Polliana Lúcio Lacerda Pinheiro*
Matilde Meire Miranda Cadete**
Centro Universitário Una, Brasil
Email: pollianallacerda@gmail.com
RESUMO
Trata-se da apresentação de um jogo pedagógico que aborda sexualidade e papiloma vírus humano (HPV). A opção pelo desenvolvimento de um jogo pedagógico, Desmistificando a Sexualidade e o HPV, se deu por acreditar que o jogo proporciona a reflexão podendo descontruir valores estabelecidos e reconstruir novos significados, permitindo aos adolescentes uma oportunidade de descobrirem sua sexualidade, aprender sobre os riscos que ela traz, e a como se prevenir do HPV, brincando. O jogo é constituído de um tabuleiro, um dado, cinco pinos coloridos, 40 cartas perguntas com suas respectivas cartas respostas que são identificadas pelo par de cores e números e as regras do jogo. Espera-se que o jogo seja um meio facilitador do diálogo entre pais e filhos, professores e alunos, profissionais de saúde e adolescentes quebrando mitos e inseguranças sobre a vida sexual e reprodutiva de meninas e meninos e favoreça o desenvolvimento local a partir da construção de mudanças comportamentais entre adolescentes no intuito de gerar adultos hígidos e com menos vulnerabilidades à saúde devido à aquisição do conhecimento, conscientização e, consequentemente, melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Adolescente, Sexualidade, Papiloma Vírus Humano, Educação Sexual, Desenvolvimento Local.
ABSTRACT
This is the presentation of a pedagogical game that addresses sexuality and human papillomavirus (HPV). The option to develop a pedagogical game, Demystifying Sexuality and HPV, was based on the belief that the game provides reflection, which can deconstruct established values and reconstruct new meanings, allowing adolescents to have an pleasant opportunity to discover their sexuality, learn about the risks that it brings, and how to prevent HPV. The game consists on a board, a dice, five colored pins, 40 quiz cards with their respective answer card, that are identified by the pair of colors and numbers, and the rules of the game. It is expected that the game will be a dialogue facilitator between parents and children, teachers and students, health professionals and adolescents, breaking myths and insecurities about the sexual and reproductive life of girls and boys and favor local development from the construction of behavioral changes among adolescents in order to generate healthy adults with less vulnerability to health due to the acquisition of knowledge, awareness and, consequently, a better quality of life.
Keywords: Teenagers. Sexuality. Human Papilloma Virus. Sexual Education. Local Development.
RESUMEN
És una presentación de un juego pedagógico que habla sobre sexualidad y papiloma virus humano (HPV). La opción por el desarrollo de un juego pedagógico, revelando la Sexualidad y el HPV, se dio por creer que el juego proporciona la reflexión pudiendo deshacer valores establecidos y reconstruir nuevos significados, permitiendo a los adolescentes una oportunidad de descubrir su sexualidad, adquirir conocimiento sobre los riesgos que trae, y cómo prevenir el VPH, jugando. El juego está constituido por un tablero, un dado, cinco pines de colores, 40 cartas preguntas con sus respectivas cartas respuestas que son identificadas por el par de colores y números y las reglas del juego. Se espera que el juego sea un medio facilitador del diálogo entre padres e hijos, profesores y alumnos, profesionales de salud y adolescentes quebrando mitos e inseguridades sobre la vida sexual y reproductiva de niñas y niños y favorezca el desarrollo local a partir de la construcción de cambios comportamentales entre adolescentes con el fin de generar adultos hígidos y con menos vulnerabilidades a la salud debido a la adquisición del conocimiento , concientización y, consecuentemente, mejor calidad de vida.
Palabras clave: Adolescente, Sexualidad, Papiloma Virus Humano, Educación Sexual, Desarrollo Local.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato: 
Polliana Lúcio Lacerda Pinheiro y Matilde Meire Miranda Cadete  (2019): “Desmistificando a sexualidade e o HPV: educação em Saúde para adolescentes através do jogo”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (febrero  2019). En línea: 
https://www.eumed.net/rev/cccss/2019/02/desmistificando-sexualidade-hpv.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/cccss1902desmistificando-sexualidade-hpv
Atendendo às exigências  do Programa de Pós-Graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento  Local, do Centro Universitário Una, o presente capítulo busca apresentar uma proposta  de intervenção como produto técnico proveniente da pesquisa de mestrado  intitulada “O conhecimento dos adolescentes escolarizados sobre o papiloma  vírus humano: uma proposta de educação em saúde”.
             A literatura científica  é categórica em afirmar que existe um conhecimento deficitário dos adolescentes  quanto ao Papiloma Vírus Humano (HPV),  assertiva ratificada pelos resultados desta pesquisa, obtidos por meio de  questionários e entrevistas, com adolescentes escolarizados de uma Escola  Estadual do interior de Minas Gerais.   Diante desse contexto, práticas educativas em saúde devem ser  incentivadas para que os adolescentes façam a opção pelo comportamento de  autocuidado e por medidas preventivas como a vacinação e a realização do exame  ginecológico, conhecido como Papanicolau, para meninas que já tiveram relação  sexual conforme orienta o Ministério da Saúde (BRASIL, 2017).
             Os adolescentes  escolarizados passam a maior parte do seu dia na escola o que favorece um  trabalho intersetorial no intuito de promover saúde por meio de práticas  educativas e, consequentemente, aprendizagens significativas e mudanças de  comportamento que contribuirão a melhoria da qualidade de vida. Para isso, o  Ministério da Saúde trabalha em conjunto com o Ministério da Educação por meio  do Programa Saúde na Escola (PSE) (BRASIL, 2011).
             Hoje no Brasil, a  estratégia intersetorial, saúde x educação faz parte do PSE, tendo em vista  que, na década de 80, a inexistência dessa intersetorialidade foi alvo de  julgamento do setor Educação. Assim, esse programa, desde sua instituição, visa  a cumprir os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja,  integralidade, equidade, universalidade, descentralização e participação  social, com a finalidade de que os direitos e deveres dos cidadãos sejam  garantidos, haja aquisição de conhecimento, desenvolvimento de atitudes e  atuação da comunidade escolar nessa temática em prol dos adolescentes. Essa  estratégia brasileira é vista não só nacionalmente como internacionalmente pela  Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização  das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) (CARVALHO,  2015; BRASIL, 2011).
             De acordo com o  Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), a escola é um cenário favorável ao  progresso cognitivo crítico e político por gerar valores diferentes dos já  construídos por meio do saber, proporcionando um melhor resultado social da  saúde. Para Figueiredo e Barros (2014), as práticas educativas inseridas no  contexto escolar beneficiam a aquisição do conhecimento e possibilitam que  debates insurjam conduzindo os alunos à reflexão sobre o saber adquirido,  desenvolvimento de atitudes de autocuidado e manifestação de anseios, dúvidas,  valores e conceitos.
             Esta breve exposição  sobre a saúde do adolescente traz a notoriedade e a complexidade da promoção à  saúde no âmbito escolar, ou seja, da pertinência da estratégia intersetorial da  saúde e educação que não se deve atentar para as dificuldades, mas, sim, para  os benefícios que esse desafio de trabalhar com a saúde do adolescente na  escola proporciona à saúde pública e à sociedade o que é uma importante  estratégia de inovação social e educacional. 
             A adolescência é  considerada uma etapa evolutiva e fisiológica do ser humano que precisa ser  interpretada não somente sob o foco da puberdade, mas, sim, sob um complexo  sistema biopsicossocial e cultural, tendo em vista que as modificações  ocorridas no adolescente são atestadas socialmente e culturalmente, além de  serem produzidas pela subjetividade (MACEDO; CONCEIÇÃO, 2015). Maia et al. (2016)  relatam que as mudanças biopsicossociais instigam emoções e afetam o  desenvolvimento da sexualidade.
             No  estudo de Moraes e Bretas (2016), ao abordarem sexualidade com os adolescentes,  chegou-se ao resultado que, para estes, sexualidade era sinônimo de ato sexual,  reprodução, modificações biológicas do corpo humano e, para outros  adolescentes, especialmente, as meninas, a sexualidade estava relacionada com  afetividade e amor, além de ser uma forma de segurar o parceiro. 
             Nery  et al. (2015) citam que os pais conversam com seus filhos sobre sexualidade de  maneira restrita por considerarem um assunto complexo, e que o profissional de  enfermagem é parte importante na educação sexual de adolescentes, agregando a  família que possui papel importante na formação de valores sociais dos  adolescentes e a escola como local primordial para a promoção do saber. 
             Quando  a comunidade escolar se envolve com a saúde do adolescente, os resultados são  mais eficazes e satisfatórios, pois autenticam o que se traz da família, conforme  corroboram Macedo e Conceição (2015) ao assegurarem que os adolescentes com  maior vínculo afetivo familiar têm sua atividade sexual mais tardia e estão  menos expostos a seus riscos, em especial às Infecções Sexualmente  Transmissíveis (IST), tais como o HPV.
             E, um  dos componentes do PSE são a promoção e prevenção da saúde voltada à educação  para a saúde sexual, reprodutiva e prevenção das IST no dia a dia da escola com  o intuito de reduzir as vulnerabilidades dos adolescentes às infecções e  desconstruir mitos por meio de atividades que utilizem métodos participativos  de maneira contínua (BRASIL, 2011). 
             Então,  o Ministério da Educação conjunto ao Ministério da Saúde (BRASIL, 2013) sugerem  que uma das estratégias para se trabalhar sexualidade é proporcionar espaço  para os adolescentes pensarem em seu comportamento e sanarem dúvidas sem  precisar contar a sua história. Para tanto, como estratégia intersetorial entre  educação e saúde, o jogo é considerado uma das melhores formas para abordar um  tema tão polêmico.
             Assim,  é possível perceber que a saúde do adolescente necessita de práticas educativas  voltadas para a sexualidade e prevenção do HPV envolvendo toda a comunidade  escolar, pois o papel da família é diferente do papel da escola e do  profissional de saúde e todos podem, concomitantemente, buscar promoção à saúde  e melhoria da qualidade de vida para os adolescentes.
A pesquisa que deu  origem a este produto técnico teve como principal objetivo a análise do  conhecimento dos adolescentes escolarizados sobre a forma de transmissão,  prevenção, rastreamento e oncogenicidade do HPV para sua vida sexual e  reprodutiva.
             Refletir sobre o  conhecimento dos adolescentes a respeito do HPV é de grande valia, pois permite  identificar agravos de saúde no intuito de buscar estratégias de promoção e  prevenção aos riscos à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes.
             A  coleta de dados se deu por meio de um questionário e de entrevistas  semiestruturadas que permitiram analisar o conhecimento dos adolescentes  escolarizados sobre o vírus, assim como identificar a incidência de  adolescentes escolarizados com vida sexual ativa e descrever o conhecimento a  respeito da oncogenicidade, atos de proteção sexual e rastreamento.
             Para realizar a análise  dos dados obtidos de 167 questionários foi utilizado o Programa Statistical Package for the Social Sciences  (SPSS) versão 19, incluindo teste de significância e, os depoimentos obtidos  pelas entrevistas semiestruturadas foram analisados por meio da análise  temática de conteúdo à luz de Bardin (2016) através do software Interface de R  pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires  (IRaMuTeQ). Dos depoimentos de 14 adolescentes foram identificadas sete  categorias: jogo pedagógico sobre sexualidade e HPV; HPV e a Vacina contra o  HPV; vida sexual do adolescente; exame de preventivo (Papanicolau); orientações  recebidas na escola pelo profissional de saúde; métodos preventivos e  orientações recebidas na escola pelo professor.
             A pesquisa revelou o  nível deficitário de conhecimento dos adolescentes acerca do HPV e a falta de  informações sobre as medidas preventivas e de rastreamento do câncer de colo do  útero, além de agravos como o início precoce das relações sexuais, a  multiplicidade de parceiros, a ausência de diálogo com os pais e da atuação dos  profissionais de saúde na escola, assim como uma abordagem escassa e somente  biologicista pelos professores.
             E, como contribuição  técnica, elaborou-se um jogo lúdico pedagógico sobre sexualidade e HPV com  intuito de proporcionar aos adolescentes maior conhecimento sobre os riscos e a  como se prevenir do vírus, brincando, recebendo estímulos e com base em regras  pré-estabelecidas e estruturadas. Intenciona-se com o jogo criar condições  motivacionais de ensino e conscientização que engendrem mudanças  comportamentais entre meninas e meninos para que se tornem adultos hígidos e  com menos vulnerabilidades, à saúde, por ser um meio facilitador do diálogo  entre pais e filhos, professores e alunos, profissionais de saúde e  adolescentes no que tange à quebra de mitos e inseguranças sobre a vida sexual  e reprodutiva dos adolescentes, favoreça, assim, o desenvolvimento local.
Conforme assegurado  anteriormente, esta proposta de intervenção teve como embasamento os achados  encontrados na literatura científica e os dados da pesquisa de campo. 
             A educação em saúde  consiste em instrumento de promoção do conhecimento tanto individual quanto  coletivo que gera vínculo entre o profissional e o usuário favorecendo mudança  social e fazendo com que o indivíduo se conscientize dos riscos à saúde aos  quais se expõe cotidianamente, por meio de um diálogo e da aquisição do saber,  proporcionando ao indivíduo construir e reconstruir seus valores (FERREIRA et  al., 2014).
             Para o Ministério da  Saúde (BRASIL, 2010), a forma clássica de se trabalhar conteúdos que envolvam a  sexualidade com base somente em anatomia e fisiologia produz afastamento entre  a aprendizagem escolar e a vida social evidenciando que, para adquirir um saber  para a vida em sociedade, faz-se necessário envolver a anatomia e fisiologia  com a história, cultura, valores, capacidades, emoções e atitudes.
             O Programa Saúde do  Adolescente (PROSAD), instituído pela Portaria nº 980/GM de 21 de dezembro de  1989, menciona que
             [...] as  ações básicas propostas pelo PROSAD fundamentam-se numa política de promoção de  saúde, identificação de grupos de risco, detecção precoce dos agravos,  tratamento adequado e reabilitação. Deverá planejar e desenvolver práticas  educativas e participativas que permeiem todas as ações dirigidas aos  adolescentes, assegurando apropriação por parte destes de conhecimentos  necessários a um maior controle de sua saúde (BRASIL, 1996, p.12).
             A partir do momento que práticas educativas  passarem a ser conduzidas em um cenário intersetorial e interdisciplinar, o  conceito de saúde estabelecido pela lei 8.080 de 1990, que determina que as  ações de saúde se destinem a garantir condições de bem-estar físico, mental e  social, terá seu devido valor como afirmam Câmara et al. (2016, p. 11):
             Há muito por fazer no Brasil, e os avanços requerem não somente diálogo,  mas, também, a efetiva articulação entre todos os envolvidos com a atenção à  saúde e a formação dos profissionais – universidades, profissionais, gestores  de serviços em todos os níveis de governo, órgãos de regulação das  profissionais, usuários e população. Com este movimento, busca-se superar os  modelos dominantes de educação e prática uniprofissional, que já não respondem mais  aos desafios e à complexidade das necessidades de saúde.
             Assim, entende-se que a interdisciplinaridade participa de diversas áreas  de conhecimento em busca de entender e buscar soluções para os problemas por  meio da geração de novos saberes (QUARESMA, 2014). 
             No entanto, a interdisciplinaridade não é o único meio para refletir  sobre soluções para problemas complexos. Tendo em vista as especificidades da  temática sobre sexualidade e HPV, faz-se necessário propor, também, uma  intervenção intersetorial, pois intersetorialidade segundo Góis (2013, p. 129)  “é entendida como uma forma de reflexão e de prática socioinstitucional que  privilegia a construção e troca de saberes coletivos entre as instituições  envolvidas em uma dada ação” no caso dessa proposta de intervenção, a promoção  do conhecimento dos adolescentes escolarizados sobre sexualidade e HPV.
             Chiari et al. (2018)  corroboram ao colocar que a área da saúde possui caráter multidisciplinar e é  constituída por diversos profissionais que convergem com outros profissionais e  setores das áreas sociais, é, portanto, uma área primordial para a construção  de práticas intersetoriais.
             Relacionar  escola e saúde em busca de aprimorar conhecimento por meio de palestras,  atividades recreativas voltadas para o ensino aprendizagem dando oportunidade  ao diálogo, críticas e formação de caráter leva o adolescente a compreender a  importância de prevenir agravos relacionados ao HPV e a sua sexualidade  voltando para a promoção da saúde e para uma melhor qualidade de vida (CARVALHO;  ALMEIDA; SCALDAFERRI, 2014).
             Sobre melhor qualidade de vida, é preciso entender o que relatam Kleba et  al. (2016), ou seja, voltar para uma atenção à saúde em sua totalidade requer  que gestores, profissionais e usuários apropriem-se da criação de condições que  favoreçam a saúde do indivíduo e da comunidade o que requer diálogo,  responsabilidade e ações que proponham educação em saúde.
             Nesse contexto, o que seria educação? Educação, na concepção de Freire  (2013), é compreender o próprio homem, pois não existiria educação se o  indivíduo fosse um ser completo ou absoluto de verdades; a educação se constrói  no cotidiano da vida, acreditando na transformação do homem quando se adquire  um novo saber; é ter esperança de que podemos ser modificados a partir da  educação e do conhecimento da realidade local dispondo a inovar, provocar  mudanças, desenvolver.
             Partindo dessa premissa de provocar mudanças, é possível compreender que  a educação afetará diretamente o desenvolvimento local, pois conforme afirma  Colin (2014, p. 32) “a educação implica em um processo interno, portanto, não é  possível transmitir conhecimentos para outras pessoas e sim criar condições  para sua construção”. Dessa forma, ainda segundo Colin (2014), para se  estabelecer uma relação entre desenvolvimento, saúde e educação, é essencial  conhecer fatores determinantes e condicionantes da sociedade, pois o  desenvolvimento local é um processo dinâmico que agrega valores e empoderamento  social. 
             Segundo Góes e Machado (2013, p. 630), o desenvolvimento local “organiza  e se regula pela base da sociedade e vai além dos aspectos econômicos,  implicando mudança de foco, por estar centrado nas pessoas e no seu ambiente”.  Logo, ainda segundo essas autoras, ações educativas desenvolvidas no espaço  escolar e por programas de governo transmutam o saber produzido em  procedimentos inovadores que incentivam o desenvolvimento local proporcionando  maior conhecimento e mudanças de atitudes.
             Meirelles et al. (2017)  pontuam que mudar atitudes é um desafio, devido ao fato de que a associação  entre o conhecimento e ação nem sempre são diretas. Pois, mesmo que o indivíduo  adquira o conhecimento, por diferentes razões pode não o colocar em prática,  permitindo agravos à saúde. Portanto, de acordo com Ferreira et al. (2014) educadores  e profissionais da saúde que estão envolvidos com os adolescentes precisam  estar convencidos de que práticas educativas, mesmo que não seja um trabalho  fácil, são estratégias que conscientizam e empoderam os adolescentes a mudarem  sua realidade em busca de mais autonomia e saúde. 
            
             Considerando  as palavras de Huizinga (2014), o jogo é mais que um elemento da fisiologia ou  da psicologia por ir além da dimensão física ou biológica; ele sobrepuja as  necessidades vitais proporcionando valores às atitudes. Ainda segundo Huizinga  (2014), o jogo pode até ser visto pelos adultos como algo desprezível, mas se  torna indispensável quando o bem-estar por ele provocado torna-o uma  necessidade da ação, considerando-o como algo envolvente e atrativo. Por isso,  considera-se o homem não somente como um ser homo sapiens, ou seja, pela sua competência de raciocinar ou nem  mesmo como homo faber, por sua  capacidade de produzir, mas sim como também homo  ludens, pela sua capacidade de divertir.
             E,  essa capacidade humana de se divertir é que proporciona a reflexão que pode  levar a descontruir valores estabelecidos e reconstruir novos significados a  partir da conscientização da realidade vivenciada (AFONSO, ABADE, 2013).
             Nesse  contexto, atribuir significado ao jogo como meio de educar em saúde é salutar,  principalmente ao se pensar em saúde sexual, reprodutiva e HPV devido aos tabus  que permeiam a temática, além do desconhecimento, vergonha e dúvidas  características do período da adolescência (MIRANDA; GONZAGA; PEREIRA, 2018).
             Para Huizinga (2014), o  jogo pode se tornar meio de tensão e competição, pois todo jogo é construído a  partir de regras, as quais devem ser seguidas de maneira absoluta para que, ao  final, um jogador, pelo seu esforço, vença o jogo. Assim, desenvolve-se a  capacidade de interação e superação. Já Haydu (2014) alega que o jogo permite o  envolvimento dos alunos e o desenvolvimento de habilidades e competências que  os potencializam para a vida nas sociedades atuais. 
             E,  dessa forma “(...) os jogos contribuem para a promoção da cooperação e da  reciprocidade e favorecem o desenvolvimento de uma postura ativa e crítica,  contextualizando e analisando o conhecimento transmitido” (AFONSO, ABADE, 2013,  p.51). Assim, visualizamos os jogos como um incentivo na educação escolar e que  podem afetar o processo de formação do adolescente de maneira diversificada  atribuída ao caráter individual de cada aluno e ao seu contexto social e  cultural (MIRANDA; GONZAGA; PEREIRA, 2018).
             Também Panosso, Souza e Haydu (2015), com base  em pesquisa de revisão bibliográfica, atestam que os jogos educativos cumprem  funções motivadoras e de estratégias de ensino. Estas, por meio dos jogos,  geram aprendizagem incitando os alunos na solução de problemas e facilitam e  aceleram a aprendizagem. A função motivadora se volta mais para o  “estabelecimento de contingências de reforço” e o desenvolvimento de alunos em  qualquer faixa etária.
             Portanto, a ferramenta  do jogo lúdico pedagógico na educação em saúde é fundamental para que os  indivíduos se envolvam por meio da prática educativa e se aproprie do  conhecimento adquirido no cenário da vida. 
             A seguir, descreve-se o  produto técnico de acordo com a metodologia adotada.
Trata-se de um jogo lúdico pedagógico construído para adolescentes e engloba questões sobre sexualidade e HPV no intuito de promover conhecimento, vínculo e redução dos agravos à saúde, a partir da conscientização dos adolescentes em prol de construção e reconstrução de valores fomentando mudanças de atitudes.
A priori, foi  identificada por meio de uma revisão integrativa da literatura uma ampla  abordagem científica sobre o deficitário nível de conhecimento dos adolescentes  acerca do HPV, evidenciando falhas na educação formal e informal e na aceitação  de medidas protetivas clarificando que práticas educativas eram relevantes e  necessárias.
             Nessa  revisão, também se destacou a estratégia do governo brasileiro em promover  intersetorialidade e interdisciplinaridade entre unidades de saúde, escola e  comunidade escolar no intuito de promover desenvolvimento local em prol da  saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes, possibilitando mudanças no cenário  atual por meio da conscientização, reflexão sobre os riscos e a promoção de  saúde dos adolescentes, construindo uma rede de novos significados e  comportamentos.
             Posteriori,  o caminho metodológico adotado foi uma pesquisa de campo que utilizou como  instrumento de coleta de dados um questionário e uma entrevista semiestruturada  para analisar o conhecimento dos adolescentes escolarizados ao qual o produto  técnico final se destina, e, por fim, a elaboração da proposta de intervenção,  no caso, o jogo Desmistificando a Sexualidade e HPV.
             Huizinga  (2014) coloca que é na veemência, no fascínio e na prática de estimular que se  encontra a característica vital do jogo. E, conforme Afonso e Abade (2013,  p.82) “a dimensão lúdica existe em todos os processos de aprendizagem, na nossa  própria capacidade de simbolizar e de pensar”. Nesse sentido, pensou-se então,  no método de elaboração do jogo.
A construção do jogo,  dos materiais a serem utilizados e respectivas regras, incluindo a delimitação  do número de participantes seguiu as orientações para criação de jogos das  autoras Afonso e Abade (2013).
             O tema do jogo  “Desmistificando a Sexualidade e HPV”, voltado para o público adolescente tem  por objetivo promover a educação de adolescentes, por meio de um jogo,  incentivando-os à mudança de atitudes, a partir de conscientização e motivação  ao autocuidado diminuindo os riscos à saúde sexual e reprodutiva e fomentando o  desenvolvimento local.
             Não se pretende com  esse jogo substituir quaisquer formas de orientação dos profissionais de saúde  ou, até mesmo, os conteúdos disciplinares da escola, mas, sim, promover um  instrumento facilitador de conhecimento e diálogo acerca da sexualidade que  ainda é vista como tabu e também sobre o vírus HPV.
             A elaboração das  perguntas e respostas se deu a partir do estudo de publicações do Ministério da  Saúde (BRASIL, 2017; BRASIL, 2013) buscando sempre permitir que, de maneira  lúdica, os adolescentes possam adquirir conhecimento em busca de construção e  reconstrução de valores, tecendo uma rede de novos significados e conduta. É  importante lembrar que, como é um jogo voltado para adolescentes, a linguagem  utilizada foi a mais próxima do entendimento deles para incentivar o uso do  jogo e fomentar a participação.
             O jogo elaborado foi  submetido a um pré-teste em busca de aperfeiçoamento e viabilidade de  reprodução. O pré-teste foi realizado com dois grupos diferentes de  adolescentes convidados pela pesquisadora, ambos tinham características  semelhantes, como a participação de meninas e meninos com idade entre 10 e 19 anos.  Assim, foi possível receber avaliação a respeito do jogo por meio da opinião  dos participantes e pelo acompanhamento do desenvolvimento da atividade.
             A partir dessa  avaliação, o jogo foi reproduzido para posterior atividade lúdica pedagógica.
Acredita-se que o jogo  possa despertar a criatividade e o interesse dos adolescentes sobre sexualidade  e HPV, a partir da aquisição do conhecimento, diálogo e desenvolvimento de  atitudes voltadas para o autocuidado gerando promoção à saúde por meio da  educação.
             Para tanto, por meio do  Programa Microsoft Excel 2010, foi construído um tabuleiro com imagens  ilustrativas relacionadas ao tema e ao público, assim como 29 casas quadradas  contendo informações sobre o percurso do jogo, proporcionando um instrumento  atrativo associado ao uso de dados, pinos e cartas. 
             As cartas de perguntas  e repostas foram elaboradas no Programa Microsoft Power Point 2010, a partir do  estudo de publicações do Ministério da Saúde sobre sexualidade e HPV (BRASIL,  2017; BRASIL, 2013) utilizando linguagem apropriada para o público adolescente.  E as regras foram elaboradas no Programa Microsoft Power Point 2010.
             A regra é uma  característica fundamental do jogo e, para evitar conflitos, ela deve ser  conhecida por todos os participantes e contar com um mediador. O mediador deve  conhecer bem as regras do jogo e, caso seja um educador em saúde, ele pode se  inteirar da temática e conhecer as cartas de perguntas e respostas estimulando  os participantes e sensibilizando-os à aquisição de conhecimento em prol de  mudanças de atitudes.
             São componentes do  jogo: um tabuleiro, um dado, cinco pinos coloridos, 40 cartas perguntas com  suas respectivas cartas respostas que são identificadas pelo par de cores e  números. Para tanto, instituiu-se a possibilidade de participação de dois a  cinco jogadores. O objetivo é ser o primeiro a chegar ao final do tabuleiro. 
             Inicialmente, os  jogadores deverão se posicionar em círculo com o tabuleiro, cartas, dado e pinos  ao centro. Cada jogador escolhe um pino e o jogador que inicia o jogo será  aquele que retirar o maior número no lançamento do dado e o próximo será o  jogador que estiver a sua esquerda.
             Posteriormente, um dos  jogadores deverá embaralhar as cartas perguntas e posicioná-las juntas e  dispostas com o texto virado para baixo em lugar visível e acessível a todos os  jogadores. As cartas respostas também devem estar acessíveis a todos os  jogadores e podem ser colocadas no centro do círculo, mas não precisam ser  embaralhadas elas servem para auxiliar os jogadores na resposta à questão: mito  ou verdade?
             Assim, o jogo terá  continuidade por meio do lançamento de dado. O número retirado no dado deverá  ser o número de casas a serem percorridas pelo jogador e na casa terá a  orientação do que o jogador deverá fazer. 
             São opções descritas  nas casas do tabuleiro: 
             1)  casa identificada com a palavra: Início. A rodada sempre deverá começar  por essa casa;
             2)  casa identificada com um ponto de interrogação: ?. Essa casa indica que  o jogador deverá responder a uma pergunta do baralho de cartas; 
             3)  casa identificada com a seguinte frase: avance 3 casas. E, ao avançar  responda a uma pergunta do baralho de cartas;
             4)  casa identificada com um ponto de exclamação: !. Essa casa indica que o  jogador avançou sem ter que responder às perguntas;
             5)  casa identificada com a seguinte frase: volte 2 casas. E, ao voltar  responda a uma pergunta do baralho de cartas;
             6)  casa identificada com a palavra: Parabéns! Sinalizando o término do jogo  e o jogador vencedor.
             Quando o jogador  acertar a pergunta, ele poderá ir para a próxima rodada, mas se errar não  poderá jogar na próxima rodada, voltando a jogar posteriormente. Vencerá o jogo  aquele jogador que alcançar primeiro a última casa podendo ser estabelecidos, a  critério dos jogadores, o segundo e terceiro lugar no jogo. 
O que se espera obter  dos adolescentes que participarão do jogo de tabuleiro sobre sexualidade e HPV?  Que o jogo permita não apenas a construção de vínculos, interação social e  prazer entre os participantes, mas que façam desse momento um momento de  construção do conhecimento, aprendendo conceitos, reelaborando-os e modificando  comportamentos nocivos em comportamentos de prevenção de danos e promoção da  saúde. 
             Portanto, espera-se que  esta atividade lúdica pedagógica promova a educação incentivando os  adolescentes a mudanças de atitudes, a partir da conscientização e motivação ao  autocuidado, diminuindo, assim, os riscos à saúde sexual e reprodutiva por meio  da adesão às medidas preventivas como a vacina contra o HPV, o uso do  preservativo e a realização do exame Papanicolau incentivando o desenvolvimento  local como um processo dinâmico que  agrega valores e empoderamento social. 
             Espera-se, ainda, que este jogo incentive os profissionais da educação e  da saúde a trabalhar a educação em saúde como ferramenta de promoção e  prevenção de agravos em busca de contribuir para a melhoria da saúde pública do  Brasil.
AFONSO, Maria Lúcia Miranda; ABADE, Flávia Lemos. (2013): “Jogos para pensar: educação em direitos humanos e educação para cidadania”. Belo Horizonte: Autentica Editora; Ouro Preto, MG: UFOP. Série Cadernos da Diversidade.
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