POTENCIAL DE USO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Yvens Ely Martins Cordeiro

3.2 PREPARO DA ÁREA EXPERIMENTAL

O experimento abrangeu uma área de aproximadamente 0,48 hectares com início em setembro de 2009, quando então foi realizado o preparo da área. Este preparo foi parcialmente mecanizado e realizado com o auxílio de trator de rodas, grade aradora, roçadeira e coveador mecânico.
Inicialmente, foi realizada a roçagem mecanizada da cobertura vegetal, visando à eliminação das gramíneas e de espécies pioneiras resultante do processo de sucessão natural. Posteriormente, foram realizadas as seguintes atividades: destocamento, enleiramento e a queima de todos os resíduos lenhosos de maiores dimensões. Estas, três últimas atividades foram realizadas de forma manual. Após esta etapa foi realizado o balizamento manual, utilizando-se piquetes de madeira. Em seguida fizeram-se a abertura de covas com dimensão de 60 cm x 30 cm, com o auxílio de um coveador mecânico atrelado ao trator de rodas, obedecendo ao espaçamento único de 4 m x 4 m, totalizando 300 plantas (Figura 3).
O solo da área experimental foi descrito como Argissolo Vermelho Amarelo distrófico (EMBRAPA, 1999). Inicialmente foram coletados amostras do solo na camada 0-20cm de profundidade para caracterizar os atributos químicos e granulométricos por meio de análises efetuadas em laboratório do Departamento de Solos, pertencente a Embrapa Amazônia Oriental, segundo metodologia descrita pela Embrapa (1997). Os resultados estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1: Atributos químicos e granulométricos de um Argissolo Vermelho Amarelo distrófico, textura média, coletado na camada de 0-20 cm, na Fazenda Escola, município de Igarapé-Açú – PA, 2009.


Atributos

Valores

pH em H2O

5,4

P (mg dm-3)

4

K (mg dm-3)

41

Ca (cmolc dm-3)

1,7

H + Al (cmolc dm-3)

5,45

Al (cmolc dm-3)

0,3

MO (g kg-1)

8,26

N (%)

0,24

Ca + Mg (cmolc dm-3)

2,2

Areia grossa (g kg-1)

282

Areia fina (g kg-1)

401

Silte (g kg-1)

78

Argila total (g kg-1)

240

           
3.3 PLANTIO E TRATOS CULTURAIS

O plantio foi realizado em dezembro de 2009, quando as plantas tinham seis meses de idade e cerca de 60 cm de altura, arranjado no espaçamento único de 4 m x 4 m. A fertilização de pré-plantio foi realizada manualmente logo após a abertura das covas, por meio da utilização de esterco de ave (2 litros cova-1) e químico a base de fosfato natural Arad (300 g cova-1) e após 30 dias do plantio foi feito uma adubação de cobertura com 200 g cova-1 com NK (20:00:30). Durante todo o período experimental procedeu-se aos tratos culturais como roçagem, coroamento e adubação de cobertura com 200g cova-1 de NK (20:00:30) e de Sulfato de magnésio (15% ) (100 g cova-1), para diminuir o índice de plantas daninhas e reduzir a competição na área e favorecer o estabelecimento das espécies. Durante todo experimento, a irrigação será única e exclusivamente realizada pela precipitação local.
Foram utiladas plantas jovens de mogno brasileiro (Swietenia macrophylla (King)), ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nicholson) e jatobá (Hymenea courbaril L) com seis meses de idade e cerca de 60 cm de altura, provenientes de sementes coletadas na Província Petrolífera do Rio Urucu, Base de Operações Geólogo Pedro de Moura “URUCU”, município de Coari-AM. As sementes foram coletadas em maio de 2009 em 19 áreas de clareiras: RUC 06, RUC 10, RUC 31, RUC 25, JAZ 97, JAZ 06, JAZ 21, JAZ 16, CL 10, CL 33, CL 11, CL 05, CL 04, SUC 03, SUC O2, SUC 01, LUC 29, LUC 39 e LUC 4. Após a coleta, as sementes foram acondicionadas em sacos de papel hermeticamente fechados e transportados para o Laboratório de Fisiologia Vegetal da UFRA, Belém-PA. Em seguida foram levadospara a Fazenda Escola (FEIGA) da UFRA, no município de Igarapé-Açu- PA onde foram coletados para germinar.

3.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E ANÁLISE ESTATÍSTICA

O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso, arranjados em um esquema fatorial 3x2, constando de três espécies (Swietenia macrophylla, Tabebuia serratifolia e Hymenea courbaril) e duas condições hídricas (período chuvoso e seco), com dez repetições. Cada bloco formado por três parcelas com vinte plantas de cada espécie, sendo apenas duas plantas úteis. As demais plantas foram utilizadas para efeito de bordadura. Cada bloco conteve uma repetição de cada espécie, As variáveis de trocas gasosas, potencial hídrico e bioquímicas, determinadas ao longo do dia foram submetidas ao teste de médias com dez repetições ± erro padrão da média, tomadas em dois dias diferentes. Os dados de trocas gasosas e potencial hídrico foliar antemanhã (4:30 h) e do xilema (12:00 h) foram submetidos à análise de variância, e quando significativas, as médias foram comparadas pelo teste de Newman-Keuls a 5% de probabilidade (SAEG, 2007).

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