POTENCIAL DE USO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Yvens Ely Martins Cordeiro

2.7 ESPÉCIES BOTÂNICAS ESTUDADAS

2.7.1 Características gerais do mogno brasileiro3

2.7.1.1 Aspectos botânicos

O mogno brasileiro (Swietenia macrophylla (King)) é uma espécie nativa da região Amazônica pertencente à família Meliaceae, com uma larga aceitação no mercado nacional e internacional. Esta família pertence à ordem Sapindales (CRONQUIST, 1988), sendo composta de 51 gêneros e 550 espécies, quase todas lenhosas, nativas de regiões tropicais e subtropicais nos dois hemisférios terrestres (SIMMONDS, 2000). O mogno é comumente chamado de aguano, araputanga e mogno brasileiro (PINHEIRO, 2000). O mogno tem as seguintes propriedades físicas: massa específica básica (peso seco em estufa/volume verde) de 0,45 kg/cm3, contração tangencial de 4,1%, contração radial de 3,0% e contração volumétrica de 7,8% (MELO et al,1989).

2.7.1.2 Distribuição geográfica e ocorrência natural

O mogno brasileiro apresenta ampla distribuição geográfica, estendendo-se desde a região tropical e subtropical da América, África e Ásia (COSTA, 2000). Desenvolve-se principalmente em zonas de transição, tais como: florestas subtropicais secas e florestas subtropicais úmidas (WHITMORE, 1988).
Na América Latina, o mogno ocorre no México passando pela costa atlântica da América Central, até o amplo arco Sul da Amazônia venezuelana, equatoriana, colombiana, peruana, boliviana e brasileira (LAMB, 1966; PENNINGTON et al., 1981).
No Brasil, o mogno ocorre em Florestas do Sul da região Amazônica (LAMB, 1966). De acordo com (BARROS et al, 1992; COSTA, 2000), o mogno ocorre em manchas naturalmente em sete estados do Brasil: Maranhão, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Acre e parte sul do estado do Amazonas.
2.7.1.3 Características dendrológicas e fenológicas

O mogno apresenta árvores de grande porte com fuste retilíneo e cilíndrico e, geralmente a base do tronco apresenta expansões laterais (TEREZO, 1999). Estudos realizados na América Tropical mostraram que a altura do mogno varia de 20 a 30 m e o diâmetro a altura do peito (DAP) de 70 a 130 cm (LAMPRECHT, 1990, LORENZI, 1992).
 As raízes do mogno são tabulares e as sapopemas podem atingir até 5 metros na base da tora (LAMB, 1966 e CHUDNOFF, 1979). Suas folhas são compostas escuras e lisas, penadas alternas com 25 a 45 cm de comprimento, com folíolos opostos contendo de 3 a 4 pares, e apresenta curtos períodos de caducifólia (LAMPRECHT, 1990; LORENZI, 1992). As flores de coloração creme-amareladas são inseridas em panículas de 15 a 25 cm de comprimento (LAMPRECHT, 1990). Lamb (1966) observou que em condições favoráveis, o mogno inicia seu ciclo reprodutivo a partir dos 12-15 anos de idade. Segundo o autor, a floração do mogno varia espacialmente e temporalmente, em termos estacionais, ocorrendo em estação seca na extensa área de distribuição natural. A estação seca, segundo Lamb (1966), favorece abertura dos frutos maduros de mogno e a dispersão de suas sementes aladas. Contudo, Lamprecht (1990) afirma que o mogno não tolera períodos longos de seca e nem geadas. Estudos sobre a fenologia desta meliácea mostram que os frutos do mogno amadurecem durante a estação chuvosa e caem durante a estação seca antes da floração reiniciar, ocorrendo à liberação de 45 a 60 sementes aladas (WHITMORE, 1988).
O fruto do mogno é uma baga ovulada, e constituí uma cápsula lenhosa, contendo de 12 a 14 sementes (LAMPRECHT, 1990; LORENZI, 1992). As sementes são aladas, com 6 a 13 cm de comprimento por 1,0 a 2,5 cm de largura, e são dispersas pelo vento. As plantas juvenis de mogno em ambientes naturais requerem radiação solar para se desenvolverem. Em ambiente de clareiras com solos ricos em nutrientes, por exemplo, o crescimento de plantas juvenis alcança entre 3,5 m de altura e 3 cm de diâmetro, devido às condições ideais de solo e de radiação solar (GROGAN, 2001).

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