Karyn Siebert Pinedo
Esta página muestra parte del texto pero sin formato.
Puede bajarse el libro completo en PDF comprimido ZIP (150 páginas, 3.31 Mb) pulsando aquí
Para Bowersox e Closs (2001), o setor logístico ganhou atenção, após a década de 1980, em diversas áreas, pelas mudanças tecnológicas e de regulamentação que influenciaram de modo significativo o setor logístico. Pode-se citar como exemplo: a) mudança significativa nas regulamentações do setor logístico, tanto na questão da importação quanto na da exportação; b) Informatização; c) revolução da informação; d) adoção em grande escala, dos movimentos da qualidade; e) desenvolvimento de parcerias e alianças estratégicas.
As empresas sempre realizaram atividades como as de suprimento, estocagem, transporte e distribuição de produtos, mas a novidade foi quando começaram a realizar todas as atividades de forma integrada e coordenada. Tal situação levou as empresas e indústrias a reconhecerem que a logística tem potencial para agregar valor aos serviços e produtos.
Segundo Chiavenatto (2005), a evolução dos processos e estudos de logísticas, depois da Segunda Guerra Mundial, se deu graças às mudanças implantadas pelas empresas japonesas após a década de 1960. Tal evolução envolveu os processos produtivos conhecidos como: a) Kaizen (melhoria continua); b) Controle Estatístico de Qualidade (metodologia estatística na inspeção de qualidade – qualidade assegurada); c) Controle Total da Qualidade (conceito estratégico de qualidade envolvendo não só a empresa como também fornecedores e indo até o cliente final); d) Kanban (sistema de controle da ordem das atividades em um processo seqüencial); e) Just-in-time (sistema de produção que procura agilizar a resposta da produção às demandas do cliente por meio da eliminação do desperdício e do aumento da produtividade).
Segundo Bowersox e Closs (2001) pode-se definir a logística como um conjunto de atividades de compra, movimentação e armazenagem, que pode ser definido como fluxo de produtos desde a aquisição da matéria prima até seu ponto final de entrega. Ainda podemos citar algumas atividades primárias da logística, as quais são:
• Gerência de estoques: neste ponto a empresa prioriza o valor do tempo, que significa colocar o produto no momento da necessidade.
• Gerência de transportes: prioriza o valor do lugar, disponibiliza o produto no local necessário.
• Gerência de informações: prioriza o valor do acompanhamento do processo do produto, tratam-se da coleta, processamento e transmissão das informações relativas aos pedidos dos clientes, internos e externos, e de todas as informações sobre produção e distribuição aos clientes.
A logística engloba um grande conjunto de atividades que são realizadas, muitas vezes, em diversas áreas dentro da empresa ou são executadas em locais e tempos diferentes o que aumenta a complexidade deste setor.
2.3.1. Ciclos de atividades da logística
Uma das principais ferramentas de análise da logística é o ciclo de atividades, isso porque ele fornece uma perspectiva básica da dinâmica, das interfaces e das decisões que devem ser executadas para a criação de um sistema operacional. Nesta etapa os fornecedores, a empresa e seus clientes são vinculados pelos serviços e atendimento logísticos especializados. As localizações de instalações vinculadas a esses ciclos de atividades são chamadas de “nó” (BOWERSOX E CLOSS, 2001).
Ainda segundo Bowersox e Closs (2001), existem três pontos importantes para melhor compreensão dos sistemas logísticos:
• Ciclo de atividades é a unidade fundamental para análise de funções logísticas;
• A estrutura de ciclos de atividades, em termos de organização de nós e vínculos, é basicamente a mesma, tanto na distribuição física, como no apoio à manufatura ou ao suprimento;
• As interfaces e os processos de controle devem ser identificados e avaliados como combinações de ciclos de atividades ao se buscar a integração dos processos.
Para melhor se compreender essas atividades, na figura 2.5 apresentam-se as atividades da logística básica, mostrando as três áreas operacionais. A seguir, na figura 2.6, pode-se observar a estrutura mais complexa da rede logística. As estruturas mostradas são a essências dos ciclos de atividades da logística, e servem como base para a implantação da logística integrada nas empresas.
Na figura 2.4 e 2.5, os ciclos de atividades logísticos básicos são compostos pelo ciclo de suprimento, de apoio à manufatura e pela distribuição física. Esses ciclos transportados para o estudo da cadeia do biodiesel podem ser traduzidos como: 1) O relacionamento com os fornecedores de matérias-primas e logística; 2) Recebimento das matérias-primas e dos insumos como material básico para produção do biodiesel (oleaginosas ou sebos, etanol e outros produtos); 3) Preparação da matéria-prima; 3) Fabricação do produto; 4) Depósitos e armazenagem; 4) Escolha da embalagem e do transporte; 5) Preparação da rotas e logística de distribuição; 5) Entrega ao cliente.
Conforme Bradley (1998), a logística tem o desafio final de entregar os produtos e mercadorias no destino final (consumidor), ao menor custo e no menor tempo possível nos mercados internos e externos. Algumas ações influenciam no desenvolvimento da logística, são eles: consumidores mais exigentes, redução do ciclo de vida dos produtos, utilização mais intensiva do just in time, globalização e inserção de novos produtos.