“Res autem familiares quaeri debet iis rebus, 
  a quibus abest turpitudo, conservariu autem 
  diligentia et parsimonia, eisdem etiam rebus  augeri”.
  Marco Túlio Cícero- De Officiis, XXIV
Há cerca de 2.000 anos lecionou Marco Túlio Cícero que “quanto  ao patrimônio necessário é obtê-lo com meios absolutamente honestos,  conservá-lo com diligência e parcimônia e com tais virtudes ampliá-lo”.
  Conhecer, pois, sobre a aquisição, transformação e fins  alcançados com o uso da riqueza patrimonial são coisas de relevância na  profissão contábil.
  Várias obras foram escritas sobre o tema, mas, nem todas  facilitando a plena compreensão de forma objetiva. 
  Qualidade primordial reclamada na exposição de tais assuntos  tecnológicos, portanto, é a clareza.
  Ao editar grande mérito de um autor está em ser entendido sobre  o que expõe e naquilo que acredita como verdade conquistada pelo estudo e  experiência.
  Este livro do professor Miguel  Díaz Llanes tem a virtude da acessibilidade, sendo objetivo, de propósito  reconhecidamente determinado no campo da militância profissional, assistindo  culturalmente a quem inicia.
  Logo de início  o autor define a meta que vai seguir quando afirma que “el análisis de los estados  contables si no me permite planificar el futuro y basar mis estrategias y  decisiones, no es útil”.
  Responsabilidade de um escritor de temas especializados é sem  dúvida escolher a metodologia, fundamentada na ótica do objeto ou matéria que  vai tratar, sob o aspecto que elege; essa a orientação que Aristóteles, o pai  da Lógica das ciências sugeriu, que Poincaré consagrou e o autor desta obra  fielmente segue com maestria.
  Didática e rigor tecnológico nem sempre estão unidos, mas, Díaz  Llanes consegue isto materializar com maestria, visando o caráter utilitário do  que produziu.
  Reconhecendo a quantidade de variáveis que influi sobre a  transformação da riqueza patrimonial das empresas e instituições, essa que  determina a diferença de tratamento que deve ser dada, o autor faz da obra algo  atado à realidade objetiva, considerando a heterogeneidade das situações e a  necessidade de ajustes pertinentes para que se possa atingir a realidade a ser  analisada.
  Importante é a visão que o livro apresenta ao considerar a  relatividade dos dados informados e o risco que possam encerrar, em uma época  em que a debilidade científica de normas que se denominam como internacionais  terminam por não tornar confiável o demonstrado contabilmente, especialmente no  campo do questionável e criticável “valor justo” (grave risco para as  análises).
  Procura esta obra fazer com que o leitor não confie de forma  absoluta nas informações publicadas ou apresentadas, evocando, por inferência,  a necessidade do aprofundamento em exames adicionais para que possam abranger o  vasto complexo de aspectos que envolvem as demonstrações contábeis, inclusive  as relativas aos entornos do capital.
  Segue, pois, algumas diretrizes axiomáticas semelhantes às  desenvolvidas pelas doutrinas do Neopatrimonialismo Contábil, mas, com uma  personalidade intelectual própria que se discrepa em alguns poucos pontos não  autoriza, todavia, dissentir em “lato sensu” sobre a liberdade de expressão do  nobre autor, esta tão respeitável; poucos estudiosos conhecem há tanto tempo as  minhas obras como Díaz Llanes, pela dedicação que sempre teve aos estudos  científicos da Contabilidade por mim desenvolvidos já há mais de cinco décadas.
  O rigor objetivo com que esta obra trata das dimensões do  capital em transformação (causa, efeito, tempo, espaço, qualidade e quantidade)  quando sob análise é, todavia, por realista, deveras respeitável e um ponto  alto do trabalho. 
  As relações lógicas essenciais, dimensionais e de continentes  da riqueza patrimonial merecem tal cuidado por parte do emérito autor que  raramente em uma obra de análise de situações tal cuidado é seguido com tamanho  zelo.
  Não bastassem todas essas magníficas diretrizes e o mestre Miguel Díaz Llanes ainda tem o mérito  de acrescentar idéias, contestações e procedimentos próprios, pois, representam  uma forma particular de ver; sempre admirei quem expõe idéias mesmo contra o  tradicional, mas, feito de forma sincera, sem intenções de maquinações ou  objetivos maliciosos, sem a leviandade que por prática fez de normatizações  veículos para ensejar ocultações e maquilagens; refiro-me às lacunas que  agasalharam ativos podres e fantasias lucrativas, essas corresponsáveis pela crise  mundial financeira da atualidade, escrevendo páginas indecorosas na história da  profissão contábil.
  O autor pretendeu contribuir para a evolução apresentando  sugestões sobre novos aspectos sob os quais observa a Liquidez, Solvência,  Rentabilidade e Massa Patrimonial, ressaltando a importância da “dinâmica” como  condição essencial para o bom entendimento da situação das empresas.
  Importante louvar, ainda, várias associações feitas entre a  prática e a teoria, de modo a levar o conhecimento analítico contábil ao  alcance de todos.
  É fácil entender que a obra de Díaz Llanes visa mais o sentido  de natureza prática, evitando aprofundamentos doutrinários, sem, todavia,  deixar de enforcar a ligação que possuem tais aspectos, o que torna a obra um  autêntico manual para os que desejam uma introdução competente em tal  tecnologia.
  Pretende o exposto na obra ter caráter inovador e apresenta  razões próprias para isso, tangendo tradicionais conceitos como os relativos a  “fixo” e “circulante”.
  As questões epistemológicas que o autor modifica sob o ângulo  de seus pensamentos são ofertas à reflexão e prendem-se ao estilo escolhido  para desenvolver o tema.
  O professor Miguel Díaz Llanes produziu um livro com seriedade,  pleno de intenções sadias cuja dignidade é merecedora de meu maior  reconhecimento.
Antônio Lopes de Sá
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