 
                De acordo com dados da Secretaria da Agricultura do Tocantins – SEAGRO (2010), o Estado do Tocantins possui uma área total de 27.842.070ha, dos quais 50%, ou seja, 13.921.035ha, tem vocação para a produção agrícola.
O Tocantins, além de apresentar condições favoráveis de clima e solo e oferta de água para irrigação dos plantios, oferece outras vantagens adicionais como a logística de transporte que permitirá exportar etanol pelo Porto de Itaqui (São Luís – MA), pelos trilhos da Ferrovia Norte-Sul, utilizando o sistema multimodal de transportes. O Porto de Itaqui é a porta mais próxima para saída dos produtos do Estado rumo aos mercados da Ásia, Europa e América do Norte. A diferença em comparação com os portos de Paranaguá, Paraná, e de Santos, em São Paulo, equivale à cerca de cinco dias de navio (O JORNAL, 2007).
No cadastro do MAPA – Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria de Produção e Agroenergia – Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia de 30/08/2010, constam apenas 1 (uma) usina produtora de etanol no Estado do Tocantins, a Brasil Bio, Bioenergética Ind. E Com. De Álcool e Açúcar Ltda., localizada na cidade de Gurupi (MAPA, 2010). Mas no cadastro da UDOP-União dos Produtores de Bioenergia estão cadastradas a Brasil Bioenergética localizada em Gurupi, Bunge – Unidade no município de Pedro Afonso e a Tocantins localizada em Arraias.
A Bunge Açúcar e Álcool unidade no município de Pedro Afonso-TO está em fase de implantação e seu funcionamento está previsto para maio de 2010. A usina produzirá álcool, etanol e açúcar, destinados ao mercado de todo o país. O local já possui no projeto agrícola 7 mil hectares plantados de cana-de-açúcar, no entanto, o projeto é de 45 mil hectares. A capacidade de processamento inicial é de 1,4 milhões de toneladas anualmente, podendo atingir até 4,4 milhões de toneladas por ano (SILVA et al., 2009).
O empreendimento pode gerar até 1.500 empregos diretos até 2012 nas atividades agrícolas e industriais, além de empregos indiretos na cadeia produtiva e nos setores de comércio e serviços. No projeto agrícola, a irrigação é feita a partir da água captada no córrego Lajeado, por meio de pivôs de 1.223 metros de comprimento - o maior do mundo, conforme informações do próprio fabricante - com capacidade para irrigar até 930 hectares (SILVA et al., 2009).
Segundo  a Conab apud Rocher (2010) a cana  avançou de aproximadamente de 700 hectares para 26 mil hectares no ano de  2010, com a instalação da usina Bunge no município de Pedro Afonso. As áreas  plantadas com cana eram usadas para a cultura da soja, na safra 2010/11 devem  ser colhidos 120 toneladas por hectare de cana no Tocantins, bem acima da média  regional de 70 hectares  por tonelada. Por enquanto a usina de etanol dá prioridade ao cultivo de cana  em áreas próprias.
  A  safra 2008/09 do estado do Tocantins produziu cerca de 2,801 10³ m³ de etanol.  A Figura 2.9 abaixo mostra a produção de etanol no Estado do Tocantins em 10³  m³ desde a safra 2005/2006 até a safra 2008/2009 (ÚNICA, 2009).

  Figura 2.9 – Produção de etanol no Estado do Tocantins (10³  m³) – Safra 2005/2006 a 2008/09
  Fonte: Única (2009)
Observa-se na figura 2.9 que a produção de etanol no Estado do Tocantins é praticamente recente, visto que se iniciou a partir do ano de 2005, participando da safra 2005/06, 2006/07, já na safra 2007/06 não houve produção, voltando a produzir na safra 2008/09.
Além  da produção de etanol utilizando como matéria-prima a cana-de-açúcar, no Estado  do Tocantins pode-se citar o desenvolvimento de outras para a produção de  etanol como:
   Na Universidade  Federal do Tocantins (UFT), no Campus de Palmas, desenvolve-se um projeto  denominado A Cultura da batata-doce  como fonte de matéria-prima para o etanol, que possui uma mini usina  piloto de etanol, localizada na Estação experimental da UFT, Campus de Palmas.  Esse projeto já apresenta grande repercussão em todo país e recentemente firmou  parceria com a EMBRAPA, visando avanços para a produção de etanol através dessa  cultura (CAMARGO et al.,2009 apud SILVA et al., 2009). 
De acordo com a Secretaria de Comunicação do Tocantins, uma parceria feita entre a UFT – Universidade Federal do Tocantins, o Instituto Ecológica e BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento implantou em Porto Nacional, o projeto modelo para a produção de biocombustível extraído da mandioca. (TOCANTINS, 2009)
No Estado do Tocantins, através da empresa Tobasa  Bioindustrial de Babaçu S.A., localizada no município de Tocantinópolis - TO o  fruto do babaçu é processado integralmente, produzindo óleo, sabão de coco,  farinhas amiláceas, álcool, subprodutos protéicos, carvão ecológico e carvão  ativado. A empresa processa anualmente aproximadamente 75 mil toneladas de  babaçu correspondendo em média, a 5 milhões de litros de óleo e 10 milhões de  quilos de amido de etanol. (OLIVEIRA et  al. 2009 apud SILVA et al., 2009).
                                                           
  Percebe-se  que a produção de etanol no Estado do Tocantins ainda é incipiente, mas está  presente no Estado um projeto ousado da empresa Bunge que poderá expandir esta  produção e ampliar a participação do mesmo no cenário nacional, entretanto é  importante a existência de projetos industriais e científicos envolvendo a  pesquisa para a diversificação matérias-primas para a produção de etanol, tais  como a batata-doce, babaçu e mandioca os quais têm buscado maior rendimento e  eficiência para a produção de etanol.   
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