ANTECEDENTES DO CAPITALISMO

ANTECEDENTES DO CAPITALISMO

Carlos Gomes

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3.6 – PAPEL E IMPRESSÃO

Antes do aparecimento do papel, foi utilizado no Egipto o papiro como suporte da escrita egípcia, para fins religiosos ou administrativos. Era um material resistente, maleável, fácil de escrever, de transportar e armazenar. Tinha, porém, o inconveniente de ser muito caro. Outros materiais foram ainda utilizados na escrita como tabuinhas de madeira ou de cera ou pergaminhos de couro.

Várias foram as matérias-primas utilizadas no fabrico de papel, tais como: casca de árvores, cânhamo, bambu, caules de arroz e de trigo. Ao longo do tempo muitas inovações técnicas foram introduzidas no fabrico do papel. As suas numerosas aplicações encorajaram a crescente procura e o melhoramento da qualidade.

O papel contribuiu para a disseminação e conservação de obras literárias, científicas e religiosas. Foi também utilizado para fins artísticos, especialmente para a pintura e caligrafia. Usado como material de escrita veio a corresponder às exigências dos procedimentos administrativos, ao registo das transacções comerciais ou à emissão de notas. Ao tornar-se mais barato, juntou a estas aplicações o seu uso como material de embalagem. O aparecimento do papel deu origem ao um novo ramo de artesanato.

O papel surgiu na China no século II, tendo os árabes aprendido o seu fabrico em meados do século VII, mas só veio a ser comercializado na Europa no século XIII, onde substituiu o pergaminho.

O progresso da impressão caminhou a par com a metalurgia e a indústria têxtil. A tipografia exigia metal para a confecção das suas matrizes e dos seus caracteres, assim como para certas partes da prensa; por outro lado, a produção de papel requeria algodão e linho. Durante o século XV, a indústria tipográfica alcançou um excepcional desenvolvimento. A imprensa e a técnica de produção de livros com tipos móveis de impressão provocaram a ampla difusão de novas ideias e conhecimentos.