comparativa dos índices econômico-financeiros de acordo com as duas demonstrações financeiras mais utilizadas para análise, o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração dos Resultados do Exercício (DRE), retirados da empresa Petróleo Brasileiro S/A. Sendo assim, o estudo a ser apresentado, além de explanar teorias sobre o processo de análise financeira contábil, também pretende aplicar nos demonstrativos contábeis, os índices selecionados e mostrar que analisados e interpretados de maneira correta tornam-se imprescindíveis para os gestores, com base para sua tomada de decisões.

    1. Caracterização da empresa

Atualmente a Petrobras é a maior empresa da América Latina, a quarta maior empresa petrolífera de capital aberto e de energia do mundo. Sua atuação expandiu para outros países, estando presente em 28 nações diferentes. O Plano de Negócios 2010 a 2014 prevê investimentos de US$224 bilhões.
 A empresa desenvolve diversas atividades no exterior e mantém uma consistente atividade internacional, tal como: compra e venda de petróleo, tecnologias, equipamentos, materiais e serviços; acompanhamento do desenvolvimento da economia americana e européia; operação financeira com bancos e bolsa de valores; recrutamento de pessoal especializado; afretamento de navios; apoio em eventos internacionais, entre outros.
A Petrobras é uma sociedade anônima de capital aberto, cujo acionista majoritário é o Governo do Brasil, e atua como uma empresa de energia nos seguintes setores: exploração e produção, refino, comercialização e transporte de óleo e gás natural, petroquímica, distribuição de derivados, energia elétrica, biocombustíveis e outras fontes renováveis de energia.
Com isso, deve-se ressaltar a importância estratégica da internacionalização das operações da Petrobras ao longo do mundo, haja vista, que a empresa é uma das melhores do mundo na exploração de poços em águas profundas e ultraprofundas, passando a ser vista como um benchmarking nesta área. Portanto, a empresa pode passar a ser uma exportadora de tecnologia, elevando o nível do Brasil como um todo no cenário mundial atual.

  1. Objetivos

O objetivo geral é analisar o processo de análise financeira através dos índices econômico-financeiros sob a perspectiva das normas contábeis, buscando, assim, avaliar os desempenhos passado e presente, bem como projetar o futuro da empresa. E isto será feito por meio da análise das demonstrações contábeis da empresa Petróleo Brasileiro S/A.
Quanto aos objetivos específicos, busca-se conceituar e analisar os índices financeiros de Liquidez, Estrutura e Rentabilidade. Além disso, apresentar-se a situação econômico-financeira da empresa Petrobras, com base nos índices utilizados como instrumento de análise.

3. Discussão sobre o processo de Análise Financeira Contábil

Para analisar o desempenho financeiro de uma empresa utilizam-se os índices que levam em consideração o presente e o passado da empresa. As formas de uso das análises são basicamente duas, de acordo com Correia Neto (2007), a primeira é a análise temporal, que é feita ao longo prazo, possibilitando o traçado de tendência do futuro, a outra forma é a comparação com os índices de desempenho das outras empresas concorrentes, no mesmo período de tempo.
De acordo com Correia Neto (2007), orientações de análise sugerem, que a análise dos índices não deve ser feita de forma isolada, pois o uso de um único índice não informa o suficiente sobre o desempenho global, não oferecendo assim, uma informação válida da empresa.

3.1. Índices de Liquidez

Os indicadores de liquidez medem a capacidade de a empresa cumprir suas obrigações, ou seja, pagar suas dívidas, assim medindo sua base financeira. Os indicadores são divididos em três índices.
O Índice de Liquidez Geral (ILG) indica quanto à empresa possui em dinheiro, bens e direito, realizáveis a curtos prazos e a longos prazos para fazer face às suas dívidas totais de curto e longo prazos (CORREIA NETO, 2007).

Quanto maior o ILG melhor é a saúde financeira no curto e longo prazo da empresa.
Analisando esse indicador, subentende-se que, se a empresa fosse parar suas atividades naquele momento, deveria pagar suas dívidas com seu disponível mais seus realizáveis, sem precisar envolver o ativo permanente.
O Índice de Liquidez Corrente (ILC), de acordo com Correia Neto (2007),faz a análise de quanto de dinheiro mais bens e direito realizáveis no próximo exercício em relação a suas obrigações no mesmo período.
Se o ILC for maior que 1,  indica que o capital circulante é positivo, se for menor que 1, o capital circulante líquido será negativo, o que implica que a curto prazo a empresa não apresenta liquidez.
                                                          

           
O Índice de Liquidez Seco (ILS) não utiliza o estoque no cálculo desse índice, pois o estoque é a parte do ativo circulante menos líquida. Ele é importante para avaliar a situação de liquidez da empresa sem levar em conta o estoque, assim pode partir do pressuposto que caso o estoque torne-se inutilizável qual seria a possibilidade da empresa saldar suas dívidas com o disponível e duplicatas a receber.

3.2. Índices de Estrutura

Para Correia Neto (2007) os índices de estrutura relacionam a composição de capitais próprios e de terceiros, medindo os níveis de imobilização de recursos.             Rogers, et al (2006), falam que o grupo de índices de estrutura de capital objetiva analisar a estrutura das fontes passivas  de recursos de companhia.  
A participação de capitais de terceiros (CT/PL) indica se a empresa depende ou não de recursos externos. De acordo com Correia Neto (2007) há duas variações desse índice, onde, um compara o passivo circulante com o patrimônio liquido, verificando assim a dependência a terceiros em um curto prazo, e o outro acrescenta o exigível ao longo prazo ao passivo circulante mostrando a dependência a terceiros ao longo prazo.

Se a relação for superior a 1, então a empresa possui dependência excessiva a capital externo.
A relação passivo circulante por capital de terceiros (PC/CT) demonstra quanto da dívida total da empresa é de curto prazo (CORREIA NETO, 2007). O índice demonstra o endividamento da empresa. Assim quanto menor o índice melhor é o resultado.

A imobilização dos recursos permanentes (IRP) informa a proporção de recursos passivos no longo prazo (CORREIA NETO, 2007). Se o seu resultado for maior que 1, demonstra que os seus recursos a longo prazo não são suficiente para financiar sua aplicações permanentes, assim quanto menor esse índice melhor está a empresa.


                                                        
A imobilização do patrimônio líquido (IPL) revela o quanto a empresa tem aplicado em ativo permanente e sua análise é análoga a IRP.

3.3. Índices de Rentabilidade

Correia Neto (2007) diz que os índices revelam o retorno que o empreendimento está proporcionando uma vez que o lucro isoladamente não trás informações completas.
O giro de ativo (GA) relaciona em um dado período a sua venda líquida com todos os ativos da empresa. Assim se uma empresa tiver um GA alto significa que mais eficiente é o uso dos ativos na geração de recitas para empresa.

           
A lucratividade é o retorno em função da venda líquida e o seu resultado mostra o quanto a empresa conseguiu de lucro em cada unidade vendida. Ela pode ser subdividida em: lucratividade operacional e lucratividade líquida.

O retorno sobre o ativo (ROI) de acordo com Correia Neto (2007) reflete a eficiência na geração de lucros com seus ativos disponíveis, ou seja, a rentabilidade dos ativos. Quanto maior o ROI mais rentável é a empresa.    
                                                          

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) informa que se obtém por está investindo um capital na empresa, ou seja, quantas unidades monetárias os investidores têm de lucro por cada unidade investida.
           

4. Metodologia

A metodologia a ser usada no presente artigo está em concordância com o escopo de estudo através dos meios mais adequados no intuito de seguir um conjunto de etapas planejadas previamente. Assim sendo, essa pesquisa será feita através de um estudo teórico que terá como ponto de partida uma pesquisa bibliográfica e documental sobre a importância da análise de balanços. Utilizando-se de pesquisa quantitativo, através de dados coletados da empresa Petrobrás S/A no período de 2009 a 2010.
Para a realização do trabalho sobre a empresa citada, foram utilizadas algumas demonstrações financeiras, como o balanço patrimonial, a demonstração de resultado do exercício, bem como índices financeiros.
A fim de alcançar o objetivo proposto, pretende-se seguir alguns critérios como: conceituar os Índices de Liquidez, Estrutura e Rentabilidade; apresentar cálculos e comparações dos quocientes nos exercícios de 2009 a 2010; analisar os resultados apresentados, a fim de concluir se a empresa Petrobras, realmente apresenta uma situação econômico-financeira favorável. Portanto o objetivo desse trabalho é identificar se os índices econômico-financeiros garantem a viabilidade do empreendimento, fatores essenciais para tomada de decisões dentro das empresas.

5. Resultados e Análises

5.1. Balanço Patrimonial (BP)
A seguir o balanço patrimonial utilizado para a execução do presente artigo, referente aos anos de 2009 e 2010 (valores expressos em milhões de reais). O Balanço Patrimonial apresentado está de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em observância as disposições contidas da Lei das Sociedades por Ações, e incorporam mudanças introduzidas por intermédio das Leis 11.638/07 e 11.941/09.

5.2. Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)
A seguir a DRE da Petrobras utilizada para a execução do presente artigo, referente aos anos de 2009 e 2010 (valores expressos em milhões de reais). A DRE em questão está de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, e incorporam as mudanças introduzidas por intermédio das Leis 11.638/07 e 11.941/09.
  
5.3.1. Índice de Liquidez Geral (ILG)

De acordo com o quadro 1, verifica-se que, em 2009 a empresa possuia R$0,59 para cada R$ 1,00 de dívida  e no ano de 2010 esse número sofreu um aumento e passou para R$0,69 para cada R$ 1,00 de dívida.
 Tais valores se revelaram inesperados devido à magnitude da empresa, o que levaria a concluir que a empresa não tinha capacidade de honrar com seus compromissos, pois possuía menos direitos que obrigações, porém tais valores são justificados devido ao elevado valor de financiamento gerado pela empresa.

5.3.2. Índice de Liquidez Corrente (ILC)
Segundo o quadro 1, pode-se concluir que, no ano 2009 a empresa atingiu um ILC de 1,34 , o que significa que ela possuia R$ 1,34 de realizáveis a curto prazo para cada unidade monetária de dívida no mesmo período e em 2010 esse número subiu para R$ 1,87.
5.3.3. Índice de Liquidez Seca (ILS)
Como demonstra o quadro 1, no ano de 2009 a empresa possuía um ILS de 0,99 o que significa , que ela possuía R$0,99 (exceto o estoque) de realizáveis para cada uma unidade monetária no período e em 2010 esse número subiu para R$1,52 de realizáveis a curto prazo.
5.4.1. Participação de capitais de terceiros (CT/PL)
Como pode-se verificar no quadro 2 , no ano 2009 pelo fato do valor do CT/PL ser maior que 1 a empresa possuía uma certa dependência de capital externo, havendo assim uma maior utilização de capital de terceiros, porém em 2010 verifica-se que esse valor desceu para 0,676 podendo-se inferir que a empresa adquiriu um certo grau de dependência com relação ao dinheiro externo
5.4.2. Passivo circulante /Capital de terceiros (PC/CT)
                                         
De acordo com o quadro 2, pode-se inferir que, em 2009 a empresa possuía uma boa folga para pagamento, pois o vencimento da dívida se dava em um período distante e no ano de 2010 tal folga se revelou maior ainda, devido ao fato de quanto menor o valor deste índice mais tarde será o vencimento da dívida.

 

5.4.3. Imobilização de recurso permanentes (IRP)
Como pode ser visto no quadro 2, no ano de 2009  a empresa tinha um IRP de 0,93 e no ano de 2010 um IRP de 0,89, assim pode-se afirmar que, tanto no ano de 2009 quanto no ano de 2010, os recursos a longo prazo da empresa eram suficientes para financiar suas aplicações em permanentes, pois nos dois anos o valor do IRP foi menor que 1.
5.4.4. Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)

A partir do quadro 2, pode-se concluir que , tanto no ano de 2009 quanto no ano de 2010, o valor de IPL é maior que 1 podendo assim concluir que a empresa possuía pouco capital imobilizado e que a maioria do seu capital está em giro.

5.5.1. Giro do Ativo (GA)

Levando em consideração os dados do quadro 3, verifica-se que, no ano de 2009 a empresa possuía um giro de ativo igual 0,52 que significa que cada unidade monetária de ativo foi utilizado na geração de R$0,52 de venda e no ano de 2010 esse valor diminuiu para 0,41 mostrando que cada unidade monetária de ativo foi utilizado na geração de R$ 0,41 de venda.

5.5.2. Lucratividade

A partir da análise dos dados do quadro 3, pode-se afirmar que , a empresa  sofreu uma queda na sua lucratividade do ano de 2009 para o ano de 2010.

5.5.3. Lucratividade Operacional

De acordo com o quadro 3, o lucro operacional da empresa sofreu uma queda do ano de 2009 para o ano de 2010.

5.5.4. Lucratividade Líquida

Como se verifica no quadro 3, no ano de 2009 a empresa era dona de um lucro 18% para cada R$ 100 vendidos e em 2010 a empresa possuía um lucro de 16% para cada R$100 vendidos.

5.5.5. Rentabilidade ou ROI

Com base nos dados mostrados no quadro 3, pode-se inferir que, no ano de 2009 a empresa tinha um ROI de 9,5% indicando que para cada R$100 de ativos a empresa conseguia um lucro de R$9,5 e no ano de 2010 o ROI da empresa era de 6,9% mostrando que para cada R$100 de ativos a empresa tinha um lucro de R$6,9.

5.5.6. Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE)

Analisando os dados mostrados no quadro 3, verifica-se que, no ano de 2009 a empresa possuía um ROE de 19,9% o que significa que para cada R$100 de patrimônio líquido a empresa obtinha um  lucro líquido de R$19,9 e no ano de 2010 empresa tinha um  ROE de 11,5% que significa que para cada R$100 de patrimônio líquido a empresa alcançou um lucro líquido de R$11,5.

6. Conclusão

Esse trabalho propôs realizar uma discussão teórica sobre o principal tema abordado, Indicadores Econômico–Financeiros, aplicando os indicadores selecionados, na empresa Petrobras. O trabalho teve como objetivo principal, analisar os três ângulos fundamentais para Analise Financeira: Liquidez, Estrutura, Rentabilidade, a fim de analisar se os resultados demonstram uma situação econômico-financeira favorável para a empresa analisada, nos exercícios de 2009 a 2010. Dessa forma, entende-se que o objetivo principal foi atendido, através dos seguintes itens:
- Por meio das análises dos índices de liquidez geral. A empresa Petrobras consegue solver seus compromissos ao curto prazo, ou seja, consegue liquidar 100% das dívidas a curto prazo sem depender de estoque, mas em relação a análise de longo prazo revela, entretanto, certa iliquidez nos anos de 2009 e 2010. De acordo com o quadro 1 em 2010, verifica-se que a empresa dispõe 69% de valores a receber a curto e longo prazo, para cada R$ 100,00 dívidas a curto e longo prazo.
- Verificar o grau de endividamento dos negócios atualmente, torna-se fundamental para a administração da empresa. Assim, os gestores podem acompanhar a evolução do grau de comprometimento com o capital de terceiros. Por meio das análises apresentadas, o grau de endividamento da empresa Petrobras chegou a 101 % no ano de 2009, havendo um decréscimo desse percentual para o ano de 2010, chegando a 68% de participação de capitais de terceiros. Que significa que para cada R$ 100,00 de Capital Próprio, a empresa em 2010 utiliza R$ 68,00 de Recursos de Terceiros.
- A composição de endividamento da empresa em média demonstra que em 2010, 27% de capitais de terceiros são vencíveis em curto prazo. Desse modo, para cada R$ 100,00 de dívida que a empresa tem R$ 27,0 vence em curto prazo, ou seja, num período inferior a um ano.
- A Imobilização de recurso permanentes da empresa em média demonstra que em 2010, 89% são investidos no Ativo Permanente. Desse modo, significa que para cada R$ 100,00 de Recursos Não Correntes (ELP + PL) a empresa tem aplicado no Ativo Permanente R$ 89,00.
- A Imobilização do Patrimônio Líquido que demonstra que em 2010, 133% são investidos no Ativo Permanente. O que significa que para R$ 100,00 de Capital Próprio a empresa tem aplicado no AP R$ 133.
 - Saber a capacidade da empresa de cumprir com os compromissos assumidos é interessante tanto para a própria administração da empresa, quanto aos credores.
- Em relação a rentabilidade sobre o investimento, nota-se uma razoável queda no percentual da empresa analisada, devido a dependência de recursos onerosos.
- A rentabilidade sobre o patrimônio líquido da empresa Petrobras começa no ano de 2009 com um percentual relevante de 52% de retorno para os acionistas, considerada como rentabilidade excelente. Devido uma queda no lucro líquido esse percentual passou para 41% no ano de 2010, considerada ainda como rentabilidade boa, tendo ainda uma boa imagem diante do mercado e dos acionistas, lembrando-se que mostrar o retorno aos interessados é fundamental para qualquer negócio atualmente.
- A partir da análise dos dados do quadro 3, pode-se afirmar que, a empresa  sofreu uma queda na sua lucratividade do ano de 2009 para o ano de 2010,onde para cada R$ 100,00 de vendas líquidas a empresa tem um lucro de R$ 36.
- Também a partir da análise dos dados do quadro 3, pode-se afirmar que , a empresa  sofreu uma queda na sua lucratividade operacional também. No ano de 2009 para o ano de 2010,onde para cada R$ 100,00 de vendas liquidas  a empresa tem um lucro de R$ 22.
- E a partir da análise dos dados do quadro 3, pode-se afirmar que, a empresa  sofreu uma queda na sua lucratividade líquida também. No ano de 2009 para o ano de 2010,onde para cada R$ 100,00 de vendas líquidas  a empresa tem um lucro de R$ 17.
- Já na Rentabilidade ou ROI, pode-se afirmar que, a empresa  sofreu uma queda no seu lucro líquido também.  No ano de 2009 para o ano de 2010, onde para cada R$ 100,00 de investimento total a empresa tem um lucro líquido de R$ 17.
 - E por fim o Retorno sobre patrimônio líquido (ROE), analisando os dados mostrados no quadro 3, verifica-se que, no ano e 2009 a empresa possui um ROE de 19,9% o que significa que para cada R$100 de patrimônio líquido a empresa obteve um  lucro líquido de R$19,9 e no ano de 2010 empresa possui ROE de 11,5% que significa que para cada R$100 de patrimônio líquido a empresa obteve um lucro líquido de R$11,5.
Esse trabalho não tem como objetivo esgotar o tema abordado pretende-se apenas ressaltar a importância da utilização dos indicadores no dia-a-dia da administração das empresas. Conforme citado anteriormente, neste trabalho foi realizada uma análise básica no nível introdutório, em que futuramente pode-se abranger para um nível intermediário ou avançado, com o intuito de aprofundar a análise mediante outro conjunto de indicadores que melhor explica, detalha e enriquece as conclusões referentes à situação econômico-financeira da empresa.
Conclui-se que a empresa do setor de Petróleo apresenta-se diante de um cenário promissor. Já que há grandes expectativas de crescimento do setor.

7. Referências

CORREA NETO, Jocildo Figueiredo. Excel para profissionais de finanças. Editora Elsevier. 7º reimpressão. Rio de Janeiro, 2007.
DRE E BALANÇO PATRIMONIAL DA PETROBRAS. Disponível em: http://www.petrobras.com.br >> Acesso em 28 de Novembro de 2011.
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. Editora Ferreira. 4ª Edição. Rio de Janeiro, 2007.
MARION, José C. Contabilidade Básica. Editora Atlas. 4ª Edição. São Paulo, 1996.
ROGERS, Dany. Análise dos índices econômico-financeiros das demonstrações contábeis da Companhia Siderúrgica de Tubarão em diferentes normas (IFRS, US GAAP e BR GAAP). XIV SEMEAD. Realizado em Outubro de 2011. São Paulo. Disponível em < http://www.ead.fea.usp.br/semead/14semead/> Acesso em Dez. 2011.


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