Um fato que se deve levar em conta quando se estuda a fenomenologia das seitas é seu contexto sociocultural onde ela se desenvolve. É sabido que muitos paradigmas doutrinários dentro destes movimentos se estruturaram por influencias externas [29].
Por exemplo, certas normas éticas que se observam em muitos grupos religiosos não passam do reflexo da cultura o qual está condicionado. Certos tipos de vestuários, hábitos, costumes alimentares e até saudações profundamente arraigadas na estrutura ética das seitas que as diferenciam, explica-se devido a estas influências.
Dentro de certo contexto podemos admitir que a máxima popular que afirma ser o homem “o produto do meio onde vive”, possui seu quinhão de veracidade.
Em se tratando de movimentos sectários com forte reivindicação de religião revelada e caráter profético intensifica-se ainda mais esta dependência.
É que ao se estruturar como instituição religiosa tais movimentos tende a se adaptar aos condicionamentos sociais, adquirindo respeitabilidade social. Nesta mudança comportamental e organizacional os líderes de seitas procuram contextualizar suas revelações.
Ultimamente muitas delas tentando escoimar o estigma de misticismo apelam para um lado mais “científico” da religião. Procuram se auto afirmar com “absoluta” precisão científica. Esta nova mudança verifica-se facilmente na semântica e até no nome da seita. É este o caso da cultura Racional, Cientologia, Racionalismo cristão, Ciência cristã e outros.
Para impressionar os mais incautos procuram basear essa convergência com a ciência, em supostas “revelações divinas”, mas que com o passar dos anos se mostraram totalmente inadequadas com as novas descobertas científicas, provando assim, que tais revelações nada mais eram que o produto do meio científico que então prevalecia. Era apenas o reflexo do conhecimento do líder, não tendo nada a ver com revelações divinas. Veja abaixo apenas três exemplos disso