Revista: Atlante. Cuadernos de Educación y Desarrollo
ISSN: 1989-4155


O PERFIL EMPREENDEDOR DOS ALUNOS DA FACULDADE DE BALSAS (UNIBALSAS) – MARANHÃO – BRASIL*

Autores e infomación del artículo

Eliomar Ferreira da Silva Mota

Jean Pierre Chassot

Unibalsas, Brasil

eliomarmotta@hotmail.com

Resumo
Empreendedores são pessoas com características especiais, são visionários, questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem. São indivíduos diferenciados que possuem motivação ímpar, apaixonados pelo que fazem e não se contentam em ser mais um na multidão, pois querem ser reconhecidos e admirados, referenciados e até mesmo imitados. Querem deixar um legado! Os empreendedores de sucesso são indivíduos que sabem tomar decisões, sabem explorar ao máximo as oportunidades, são determinados e dinâmicos, são independentes e constroem o próprio destino, são líderes e formadores de equipes, possuem uma rede de contatos profissionais bem estruturadas, planejam sistematicamente, possuem conhecimento de causa, assumem riscos calculados. Nesse sentido, considerando estas características, este trabalho tem como objetivo identificar empreendedores em potencial dentre os acadêmicos devidamente matriculados no segundo semestre do ano letivo de 2014 nos cursos de graduação da Faculdade de Balsas - Unibalsas1 , ou seja, o estudo avaliou o perfil de 148 alunos, através de um formulário eletrônico na plataforma google docs que constituía afirmativas sobre o Ambiente, as Atitudes e o Know-How dos discentes, que deveriam ser respondidas na escala: 1 – Insuficiente; 2 – Fraco; 3 – Regular; 4 – Bom; e 5 – Excelente e constatou-se que os acadêmicos estudados já possuem perfil empreendedor, ou seja, possuem as características comuns aos empreendedores e têm tudo para se diferenciar no mundo dos negócios, estão preparados para desempenhar, futuramente, com competência e talento suas atividades profissionais de maneira eficiente.

Palavras-chave: Empreendedorismo, Perfil Empreendedor, Unibalsas, Empreendedor, Perfil Discente.

PERFIL DEL EMPRENDEDOR DE ESTUDIANTES BALSAS UNIVERSIDAD (UNIBALSAS) - Maranhão – BRASIL

RESUMEN
Los empresarios son personas con características especiales, son visionarios, pregunta, el riesgo, quieren algo diferente, que esto ocurra y se comprometen. Son individuos distinguidos que tienen la motivación única, apasionados por lo que hacen y no se contentan con ser uno de los chicos, porque quieren ser reconocido y admirado, referencia e incluso imitado. Quieren dejar un legado! Los empresarios de éxito son las personas que saben cómo tomar decisiones, saber cómo explotar al máximo las oportunidades se determinan y dinámica, son independientes y construir su propio destino, son líderes y constructores del equipo, tener una red de contactos profesionales bien establecidos, planean sistemáticamente, Han llevará a sabiendas riesgos calculados. En este sentido, teniendo en cuenta estas características, este trabajo tiene como objetivo identificar los empresarios de potencial entre los estudiantes debidamente matriculados en el otoño de 2014 año escolar en los cursos de pregrado de la Facultad de Balsas - Unibalsas, es decir, el estudio evaluó el perfil de la 148 los estudiantes, a través de un formulario de mensajes en la plataforma de Google docs que constituyen declaraciones sobre el medio ambiente, las actitudes y los conocimientos de los estudiantes, que deben ser respondidas en la escala: 1 - Insuficiente; 2 - un poco; 3 - Regular; 4 - Bueno; y 5 - Excelente y se encontró que los escolares estudiados ya tienen empresarial, es decir, tienen las características comunes de los emprendedores y tienen todo para diferenciarse en el mundo de los negocios, están preparados para jugar en el futuro con la competencia y el talento de sus actividades profesional de manera eficiente.

Palabras clave: Emprendimiento. Perfil emprendedor. Unibalsas. Emprendedor. Perfil del Estudiante.

PROFILE OF THE ENTREPRENEUR OF STUDENTS BALSAS COLLEGE (UNIBALSAS) - MARANHÃO - BRAZIL

ABSTRACT
Entrepreneurs are people with special characteristics, are visionaries, question, risk, want something different, make it happen and undertake. Are distinguished individuals who have unique motivation, passionate about what they do and are not content to be one of the boys, because they want to be recognized and admired, referenced and even imitated. They want to leave a legacy! Successful entrepreneurs are individuals who know how to make decisions, know how to exploit the most of opportunities are determined and dynamic, are independent and build their own destiny, are leaders and team builders, have a network of well-established professional contacts, plan systematically, They have knowingly take calculated risks. In this sense, considering these characteristics, this paper aims to identify entrepreneurs in potential among the students duly enrolled in the fall of 2014 school year in undergraduate courses of the Faculty of Balsas - Unibalsas, ie, the study evaluated the 148's profile students, through a message form in google docs platform that constitute statements about the environment, the attitudes and the know-how of the students, they should be answered on the scale: 1 - Insufficient; 2 - slightly; 3 - Regular; 4 - Good; and 5 - Excellent and it was found that the studied scholars already have entrepreneurial, ie, have the common characteristics of entrepreneurs and have everything to differentiate themselves in the business world, are prepared to play in the future with competence and talent its activities Professional efficiently.

Keywords: Entrepreneurship. Entrepreneur profile. Unibalsas. Entrepreneur. Student Profile.

1 Faculdade de Balsas – UNIBALSAS - BR 230 – Km 05, CEP: 65800-000, Balsas – MA, ouvidoria@unibalsas.edu.br


Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Eliomar Ferreira da Silva Mota y Jean Pierre Chassot (2016): “O perfil empreendedor dos alunos da Faculdade de Balsas (Unibalsas) – Maranhão – Brasil” (O trabalho foi elaborado a partir do Projeto de Iniciação Científica no ano de 2014, intitulado “O Perfil Empreendedor dos Alunos da Faculdade de Balsas” e apresentado durante o V Encontro Anual de Pesquisa de Iniciação Científica - 2014), Revista Atlante: Cuadernos de Educación y Desarrollo (febrero 2016). En línea: http://www.eumed.net/rev/atlante/2016/02/unibalsas.html


INTRODUÇÃO
Buscando entender o empreendedorismo como uma área de estudo de negócios, também temos que entender como as oportunidades acontecem na criação de novos produtos ou serviços, ou seja, como surgem e são identificadas ou até mesmo criadas por pessoas portadoras de habilidades ou características especiais, voltadas para a temática, ou seja, essas pessoas utilizam diversos mecanismos para aproveitá-las, explorá-las ou até mesmo desenvolvê-las quando for o caso, produzindo assim um resultado satisfatório e consistente num mercado estritamente competitivo. E este resultado, fez com que aumentasse o encanto pela área resultando em mais pessoas buscando formação empreendedora e escolhendo essa atividade como carreira.
Para tanto, buscando essa formação, recentemente as universidades introduziram a reflexão no ambiente acadêmico no sentido de estimular a formação de novos empreendedores, isto é, inúmeros cursos de graduação, de diferentes áreas, inseriram em seus currículos o tema empreendedorismo. E nos cursos da Faculdade de Balsas – Unibalsas não poderia ser diferente, pois precisamos considerar o contexto atual, que otimizar os resultados se faz cada vez mais necessário, não apenas para o desenvolvimento dos profissionais e organizações, mas também para a permanência e sustentação no mercado.
Neste caso, as perspectivas e o potencial do empreendedorismo justificam por si só a inserção dessa discussão no âmbito acadêmico. Se analisarmos o mercado, os dados e informações apontam um crescimento, tanto no número de empresas, como no volume de recursos financeiros envolvidos nessa área, o que demanda um profissional cada vez mais preparado.
No intuito de preencher esta lacuna de mercado, a Faculdade de Balsas – Unibalsas oferece à comunidade de Balsas ao sul do Maranhão e região, os cursos de graduação em Administração, Agronegócio, Sistemas de Informação, Ciências Contábeis, Direito e Gestão Comercial que possuem em suas estruturas curriculares a disciplina de empreendedorismo.

Esta disciplina tem objetivo possibilitar ao acadêmico conhecer e desenvolver as características do comportamento empreendedor através da discussão do surgimento, conceitos e importância do empreendedorismo no cenário brasileiro e mundial. E ainda, através deste conhecimento proporcionado, subsidiar condições técnicas ao aluno para desenvolver o planejamento de um novo negócio, mas também, acima de tudo, para que o mesmo possa inovar dentro de um negócio já existente, através da evolução comportamental, pois os empreendedores possuem uma personificação própria e características singulares. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo identificar empreendedores em potencial dentre os acadêmicos regulares do segundo semestre do ano letivo de 2014 dos cursos de graduação da instituição.

1. EMPREENDEDORISMO – CONCEITOS E DEFINIÇÕES
O conceito de empreendedorismo é muito variado, cada pessoa possui determinado conhecimento, ou área de atuação pode definir esta palavra de uma maneira diferente. O importante a ser ressaltado é que o processo empreendedor sofre significativa ascensão no Brasil e no mundo, daí vem a grande importância desta prática se difundir cada vez mais, consequentemente irão ajudar o país no seu crescimento gerando possibilidades de trabalho, renda e maiores investimentos (DOLABELA, 2008).
Kirzner apud Dornelas (2014) tem uma abordagem diferente, para ele o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Porém ele também fala que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.
Schumpeter apud Dornelas (2014) ressalta que a essência do empreendedorismo se dá através da percepção e exploração de novas oportunidades, no âmbito dos negócios, utilizando recursos disponíveis de maneira inovadora. Drucker (2008) fala que os empreendedores precisam buscar com propósito deliberado, as fontes de inovação, as mudanças e seus sintomas que indicam oportunidades, para que estas obtenham êxito.
Dolabela (2008) destaca que o empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não só. Deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores e convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável no futuro. Além de energia e perseverança, uma grande dose de paixão é necessária para construir algo a partir do nada e continuar em frente, apesar dos obstáculos, armadilhas e da solidão. O empreendedor é alguém que acredita que pode colocar a sorte a seu favor, por entender que ela é produto do trabalho duro.
Say (1983, p. 85) define o empreendedor como “aquele que empreende a criação, por conta própria, em seu benefício e a seus riscos, de um produto qualquer”.
Do ponto de vista de Schumpeter (1997), o empreendedor é um agente de desenvolvimento, responsável por criar novos produtos através da combinação de materiais, métodos de produção e forças que estão ao seu alcance, a fim de sobrepor estes novos métodos aos antigos, gerando a “Destruição Criativa”.
Já Drucker (2008) caracteriza o empreendedor como pessoas que criam algo novo, algo diferente, sendo responsáveis por mudar ou transformar valores. O autor ainda complementa que para os economistas, o empreendedor influencia profundamente e realmente molda a economia, sem fazer parte dela. Que os economistas não têm nenhuma explicação de por que o espírito empreendedor emerge nos indivíduos, como aconteceu no final do século XIX, e nem por que ele se limita a um determinado país, ou a uma cultura. Realmente, os eventos que explicam por que o empreendimento se torna eficaz, possivelmente não sejam eventos econômicos. As causas estariam, provavelmente, nas mudanças em valores, percepções, atitudes, nas mudanças demográficas, em instituições e, talvez, em mudanças na educação.
Para McClelland (1972), o empreendimento é um comportamento e não um traço de personalidade. E suas bases são o conceito e a teoria, e não a intuição. Ele afirma que o empreendedor é a pessoa que fixa para si padrões de realização, em vez de confiar em incentivos externos proporcionados pela situação. Assim, procuram mais arduamente alcançar  padrões que estabeleceram para si próprias, com maior chance de êxito. Para o autor sociedade que tenha um nível elevado de necessidade de realização produzirá um maior número de empreendedores ativos, os quais, por sua vez, darão origem a um ciclo de desenvolvimento econômico mais rápido.
Dornelas ainda ressalta que:

o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo, encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:
1. Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz.
2. Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico no qual vive.
3. Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar. (DORNELAS, 2014, p. 23).

Parte-se do pressuposto de que, ser um empreendedor não significa necessariamente seguir regras, abrir empresas ou participar de cursos. Não podemos definir um perfil exato de uma pessoa empreendedora, porém, podem-se mapear algumas características comuns entre os empreendedores. Para Degen (1989) o empreendedor, por definição, tem de assumir riscos, e seu sucesso está na sua capacidade de conviver com eles e sobreviver a eles.
Dolabela (2008) acredita que um dos principais atributos do empreendedor é identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-los em negócios lucrativos. Não é indispensável que ele possua os meios necessários à criação de sua empresa. Mas deve ser capaz de atrair tais recursos, demonstrando o valor do seu projeto e comprovando que tem condições de torná-lo realidade.
Dornelas (2014, p. 23) acredita que:

o processo empreendedor possa ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e que o sucesso seja decorrente de uma gama de fatores internos e externos ao negócio, do perfil do empreendedor e de como ele administra as adversidades que encontra no dia a dia de seu empreendimento.(grifos nossos).

O autor ainda ressalta que o empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do administrador e, alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa. De uma ideia surge uma inovação, e desta, surge uma empresa.
2. METODOLOGIA
Este estudo se desenvolveu através de uma pesquisa aplicada, visto que foi utilizada a matriz desenvolvida por Dornelas (2014) que avalia o desempenho do pesquisado.
Para atingir o objetivo proposto, reportamos neste trabalho a pesquisa realizada junto aos discentes devidamente matriculados na instituição, que avaliou o perfil de 148 alunos distribuídos nos seis cursos oferecidos pela Unibalsas, através de um formulário eletrônico na plataforma googledocs que constituía afirmativas sobre o Ambiente, as Atitudes e o Know-How dos acadêmicos, que deveriam ser respondidas numa escala: 1 – Insuficiente; 2 – Fraco; 3 – Regular; 4 – Bom; e 5 – Excelente.
O formulário foi aplicado tendo como base o modelo de Dornelas (2014), conforme as características empreendedoras, divido em 6 categorias com critérios adjacentes, conforme segue: Comprometimento e determinação; Obsessão pelas oportunidades; Tolerância ao risco, ambiguidade e incertezas; Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação; Motivação e superação; Liderança , de acordo com modelo em anexo.
Foram analisadas as respostas dos questionários utilizando-se o software Excel para as perguntas de caráter quantitativo, inferidos através de análise de desempenho da autoavaliação, conforme segue:

  • 111 a 150 pontos - Você provavelmente já é um empreendedor, possui as características comuns aos empreendedores e tem tudo para se diferenciar no mundo dos negócios.
  • 90 a 110 pontos - Você possui muitas características empreendedoras e às vezes se comporta como um, porém você pode melhorar ainda mais, se equilibrar os pontos ainda fracos com os pontos já fortes.
  • 60 a 89 pontos - Você ainda não é muito empreendedor e provavelmente se comporta, na maior parte do tempo como um administrador e não um “fazedor”. Para se diferenciar e começar a praticar atitudes empreendedoras procure analisar os seus principais pontos fracos e definir estratégias pessoais para eliminá-los.
  • Menos de 59 pontos - Você não é empreendedor e, se continuar a agir como age, dificilmente será um. Isto não significa que você não tem qualidades, apenas que prefere seguir a ser seguido. Se você pretende ter um negócio próprio, reavalie sua carreira e seus objetivos pessoais. (DORNELAS, 2014, p. 33-34)

 

3. O PERFIL EMPREENDEDOR – DEMOSNTRAÇÃO DOS RESULTADOS
Com base no objetivo da pesquisa, de identificar o perfil empreendedor dos participantes da pesquisa, convém mencionar que 148 alunos preencheram e enviaram o formulário eletrônico, que representa 9,40% do total de alunos matriculados na disciplina. Conforme ilustra a figura 1.
O demonstrativos dos resultados é realizado separadamente através das 6 categorias estudadas: Comprometimento e determinação; Obsessão pelas oportunidades; Tolerância ao risco, ambiguidade e incertezas; Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação; Motivação e superação; e liderança conforme segue.
3.1 Comprometimento e Determinação
Nesta categoria, a intenção é identificar através da autoavaliação dos pesquisados sobre seu comprometimento e determinação, como comprova o Quadro 1. Foram considerados os critérios de pró-atividade na tomada de decisão, onde os alunos ficaram num patamar mediano dentro da escala, ou seja, entre Regular e Bom, com 114 alunos nessa faixa, assim como na tenacidade e obstinação para realização das tarefas, que foi onde 70,27% dos alunos se situaram.
Na característica que enfatizava a disciplina e dedicação, assim como na persistência para resolver problemas, os alunos melhoram sua posição, encontrando-se entre Bom e Excelente, com 126 e 129 alunos em cada característica, respectivamente. Já na capacidade de imersão total nas atividades que desenvolve, os alunos mantiveram-se em patamares Bom e Excelente, na grande maioria das respostas, isto é, 80,40% das respostas dos alunos.
De maneira geral, nesta característica os alunos demonstraram possuir de Boas a Excelentes habilidades, ou seja, podem-se considerar os mesmos comprometidos e determinados, pois 77,35% das respostas encontram-se nesta faixa.
3.2 Obsessão pelas Oportunidades
Nesta categoria, os pesquisados foram perguntados sobre sua obsessão pelas oportunidades existentes ou oportunidades criadas como atesta o Quadro 2.
Nos critérios analisados conferiu-se que os alunos buscam conhecer profundamente as necessidades dos clientes, pois ficaram no nível de Bom a Excelente, pois 118 alunos estão nesse intervalo.
Na característica que busca evidenciar a questão do market driven, ou seja, se são orientados pelo mercado, os alunos encontram-se na condição mediana, ou seja, entre Regular e Bom estão 76,35% dos acadêmicos. Já na obsessão por criar valor e satisfação aos clientes, a faixa que os alunos encontram-se é novamente a de Bom e Excelente, isto é, 121 alunos estão neste patamar. De maneira geral, nesta característica os alunos demonstraram possuir Boa e Excelente obsessão pelas oportunidades, pois 174 e 144 respostas apresentaram tal condição, respectivamente.

3.3 Tolerância ao Risco, Ambiguidade e Incertezas
Nesta categoria, os pesquisados foram indagados sobre a sua tolerância aos riscos, ambiguidade e incertezas conforme certifica o Quadro 3.
Foram considerados os critérios e verificou-se que os alunos regularmente analisam tudo antes de agir, isto é, a tabela mostra que 104 alunos correm riscos calculados, estando na escala de Regular a Bom. Cento e nove discentes disseram que procuram minimizar os riscos, indicador importante, pois mostra atitude. Mas a tabela também mostra indicadores de intolerância às incertezas e à falta de estrutura, isto é, dois terços dos alunos responderam possuir entre Regulares e Boas atitudes.
O critério da tolerância ao estresse e aos conflitos, a pesquisa mostrou que 99 alunos possuem Regulares a Boas tolerâncias. Quando questionados sobre suas habilidades em resolver problemas e integrar soluções, as respostas mostraram um equilíbrio entre as respostas dos participantes, que estão entre Regular a Excelentes, ou seja, neste quesito 142 alunos aparecem nessa faixa, o que representa 95,95%.
Considerando toda a conjuntura da categoria, dois terços dos acadêmicos demonstraram possuir Regulares e Boas características sobre os riscos, ambiguidade e incertezas, isto é, 68,64 % das respostas estão neste intervalo.

3.4 Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação
Este grupo buscou identificar a criatividade, autoconfiança e habilidade dos pesquisados de adaptação como apresenta o Quadro 4. Foram considerados os critérios e comprovou-se que os acadêmicos não são convencionais, ou seja, na escala percebe-se que 53 respostas apareceram na escala Boa e 71 em Excelente para “cabeça aberta”, que pensam para agir; sobre o conformismo com o status quo, 44 respostas estão na faixa Regular e 63 em Boa, o que quer dizer que os mesmos não se conformam com o estado atual das coisas.
Sobre a habilidade em se adaptar a novas situações, 57 alunos apresentaram boas condições de adaptação e 76 Excelentes habilidades. Já sobre o medo de falhar, 89,86% disseram que não sentem medo de falhar. Na habilidade em definir conceitos e detalhar ideias, dois terços das respostas ficaram na faixa de Regular a Boas condições. Nestas características, 70,94% dos alunos demonstraram possuir Regular a Bons aspectos criativos, autoconfiança e habilidade de adaptação.
3.5 Motivação e Superação
Nesta categoria, buscou-se mensurar a motivação e superação que os entrevistados possuem, como mostra o Quadro 5.
Foram considerados os critérios e constatou-se que 66 alunos possuem uma Boa orientação para metas e resultados e 49 Excelentes condições; que 89,86%, estão na faixa de Bom a Excelente quando perguntados se são dirigidos pela necessidade de crescer e atingir melhores resultados; dois terços das respostas ficaram entre Regular e Bom quando se trata da não preocupação com status e poder; 115 alunos ou 77,70% possuem autoconfiança; 81,75% estão no intervalo de bom e excelente, quando indagados se possuem ciência  de suas fraquezas e forças; e 81 alunos possuem excelente senso de humor e procuram estar animados.

Esta característica mostrou que 76,01% dos alunos estão na escala de Bom a Excelente para a motivação e superação.

3.6 Liderança
Para finalizar, nesta categoria buscou-se identificar aspectos ligados à liderança dos alunos conforme ilustra o Quadro 6. Foram considerados os critérios e constatou-se que 76,35% dos discentes possuem entre Boa e Excelente iniciativa; 107 alunos têm entre Bom e Excelente poder de autocontrole; 87,83% dos acadêmicos transmitem Boa e Excelente integridade e confiabilidade; 115 estão entre Bom e Excelente quando diz respeito às questões de paciência e de saber ouvir; e112 alunos são Bons e Excelentes em construir times e trabalhar em equipe.
De maneira geral, nesta característica a pesquisa mostrou que 77,97% dos acadêmicos são bons e/ou excelentes líderes.
CONCLUSÃO
Após analisar as respostas e realizar os devidos tratamentos estatísticos, segundo a autoavaliação dos 148 acadêmicos dos seis cursos da Faculdade de Balsas – Unibalsas, constatou-se, pela escala (1-5), que em relação ao comprometimento e determinação, os alunos possuem uma media de 4,09 pontos; em obsessão pelas oportunidades, as respostas dos alunos atingiram 3,98 pontos; sobre a tolerância ao risco, ambiguidade, e incertezas, os pontos atingiram 3,59 pontos; em criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação, a media foi de 3,95 pontos; já em relação à motivação e superação, atingiram a média de 4,10 pontos; em relação à liderança a media chegou a 4,14 pontos, conforme mostra a figura 2.
A análise da autoavaliação, após o tratamento dos dados recebidos, percebeu-se que o somatório geral das respostas enviadas pelos alunos chegou ao montante de 17.709 pontos dos 22.200 possíveis, isto é, levando-se em consideração os 148 questionários enviados, a média de pontuação foi de 119,65.
Sendo assim, o estudo conclui que os alunos devidamente matriculados no segundo semestre de 2014 nos seis cursos da Faculdade de Balsas - Unibalsas de Agronegócio possuem, dentro da escala observada, características voltadas para a criatividade, autoconfiança e habilidades de adaptação; capacidade de tolerar o risco, ambiguidade e incertezas; comprometimento e determinação, obsessão pelas oportunidades; e características voltadas à liderança e, acima de tudo, possuem uma elevada nota referente à motivação e senso de superação.
Portanto, os acadêmicos estudados são empreendedores, ou seja, possuem as características comuns aos mesmos e têm tudo para se diferenciar no mundo dos negócios, estão preparados para desempenhar, futuramente, com competência e talento suas atividades profissionais de maneira eficiente para influenciar, diretamente e positivamente, no desenvolvimento econômico da região, o que vem ao encontro da proposta da disciplina de empreendedorismo e da visão da Unibalsas: “Ser a ponte para o conhecimento e desenvolvimento regional”.

 

REFERÊNCIAS
BARON, Robert A.; SHANE Scott A., Empreendedorismo: Uma visão do Processo. Tradução AllTasks. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

DEGEN, Ronald. O empreendedor: Empreender como opção de carreira. São Paulo: Pearson, 2009

DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor: A metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Sextante, 2008.

Dornelas. José Carlos. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 5. ed. – Rio de Janeiro: Empreende/LTC, 2014.

DRUCKER, Peter. Inovação e espírito empreendedor: Prática, e princípios. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

MCCLELLAND, David Clarence. A sociedade competitiva: realização e progresso social. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1972.

SAY, Jean-Baptiste. Tratado de Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

SCHUMPETER, Joseph Alois. Teoria do Desenvolvimento Econômico: Uma investigação sobre Lucros, Capital, Crédito, Juro e o Ciclo Econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1997.


Recibido: 13/01/2016 Aceptado: 04/02/2016 Publicado: febrero de 2016

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