Karyn Siebert Pinedo
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As metodologias de técnicas de cenários sempre seguem uma seqüência lógica semelhante a outros tipos de metodologias. A metodologia de construção de técnica de cenários pode ser diferenciada em dois grandes conjuntos distintos segundo o tratamento analítico: processo indutivo e processo dedutivo.
• Método indutivo: Os cenários são formados a partir da aglomeração e da combinação de hipóteses sobre o comportamento dos principais eventos e constituem um jogo coerente de acontecimentos singulares. Dessa forma, os cenários emergem do particular (partes) para o geral e se estruturam pelo agrupamento das hipóteses, formando blocos consistentes que expressam determinados futuros diferenciados do objeto; vai, por assim dizer, surgindo por si mesmos (by itself) como resultado da organização dos eventos (VAN DER HEIJDEN, 1996).
• Método dedutivo: Ao contrário, consiste em descobrir estruturas de futuro a partir dos dados e das informações apresentados pelos eventos e constitui um marco geral (framework) a partir do qual são formulados os cenários. Dessa maneira, tenta-se inferir o quadro de referência do conjunto dos eventos saindo do geral e indo para o particular por meio de uma descrição do estado futuro que traduza a natureza básica da realidade (VAN DER HEIJDEN, 1996).
Na figura 3.1, pode se observar um fluxograma como um das possibilidades de técnicas de cenários que podem ser aplicados. Nesta figura mostra um sistema complexo, um sistema que pode ser município, Estado mediante a definição de alternativas futuras para orientar as políticas e os programas a serem executados. A figura mostra uma estratégia de ações ao longo do tempo, capaz de intervir sobre os cenários prováveis com o propósito de alterar o futuro e construir um determinado futuro desejado.
Para a formulação de estratégias empresariais, os cenários construídos têm um papel diferente na medida em que as empresas não têm propósito de mudar o futuro da realidade.
3.5.2 Conceitos e determinação das premissas para os cenários de localização ótima das usinas.
Algumas premissas foram levantadas para a realização dos cenários, as três principais são:
Premissa 1 - Zona de Consumo: Foram considerados dentre os municípios tocantinenses (resultantes da aplicação do PLIM) com potencial de consumo igual ou acima de 5 mil litros semanais e com o diferencial de distância entre o mesmo e a usina de até 500 km.
Segundo os dados do levantamento populacional feito pelo IBGE em 2007 (apêndice 3.1), no Estado do Tocantins, dos 137 municípios inseridos, 23 deles têm acima de 10.000 habitantes. Estes municípios são: Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Colinas do Tocantins, Araguatins, Guarai, Tocantinópolis, Miracema do Tocantins, Dianópolis, Formoso do Araguaia, Augustinópolis, Taguatinga, Miranorte, Goiatins, Xambioá, Arraias, Nova Olinda, Paranã, Babaçulândia, Pedro Afonso e São Miguel do Tocantins.
Segundo os dados do IBGE (2007), pela sua atividade econômica (tabela 3.2) os municípios considerados, além dos já citados com população acima de 10.000 habitantes, foram: Ananás; Wanderlândia; Sítio Novo do Tocantins; Natividade; Araguaçu; Palmeirópolis; Alvorada; Arapoema; Araguanã; Talismã.
Premissa 2 - Produtor de matéria-prima: - Foram considerados os 25 municípios (resultados do modelo PLIM) como fornecedores da matéria prima: oleaginosas, sebos bovinos ou ambos.
Estes municípios são: Araguaina; Nova Olinda; Palmeirante; Darcinópolis; Gurupi; Brejinho de Nazaré; Figueirópolis; Alvorada; Guarai; Brasilândia do Tocantins; Tupirama; Tupiratins; Presidente Kennedy; Formoso do Araguaia; Araguaçu; Lagoa da confusão; Dianápolis; Santa Rosa do Tocantins; Mateiros; Campos lindos; Porto Nacional; Monte do Carmo; Pedro Afonso; Bom Jesus do Tocantins; Silvanópolis; Santa Maria do Tocantins.
Premissa 3 – Pontos ótimos de implantação das Usinas. Dos 25 pontos ótimos (municípios) apresentados pelo modelo PLIM, somente os onze primeiros foram considerados para concorrer à implantação da Usina. Tal determinação levou em consideração que estes propiciam um custo menor de funcionamento da usina. Estes municípios são: Porto Nacional, Araguaína, Guaraí, Araguatins, Formoso do Araguaia, Arapoema, Palmeirópolis, Tocantinópolis, Caseara, Alvorada, Tupiratins.
Sendo que o município de Porto Nacional foi retirado deste rol de municípios por não estar de acordo com as premissas estipuladas por este estudo: o município escolhido para receber as novas usinas não pode já ter sido contemplado com empreendimentos deste tipo anteriormente. Portanto, foram considerados 10 municípios. Paraíso não foi considerado em nossa analise pelo motivo que o município foi escolhido para ser zona de consumo. Paraíso do Tocantins mesmo não sendo foco de nossa analise para ser um município de instalação de uma usina, ela representa um potencial considerado para implantação. O município que foi considerado para substituir Paraíso do Tocantins foi Caseara por possuir matéria-prima disponível e estar próximo a Paraíso, sendo que Paraíso do Tocantins já tem uma usina em construção. Palmas - TO, não foi considerado pelo motivo de um dos objetivos a serem atendidos seria a descentralização do produto. Como a quantidade proposta para fabricação semanal é de 10.000 mil litros, Palmas necessitariam seis usinas para que pudesse ser abastecida. Assim, Palmas foi considerada como um município com grande potencial de zona de consumo.
No próximo capítulo será utilizada a técnica de cenários respeitando as premissas acima.