O significado do turismo em Miranda do Corvo  e a sua posição relativa no contexto sub-regional, regional e nacional, pode  ser analisado através de indicadores estatísticos relacionados com os  estabelecimentos e a capacidade de alojamento. 
  De acordo com a última publicação oficial (do  Instituto Nacional de Estatística), editada no final de 2010, com o título  “Anuário Estatístico da Região Centro 2009”, referente aos estabelecimentos  classificados pelo Turismo de Portugal, I.P. (Continente) e Direcções Regionais  de Turismo nas Regiões Autónomas, o concelho de Miranda do Corvo apresentava  (em 31 de Julho de 2009), 1 estabelecimento hoteleiro (classificado na  categoria de “Outros” – onde estão incluídos os hotéis-apartamentos, os  apartamentos turísticos, os aldeamentos turísticos, os móteis, as pousadas e as  estalagens) e 56 camas (quadro 1). 
Quadro 1: Estabelecimentos hoteleiros e capacidade de alojamento no Pinhal Interior Norte em 31.07.2009, por município
Distribuição Geográfica  | 
    Estabelecimentos  | 
    Capacidade de alojamento  | 
  ||||||
Total  | 
    Hotéis  | 
    Pensões  | 
    Outros  | 
    Total  | 
    Hotéis  | 
    Pensões  | 
    Outros  | 
  |
Portugal  | 
    1988  | 
    681  | 
    804  | 
    503  | 
    273804  | 
    141575  | 
    38519  | 
    93710  | 
  
Continente  | 
    1715  | 
    583  | 
    731  | 
    401  | 
    235974  | 
    119082  | 
    35334  | 
    81558  | 
  
Região Centro  | 
    413  | 
    167  | 
    196  | 
    50  | 
    38605  | 
    23859  | 
    10024  | 
    4722  | 
  
Pinhal Interior Norte  | 
    11  | 
    4  | 
    5  | 
    2  | 
    671  | 
    416  | 
    151  | 
    104  | 
  
Alvaiázere  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
  
Ansião  | 
    1  | 
    0  | 
    1  | 
    0  | 
    18  | 
    0  | 
    18  | 
    0  | 
  
Arganil  | 
    2  | 
    1  | 
    1  | 
    0  | 
    101  | 
    68  | 
    33  | 
    0  | 
  
Castanheira de Pêra  | 
    1  | 
    0  | 
    1  | 
    0  | 
    43  | 
    0  | 
    43  | 
    0  | 
  
Figueiró dos Vinhos  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
  
Góis  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
  
Lousã  | 
    2  | 
    1  | 
    1  | 
    0  | 
    126  | 
    92  | 
    34  | 
    0  | 
  
Miranda do Corvo  | 
    1  | 
    0  | 
    0  | 
    1  | 
    56  | 
    0  | 
    0  | 
    56  | 
  
Oliveira do Hospital  | 
    2  | 
    1  | 
    0  | 
    1  | 
    135  | 
    87  | 
    0  | 
    48  | 
  
Pampilhosa da Serra  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
  
Pedrógão Grande  | 
    1  | 
    0  | 
    1  | 
    0  | 
    23  | 
    0  | 
    23  | 
    0  | 
  
Penela  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
  
Tábua  | 
    1  | 
    1  | 
    0  | 
    0  | 
    169  | 
    169  | 
    0  | 
    0  | 
  
Vila Nova de Poiares  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
    0  | 
  
Elaboração Própria, com base em INE (2010)
Por sua vez, a informação disponível na  página oficial da Câmara Municipal de Miranda do Corvo (no início de Abril de  2011) revela quatro unidades de alojamento: Estalagem da Quinta do Viso (em  Miranda do Corvo, com 21 quartos e uma suite); Residencial Zé Padeiro (em  Miranda do Corvo, com seis quartos); Casa da Aldeia Sabores da Fraga (nas  Souravas, com lotação para seis pessoas) e Casa de Campo do “Pátio do Xisto”  (no Gondramaz, com capacidade para cinco pessoas). Todas estas unidades de  alojamento apresentam também serviço de restauração (mediante marcação prévia  no caso das unidades de Turismo em Espaço Rural).
  Ainda segundo o “Anuário Estatístico da  Região Centro 2009”, no contexto sub-regional, cerca de 40% dos municípios do  Pinhal Interior Norte (a saber: Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Góis,  Pampilhosa da Serra, Penela e Vila Nova de Poiares) não apresentava  estabelecimentos hoteleiros classificados pelo Turismo de Portugal (embora se  reconheça unidades de alojamento em alguns deles, nomeadamente relacionadas com  o Turismo em Espaço Rural) – quadro 1. 
  A distribuição geográfica interna dos  estabelecimentos e da capacidade de alojamento reflecte o intervalo de variação  entre 1 (Ansião, Castanheira de Pêra, Miranda do Corvo, Pedrógão Grande e  Tábua) e 2 (Arganil, Lousã e Oliveira do Hospital), e entre 23 (Pedrógão  Grande) e 169 (Tábua), respectivamente. 
  O Pinhal Interior Norte, com 11  estabelecimentos e 671 camas ou seja apenas 2.7% e 1.7% do número de  estabelecimentos hoteleiros e da capacidade de alojamento da Região Centro, é  uma subregião com reduzida relevância em matéria de oferta turística. Na  perspectiva destes indicadores, nomeadamente a capacidade de alojamento  hoteleiro, o valor para o conjunto do Pinhal Interior Norte é semelhante ao  registo estatístico de municípios como, por exemplo, Castelo Branco, Guarda,  Alcobaça ou Nazaré (que, no entanto, apresentavam um menor número de  estabelecimentos). De forma comparativa, as NUT III da Região Centro com maior  número de estabelecimentos e capacidade hoteleira eram o Oeste (15.7%; 17.7%),  o Médio Tejo (15.5%; 19.1%), o Baixo Vouga (15.7%; 12.6%), o Baixo Mondego  (13.3%; 13.2%), Dão-Lafões (12.6%; 11.7%) e o Pinhal Litoral (10.2%; 9%). Em  sentido oposto, encontravam-se as subregiões da Beira Interior Norte (5.3%;  4.3%), Cova da Beira (3.4%; 5.1%), Beira Interior Sul (3.2%; 3.5%), Serra da  Estrela (1.2%; 1.1%) e Pinhal Interior Sul (1.2%; 0.9%).
  Considerando as dormidas e os hóspedes nos  estabelecimentos hoteleiros por município, em 2009, verificamos que o Pinhal  Interior Norte apresentava 1.6% e 1.8% do total contabilizado para a Região  Centro, respectivamente. 
  Por outro lado, 96.1% das dormidas nos  estabelecimentos hoteleiros do Pinhal Interior Norte, em 2009, foram de  cidadãos residentes na União Europeia. Portugal representava 81.3% do total de  dormidas. Estados Unidos da América (3.6%), Espanha (3.0%), Países Baixos  (2.2%) e Alemanha (1.8%) destacavam-se como os países de residência habitual do  maior número de cidadãos estrangeiros que dormiram nos estabelecimentos  hoteleiros portugueses. 
  De referir ainda que a estada média no  estabelecimento foi de 1.6 noites e a taxa de ocupação-cama líquida foi de  26.4, valores inferiores aos registados na Região Centro (1.8 e 27.9) e no  Continente (2.8 e 36.7).
  Este conjunto de indicadores reflecte uma  situação de periferia turística e reduzida capacidade hoteleira de Miranda do  Corvo e da subregião do Pinhal Interior (Norte e Sul).
  Contudo, ao longo do tempo, designadamente  desde os anos 80 (do século XX), o turismo aparece no centro de diversas  estratégias e foi objecto de planos, projectos e algumas realizações (em  particular na última década) que estão na base da construção da imagem e da  tentativa de afirmação turística de Miranda do Corvo. É este percurso que importa  analisar e contextualizar, no sentido de explicitar o caminho percorrido e  identificar os novos desafios e oportunidades para o turismo em Miranda do  Corvo.
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