O TURISMO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Susana Maria Pereira da Silva

Caracterização da amostra


Das 11 estâncias contactadas através dos questionários obteve-se resposta de 8 estabelecimentos, correspondendo a 72,7% da amostra total, equivalendo as não-respostas a 27,3%. Não sendo esta uma situação ótima, uma vez que não se obteve uma taxa de respostas de 100%, o facto de apenas três entidades não terem respondido demonstra a importância deste estudo.
Uma análise ao perfil dos inquiridos (quadro 23) revela um equilíbrio entre ambos os sexos, uma idade média próxima dos 40 anos e com grau académico superior (Licenciatura) nas mais diversas áreas de formação. Estes ocupam cargos como diretor operacional e termal, administrador, gestor, coordenador e presidência, e permanecem nas atuais funções, em média, há 6 anos.

Visão atual do termalismo e sua reestruturação


A parte I do inquérito por questionário está estruturada em sete grandes questões em torno da visão atual do termalismo, das estâncias termais e sua reestruturação, das quais se retiraram as principais conclusões.
Do conjunto de 62 itens apresentados para a questão “Como perspetiva a realidade atual do termalismo e estâncias termais em Portugal?” os responsáveis por este conjunto de estâncias, numa ótica positiva, reconhecem que as estâncias que têm apostado na diversificação e qualificação de serviços têm beneficiado em termos de atratividade, alcançando um valor médio de 4,3, que a vertente se saúde e bem-estar já ocupa um lugar de destaque nas termas, e na sua opinião, o termalismo em Portugal presta um serviço de qualidade, mas cuja progressão está bastante condicionada pelo caráter sazonal, intrinsecamente relacionado com a atividade termal.
Neste sentido, embora num sentido negativo, apontam ainda a falta de investigação científica completa e moderna sobre as águas mineromedicinais e sua aplicação, como elemento justificativo da atual situação.
Em sentido oposto, para os inquiridos, o que menos se coaduna com a realidade é a opção “todas as estâncias termais portuguesas têm condições para se tornarem destinos turísticos de massa” e a opção “o serviço termal reflete o facilitismo dos concessionários na aquisição de recursos não qualificados”, que reuniu consenso nas respostas ao fixarem-se no nível 2, discordo, pelo que constituem elementos, que na voz dos responsáveis termais, não refletem de todo a realidade termal atual.
A um nível global, as opções apresentadas para esta questão obtiveram um valor médio de 3,3 que se situa entre os níveis de resposta não concordo nem discordo e concordo, constatando-se que em termos gerais, os inquiridos posicionam a situação atual do termalismo português num nível intermédio, em direção a uma perspetiva positiva, indiciadora de esperança no futuro e de vontade de mudança, tendo em conta que o conjunto de elementos caracterizadores da realidade atual apresentados abarca mais opções de cariz positivo do que negativo, embora estas sejam reveladoras das preocupações estruturantes que afetam a atividade termal.

Em relação ao “Estado atual de funcionamento das estâncias termais” os inquiridos, perante os 39 itens apresentados 1, centraram as suas atenções num conjunto de considerações que, segundo os mesmos, traduzem as principais razões do atual estado de funcionamento do setor termal (quadro 25), onde se destaca a falta de investigação científica na área que obteve uma média de 4,5 (situando-se entre os níveis concordo e concordo totalmente). A legislação obsoleta que vigorou durante décadas, a falta de planos estratégicos e de cooperação com outros agentes territoriais votando as termas ao individualismo, tal como a falta de investimento na recuperação da imagem turística são outros dos aspetos apontados como estando na base do estado de funcionamento atual que, em termos médios, se situam numa posição próxima do nível concordo (4), pendendo para um funcionamento menos desejável e favorável, tendo em conta que se trata de uma questão composta por itens de cariz negativo, cujas respostas nos níveis mais altos (4 e 5) da escala revelam uma tendência mais negativa.
Na opinião dos inquiridos, o funcionamento atual da atividade termal não se deve, de todo, nem à imagem repulsiva nem à informação termal desatualizada, opções que são rejeitadas em uníssono pelos inquiridos com uma média de respostas situada entre os níveis 1, discordo totalmente e 2, discordo.
No que diz respeito à questão “Acha que a reestruturação da atividade tem algum caráter de urgência e, na sua opinião, quais os motivos que revelam essa urgência?”, os inquiridos partilham a opinião da necessidade premente de revitalização do setor termal em Portugal apontando os principais motivos para tal (quadro 26).
Num universo de 21 itens elegeram como principal motivo a necessidade das estâncias se acentuarem e consolidarem enquanto pólos de desenvolvimento local e regional, em reativar o seu papel no imaginário turístico do público e em captar um público mais jovem, no sentido de revitalização da frequência (média de 4,3), evocando a imagem turística e o papel de outrora de que as mesmas eram detentoras. Fazem parte também das suas escolhas motivos como a rentabilização dos investimentos que têm sido realizados em algumas estâncias, como uma oportunidade fundamental à sua reestruturação, assim como, a necessidade em otimizar os patrimónios termais, enquanto fatores de diferenciação, em prol de um aumento de atratividade termal. A média de respostas apurada, acima da posição 4 (concordo) da escala de respostas, revela a importância destes motivos, para os inquiridos, na reestruturação tanto da atividade termal como das estâncias termais.
Paralelamente, os inquiridos não consideram que as técnicas e equipamentos termais obsoletos e desajustados à realidade atual e o esgotamento do modelo atual de oferta termal constituam argumentos plausíveis que justifiquem a reestruturação do setor, cuja média de respostas se situa entre os níveis discordo totalmente e discordo.
A um nível global, os motivos à reestruturação obtiveram um valor médio de 3,6 que se situa entre os níveis de resposta não concordo nem discordo e concordo mas aproximando-se do nível concordo, constatando-se que, em termos médios gerais, os inquiridos, responderam positivamente aos motivos elencados, ao reconhecerem um vasto conjunto como essenciais à reestruturação do setor termal, o que indicia uma perspetiva positiva no sentido da mudança.

Em relação à “Reestruturação da atividade e espaços termais” traduzidas em ações e intervenções necessárias, dos 51 itens apresentados, mais uma vez os inquiridos apontam a realização e manutenção de pesquisas científicas atualizadas das propriedades terapêuticas das águas mineromedicinais como uma ação primordial, obtendo uma média de 4,5 (quadro 27). No entanto, salientam ainda a necessidade de captar públicos diversos, nomeadamente o mais jovem, assim como uma melhor e mais eficaz ligação aos territórios, produtos e ofertas envolventes, o planeamento do espaço termal e intervenções ao nível urbanístico e patrimonial como essenciais à reestruturação.
Em sentido inverso consideram que, na reestruturação termal, não é fulcral reduzir os preços do tratamento clássico, privatizar estabelecimentos termais e evitar a dependência face ao Serviço Nacional de Saúde/Segurança Social, cujas respostas se situaram ao nível do discordo e não concordo nem discordo.

A média de respostas apurada, situada na posição 4 (concordo) da escala de respostas, revela a concordância e importância deste conjunto de ações, para os inquiridos, assim como a necessidade concreta na reestruturação da atividade termal e das estâncias termais.
Em termos de “Outros serviços e atividades que se deveriam oferecer para uma otimização dos equipamentos, património e espaço, e dinamização das estâncias termais”, na opinião dos inquiridos, face às 30 opções apresentadas2 , dever-se-á apostar em programas terápicos para crianças com necessidades especiais, em percursos turístico-educativos, em rotas que incluam uma oferta diversificada, em programas de remise en forme e contra a obesidade infantil. Um conjunto que reuniu consenso nas respostas que se situaram no nível concordo, com uma média de 4,1. Já os Wine Bar com provas de vinho e os casinos foram os serviços menos contemplados com níveis de respostas positivos elevados, situando-se num nível intermédio, não concordo nem discordo e concordo.
Os resultados apurados, superando a posição intermédia da escala de respostas (3 – não concordo nem discordo) e aproximando-se do nível positivo 4 (concordo), revelam que, em termos gerais, os inquiridos concordam com as opções expostas e a importância de uma oferta diferenciada e diversificada em termos de programas, serviços e atividades disponibilizadas pelas estâncias termais como essencial à sua reestruturação (refira-se que todas as opções registaram médias acima do nível 3).
No que concerne às “Principais dificuldades e obstáculos à reestruturação das estâncias termais”, os inquiridos, face a um conjunto de 38 itens3 , reconheceram a dificuldade em captar investimento, em estabelecer ligações com os territórios em termos de parcerias com os atores territoriais locais e regionais e operadores turísticos e o handicap em termos de investigação científica como os principais constrangimentos. A média de respostas apurada, acima da posição 4 (concordo) da escala de respostas, revela uma concordância dos inquiridos relativamente às opções apresentadas.

Já a vertente de doença e cura bastante enraizada no modelo de exploração das estâncias termais difícil de ultrapassar, a perda de propriedades terapêuticas e a inércia e apatia em termos de gestão são encarados como o menor dos obstáculos, por parte dos responsáveis pela atual oferta termal na região do TCP.
Em termos globais, as respostas situaram-se no nível intermédio 3 (nem concordo nem discordo) mas a aproximar-se do nível 4 (concordo) o que indicia o quão cientes os inquiridos estão dos principais problemas afetos à atividade termal e da sua importância enquanto entraves estruturantes à reestruturação da atividade termal e das estâncias termais.

Por último, pretendeu-se saber quais os “Principais pontos fortes e oportunidades à reestruturação das estâncias termais”. Do leque de 22 itens apresentados4 , os inquiridos salientaram o papel das estâncias enquanto potencializadoras de desenvolvimento local através das atividades diretas, indiretas e induzidas que lhe estão associadas, tendo obtido a média mais elevada do conjunto (4,4), a importância das tendências atuais no que concerne à saúde e bem-estar, o aumento de recursos qualificados, a margem de progressão ainda grande no campo da investigação e os investimentos já realizados como as principais oportunidades.
Em sentido oposto, a massificação de alguns produtos turísticos e consequente perda de clientes é o aspeto, que na sua opinião menos constitui uma vantagem para o setor termal, muito embora se situe no nível intermédio da escala de respostas - 3 (nem concordo nem discordo).
A um nível global, obteve-se resultados próximos do nível de resposta 4 (concordo), situando-se em terreno positivo quanto à concordância dos inquiridos com o conjunto de pontos fortes e potencialidades à reestruturação termal apresentados e quanto à importância atribuída ao mesmo.
Em termos gerais, os resultados das respostas às questões apresentadas situaram-se acima do valor médio do nível 3 de resposta, não concordo nem discordo e concordo, refletindo desta forma uma tendência positiva sobretudo em termos de concordância e importância do que foi apresentado.
No que diz respeito ao conjunto de opções mais pertinentes à resposta à questão colocada, refere-se que em todas se verificou uma média superior ao nível 4 (concordo) da escala de respostas. A questão 4, que englobava um conjunto de ações e intervenções no âmbito da reestruturação da atividade e espaços termais, obteve o valor médio mais alto no conjunto das grandes questões apresentadas, situando-se as respostas no nível positivo concordo (4,0), traduzindo-se na questão que mais consenso reuniu entre os inquiridos e destes para com as opções apresentadas.
De referir ainda a importância da dimensão da investigação científica na área termal, uma vez que, nas questões que apresentavam esta opção de resposta, foi uma escolha em todas e com média no nível de resposta 4 (concordo), constituindo a que mais consenso reuniu.

Na segunda parte do questionário, os inquiridos manifestaram a sua opinião em relação a questões particulares quanto ao termalismo em Portugal, e mais especificamente em relação às próprias estâncias de que são responsáveis.
No cômputo geral, todos os gestores/administradores concordam com o desenvolvimento da vertente turística, lúdica e de recreio nas estâncias termais através de uma necessária complementaridade entre esta e a vertente curativa clássica, inclusive nas próprias estâncias que gerem justificando esta posição pela crescente necessidade de dinamizar as estâncias, de captar novos mercados e de dar resposta a clientes cada vez mais diversificados e exigentes nas experiências que procuram que não se esgotam no mero tratamento termal, o que os faz rejeitar em uníssono a especialização num só mercado assim como a seleção de mercados, especialmente um mercado de elite (classe média-alta). Contudo, a maioria (75% das respostas obtidas) admite que nem todas as estâncias portuguesas têm condições de base para desenvolver a dimensão turística justificado pelo facto de algumas constituírem unidades pequenas e não possuírem condições de alojamento e restauração na zona envolvente, muito embora, haja quem avance que muitas possuem boas condições infraestruturais e em termos de equipamentos, localizadas em envolventes naturais e territoriais históricas e ricas bastando que trabalhem no sentido da complementação da oferta.
Na opinião dos inquiridos a abertura das estâncias termais a um público plural (em termos de motivações) deverá ser pautada por algumas exigências essenciais como a complementaridade da oferta, a existência de recursos humanos qualificados e de uma estrutura física do estabelecimento termal confortável, atrativa e adaptada aos diversos tipos de cliente, exigências pautadas por um parâmetro transversal, a qualidade. Neste âmbito, a maior parte (75%) é favorável à categorização qualitativa das estâncias termais (5, 4, 3 estrelas), como forma de diferenciar serviços, promovendo altos patamares de qualidade e uma melhor base de informação à decisão do cliente, já que para 62,5% dos inquiridos, existem estâncias termais de má qualidade a operar em Portugal sendo necessário, na sua opinião, que haja um controlo mais rigoroso no que concerne à qualidade das mesmas e dos seus serviços.
Neste sentido, metade dos inquiridos (50%) defende um modelo de gestão de natureza privada para que a concorrência seja uma realidade em igualdade de circunstâncias.
Em termos da influência da falta ou incipiente ordenamento e planeamento dos territórios termais na atratividade e dinâmica das estâncias, este parece ser um tema de parco interesse para os inquiridos a avaliar pelas não-respostas (50%), no entanto, as quatro respostas obtidas avançam que constitui um fator negativo, tendo em conta que há uma afetação ao nível da imagem, da acessibilidade, dos estilos de vida, da própria sociabilização assim como uma diminuição da qualidade de vida. A outra escala, 75% dos inquiridos concorda que é necessária a elaboração de um plano de ação para as estâncias termais nomeadamente ao nível da coordenação dos investimentos, da aplicação de objetivos e alvos a cumprir, constituindo um meio para a criação de linhas orientadoras que sirvam de base para a atividade termal e serviços relacionados.
Todos os inquiridos revelam quatro ou mais meios de promoção das estâncias termais dos quais se destaca as páginas na internet, panfletos, feiras e certames que são transversais a todas mas, apenas dois inquiridos afirmaram participar em eventos internacionais (Carvalhal e S. Pedro do Sul).
Segundo a maior parte dos inquiridos as estâncias que gerem/administram não fazem parte de nenhum circuito ou rota turística regional, e apenas duas referem a respetiva região turística em que se inserem, no caso Região de Turismo do Dão-Lafões, revelando um desconhecimento e alheamento no que à pertença a um grupo diz respeito. Contudo, grande parte da amostra, 6 inquiridos, admitiu manter algum tipo de relação de complementaridade e troca mútua de sinergias com outros elementos do cluster termal indicando como principais parceiros o setor da hotelaria e restauração.
Os vários constrangimentos apontados tanto ao setor como à estância que gerem/administram, ao nível da falta de divulgação e promoção, de investimento, de mão de obra qualificada, de alojamento qualificado, de atividades e serviços complementares, da envolvente desqualificada e estruturas físicas dos balneários desatualizas, levam os inquiridos a encararem o futuro do termalismo português com algumas reservas apesar das capacidades que lhe reconhecem, mostrando-se bem mais otimistas em relação à respetiva estância da qual são responsáveis.
No término do questionário, os inquiridos enumeram um conjunto de fatores necessários às estâncias termais portuguesas para alcançarem o estatuto e dinâmica de muitas estâncias europeias, do qual se destaca a regulamentação, a organização, a fiscalização, a requalificação das infraestruturas e a aposta na mão de obra qualificada, a construção de uma proposta com valor, a promoção associada a fortes campanhas de marketing e publicidade e a captação de investimento, como os principais.

Esta fase da investigação, suportada pelos questionários realizados aos atuais responsáveis pela oferta termal na região TCP, corrobora o modelo de desenvolvimento para as estâncias termais que se tem vindo defender nesta investigação, um modelo que não é de todo uma novidade, pois outros estudos já o demonstraram, muito embora tarde a sua aplicação em moldes sustentáveis e sustentados. Trata-se de um modelo assente na complementaridade e articulação entre duas vertentes, a terapêutica clássica e a de saúde e bem-estar aliada à componente de turismo e lazer.
Esta conclusão geral retirada dos questionários é consolidada por um conjunto de outras linhas que sobressaem da sua análise, das quais se destacam:

No sentido de melhor sustentar esta investigação e os seus principais objetivos, estava contemplada ainda uma auscultação a outro conjunto de atores territoriais, os diversos serviços turísticos no âmbito do alojamento, da cultura, através de museus e núcleos museológicos e da restauração, relacionados direta ou indiretamente com as estâncias termais, numa tentativa de perceber o papel de cada um no seio do cluster termal e as relações de complementaridade que estabeleciam, ou não, entre si, e as suas perspetivas quanto ao produto e seu desenvolvimento nos territórios onde se inserem.
Numa primeira abordagem, procedeu-se ao envio dos questionários (anexo III) por via correio eletrónico e à sua entrega de forma presencial, tendo sido devolvidos apenas 6. Numa segunda fase foram enviados 100 questionários, distribuídos pelos quatro pólos de marca turística da região TCP, tendo sido devolvidos 14, onde os resultados finais perfaziam menos de 20% do total da amostra, logo não representativos.
Neste sentido, e como não foi atingida, pelo menos, metade da amostra, optou-se por não apresentar qualquer consideração a seu respeito.


1

Esta questão dispunha de mais uma opção de resposta livre referente a outros motivos pertinentes do estado atual do termalismo, mas para a qual se obtiveram apenas duas respostas, das termas de Monfortinho, que não foi considerada por não responder ao solicitado e de Alcafache que referiu “custos elevados, controlo de qualidade e falta de dinheiro dos termalistas”.

2 Esta questão dispunha ainda de quatro opções de resposta livre referentes a outros programas e atividades lúdicas, culturais e desportivos que considerassem pertinentes, mas para a qual apenas se obteve uma resposta (Caldas da Cavaca) que referiu como outras atividades desportivas “piscina ao ar livre”.

3 Esta questão dispunha de mais uma opção de resposta livre referente a outras dificuldades pertinentes, mas para a qual apenas se obteve uma resposta (termas de Alcafache) que referiu como outro obstáculo à reestruturação “as condições financeiras dos portugueses”.

4 Esta questão dispunha de mais uma opção de resposta livre referente a outras oportunidades/pontos fortes pertinentes mas, para a qual apenas se obteve uma resposta (Termas de Alcafache) que referiu os “produtos ecológicos” como outra oportunidade à reestruturação termal.

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