DISCUSSÃO SOBRE OS ÍNDICES DO DESEMPENHO TECNOLÓGICO
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

ANÁLISE DE DESEMPENHO DAS CULTURAS AGRÍCOLAS DA PARAÍBA
 

Luiz Gonzaga de Sousa

 

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CAPÍTULO IV. METODOLOGIA DE TRABALHO

Este capítulo será desenvolvido obedecendo a seguinte metodologia de trabalho: em primeiro lugar será feita uma análise sobre os índices utilizados para os cálculos que darão base para se entender o ocorrido durante os últimos sete anos e quais os seus efeitos sobre cada microrregião e em segundo lugar, será feita uma análise dos dados, quanto à utilização estatística, cujo resultado denotará a situação do Estado, assim como, fazendo referência com centros que se caracterizam como intensivos, modernos (altamente intensivos), que são, São Paulo, Rio de Janeiro, etc. Desta forma, ter-se-á uma análise das transformações estatístico/matemáticas cotejadas com uma análise de trabalhos já feitos no mesmo gênero de atividade, na explicativa da situação brasileira quanto ao aspecto agrícola, que deve ser observado as questões econômicas e sociais que dinamizam e/ou atrasam o desenvolvimento daqueles que participam da economia local, nacional e internacional.

4.1 - DISCUSSÃO SOBRE OS ÍNDICES DO DESEMPENHO TECNOLÓGICO:

Para a confecção de trabalho, o primeiro passo a ser dado, é quanto ao estudo que está sendo implementado, quanto ao avançar nos conhecimentos literários sobre o assunto, em diversas dissertações defendidas, em artigos publicados em revistas especializadas, em livros que versam sobre o assunto. Depois de investigado em seus detalhes, as pressuposições pronunciadas na literatura, necessita-se de quantificar os dados coletados, pelos órgãos que fazem tal levantamento anualmente, para dotarem as autoridades e cientistas, de suporte para suas decisões de política econômica e social, bem como os trabalhos de cunho científico, cujos dados secundários já estão prontos para as devidas simulações neste trabalho, de acordo com os índices que são aqui apresentados, já prontos para aplicação em atividade agrícola.

Para quantificar as variáveis que serão utilizadas nesta dissertação, primeiro, foi-se a um posto da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE), ou, de forma alternativa, através da Internet (página do IBGE) para conseguir as informações secundárias, ad hoc, valor da produção, volume de produção por tonelada de cada cultura temporária e/ou permanente e hectares de terra utilizadas pelas culturas que foram colhidas e são tratadas nas fórmulas abaixo relacionadas, de acordo com a metodologia que se encontra em SOUSA (1977; p. 25) , com auxílio da planilha do Excel, quanto aos cálculos a serem processados para análise.

Em primeiro lugar, inicia-se com a quantificação do grau de intensidade de tecnologia nas microrregiões paraibanas, de acordo com as tabelas confeccionadas, para depois serem comparadas com o total do Estado (a), considerado como o limite do pouco intensivo, depois com o Nordeste (b), como intensivo, propriamente dito e finalmente com o Brasil (c), como altamente intensivo, ou setor moderno da agricultura, cuja fórmula proporciona as condições empíricas, para visualizar a situação de cada ponto específico. Todavia, a equação é aquele coeficiente de intensidade que designa o quanto da terra (microrregional) está sendo utilizada com determinada cultura, qual é seu nível de intensidade de uso e se usa inovações mecânicas e/ou biológicas, assim como inseticidas e fertilizantes. Pois, sua fórmula a ser aplicada é a seguinte:

(j = 1, ... n); (i = 1, ... m)

Onde: é a percentagem do valor, ou do volume de culturas, em relação ao valor total, ou quantidade total da cultura na região; é o somatório do valor total, ou quantidade total de cada cultura de todas as microrregiões, dividido pelo volume global de todas as culturas do Estado, em um determinado período de tempo; (i = 1, m), são pesos que atribuem um grau de importância produtiva ou econômica à participação relativa do valor ou quantidade da cultura na região, frente ao total da produção dessa região, visto pela área utilizada e colhida em tal cultura e para todas as culturas. Para tanto, as relações seguintes são fundamentais para entender como isto acontece, de tal forma que: se - considera-se o processo produtivo de uma região de baixo nível tecnológico, o que, no caso da agricultura paraibana, pode ser chamada genericamente de agricultura extensiva. Sendo o a um divisor de passagem do extensivo ao intensivo. A esse a médio, aqui vai ser caracterizado pelo estado da Paraíba como um todo;

No entanto, se o - considera-se o processo produtivo da região em análise, de nível tecnológico médio, ou, para a versão anterior, a agricultura é pouco intensiva, ou com algum início de alguma tecnologia complementar. Sendo o b também um divisor de demarcação entre o pouco intensivo e o moderno. Já o b deve ter um valor bem maior, por isso, chamar-se-á de valor correspondente ao Nordeste, agregando Bahia, Pernambuco e Ceará, com alguma tecnologia moderna.

Todavia, se: - considera-se o processo produtivo da região como de nível tecnológico moderno, ou, atendendo ao mesmo exemplo, fala-se em agricultura intensiva, já com pouca terra e grande produção, cujo c é o divisor que indica a mudança de um moderno para um grau de tecnologia altamente intensivo. O c representará o valor correspondente ao Brasil, como parâmetro divisor, por incluir São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande de Sul, como os estados tecnologicamente mais desenvolvidos do país.

Finalmente, se - considera-se o processo produtivo da região de nível tecnológico alto, ou, atendendo ao mesmo exemplo, fala-se em agricultura altamente intensiva, pois a quantidade de terra é relativamente pequena e a produção gerada muito alta.

Na justificativa do parâmetro c, como divisória para a mais alta tecnologia, é essencial ter uma colocação bem fundamentada, como a de SCHUH no referencial teórico desse mesmo trabalho. Esta conotação não se apresenta no Nordeste como um todo representado pelo parâmetro b de tecnologia mais alta do que a Paraíba, por definição e menor do que a brasileira, representando um certo nível de tecnologia para a localidade.

Em segundo lugar, ainda com a utilização da metodologia divulgada por SOUSA (1977; p. 26), vai-se quantificar o índice de especialização ou diversificação de culturas nas microrregiões, pois ele denota se a posição da microrregião difere muito, pouco ou nada da estadual. A estadual da nordestina. A estadual da brasileira. E a nordestina da brasileira. Para tanto, isto é tratado pela seguinte fórmula:

(j = 1, n)

Onde: é a percentagem do valor da cultura na região em relação ao valor total da cultura; é o valor da produção global da região; é o valor total da cultura; é o valor total da produção.

Para a explicação desse índice, a participação de HADDAD (1974; p. 44) foi fundamental, quanto a essa justificativa teórica, ao colocar que, o Coeficiente de Especialização compara a estrutura ocupacional numa região j com a estrutura nacional da ocupação. Seu valor situa-se entre os limites zero e um. No caso de um CE = 0, as atividades em j estão distribuídas ou diversificadas da mesma maneira que as atividades no País como um todo. O caso de um CE = 1, indica não só que as atividades se distribuem na região, em termos da ocupação, de maneira totalmente diversa do País, como também que existe certa especialização (concentração) em determinados setores.

Com esta citação, observa-se que este índice, na verdade, indica se uma região é especializada ou não, visto que uma agricultura especializada é uma economia nas mãos de poucos, cujo resultado é um assalariamento excessivo, justificando a pobreza regional.

Também a utilização de índice por LOPES (1987; pp. 99-100) resultou-se importante, quando ele observa com grande propriedade que, recorrendo à simbologia habitual, se e forem, respectivamente, o emprego [área] no setor j da região i e no conjunto das regiões ( = somatório ), x sendo o total do emprego na região i e no conjunto, um índice de especialização pode construir-se simplesmente a partir de: tudo se resumindo ao cálculo dos desvios positivos ou negativos, que obviamente se compensam, razão por que se adotam os módulos.

Esta fórmula coincide com a de SOUSA, na indicação dos desvios que acontecem entre a produção em cada microrregião e o somatório de todas as microrregiões do Estado em análise.

Em mais uma citação de LOPES (1987; pp. 99-100) , verifica-se que, em seus trabalhos sobre esta questão, de fundamental importância neste trabalho que, como é evidente, o campo de variação de é constituído pelo intervalo 0, 1 aberto à direita, isto é, o extremo 1 não sendo nunca atingido; com = 0 pode dizer-se que há ausência de especialização na região i face ao padrão; e quanto mais próximo de 1 for mais especializada é a economia dessa região relativamente, ainda, ao padrão.

Como explica LOPES, igual a 1 efetivamente não acontece, no entanto, muito próximo a esta unidade pode ocorrer, até mesmo tão próximo que pode ser confundido com o 1 e isto designa o grande ajustamento em que se encontra a produção em todo o Estado, se isto acontecer.

Para o índice de especialização ou não, ele indica apenas se a microrregião é especializada ou não. No entanto, o quociente de localização, , determina que culturas estão mais concentradas em cada microrregião, pois a fórmula que justifica esta informação é a seguinte:

Onde: é a percentagem do valor, ou do volume de culturas, em relação ao valor total, ou quantidade total da cultura na região; é o somatório do valor total, ou quantidade total de cada cultura de todas as microrregiões, dividido pelo ou volume global de todas as culturas do Estado, em um determinado período de tempo; é o valor total da cultura; é o valor total da produção.

Ainda mais, quando a questão locacional, pode-se ver em KARINE & LAURENT (1997; p. 48) , de imprescindível importância que a evolução da localização da produção vinícola é independente de seus indicadores de acesso ao mercado. Esse setor combina várias características específicas: o papel da diferenciação dos produtos e a importância dos fatores pedo-climáticos. Esta produção é, frente às suas características, bem concentradas na Europa e as políticas de diferenciação bloqueia o processo de concentração da produção no território. Os testes econométricos no que respeita à produção vinícola (baseados numa amostra mais fraca), indicam que o melhoramento da distância ao mercado não vai praticar uma concentração da produção na bacia referida. Do contrário as bacias colocam um valor pertencente a um terreno e a qualidade de seu produto que vai aumentar sua parte de marcado. Essa regressão mostra uma linear (R2 = 0.25), apresenta-se aqui por baixo (Tradução de Luiz Gonzaga de SOUSA) .

Esta citação é uma boa base explicativa da importância da questão locacional de culturas agrícolas e o que isto pode trazer para a população que entrega toda a sua vida à exploração do campo como forma de vida e de valorização de sua produção.

Em uma justificativa metodológica apropriada por HADDAD (1974; p. 44) , quanto a esse índice, vê-se que ele expressa uma posição importante, ao colocar que, o quociente locacional é o instrumento mais extensivamente usado nos trabalhos empíricos e (...), quando nos referimos à contribuição de HOMER HOYT. De uma maneira geral, o quociente locacional mede a concentração de certa atividade numa determinada área com referência à distribuição desta atividade num espaço geográfico que abrange a primeira; freqüentemente, toma-se a nação como base de referencia mas isto não é sempre necessário ou conveniente.

Nada mais importante do que esta colocação para justificar a utilização desse método para se estudar a questão agrícola paraibana por microrregião e verificar a importância de algumas culturas para a população rural e para a economia agrícola do Estado como um todo.

Na explicação de KARINE & LAURENT (1997; pp. 38-39) , cuja metodologia utilizou o índice de especialização coerente com este trabalho, quando aparece de forma bem didática que, um índice de Gini foi construído para análise. A direita de referência representa uma situação teórica de “não concentração” da produção entre as bacias. Para cada tipo de produto, calcula-se a contribuição de cada unidade geográfica n na produção total européia de i. Este índice é da forma: . Dispõe-se assim, de um nível de concentração de cada tipo de produto agrícola na União européia conforme a tipologia estabelecida. A base de dados está construída por produto, para as trinta bacias de produção para os anos 1983 e 1995 (Tradução de Luiz Gonzaga de SOUSA) .

Mais um instrumento matemático justifica a utilização desse mecanismo para investigar o comportamento das culturas agrícolas paraibanas, cujo trabalho proporcionou grande contributo aos fazedores de política agrícola nas regiões deste estudo.

Pois, ainda se extraiu de HADDAD (1974; pp. 44-45) , como explicativo desse quociente, de um estudo sobre planejamento regional, que o ( ... ) Quocientes locacionais elevados parecem com certeza identificar atividades com alta porcentagem de vendas para fora da cidade; mas quocientes locacionais entre médios e baixos – que são a maioria – não exibem correlação com a proporção de vendas externas; atividades com quocientes locacionais inferiores à unidade, por outro lado, podem ser parte da base econômica urbana. ( ... ).

O mesmo se pode dizer da economia agrícola com o seu processo de venda para outras regiões ou até mesmo para o exterior e isto é fundamental para verificação de que a produção agrícola ainda exerce a sua importância na economia de uma microrregião, estado ou país.

Contudo, para LOPES (1987; p. 55) , em seus estudos sobre localização, ele emprega esta metodologia utilizando o seguinte índice, que expressa o que, quando o padrão é a média, a comparação com ela de cada uma das unidades regionais dá origem a uma razão – um quociente – que em seu sentido lato se pode associar à medida em regra designada por quociente de localização; trata-se de um índice que relaciona a importância relativa de certo indicador em certa região com a importância relativa do mesmo indicador no conjunto das regiões. De outra forma, se for a manifestação do indicador x (v. g. emprego ou produto) no setor j (v. g. setor de atividade da região i), (v. g. distrito), o quociente de localização QL mede-se pela relação.

Mais uma explanação importante no contexto de mostrar a necessidade de usar esta técnica de quantificação do setor agrícola numa microrregião, assim como do Estado com relação ao Nordeste e com relação ao Brasil e do Nordeste com relação ao Brasil.

Numa exploração um pouco mais detalhada, sobre a posição de LOPES (1987; pp. 55-56) , quanto à fundamentação a uma explicação ao problema locacional, tem-se que, o campo de variação de é perfeitamente limitado à esquerda (o seu valor mínimo é zero, a denotar a ausência do setor j na região i) mas não o é à direita, isto é, não se lhe pode apontar um máximo; = 1 é um vetor de referência com interesse, embora signifique apenas que a região se comporta como a média; e quanto mais elevado for QL maior é o grau de localização do fenômeno.

Daí poder-se inserir que um alto índice de localização significa o alto potencial da localidade em trabalhar aquela plantação, ou usufruindo os ganhos de escala, ou das vantagens comparativas que o ambiente proporcione para o desenvolvimento local, onde está se investigando.

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