O TURISMO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Susana Maria Pereira da Silva

1.4. Percurso Metodológico


No sentido de responder de forma sustentada ao conjunto de objetivos traçados na elaboração deste projeto, do ponto de vista metodológico foram contempladas diversas vias.
Desta forma, no enquadramento da temática, foi incontornável uma análise bibliográfica de diversa origem (publicações científicas como livros, revistas, dissertações de mestrado e doutoramento) em formato papel e digital (cd-rom), assim como informação online (internet).
A avaliação das linhas estratégicas orientadoras tanto das realidades nacional, regional como local, sugeriram uma análise dos diversos instrumentos de gestão territorial a nível da atividade turística geral e do segmento termal em particular como o Plano Estratégico Nacional do Turismo 2006-2015 (PENT), o Plano da Entidade de Turismo do Centro, o Programa Operacional Regional do Centro (2007-2013), os Programas Territoriais de Desenvolvimento do Baixo Mondego, da Sub-Região do Baixo Vouga, do Médio Tejo e Pinhal Interior Sul, da Região de Dão Lafões e da Beira Interior Sul (2008-2013).
 O enquadramento e suporte da estratégia requereu um diagnóstico da situação presente e das tendências de evolução (Anexo I), uma prévia avaliação da situação interna e da envolvente externa da atividade turística em geral e do segmento turismo de saúde e bem-estar/turismo termal em particular, pelo que foi privilegiada uma estrutura que desenhasse uma interação entre pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades fazendo-os convergir numa avaliação sintética – Matriz SWOT.
Na concretização do plano de ação (Anexo II) foi privilegiada a interação entre a teoria e a prática através da auscultação, sob a forma de inquéritos por questionário (Anexo III), de diversos atores territoriais, entre os quais os gestores/administradores das termas da área de intervenção, proporcionando um acesso a informação quantitativa e qualitativa em relação à dinâmica termal (frequência termal, clássica e saúde e bem-estar), ao perfil do utilizador, à posição da estância na região e em relação a outros produtos turísticos e às relações de complementaridade entre serviços turísticos assim como às perspetivas futuras deste segmento na voz de quem o dirige e ainda, a diversos serviços turísticos (hotelaria, museus, restauração) relacionados direta ou indiretamente com as estâncias termais, numa tentativa de perceber o papel de cada um no seio do cluster termal e as relações de complementaridade que estabelecem, ou não, entre si e as suas perspetivas quanto ao produto e seu desenvolvimento nos territórios onde se inserem.
Os questionários aos gestores/administradores e serviços turísticos foram numa primeira fase enviados, a título particular, entre outubro e novembro de 2009, cujos resultados não foram satisfatórios1 .
A segunda abordagem foi realizada tendo como suporte o TCP, onde se procedeu a um novo envio do questionário às termas que não o devolveram numa primeira abordagem e de uma solicitação de disponibilização de informações (quantitativas e qualitativas) adicionais, a todas as onze termas. Procedeu-se igualmente ao envio do inquérito apenas às entidades/serviços turísticos qualificados pelo TCP, privilegiando o setor do alojamento (hotéis, pensões, residenciais, TER, parques de campismo) e o setor cultural (museus e núcleos museológicos), num total de 100 questionários, em abril de 2010. Todos os questionários foram acompanhados por um ofício, aprovado e assinado pelo Presidente do TCP, Dr. Pedro Machado, no sentido da motivação dos inquiridos à participação nesta investigação assim como na necessidade de celeridade na disponibilização das respostas.
Nesta segunda fase foram devolvidos os questionários das Termas de Carvalhal, de Sangemil, de Monfortinho e da Cavaca e, relativamente aos serviços, foram obtidos 14 inquéritos, sendo que, o período de receção dos mesmos se estendeu até 30 de setembro de 2010.
Este percurso metodológico contempla também uma visita às estâncias termais, nomeadamente da Curia, Vale da Mó, Luso, Felgueira, S. Pedro do Sul, Carvalhal, Alcafache e Sangemil por forma a melhor percecionar a dinâmica e estrutura da estância termal, e uma entrevista/conversa informal com responsáveis pelas mesmas (diretores clínicos, assistentes de direção, responsáveis pelo marketing e publicidade, gestores e administradores) cujo conteúdo, não mais se tratou do que um reforço das grandes questões presentes no questionário, onde as conclusões corroboraram as principais linhas apreendidas nos mesmos, para além de constituírem preciosos testemunhos de ajuda na perceção de cada realidade e uma ferramenta de avaliação de grande utilidade tanto na análise SWOT realizada como na elaboração do plano de ação para cada estância e na definição dos níveis de prioridade para cada medida e ação.  


1

Em relação aos questionários enviados aos gestores/administradores, obteve-se apenas resposta das termas de S. Pedro do Sul, Alcafache, Curia e Vale da Mó. Dos questionários enviados (via correio eletrónico) aos serviços turísticos obtiveram-se as respostas da NaturTejo e Adega Luís Pato, os que foram entregues de forma presencial (nos territórios de inserção das termas da Curia, S. Pedro do Sul e Carvalhal), foram apenas recolhidos os questionários da Residencial do Parque, Golfe da Curia e Museu Luciano de Castro (Curia e Anadia) e do Grande Hotel Lisboa (S. Pedro do Sul).

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