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AGLOMERAÇÕES INDUSTRIAIS COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UM ESTUDO DE CASO NO NORDESTE BRASILEIRO

Cid Olival Feitosa


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APRESENTAÇÃO

Desde a década de 1980 assiste-se ao fortalecimento, no plano internacional, de um tipo de enfoque sobre o desempenho da indústria que prioriza a análise dos ambientes produtivos e sócio-institucionais onde as firmas se localizam.

Diversos fatores foram responsáveis por essa mudança, como a nova concepção do papel do Estado na economia, o processo de globalização e as novas formas de organização industrial, baseadas na aglomeração de pequenas e médias empresas, em um ambiente cooperativo.

Do ponto de vista organizacional, o traço mais forte dessa reestruturação é o surgimento de formações industriais menos verticais e mais flexíveis, como alternativa à grande empresa industrial, hierárquica e gerida em bases tayloristas/fordistas.

Esta abordagem, que foca as concentrações geográficas e setoriais de empresas, clusters ou distritos industriais, atribui importância fundamental às relações interfirmas e com instituições locais e realça aspectos endógenos do desenvolvimento regional.

Nesse novo ambiente de negociar, surgem, ainda, novos princípios e arranjos na organização do trabalho, priorizando as formas de trabalho em grupos de profissionais multifuncionais e novas estratégias empresariais, que buscam melhores condições de competitividade.

A eficiência produtiva dos sistemas industriais localizados tem sido largamente comprovada pelas experiências de alguns sistemas industriais específicos. Os exemplos mais freqüentes são os da Terceira Itália, os do Estado do Baden-Württemberg, na Alemanha, os de Oyonnax e Cholet, na França, os do Silicon Valley, nos Estados Unidos. Assim, a formação de clusters ou distritos industriais oferece elementos significativos na elaboração de políticas de desenvolvimento regional.

Com o objetivo de analisar a importância dos distritos industrias para o desenvolvimento econômico de uma região, o presente livro está dividido em quatro partes.

No primeiro capítulo são apresentadas as principais teorias que tratam do estudo sobre o desenvolvimento econômico regional, dando especial atenção à teoria do desenvolvimento regional endógeno. Em seguida, faz-se uma ampla revisão do debate sobre as mudanças organizacionais, trazidas pela aglomeração das empresas em distritos industriais, analisando o valor que as pequenas e médias empresas desempenham na constituição de um sistema industrial organizado e cooperativo.

Diversos autores, os quais serão tratados mais adiante, têm destacado que a concentração industrial verticalizada, presente no modelo fordista de produção vem cedendo espaço a um grande número de firmas, que de forma flexível e desverticalizada produzem bens e serviços diferenciados, para serem vendidos em mercados locais, nacionais e internacionais.

O segundo capítulo volta-se para a análise das pré-condições para a formação de sistemas industriais localizados, apresentando os aspectos que são comuns aos clusters e características específicas de alguns agrupamentos.

Após uma breve distinção entre clusters e distritos industriais, as aglomerações de empresas são apresentadas como modelos de desenvolvimento que ganharam força na Itália, nos últimos anos, e desdobraram-se para outras regiões do continente europeu e do mundo. A partir dessa perspectiva, são apresentados, de forma sucinta, dois casos emblemáticos de distritos industriais, como o caso clássico da Terceira Itália e o do Baden-Württemberg, na Alemanha.

O terceiro capítulo é constituído de um estudo de caso sobre o Pólo de Confecções e Bordados da cidade de Tobias Barreto. Amparado na problemática geral dos distritos industriais, fazendo uso da base de informações do SEBRAE/SE sobre o município (pesquisas qualitativas, Projeto Distritos Industriais Modelo Italiano, Metodologia DLIS), e com o apoio de pesquisa de campo são apresentadas a influência que a cultura local exerce sobre as empresas ali instaladas, as características da mão-de-obra local, a relação interfirmas, no que tange à cooperação e a concorrência, e a participação do Governo e das instituições locais na formação do distrito industrial. Finalmente, o último capítulo é dedicado às considerações finais.


 

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