TURyDES
Vol 6, Nº 14 (junio/junho 2013)

TURISMO E DESENVOLVIMENTO LOCAL: UMA ABORDAGEM SOBRE OS IMPACTOS DA ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL INOVATIVO TURÍSTICO DO MUNICIPIO DE PARINTINS – AMAZONAS, BRASIL

Francisco Alcicley Vasconcelos Andrade (CV)

1 INTRODUÇÃO
A realidade atual apresenta um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, onde as inovações e o processo dinâmico ocorrem de forma acelerada, fazendo com que os players dos Arranjos Produtivos Locais busquem novas formas de gestão sob o foco do desenvolvimento local, da inovação e do aprendizado interativo, que são elementos fundamentais para o sucesso de um APL, objetivando a competitividade dinâmica e sustentável do destino turístico.
Em razão dessa dinamicidade, a constante articulação dos Arranjos Produtivos Locais ao setor do turismo e as inovações do ambiente institucional que impactam e se inter-relacionam diretamente com o desenvolvimento da atividade turística, faz-se necessário realizar esse estudo, com o objetivo geral de discutir a organização e caracterização do ambiente institucional no desenvolvimento do APL turístico de Parintins/ AM; tendo como objetivos específicos: identificar os players que impactam no desenvolvimento do APL turístico da cidade de Parintins; discutir as bases teóricas que fundamentam o processo de inovação nos Arranjos Produtivos Locais do Turismo e analisar o grau de organização e interação entre os players ou instituições do APL turístico de Parintins/ AM.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS TURÍSTICOS E O PROCESSO DE INOVAÇÃO

A temática Arranjos Produtivos Locais começa a ser difundida nas literaturas e produções acadêmico-científicas no Brasil. Segundo o SEBRAE (2009), cerca de 80% dos APLs no Brasil concentram-se nos setores de madeira e móveis, confecções, agronegócio e turismo, e outros 20% relacionados à construção civil (extração, beneficiamento de rochas ornamentais, cerâmica estrutural e de revestimentos), setor metal-mecânico e produtos de Alta Tecnologia.
Os APLs turísticos no Brasil concentram-se, segundo Santos (2009), no Nordeste, onde a exploração do turismo de sol e praia é predominante – Estados da Bahia, Ceará e Pernambuco; e de localidades do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Na Amazônia, os APLs turísticos estão voltados para o ecoturismo e o turismo de natureza.
Diante do intenso processo de globalização da economia e da expansão do turismo mundial, os Arranjos Produtivos Locais Turísticos tornaram-se um amplo conjunto de iniciativas, de redes locais e de relações de cooperação entre os players envolvidos, permitindo-lhes vantagens competitivas frente às demais localidades turísticas, associadas às estruturas produtivas, às redes de cooperação, o aperfeiçoamento e acesso a recursos humanos, à ação coletiva, aos processos de inovação e à imagem mercadológica da região.
De acordo com Lastres e Cassiolato (2001), os APL`s constituem-se de aglomerações espaciais de agentes econômicos, políticos e sociais, com foco em um conjunto específico de atividades econômicas e que apresenta vínculos de interdependência. Dentro desta definição, envolvem a participação e a interação de organizações e suas variadas formas de representação e associação. Através desses vínculos, as organizações e instituições estabelecem vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e outros players, tais como: setor público, associações, cooperativas, iniciativa privada, universidades, instituições financiadoras e de promoção, entre outros.
Os sistemas locais competitivos são o fruto de um planejamento regional em que se busca ter aglomerações econômicas competitivas, com o adicional do componente social/ comunitário. Segundo Beni (2001), o Arranjo Produtivo Local Turístico é a forma de maior sucesso, na atualidade de articulação (integração e interação) de um modelo de gestão de uma destinação turística, suas modalidades de promoção, comercialização, desenvolvimento e cooperação entre os agentes econômicos, culturais, políticos e sociais de um local ou região.
Segundo Cândido (2001), duas importantes variáveis que devem ser consideradas na gestão dos Arranjos Produtivos Locais: a Inovação e aprendizado interativos, pois a capacidade dos players em absorver e gerar inovações que possibilitem a criação de novos produtos e processos é proveniente do aprendizado interativo que proporciona o aproveitamento de sinergias coletivas, levando-os, assim, ao estabelecimento de relações mais estreitas de cooperação e a participação ativa no processo inovativo.
Os arranjos produtivos locais estão intrinsecamente ligados ao processo de inovação, que constitui-se como um alicerce de competitividade e se torna uma ferramenta estratégica que alavanca a vantagem competitiva do destino turístico. Segundo Bautzer (2009),

O conceito de inovação possui diversos sentidos. Ele pode ser visto como a adoção de novas tecnologias que permitam aumentar a competitividade de uma organização, uma nova ideia que, se implementada com sucesso, produz resultados satisfatórios ou até mesmo um processo estratégico de reinvenção constante do próprio negócio. Inovação pode também ser o ato de atribuir novas capacidades aos recursos existentes em uma empresa para gerar riqueza.

No caso dos arranjos produtivos locais turísticos, é através da percepção da exigência contínua dos turistas que os players buscam inovar na gestão e prestação de serviços. É a pressão do mercado que provoca a conversão do melhoramento contínuo em projetos inovadores.
Bautzer (2009) destaca ainda que as inovações são importantes porque permitem que os players acessem novos conhecimentos, novos mercados, aumentem suas receitas, realizem novas parcerias, divulguem a atratividade turística e percebam novas estratégias competitivas de mercado. Considerando que as inovações são capazes de gerar vantagens competitivas a médio e em longo prazo, inovar torna-se essencial para a sustentabilidade social, econômica e ambiental do destino turístico.
Assim, a inovação demanda um ambiente altamente dinâmico e competitivo em um conjunto de plataformas que compartilhem conhecimento, através do aprendizado interativo. Pois vivemos numa época de incertezas e instabilidades do mercado, em que a maior segurança que os agentes do APL possui é a capacidade de inovação e adequação às exigências de mercado, gerando vantagem competitiva para o destino turístico.

2.2 TURISMO E DESENVOLVIMENTO LOCAL
Ao falar de desenvolvimento local, Bandeira (1999) destaca que o desenvolvimento local consiste em um processo em que o caráter social se integra ao econômico. A estratégia de desenvolvimento endógeno ou desenvolvimento local se propõe a, além de desenvolver os aspectos produtivos, potencializar as dimensões sociais, culturais, ambientais e político-institucionais que constroem o bem-estar da sociedade.
No mesmo sentido, Portuguez (1999), ao tratar de turismo e desenvolvimento local, enfatiza que os modelos tradicionais de acumulação de capital não levam em consideração de análise, os custos sociais e ambientais. Nesse sentido, novas concepções estão rompendo paradigmas tradicionais, considerando a preservação do ambiente natural e cultural de cada comunidade.
Na realidade, o que se observa no contexto das abordagens desse novo modelo de desenvolvimento é uma tentativa de articulação entre os circuitos globais da economia com a dinâmica local, em que os debates dualistas do significado “desenvolvimento econômico” e “desenvolvimento” são alvos de questionamentos quanto aos objetivos sociais, ecológicos e econômicos. Para Buarque (1999), o turismo voltado para o desenvolvimento local é definido como uma viagem de lazer e entretenimento que objetiva a melhoria da qualidade de vida da localidade turística, com respeito ao meio ambiente e que proporcione trabalho e renda para a população residente.
Assim, o turismo, em uma nova concepção estratégica, objetiva contemplar um conjunto de bens e serviços que promovam o desenvolvimento socioeconômico em nível local, protegendo as paisagens e sua diversidade biológica, assim como o patrimônio histórico-cultural, além de gerar emprego e renda para a população local.

 

3 METODOLOGIA

Por se tratar de um trabalho construído com base em observações feitas diretamente no local de sua ocorrência, o tipo de pesquisa adotado foi a pesquisa de campo, a partir da constatação in loco dos fenômenos, necessária para a confirmação ou refutação de hipóteses e construção de teorias, com base num projeto de investigação, prático e de importância exploratória (MINAYO, 2003).
A pesquisa teve uma abordagem qualitativa, a qual foi analisada questões particulares à subjetividade e caracterização dos players, pois se trata de uma realidade que não pode simplesmente ser quantificada, com um universo de significados, crenças, valores que correspondem a um conjunto profundo de relações, de processos e fenômenos que não podem ser reduzidos, apenas, em variáveis (OLIVEIRA, 2001).
Temos também como método de pesquisa, a análise de conteúdo, pois segundo Vergara (2008) consiste numa técnica para o tratamento de dados que objetiva identificar tudo o que está sendo investigado e discutido a respeito da temática de pesquisa.
O universo da amostra foi delimitado para aplicação de 10 formulários, já que se trata de um estudo realizado com as instituições ou players que impactam no desenvolvimento do APL turístico de Parintins/ AM, no período do mês de abril, maio e junho de 2012.
Para a obtenção dos dados e informações, a técnica de pesquisa foi a documentação direta, pois esta, melhor se enquadrava no tipo de pesquisa adotada, através observação direta intensiva, tais como, observação e entrevistas não-estruturadas, juntamente com a observação direta extensiva, por meio de formulários.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS AGENTES DO APL TURÍSTICO
4.1.1 Instituições de Qualificação de Recursos Humanos e de Apoio às Empresas
Além das instituições de qualificação de recursos humanos, temos as prestadoras de serviços, que impactam indiretamente no desenvolvimento do APL Turístico de Parintins/ AM, tais como os serviços de alimentação (restaurantes, bares e lanchonetes), serviços de transportes (táxis, barcos, moto-táxis, triciclos e aviões) e serviços de hospedagem (hotéis, pousadas, casas particulares e Associação Cama e Café de Parintins - ACAMPIN).
As principais instituições de qualificação de recursos humanos e de apoio às organizações ligadas ao setor de turismo local identificadas foram: o SEBRAE, SENAC e a UEA.
O Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa – SEBRAE é uma instituição federal, com quatro anos de atividades no município de Parintins. A instituição já contribuiu significativamente para o desenvolvimento do turismo em Parintins, com a efetiva participação das reuniões do Projeto dos 65 destinos indutores do turismo regional; a formalização dos empreendedores individuais; e a capacitação através de cursos e consultorias. O grau de escolaridade dos colaboradores da instituição é ensino superior.
A instituição não possui profissionais qualificados especificamente na área de turismo, mas os colaboradores participaram do Projeto dos 65 destinos indutores do turismo regional, ministrados pelo Instituto Marca Brasil, com período de duração de uma semana.
Percebemos então que, o SEBRAE é uma instituição que articula com os demais players que impactam no desenvolvimento do turismo, através da legalização dos empreendimentos que comercializam produtos e prestam serviços turísticos e o envolvimento da mesma com a Embratur e Amazonastur, com a participação no projeto.
Outras instituições que contribuem para a qualificação da mão-de-obra local são as Instituições de Ensino Superior – IES, como a Universidade do Estado do Amazonas – UEA.
A UEA é uma instituição pública estadual recente, com 10 anos de atuação na comunidade parintinense. Possui diversos cursos nas áreas de licenciatura, direito, ciências econômicas, e principalmente, o curso de Tecnologia em Gestão de Turismo e o curso de especialização em Turismo e Desenvolvimento Local. A instituição objetiva qualificar a mão-de-obra local e formar cidadãos críticos perante a realidade.
Alguns colaboradores possuem qualificação profissional na área de turismo, contribuindo para a qualificação dos recursos humanos e uma visão sistêmica do turismo. A instituição, por intermédio do curso de especialização em Turismo e Desenvolvimento Local, desenvolveu debates institucionais no I Fórum de Turismo, com a temática: “Os desafios e perspectivas de Parintins como uma cidade turística”, e o I Encontro Municipal de Turismo, enfatizando as políticas públicas voltadas ao turismo local.

4.1.2 Instituições de Financiamento
A principal instituição de financiamento identificada na localidade foi o Banco da Amazônia – BASA é uma importante instituição financeira que fomenta o crédito na nossa região. De acordo com o entrevistado, o BASA possui diversas linhas de crédito exclusivamente destinadas ao setor de turismo, tais como o FNO-Amazônia Sustentável; FNO-Amazônia Pró Copa; Amazônia Giro MPE; Amazônia Turismo Empresarial e BNDES Automático.
Segundo o entrevistado, a instituição atua com os objetivos de financiar empreendimentos turísticos para o desenvolvimento local e firmar parcerias voltadas ao incremento do turismo regional.

4.1.3 Instituições de Suporte e Apoio à Estratégia de Turismo
Nesta seção, as instituições identificadas foram: a Amazonastur e a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo de Parintins.
A Amazonastur é uma instituição oficial do turismo no Estado do Amazonas, qua atua com os objetivos de apoiar o desenvolvimento sustentável de novos produtos turísticos, oferecer condições de melhorias aos já consolidados e promover a “Marca Amazonas” nos mercados turísticos.
Os recursos humanos possuem qualificação na área de turismo, e ainda promove projetos e programas: Programa de Interiorização do Turismo, Captação de Investimentos e Promoção e Divulgação para o Turismo, Programa de Apoio aos Municípios e à Iniciativa Privada para a Formação e Capacitação de Recursos Humanos.
Outra instituição identificada foi a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo de Parintins – SICTUR. É uma instituição integrada à Administração Direta Municipal e foi criada no ano de 2001, com o objetivo de planejar, coordenar e executar atividades relativas à indústria, comércio, cultura e ao turismo;
A SICTUR possui recursos humanos qualificados na área de turismo, e ainda participa de cursos de operação do SG65 – Sistema de Gestão dos 65 destinos indutores do turismo regional, promovidos pelo Ministério do Turismo, contribuindo assim, para melhor operação no SG65, cumprindo os prazos preestabelecidos.
A SICTUR é uma instituição articulada com os demais segmentos, tais como: associações, cooperativas, iniciativa privada, instituições federais e estaduais entre outras. Uma das importantes ações da SICTUR foi a criação do COMTUR – Conselho Municipal de Turismo, instituído pela Lei Municipal no 483/2010. O COMTUR é formado por representantes de instituições do poder público municipal, iniciativa privada, Instituições de Ensino Superior e Técnico, associações folclóricas e sistema S (SEBRAE, SENAI, SENAC, SESC, SESI e SENAR).

4.1.4 Outras Instituições ligadas ao Turismo
As demais instituições ligadas ao desenvolvimento do turismo são: as Associações Folclóricas dos Bois-Bumbás Garantido e Caprichoso.
As instituições que impactam diretamente no desenvolvimento do turismo são as Associações Folclóricas dos Bois-Bumbás Garantido e Caprichoso, que possuem em média, cada uma, 250 colaboradores no período do Festival Folclórico. São instituições da esfera municipal e atuam com os objetivos de realizar trabalhos sociais com a comunidade; qualificar a mão-de-obra local e gerar emprego à população. Em 2008, as associações folclóricas, em parcerias com a Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA, a Força Sindical, entre outras, ofereceram cursos de inglês, espanhol e técnicas em vendas à comunidade local. Somente aos trabalhadores dos galpões, o Ministério do Trabalho passou orientações da importância dos equipamentos de segurança e como agir em situações de emergência.
As instituições estão totalmente envolvidas no Festival Folclórico, com o planejamento, organização e seleção de recursos humanos. Porém é necessário que as associações tenham mais interesse com a prevenção de acidentes e a saúde do trabalhador.
A própria população local pode ser considerada um player que impacta no turismo de Parintins, a partir do modelo de participação e gestão participativa, através do envolvimento de importantes instituições das esferas pública e privada e as IES, com o objetivo de participar, acompanhar e avaliar o andamento das políticas de desenvolvimento do turismo.

4.2 DESENVOLVIMENTO DO APL TURISTICO DE PARINTINS
Ao discutirmos sobre a atuação das instituições para o desenvolvimento do turismo local, identificamos no processo de pesquisa as inovações que ocorreram na atividade no processo histórico de desenvolvimento do turismo em Parintins, como podemos destacar abaixo:


TABELA I: INOVAÇÕES NO TURISMO LOCAL

Melhorias nos serviços turísticos e na estrutura aeroportuária

Realização de cursos de graduação e pós-graduação na área de turismo

Oferecimento de cursos de inglês e espanhol em escola pública municipal

Dimensão internacional do Festival Folclórico

Maiores estruturas e movimentos de alegorias no Festival Folclórico

Qualificação da mão-de-obra local

Instalação permanente de IES

Rompimento do tradicionalismo do Boi-bumbá

Inserção do município nos 65 destinos indutores do turismo regional

Mudanças no comportamento dos turistas/ consumidores

 Fonte: Pesquisa de campo – Maio/ Junho de 2012.

Sobre a atuação das instituições para o desenvolvimento do turismo local, identificamos no processo de pesquisa algumas importantes variáveis de ameaças e oportunidades, tais como:


TABELA II: AMEAÇAS E OPORTUNIDADES DO TURISMO LOCAL

AMEAÇAS

OPORTUNIDADES

Infraestrutura turística incipiente

Potencialidade turística

Péssimo atendimento de alguns serviços turísticos

Diversidade natural e cultural

Elevados preços de produtos/ serviços

Destino Indutor

Sazonalidade

Espírito empreendedor

Falta de qualificação de recursos humanos

Acesso facilitado aos créditos de financiamento

Falta de valorização do artista local

Município em expansão

Elevada exploração sexual

Presença de IES

Fonte: Pesquisa de campo – Maio/ Junho de 2012.
A partir da identificação das inovações ocorridas na atividade turística local, a Figura 01 resume as principais instituições que impactam no desenvolvimento do turismo no município de Parintins.
Assim, discutimos nos resultados da pesquisa as reais contribuições e os impactos das diversas instituições presentes no desenvolvimento do turismo local, as possíveis ameaças e oportunidades que possam afetar positiva ou negativamente a atividade, além das inovações ocorridas na atividade dentro de um processo histórico.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da identificação de todas as instituições que impactam diretamente no desenvolvimento do turismo no município de Parintins/ AM, percebemos que a maioria das instituições possui elevado grau de endogenia, isto é, estabelecem parcerias com demais instituições, com o intuito de atingir os objetivos propostos. Porém, foi identificada que algumas instituições ficam isoladas, pois não socializam informações para os demais players e também não investem em processos inovativos, que poderiam gerar vantagem competitiva para a própria organização e para o turismo local.
É importante que os players locais percebam que são responsáveis pelo desenvolvimento local, atuando de forma cooperada, participativa e integrada, mobilizando as potencialidades e recursos locais, transformando-o em um destino turístico competitivo.
No município de Parintins, de acordo com todas as entrevistas e com a identificação das potencialidades turísticas, sugerimos a promoção de uma grande diversificação econômica na localidade, aproveitando o desenvolvimento da agricultura familiar, da pesca artesanal, do artesanato amazônico e da pecuária, objetivando aumento na geração de emprego e renda e estabelecer uma maior conexão entre as atividades já consolidadas no município com o turismo, isto é, além de suas finalidades, é possível transformá-las em potencialidade turística, desde que haja maior envolvimento e interação entre as instituições. Propomos destacar ainda neste trabalho a existência de um Arranjo Produtivo Local embrionário, porém é importante elencar alguns requisitos característicos de um APL que estão ausentes, tais como: o elevado grau de endogenia em sua totalidade e os fortes investimentos em inovação e estabelecimento de aprendizado interativo.

REFERÊNCIAS
BANDEIRA, Pedro. Participação, articulação de atores sociais e desenvolvimento regional. Brasília, DF:IPEA, 1999.

BAUTZER, Deise. Inovação: repensando as organizações. São Paulo: Atlas, 2009.

BENI, M. C. Análise Estrutural do Turismo. 7. ed. São Paulo: Senac, 2002.

BUARQUE, S. C. Metodologia de planejamento do desenvolvimento local e municipal sustentável. Projeto de Cooperação Técnica INCRA/IICA PCT – INCRA/IICA. Brasília, jun., 1999.

CÂNDIDO, G.A. Fatores críticos de sucesso no processo de formação, desenvolvimento e manutenção de redes interempresariais do tipo agrupamento industrial entre pequenas e médias empresas: um estudo comparativo de experiências brasileiras. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.

LASTRES, H.M.M.; CASSIOLATO, J.E. Novas Políticas na Era do Conhecimento: o foco em arranjos produtivos e inovativos locais. Reunião Regional Sudeste da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rio de Janeiro, 16 e 17 de janeiro de 2001.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 22 ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
OLIVEIRA, Luiz Silvio de. Tratado de Metodologia Científica: Projetos de Pesquisa, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 2001.

PORTUGUEZ, Anderson Pereira. Agroturismo e Desenvolvimento Regional. São Paulo: Hucitec, 1999.

SANTOS, José Eduardo França dos. O Setor de Turismo e os Arranjos Produtivos Locais no Estado de São Paulo: especificidades e interdependências. Rio Claro, SP: [s.n.], 2009.

SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO A MÉDIA E PEQUENA EMPRESA. A Mobilização dos Territórios para o Desenvolvimento, Versão para discussão Interna, Brasília, 2009.

VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de Pesquisa em Administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Recibido: 26/3/2013
Aeptado: 6/5/2013
Publicado: Junio 2013



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