Patrícia Costa Pellizzaro*
Letícia Peret Antunes Hardt **
Carlos Hardt ***
Universidade Católica do Paraná, Brasil
patricia.pellizzaro@gmail.com
RESUMO
Frente à realidade de consumo – e, por vezes,  tráfico – de substâncias psicoativas no interior de espaços livres públicos de  cidades brasileiras, o objetivo geral da pesquisa consiste em analisar bases  teóricas e experiências empíricas contemporâneas dessa problemática, voltadas a  grupos expostos a riscos sociais em espaços esquecidos pelo processo de  urbanização. Os procedimentos investigativos adotados são pautados em três  recortes básicos: temático, centrado em praças, parques e drogas; metodológico  – voltado à análise bibliométrica desses temas em dois sítios eletrônicos  especializados em buscas de termos em trabalhos científicos; e temporal,  delimitado pela última década (2008-2017). Os resultados analíticos indicam prevalência  de artigos referentes a parques em detrimento de praças, não obstante o  reduzido percentual de textos de alto grau de aderência ao contexto de  interpretação. Esta situação conduz à conclusão da significativa insuficiência  de estudos sobre o assunto no país.
Palavras-chave: paisagem urbana, espaços públicos, parques, praças, drogas, vulnerabilidade socioambiental, resgate social
ABSTRACT
  Faced  with the reality of consumption - and sometimes trafficking - of psychoactive  substances within public spaces in Brazilian cities, the general objective of  the research is to analyze theoretical bases and contemporary empirical  experiences of this problem, aimed at groups exposed to social risks in forgotten  spaces by the urbanization process. The investigative procedures adopted are based  on three basic focus: thematic, centered on squares, parks and drugs;  methodological - oriented to the bibliometric analysis of these subjects in two  electronic sites specialized in term searches in scientific works; and  temporal, delimited by the last decade (2008-2017). The analytical results  indicate the prevalence of articles related to parks in detriment of squares,  despite the low percentage of texts with high degree of adherence to the  interpretation context. This situation leads to the conclusion of the  significant insufficiency of studies on the subject in the country.
Keywords: urban landscape, public spaces, parks, squares, drugs, social and environmental vulnerability, social rescue
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato: 
Patrícia Costa Pellizzaro, Letícia Peret Antunes Hardt y Carlos Hardt (2018): “Paisagem socializada:
bases teóricas e experiências empíricas”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (octubre  2018). En línea: 
https://www.eumed.net/rev/cccss/2018/10/paisagem-socializada.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/cccss1810paisagem-socializada
INTRODUÇÃO
A pesquisa tem foco em problemas  comuns a cenários de cidades brasileiras, em especial de seus espaços abertos,  muitas vezes desfuncionalizados de suas finalidades originais, onde é comum o consumo  de substâncias psicoativas em seu interior (Lima, 2015; Nogueira, 2016; Sehli, 2015;  Souza, 2017). Portanto, há necessidade, por um lado, de minimização desse  estado de fragilidade socioespacial e, por outro, de salvaguarda de grupos de  risco (Hardt; Hardt, 2015).
     Os pressupostos anteriores  possibilitam a definição de recortes adotados para o estudo. O primeiro –  temático – é conformado por questões relativas tanto à paisagem urbana e seus  espaços livres públicos, com foco em praças  e parques, e à vulnerabilidade socioambiental e ao resgate social, com  prioridade às consequências do contato com drogas.  O segundo – metodológico – é voltado à análise bibliométrica dos temas em  destaque, com vistas à configuração do estado da arte referente à problemática  delineada 
     Por outro lado, o terceiro  recorte – temporal – é delimitado pela última década (2008-2017), com vistas ao  alcance do objetivo geral do trabalho, qual seja, analisar bases teóricas e  experiências empíricas contemporâneas dessa problemática, voltadas a grupos  expostos a riscos sociais em espaços esquecidos pelo processo de urbanização. 
BASES TEÓRICAS
Esses fundamentos são pautados em  conceitos e teorias sobre os temas antes mencionados. Em primeiro lugar, cabe  mencionar que a conceituação de paisagem é polissêmica, com interpretações  diferenciadas segundo diversos campos do conhecimento (Vitte, 2007). Todavia,  suas origens semânticas estão normalmente associadas ao processo social de  ocupação do território (Macedo, 1999).
     Como resultado da visualização  dos espaços da cidade, a paisagem urbana é formada pela sobreposição de vários  tempos vivenciados pelas sociedades que a habitaram (Hardt, 2004). Em termos  gerais, é um conjunto de componentes naturais e antrópicos, que, em suas  interações, produzem imagens percebidas pelos sentidos do homem e processadas  pelas suas faculdades mentais (Hardt, 2000).
     Esse complexo espacial também é  formado por fixos (espaços físicos) e fluxos (elementos abstratos) (Santos,  2008). Dentre aqueles, tem-se os chamados “livres”, ou seja, abertos, não  edificados e normalmente representados por eixos viários e logradouros públicos  (Kliass; Magnoli, 2006). “Como espaços residuais, as áreas livres são alvo do  abandono, sem identidade e sem apropriação pela sociedade, “sem sistema  simbólico preciso, em geral sem qualquer nome” (Lima, 2005:5).
     Principalmente nas grandes  cidades, os espaços livres públicos são notadamente representados por praças e parques. De maiores  proporções, os primeiros possuem, comumente, expressiva cobertura vegetal e são,  genericamente, destinados à proteção do ambiente e ao lazer dos cidadãos (Kliass,  1993). As segundas, por sua vez, têm tamanhos menores e funções muito  diversificadas, desde a recreação cotidiana até a simples contemplação. 
     As praças e áreas livres de lazer  possuem funções, em princípio, atreladas aos conceitos de lazer, mas por se  inserirem no contexto urbano como ambiente construído, passam a incorporar  outros significados como elementos de ligação entre setores da cidade,  referenciais de localização ou histórico-culturais, impacto visual, saneamento,  conforto ambiental etc. (Cunha; Orth, 2000:475).
     Sem necessariamente abrigarem  vegetação (e.g.: praças secas), estabelecem estreitas relações do vazio (local  de permanência) com as edificações do seu entorno (Lamas, 2014). Em algumas  situações, as dimensões não são suficientes para o enquadramento dessas  tipologias espaciais, ocorrendo parques pequenos (e.g.: pocket parks) e praças grandes (como aquelas de vastas configurações  lineares).
     O sistema dos espaços livres  urbanos constitui um complexo em inter-relação com outros sistemas – de  drenagem, de transportes, de proteção – cujas funções podem com as dele  coincidir ou apenas justapor-se, tecendo relações de conectividade e  complementaridade com a preservação, a conservação e a requalificação  ambientais, a circulação e a drenagem urbanas, as atividades de lazer, o  imaginário, a memória e o convívio social públicos (Leite, 2011:159).
  “O uso ou não uso dos espaços  públicos estão condicionados às suas funções, sejam as propostas nos projetos  originais ou aquelas vinculadas às reais ou às novas necessidades dos cidadãos”  (Cunha; Orth, 2000:475). Queiroga (2011) comenta que esses locais estão em permanente  transformação para sua adequação a outras demandas e pressões da sociedade. 
     Por sua vez, Gomes e Chiesa (2006:150)  esclarecem a existência de "normas, atritos e restrições ao uso dos  espaços, de acordo com a presença de grupos sociais, dos usos consentidos e das  formas de apropriação de tais locais". Tanto o parque quanto a praça podem  servir de suporte a medidas de prevenção de riscos – equivalente à percepção do  perigo (Beck, 2009[1986]; Veyret, 2013) –, os quais são caracterizados por  ameaças com origens naturais ou com causas antrópicas (Dagnino e Carpi Junior,  2007). 
     Outras crises relacionadas a  parques e praças são referentes à sua apropriação para o consumo – e, por  vezes, tráfico – de drogas (Sehli, 2015). Essas substâncias psicoativas, não  produzidas pelo organismo humano e que podem provocar alterações significativas  no corpo humano, são definidas como “produtos capazes de causar dependência,  assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente  pelo Poder Executivo da União” (Brasil, 2006, Artigo 1°, Parágrafo Único).  De forma geral, são classificadas em lícitas e ilícitas. No primeiro caso, sua  utilização é legalizada em território brasileiro (e.g.: álcool, tabaco e  psicofármacos). As segundas têm seu uso e comercialização restritos por lei (Nicastri,  2000).
     Veyret e Richemond (2013) citam  que é relativamente recente o estabelecimento de relações entre riscos e  substâncias psicoativas, sob três aspectos básicos: comportamentais, sanitários  e sociais. Nesse contexto, a vulnerabilidade corresponde à expressão da  magnitude – potencial ou real – das interferências danosas sobre alvos afetados,  com sua intensidade variável de acordo com as desigualdades da sociedade  produtoras de ameaças (Vieillard-Baron, 2013). Nessa direção, Barcellos e  Oliveira (2010) afirmam a indissociabilidade das suas dimensões sociais e ambientais. 
     Para Lopes (2006:18), “o  princípio que ordenaria as implicações recíprocas entre indivíduo e sociedade é  o resgate de uma solidariedade de base orgânica-cívica, na conformação do corpo  social”. Desenvolvidas com base nessas concepções teórico-conceituais, adiante  são detalhados os métodos e técnicas de desenvolvimento da investigação.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O estudo foi elaborado a partir de levantamento quantitativo de pesquisas desenvolvidas pela comunidade científica acerca da temática, publicadas em periódicos e eventos, com vistas ao mapeamento de autores e instituições atuantes na área da temática, dentro do recorte temporal definido (última década). Para tanto, foram realizadas buscas dos termos de interesse – praça(s), parque(s), droga(s), entorpecente(s) e narcótico(s), além de seus similares – por pares, nas seguintes plataformas de pesquisa:
Note-se que  as palavras-chave foram redigidas apenas em português para a maior aproximação  possível à situação brasileira. No caso do Google Scholar, pretendeu-se interpretar  o alcance da temática, que extrapola a própria realidade do Brasil. Contudo,  com o levantamento junto à CAPES, procurou-se restringir a análise a documentos  de reconhecida qualidade.
     Durante a  consulta aos sítios eletrônicos, houve o salvamento dos arquivos dos artigos que  continham as palavras-chave escolhidas em qualquer parte do texto, com  respectiva tabulação dos resultados. Na sequência, foram lidos os seus resumos  visando à classificação dos trabalhos segundo os seguintes graus de aderência com  a problemática estudada na pesquisa:
Finalmente, foram lidos na íntegra os estudos classificados com alta aderência, visando à identificação de modelos de referência empírica em diferentes situações geográficas e condições socioeconômicas, apresentados nos resultados adiante discutidos.
RESULTADOS ANALÍTICOS
Como esperado, a quantidade de  textos encontrados no GS (33.743) é muito superior (85,4%) à do PC (288  artigos), em função tanto de limitações específicas deste portal em comparação com  aquele buscador quanto da opção de escolha dos artigos publicados a partir da  revisão por pares (peer review).  Nassi-Calò (2015, s.p.) alerta que esse processo resulta  na “avaliação de resultados de pesquisa ou propostas de projetos quanto à  competência, significância e originalidade conduzida por especialistas  qualificados que pesquisam e submetem para publicação trabalhos na mesma área”. 
     Pela análise das Figuras 1 e  2, constata-se maior vinculação do termo “drogas” (médias de 44,3% e 47,6% no  GS e no PC, respectivamente) às tipologias de espaços livres públicos  estudadas. Contudo, também se verifica o maior desequilíbrio entre esses tipos  espaciais quando se trata de objetos de trabalhos de publicação mais rigorosa  (PC), com prevalência de teores referentes a parques (72,2%, contra 27,8% para  praças).
O enquadramento dos artigos do PC conforme os graus de aderência com a problemática da pesquisa (Figura 3) revela que a mesma ainda é insuficientemente estudada no país, restando apenas 3,8% na classe alta, ou seja, com significativo foco nos problemas tratados nesta investigação. Esse resultado é preocupante frente à situação diagnosticada no país, com perda de apropriação de espaços públicos por usuários diversificados diante da sua utilização para finalidades conflitantes, como no caso do consumo e tráfico de entorpecentes (Hardt; Hardt, 2015).
Dentre os artigos de maior  interesse relacionados ao Brasil, vale citar o de Rodrigues, Conceição e Iunes  (2015), que observam que as cenas de consumo e tráfico de entorpecentes nas  cidades brasileiras ocorrem em áreas centrais, em bairros residenciais e nos próprios  parques, aumentando a sensação de insegurança e ampliando a repressão aos  usuários desses locais. Mesmo que alguns desses espaços tenham perdido suas  funções centrais, Andres (2013) lembra que usos temporários permitem novas  modelagens para a criação de lugares.
     A Região Sul é a que apresenta  maior quantidade de estudos de caso sobre os temas analisados. Bovo e Amorim  (2011:13) diagnosticam parques urbanos de Maringá, Paraná, onde o consumo de entorpecentes  desvalorizou os imóveis do entorno, “além de expor a população que ali reside  em constante risco”. Por outro lado, Pickering, Kintrea e Bannister (2012)  também citam que, em certas ocasiões, determinados atores nos espaços públicos  são relegados a segundo plano frente às suas reduzidas importâncias na economia  local.
     Souza (2011) também constata essa  situação para o Parque Cinturão Verde de Cianorte, Paraná, explicando que a  relação entre os frequentadores e a área é conflituosa em função do  desconhecimento da população sobre as reais finalidades dessas áreas de  proteção ambiental. Sem dissociação das suas vertentes ambiental e social, Marandola  Júnior e Hogan (2006:33) manifestam que:
     a vulnerabilidade é um fenômeno  expressivo da modernidade tardia, característica da forma de enfrentar o perigo  nas diferentes escalas. Penetrando em todos os campos da vida social, risco e  incerteza tornaram-se palavras-chave para compreender as dinâmicas espaço-temporais  contemporâneas, demandando um olhar abrangente da vulnerabilidade em sua  multidimensionalidade inerente. O diálogo interdisciplinar é o caminho para a  reflexão sobre suas dimensões.
     Problemas desse tipo levaram Reis  et al. (2016) a avaliarem a possibilidade de cercamento do Parque Farroupilha em  Porto Alegre, Rio Grande do Sul, devido, entre outros fatores, à presença de  tráfico e usuários de drogas. Concluindo pela opção de não cercar a área, os  autores justificam que o fechamento “tenderia a ter um impacto negativo sobre as  diversas atividades realizadas no parque assim como sobre a segurança em seu  interior e em ruas adjacentes”, alegando a necessidade de acessibilidade e consequente  apropriação, além da “existência de espaços com visibilidade, diversidade de  atividades disponíveis em turnos variados, e diferentes opções de rotas com  múltiplas entradas e saídas” (Reis et al., 2016:70). Dias e Ferreira (2015)  alegam que locais  públicos compartilhados permitem, inclusive, a construção de cidadania  contemporânea. 
     Por outro lado, Dorigo e Ferreira  (2015) destacam a geração de ambientes de insegurança nas proximidades da Praça  29 de Março em Curitiba, Paraná, em função da insuficiência de policiamento e  da presença de usuários de drogas e de desocupados, que também sujam o local. Em  suas pesquisas, Melo, Barros e Almeida (2011) levantam que jovens apontam o uso  de narcóticos como grande responsável pela violência e que maior contingente  policial reforçaria o enfrentamento da questão.
     Na Região Sudeste, mesmo com foco  na polifonia de espaços abertos urbanos, o estudo de Garcia e Marra (2016)  sobre duas praças em Belo Horizonte, Minas Gerais, aborda o imaginário de  criminalidade, uso de drogas e prostituição associados coletivamente entre os  habitantes da cidade. Gonzales e Guareschi (2008) citam pesquisas que tratam da  vulnerabilidade, em especial da juventude, pela associação entre pobreza,  violência, sexualidade e entorpecentes. 
     Por sua vez, Alves (2014:299), em  análise sobre o hip hop em Campinas,  São Paulo, afirma que esta cultura “propicia, principalmente, o resgate do  espaço público (escasso nas áreas periféricas[...]). O autor também argumenta  que se forma uma identidade, “com os grupos agindo de maneira conjunta de  acordo com valores como a autoestima ou o não uso de drogas” (Alves,  2014:294-295).
     Brown (2012)  também aponta a relevância da relação entre jovens e o local, comentando que a falta  de lugares destinados ao seu lazer contribui para o seu comportamento  antissocial e para o seu sentimento de territorialismo, o qual, em muitos  casos, culmina em atitudes violentas. Conforme Cara e Gauto (2007), a  capacidade de resistência tanto à violência quanto ao envolvimento com  substâncias psicotrópicas é diretamente dependente do suporte familiar e do  apoio comunitário. De outra maneira, Oliva (2009) explicita que a desigualdade  de renda, a conjuntura de risco e a vulnerabilidade social, atreladas à  inexistência de políticas públicas voltadas a tais indivíduos, contribuem  sobremaneira para a exclusão social, frequentemente relacionada a drogas.
     Por meio de mapas do crime  elaborados para um bairro de Vila Velha, Espírito Santo, Pessotti (2017)  destaca o aumento da criminalidade envolvendo jovens que atuam no tráfico de  drogas e propõe o estudo de uma praça com base em princípios do Crime  Prevention through Environmental Design (Prevenção do Crime por meio do Desenho  Ambiental – CPTED), com vistas a evitar isolamento, segregação socioterritorial  e discriminações, muitas vezes incitadas pelos envolvidos com substâncias  psicoativas. Mencionando a população infantil, Cruz (2011) afirma a sua  necessidade de espaço para brincar e se desenvolver; quando essa situação  inexiste, prevalece o sentimento de exclusão social e de não pertencimento à  cidade.
     Na Região Nordeste, contemplando formas  de ocupação dos espaços urbanos para brincadeiras na cidade de Salvador, Bahia,  Cotrim e Bichara (2013:389) citam que os locais para crianças foram “essencialmente  modificados em função de graves fenômenos bastante conhecidos, quais sejam: a  violência, a presença de estranhos, drogas, atividades ilícitas, tráfego de  veículos, entre outros fatores que parecem ser ameaças universais no mundo  moderno”. Para Barcellos e Oliveira (2010), a exposição da população a vulnerabilidades  e riscos sociais está diretamente associada à pobreza e à desigualdade, suscitada,  essencialmente, pela especulação imobiliária e pelo processo de ocupação  irregular.
     Para as regiões Centro-Oeste e  Norte, não foram identificados trabalhos de alta aderência à temática. Todavia,  Hardt e Hardt (2015) identificam os problemas aventados nesta pesquisa para  todos os compartimentos geográficos do Brasil. Cotrim e Bichara (2013)  expõem a falta de opções de lazer para crianças e jovens, por exemplo, em  espaços menos favorecidos economicamente, restando-lhes locais mais vulneráveis,  com provável exposição a drogas, por exemplo.
     [...] é necessário empreender  esforços interdisciplinares, isolados ou coletivos, para desvendar a  complexidade dessas relações [entre questões sobre ambiente, pobreza, cultura,  percepção ou economia, e os perigos e os contextos geográfico e social]. É  preciso encontrar novas formas e orientações epistemológicas de estabelecer  esses diálogos para caminhar em direção a uma conceituação mais robusta da  vulnerabilidade e a formas mais efetivas de lidar com a insegurança e a  incerteza em nossa sociedade (Marandola Júnior; Hogan, 2006:41).
     Essa  preocupação também é evidente em estudos realizados em outros países, como na  África do Sul (Blerk, 2013) e na Indonésia (Beazley, 2002), onde questões  sócio-políticas impelem pessoas em situação de rua à ocupação de áreas mais periféricas, ficando expostas à violência  oriunda das drogas. Portanto, evidencia-se o claro inter-relacionamento entre  os próprios temas selecionados e deles com outros que lhes são comumente  intrínsecos. 
CONCLUSÃO
A princípio, percebe-se a  consciência generalizada sobre a importância da temática da paisagem  socializada como lócus de compartilhamento equânime de espaços públicos por  usuários diversificados, expressa, direta ou indiretamente nas bases teóricas estudadas.  Entretanto, diagnostica-se que as experiências empíricas, ainda em quantidade  muito reduzida, não são suficientes para a concretização do mínimo entendimento  de toda a complexidade dos problemas abordados.
     Se, por um lado, os procedimentos  metodológicos adotados possuem limitações inerentes aos próprios sítios  eletrônicos de busca de trabalhos científicos, essas restrições não impedem a  assertiva da significativa insuficiência de estudos sobre o assunto no país.  Esse fato se torna flagrante diante do reduzido percentual de textos com alto  grau de aderência ao contexto da pesquisa. 
     Resta, portanto, a proposição de  recomendações para o desenvolvimento de estudos similares, de âmbitos teóricos  e de contextos práticos, com vistas ao aprofundamento do campo de conhecimento  acerca dos temas envolvidos. Paralelamente, devem ser aprimoradas as políticas  públicas relacionadas às diversas áreas pertinentes, em uma perspectiva  interdisciplinar e participativa.
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AGRADECIMENTOS
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo financiamento da pesquisa.
*Pesquisadora Dra. do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, Paraná, Brasil, e Professora Titular do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP), Caçador, Santa Catarina, Brasil; patricia.pellizzaro@gmail.com