INTRODUÇÃO A EPISTEMOLOGIA DA CIENCIA

INTRODUÇÃO A EPISTEMOLOGIA DA CIENCIA

Christian José Quintana Pinedo(CV)
Karyn Siebert Pinedo (CV)

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1.5.1 Análise do problema

1.5.1.1 No ensino fundamental

Tem-se que destacar que os primeiros passos que se difundem na escola, em quanto à matemática em geral, estimula o medo, à reprovação e não à motivação por aprender, o papel do professor nesta etapa é de orientar sobre o aprendizado em matemática, porém apresenta-se despreparado para isso, por não conhecer correntes como:

 o racionalismo;

 o empirismo;

 o mecanismo;

 o estruturalismo,

Portanto, orienta-se pela imitação ou pelo que se considera o que é melhor; e, o melhor resulta sempre no que seus professores praticavam, se é certo que desconhecem a existência das correntes metodológicas terminam aplicando a pior delas: “o mecanicismo”.

A todos nos consta por própria experiência que primeiro aprendemos a decorar a tabela de multiplicação sem haver entendido o conceito de “multiplicação”, ideal seria explicar primeiro que a multiplicação é equivalente à soma abreviada. Lembre-se que qualquer número natural maior do que a unidade 1, é construído pela repetida adição do “1”, podemos então dizer que a adição já está incluída em sua própria construção.

A metodologia está mal orientada ou simplesmente não existe, os professores de matemática em geral são mais “teimosos” porque exigem o rigor e a exatidão nos resultados, é algo assim como que as matemáticas se reduzirem a fazer cálculos.

Outro problema é o uso inadequado dos livros texto, segundo o governo entre suas previsões adota um material didático nas escolas, porém de modo inexplicável os professores se sentem tentados a utilizar outros textos bastante duvidosos em sua efetividade [13].

A conclusão disto, é o começo no estudante da construção das bases fracas do conhecimento matemático, ninguém garante que o peso de futuras novas teorias matemáticas poderá ser sustentada.

1.5.1.2 No ensino médio.

Os problemas que apresentam-se nas escolas de ensino fundamental, não mudam quando estuda-se nas escolas de ensino médio, o estudante deve memorizar fórmulas para resolver equações de segundo grau, por exemplo bem em particular a “fórmula de Baskara”, outro tormento para o estudante é o de resolver exercícios sobre expressões algébricas como: fatorização, simplificação, multiplicação, trigonometria, etc. Além disso o estudante tem que memorizar pelo menos dez casos de fatorização, além os casos particulares.

Até aqui, o estudante o tempo todo está trabalhando com “variáveis” ainda sem entender o que é uma variável muito menos, o que é uma função; assim novamente repetem-se os mesmos erros do ensino fundamental. Ao estudante não se ensina a desenvolver sua capacidade criativa nem suas estruturas nesta etapa, o mecanicismo novamente é o método por excelência. O mais fácil é pedir ao estudante a memorizar fórmulas que podemos obter a partir do raciocínio lógico.

Os problemas não têm relação alguma com o contexto em que o estudante esta inserido; por tanto longe de motivá-lo cumpre-se o objetivo diametralmente oposto. O aprendizado deixa de ser significativo, e não se criam condições para gerar contradições no sistema de conhecimentos, também o aprendizado não é significativo para o estudante.

Conclusão disto, é que, o estudante além de ter as bases do conhecimento matemático muito fraco herança do ensino fundamental, agora tem quase pronto um “castelo” de conhecimentos, com base fraca pronto a desabar.

1.5.1.3 No ensino superior

Na maioria dos casos, a experiência mostra que quando um estudante decide estudar alguma profissão, a abundante carga de disciplinas relacionadas com as matemáticas no plano de estudos é um fator determinante, quase sempre o estudante aprendeu a não gostar da matemática sem sequer conhecer-la, deste modo desconhece suas próprias potencialidades e tem a auto-estima bastante “abalada” em relação a sua capacidade; isto é um obstáculo que deve-se superar, os anos que estudou entre o ensino fundamental e médio praticamente não servem de muito, pois é necessário começar todo novamente (a estas alturas o “castelo” de conhecimentos matemáticos foi para o chão).

Um primeiro problema do aprendizado das matemáticas nas instituições de ensino superior é que as disciplinas não tem nomenclatura adequada, por exemplo denomina-se Cálculo I, Cálculo II, Cálculo III ao invés de funções de variável real, derivadas, integrais, equações diferenciais, variável complexa, etc. a denominação transforma-se num estimulante para motivar ao estudante quando este domina a terminologia de aquilo que esta estudando.

Embora este primeiro problema não seja crucial para o aprendizado das matemáticas, o problema mais grave é a falta de profissionais adequados para o ensino das diferentes disciplinas que compõem a grade curricular. Nas maiorias das instituições de ensino superior (não nas Universidades bem, conceituadas) tem-se como princípio que qualquer profissional licenciado (ou habilitado) em matemática ou mesmo engenheiro (em alguma área do conhecimento), está capacitado para ministrar disciplinas de matemática neste nível.

Conseqüência disto é que se tem professores que ministram, por exemplo: aulas de seqüências e séries de números reais com transparências, aulas de estruturas algébricas (grupos e anéis) na base somente de conhecer as propriedades dos números reais (mais nada), aulas de lógica matemática nem existe na maioria das grades curriculares (Licenciaturas em Matemática).

Também podemos agregar a todo isto, a presencia dos profissionais das áreas da pedagogia pura ensinando: didática da matemática, ensino da matemática, psicologia da educação matemática, resolução de problemas de matemática entre outras disciplinas próprias da grade de um curso de formação de profissionais para o ensino da matemática. Pergunto:

“Como profissionais desta grande área da pedagogia pura podem ministrar aulas de matemática (em alguma de suas etapas), se eles optarão essa profissão por não gostar de matemática?”

Outro problema do aprendizado da matemática nas instituições de ensino superior é a falta de aplicação das técnicas agrupais para aproveitar em torno da aula o contato com outros sujeitos com os mesmos subjetivos e motivações, o aferro ao método da aula magistral como único médio de transmissão de conhecimentos impede ao estudante desenvolver suas habilidades de comunicação, é por tal razão que temos estudantes que tem medo ao expor suas idéias por temor a fazer o ridículo.