POTENCIAL DE USO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Yvens Ely Martins Cordeiro

3.5.2 Variáveis bioquímicas

Amostras para a determinação dos teores foliares de sacarose, prolina, carboidratos solúveis totais, aminoácidos solúveis totais, amido, proteínas solúveis e glicina-betaína, foram coletadas a partir de folíolos completamente maduros, do segundo par de folhas definitivas e completamente expandidas contadas a partir do ápice. Os folíolos foram destacados da plantas nos mesmos horários em que foram conduzidas as medições de trocas gasosas e imediatamente acondicionados em sacos de papel e levados à estufa de ventilação forçada para completa secagem, a qual foi realizada a 72 oC, por 72 h. Após a secagem, os mesmos foram triturados a pó fino e armazenados em frascos hermeticamente fechados encerrados em um dessecador até o momento da análise.
Os teores de sacarose foram determinados utilizando-se o método proposto por Van Handel (1968). Para a extração, amostras de 30 mg de massa seca foliar foram homogeneizadas em 1,5 mL de solução de MCW (metanol, clorofórmio e água; 12:5: 3v/v/v), durante 30 minutos, e posteriormente centrifugada a 3500 rpm, por 30min, à temperatura ambiente. Após a coleta do sobrenadante, reservado em um tubo de ensaio em separado, uma extração do resíduo resultante foi realizada, seguindo as mesmas condições supracitadas. O novo sobrenadante foi coletado e reunido ao primeiro. Em seguida, realizou-se a separação de fases do solvente extrator, de modo que a cada 2,0 mL do extrato final foram adicionados 0,5 mL de clorofórmio e 0,75 mL de água destilada. A mistura foi submetida à centrifugação a 2000 rpm, por 10 min. Das fases resultantes, coletou-se a fração aquosa metanólica (superior), transferindo-se a mesma para tubos de ensaio com rosca e submetendo-os a incubação em banho-maria a 35oC, por 40 min, para a evaporação do clorofórmio residual. A quantificação das amostras foi realizada tomando-se alíquotas de 0,1 mL das mesmas e adicionando 0,1 mL de KOH 30%. Após vigorosa agitação, a mistura foi aquecida a 100oC por 10 min e, após resfriamento, foi imediatamente adicionado 3,0 mL de solução de antrona 0,2%, em ácido sulfúrico concentrado. A mistura foi agitada e incubada a 40 oC, por 20 min. Após resfriamento, obteve-se a absorvância das mesmas, a 620 nm, utilizando-se um espectrofotômetro UV-Visível (mod. GenesysTM 10series, Marca Thermo Electron Corporation, Wisconsin, USA). Para os cálculos, uma curva padrão de sacarose foi preparada e os resultados foram expressos em mg de sacarose/ g Matéria Seca (MS).
Os teores de prolina foram determinados de acordo com Bates et al. (1973). A extração foi realizada a quente (em banho-maria a 100 °C, por 30 min), homogeneizando amostras de 50 mg do material vegetal seco em 5 mL de água destilada. Após centrifugação a 1000 rpm, por 20 min, o sobrenadante foi coletado e deste utilizado uma alíquota de 1 mL para a quantificação de prolina. Para esta operação, foi adicionado 1 mL de ninhidrina ácida e 1 mL de ácido acético glacial (99,5%), seguindo-se de agitação e incubação a 100 oC, por 1 h. Após o desenvolvimento da cor, as mostras foram resfriadas em banho de gelo, sendo adicionadas às mesmas 2 mL de tolueno para a separação das fases. Desprezando a fase incolor, a leitura das amostras da fração contendo grupo cromóforo foi realizada em espectofotômetro UV-Visível (mod. GenesysTM 10series, Marca Thermo Electron Corporation, Wisconsin, USA), a 520nm. A concentração de prolina foi determinada por meio de uma curva de calibração de prolina e o resultado expresso em mmol prolina/ g MS.
Os carboidratos solúveis totais foram extraídos a quente (30 min a 100 ºC), em amostras de 50 mg de matéria seca homogeneizadas em 5 mL de água destilada. As amostras foram centrifugadas a 2000 rpm, por 10 min, e o sobrenadante coletado para a obtenção do extrato total. Deste, foram tomadas alíquotas de 20 µL por amostra e a elas adicionadas 480 µL de água destilada e 500 µL de fenol 5%. Após vigorosa agitação, foi adicionado, de maneira uniforme e de uma única vez no centro do tubo, 2,5 mL de H2SO4 concentrado. Os tubos foram agitados e após 20 min de repouso à temperatura ambiente obteve-se a absorvância da amostra a 490 nm (DUBOIS et al., 1956). Para os cálculos foi utilizada curva-padrão de glicose e os resultados expressos em mmol glicose g-1 MS.
As proteínas solúveis totais foram extraídas do resíduo resultante da extração dos carboidratos solúveis foi adicionado 5 mL de NaOH a 0,1 N, para a extração dos TPS. Em seguida foi misturado e centrifugado a uma mesma rotação e tempo utilizados para carboidratos. Uma nova extração com 5 mL de NaOH a 0,1% e centrifugação foram realizados. Do sobrenadante, foram retirados 0,1 mL e acrescentado 5 mL do reagente de Breadford. (100mg de Comassie Blue/50mL de etanol 95%). Após 15 min foi feita a leitura em um espectrofotômetro Micronal modelo B442 no comprimento de onda de 595 nm (BRADFORD, 1976).
Para os teores de glicina-betaína foram retiradas amostras de 25 mg de massa seca liofilizada foi colocada no shacker a 25° C (extração a frio); centrifugar a 10000 rpm por 10 min a 25° C;  o sobrenadante para obtenção do extrato aquoso. Em eppendorfs de 2 ml foi adicionado 250 µL do extrato aquoso + 250 µL de H2SO4 2 N ( diluição da amostra 1:2); os eppendorfs devem permanecer durante 1 hora no banho de gelo ( na geladeira – de 0º C a 4º C); em seguida, adicionar 200 µL de KI-I2 gelado; manter durante 16 horas a 0° C (banho de gelo na geladeira – de 0º C a 4º C); centrifugar durante 15 min, 10000 rpm, 0° C. Descartar o sobrenadante; lavar o preciptado 2 vezes com 2 ml de H2SO4 1n gelado com centrifugações por 5 min, 10000 rpm, 0°C a cada lavagem ( não agitar enquanto estiver lavando); após as lavagens, dissolver o preciptado em 3 ml de 1,2-dicloroetano agitando vigorosamente; realizar diluições 1:6 (diluição para a curva)ou testar outras maiores (1:12, 1:24,ou 1:48 para as amostras- a diluição vai depender da quantidade de glicina-betaína precipitada); após 2 a 2,5 hora de descanso, realizar a leitura em espectrofotômetro (GRIEVE e GRATTAN, 1983).
Para a extração do amido, amostras de 50 mg de matéria seca foliar, homogeneizadas em 5,0mL de etanol 80%, foram incubadas em banho-maria, por 30 min, a 80 oC. Após centrifugação por 10 min, a 2000 rpm, o sobrenadante foi coletado e reservado em um novo tubo. Do resíduo da extração etanólica procedeu-se nova extração, porém, utilizando-se 5,0 mL de HClO4 30%, seguindo de incubação a 25 oC, por 30 min. Uma nova centrifugação similar a anterior foi realizada e o novo sobrenadante foi coletado e reunido ao primeiro, sendo o volume final ajustado para 10 mL com água destilada. Em seguida, alíquotas de 20 µL do extrato final foram misturadas a 480 µL de água destilada e submetidos à agitação por 15 min. Foi adicionado 0,5 mL de fenol 5%, procedendo-se nova agitação por igual tempo. Por fim, foi adicionado, de uma única vez no centro do tubo, 2,5 mL de H2SO4 concentrado, seguindo-se de agitação vigorosa por 15 min. Após repouso por 20 min, à temperatura ambiente, a absorvância das amostras foi obtida a 490 nm (DUBOIS et al., 1956). Para a quantificação do amido foi utilizada uma curva padrão de glicose e os resultados expressos em μg glicose/ g MS.
Para quantificação de aminoácidos solúveis totais foram utilizados 30 mg de massa seca foliar, adicionou-se 15 mL de água destilada seguido de incubação por 30 min a 100ºC. Após centrifugação a 1000 rpm por 10 min para obtenção do extrato total. Em seguida alíquotas de 30 µL do extrato e foram misturados a 470 µL de água destilada. Em seguida acrescentou-se 250 µL do tampão citrato (0,2 M e pH 5,0) e 250 µL do reagente ninhidrina. Seguindo-se de agitação por 10 min e uma nova incubação por 15 min. a 100ºC. Os tubos foram resfriados e adicionado 1,5 mL de etanol 50% e após 20 min de repouso, à temperatura ambiente, a absorvância das amostras foi obtida a 570 nm (PEOPLES et al.,1989). Para a quantificação de açucares solúveis totais foi utilizada uma curva padrão de glutamina e os resultados foram expressos em μmol de AA/ g MS.

Volver al índice

Enciclopedia Virtual
Tienda
Libros Recomendados


1647 - Investigaciones socioambientales, educativas y humanísticas para el medio rural
Por: Miguel Ángel Sámano Rentería y Ramón Rivera Espinosa. (Coordinadores)

Este libro es producto del trabajo desarrollado por un grupo interdisciplinario de investigadores integrantes del Instituto de Investigaciones Socioambientales, Educativas y Humanísticas para el Medio Rural (IISEHMER).
Libro gratis
Congresos

15 al 28 de febrero
III Congreso Virtual Internacional sobre

Desafíos de las empresas del siglo XXI

15 al 29 de marzo
III Congreso Virtual Internacional sobre

La Educación en el siglo XXI

Enlaces Rápidos

Fundación Inca Garcilaso
Enciclopedia y Biblioteca virtual sobre economía
Universidad de Málaga