POTENCIAL DE USO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Yvens Ely Martins Cordeiro

1 INTRODUÇÃO

A exploração desordenada e seletiva das florestas nativas tem provocado aumento significativo das áreas desflorestadas na região Amazônica. Além disso, outros processos associados ao desflorestamento como, fragmentação de habitat, efeito de borda, queimadas, corte seletivo e mineração ilegal, contribuem para a degradação desta floresta (LAURENCE et al., 2002). O afloramento dos problemas ambientais e a necessidade de recuperação de áreas degradadas têm aumentado o interesse sobre o conhecimento das espécies nativas brasileiras.
 Um dos grandes problemas na recomposição de florestas nativas é a produção de mudas de espécies que possam suprir programas de reflorestamento. Apesar dos esforços e dos conhecimentos já acumulados sobre essas espécies, muitos questionamentos ainda existem e pouco se sabe sobre elas (MORAES, 1998), existindo apenas para aquelas que detêm maior interesse econômico (CARVALHO, 2000).
Segundo Sobral et al. (2002), as elevadas taxas de desmatamento para diversos usos da terra e o uso inadequado de espécies florestais nativas da Amazônia – muitas vezes exploradas de forma seletiva, como por exemplo, paricá, mogno, cedro, ipê-amarelo, poderão provocar, do ponto de vista genético, a perda irreversível de muitas espécies florestais. Então, torna-se urgente a necessidade de adoção de medidas visando à ocupação mais racional da Amazônia, a ampliação do conhecimento sistematizado e científico da região, especificamente da pesquisa agropecuária e florestal, para reverter o processo de degradação em curso.
Dentre as alternativas para restaurar ecossistemas degradados, está o reflorestamento com espécies arbóreas nativas da própria região, realizados preferencialmente nas épocas do ano de disponibilidade hídrica não limitante. Porém, no nordeste paraense, principalmente no município de Igarapé-Açú, o clima predominante é do tipo Am segundo a classificação de Köppen, caracterizado por um período seco, de julho a dezembro com uma precipitação pluviométrica média de aproximadamente 90 mm. Nesse caso, a evapotranspiração excede as médias das precipitações, caracterizando uma condição de deficiência hídrica limitante ao crescimento e desenvolvimento das plantas.
O termo seca indica um período sem precipitação considerável, durante o qual o conteúdo em água do solo é reduzido de tal modo que as plantas sofrem de falta de água. Frequentemente, a secura do solo está associada a uma forte evaporação causada pela baixa umidade relativa do ar e elevados níveis de radiação (LARCHER, 2006). Os efeitos da deficiência hídrica em diversas culturas, inclusive em plantas lenhosas, vêm sendo pesquisado há décadas. De modo geral, o primeiro sintoma resultante da seca é a paralisação do crescimento, uma vez que a água é de crucial importância no processo de expansão celular que se dá durante a fase de diferenciação das novas células geradas (KRAMER e BOYER, 1995). Alterações biofísicas e metabólicas são também observadas, destacando-se às reduções na fotossíntese, na transpiração, condutância estomática, balanço hídrico da planta e níveis de carboidratos, proteínas, aminoácidos e compostos osmoreguladores, dentre outros (KRAMER e BOYER, 1995; SMIRNOFF, 1995).
Sendo assim, em termos gerais o objetivo deste trabalho foi avaliar a ecofisiologia de plantas jovens de mogno brasileiro (Swietenia macrophylla), ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia) e jatobá (Hymenea courbaril) cultivadas sob dois períodos: “chuvoso” e “seco”, no município de Igarapé- Açú-Pa e em termos específicos, os objetivos foram avaliar possíveis alterações biofísicas, bioquímicas e crescimento de plantas jovens de mogno (Swietenia macrophylla), ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia) e jatobá (Hymenea courbaril) em pleno período chuvoso (15 e 16/03/2010) e em pleno período seco (15 e 16/10/2010) no município de Igarapé-Açú - PA.

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