
			Revista académica de economía  
con 
el Número Internacional Normalizado de 
Publicaciones Seriadas ISSN 
1696-8352
  
  
  
  João André Tavares Fernandes    (CV)
    jfernandes@unicid.edu.br
  Professor do curso de Administração de Empresas da Universidade Cidade de São Paulo
  Cristina Bezerra de Carvalho
  cristina.bezerra@grupoprix.com.br 
   Jéssica Rosário Cançado
  jessicarc_91@hotmail.com 
Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Cidade de São Paulo – UNICID.
  
RESUMO
  O presente artigo tem  como objetivo analisar a importância da avaliação de desempenho dentro das  organizações, quais os benefícios que tal avaliação pode trazer para os  funcionários e para a empresa e também as desvantagens desta avaliação quando  não aplicada corretamente. Foram feitas pesquisas qualitativas, embasadas bibliograficamente  através de livros, artigos, dissertações, teses, dentre outros. Desta forma o  artigo apresenta a fundamentação teórica da avaliação de desempenho, seus  diversos métodos de aplicação, sua influencia nos processos de recursos humanos  nas organizações bem como sua importância dentro das empresas para obtenção de  resultados. Aborda ainda, essa ferramenta como uma estratégia de mercado para  as organizações, destacando sua importância e a necessidade de sua aplicação  para obter vantagem competitiva no mercado além de avaliar a contribuição de  seus colaboradores para alcançar os resultados esperados.
Palavras-chaves: avaliação, desempenho, organizações, avaliador, competência, gestão.
ABSTRACT
  This article aims to  analyze the importance of performance evaluation within organizations, what  benefits such evaluation can bring to the employees and for the company and  also the disadvantages of this assessment when not applied correctly.  Qualitative interviews were conducted, supported Bibliographically through  books, articles, dissertations, theses, among others. Thus this paper presents  the theoretical foundation of performance evaluation, the different methods of  application, their influence on human resources processes in organizations and  their importance within companies to achieve results. Also discusses this tool  as a marketing strategy for organizations, highlighting its importance and the  need for its application to gain competitive advantage in the marketplace and  to evaluate the contribution of its employees to achieve the expected results.
Keywords: evaluation, performance, organizations, evaluator competence, management.
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Tavares Fernandes, J., Bezerra de Carvalho, C. y Rosário Cançado, J.: "A avaliação de desempenho na organização: uma reflexão necessária", en Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 185, 2013. Texto completo en http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/13/avaliador.html
Introdução
      Este  artigo tem como objetivo diagnosticar e analisar a importância da avaliação de  desempenho dentro das organizações buscando mostrar a visão do empregado e do  empregador com relação aos seus benefícios tais como: autoconhecimento, aumento  da produtividade, bonificação para os empregados que se destacam melhoramento  no relacionamento interpessoal, entre outros.
      Nesta perspectiva, a  avaliação de desempenho traz benefícios, mas também desvantagens para ambas as  partes, porém quais são eles?  As  organizações conseguem alcançar seus objetivos aplicando a avaliação de  desempenho?
      A  pesquisa assume como responsabilidade principal abordar a forma como as organizações  aplicam essas ferramentas, se elas realmente alcançam os objetivos e  expectativas esperados pelos empregados e empregadores.
      Para MARRAS (2000, p. 173) “A avaliação de  desempenho (AD) é um instrumento gerencial que permite ao administrador mensurar  os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo, em período e área  específicos (conhecimentos, metas, habilidades etc.)”.
   O  autor contribui dizendo que a avaliação foi criada basicamente para identificar  o nível de CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes) dos empregados, para que  fosse direcionado o tipo certo de treinamento e desenvolvimento a ser  realizado, hoje um pouco mais abrangente, aperfeiçoado para fazer frente as  necessidades surgidas no âmbito do controle administrativo, identificando os  empregados que necessitam de aperfeiçoamento, definição do grau de contribuição  nos resultados da empresa, descobrir o surgimento de novos talentos, facilitar  o autodesenvolvimento, feedback e subsidiar programas de mérito, promoções e  transferências. (2000, p.174)
   Entretanto, segundo HANASHIRO et.al. (2007,  p.315), é preciso tomar precauções para que não haja distorções na aplicação da  avaliação de desempenho, como falta de objetividade no caso da mensuração de  fatores como atitude, lealdade e personalidade, o efeito halo que é a opinião  do avaliador alterada em relação a um determinado funcionário atribuído ao  relacionamento bom ou ruim vivenciado entre eles ou então a leniência que é  quando o avaliador está propenso a ser generoso, dentre outros.
O estudo realizado sobre avaliação de desempenho indica que o  processo de avaliar corretamente um empregado é uma função difícil, pois não  pode ser levado em consideração nenhum fator pessoal. 
      Os erros mais comuns na avaliação de desempenho são: Efeito de  Halo/Horn; Tendência Central; Efeito de recenticidade; Erro Constante  (Complacência/Rigor Excessivo); Erro de “primeira impressão”; Erro de  semelhança (autoidentificação); Erro de fadiga/rotina e Incompreensão do  significado dos fatores de avaliação. 
      Tais erros podem ser evitados se o avaliador tiver uma  postura interpessoal, não deixando envolver seus sentimentos, opiniões  pessoais, intenções e estado de animo no momento da avaliação. O que deve ser  levado em conta é o desempenho, postura do empregado dentro da empresa e o  serviço prestado.
      Tendo  como base os autores citados, acredita-se que a avaliação de desempenho é uma  ferramenta muito importante para as organizações e que sendo bem aplicada pode  valorizar e redirecionar para os devidos setores o banco de talentos na  empresa, trazendo não só realização profissional aos colaboradores quanto  crescimento num geral para a organização.
      O  método de pesquisa do artigo científico será qualitativo, embasada por meio  bibliográfico como: livros, artigos, dissertações, teses, etc. 
      Para  SEVERINO (2007), a pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do  registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos  impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de  categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente  registrados. 
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
A avaliação de  desempenho é uma ferramenta utilizada há muito tempo, onde qualquer organização  ou pessoa que tenha empregados, pelo menos informalmente, procede a algum tipo  de avaliação.
      Em  sua maioria, são aplicadas avaliações formais e informais. As avaliações  formais são aquelas que se pode mensurar e obter resultados, esse sistema tem  um método específico, um padrão, ele é o mais recomendado para a organização,  pois através do mesmo é possível obter uma maior clareza do processo,  proporciona à empresa uma visão melhor de suas estratégias e de como elas estão  sendo aplicadas, além de identificar as deficiências de cada área.
      Já  as avaliações informais não seguem um método específico, são feitas através da  observação dos superiores para identificar se os colaboradores estão produzindo  e trazendo mais resultados para a empresa. Normalmente os funcionários recebem  um feedback elogiando ou criticando seu desempenho.
      No  final da Segunda Guerra Mundial (1945), os órgãos públicos e as grandes  empresas procuraram implantar sistemas informais para esses tipos de avaliação,  porém com o passar dos anos essa diversas formas de avaliação vem sendo modificadas  e aperfeiçoadas para melhor se ajustar as necessidades atuais. 
      Para  entender melhor o que é a avaliação de desempenho precisamos entender  primeiramente o que é o desempenho. 
      Segundo,  RAMALHO (1977, p. 57), entende-se por desempenho o conjunto de ações do  empregado, em dado período de tempo, segundo as descrições de suas tarefas,  previamente estabelecido pela empresa, e do conhecimento pleno de supervisores  e supervisionados.
      Quando  bem gerenciada a avaliação de desempenho pode influenciar a motivação e o  comportamento dos indivíduos. É um meio de desenvolver os recursos humanos da  organização redirecionando os talentos da empresa para os departamentos onde  serão melhor aproveitados.  
      Atualmente  essa ferramenta tornou-se fundamental para um diferencial dentro das  organizações, pois com a globalização econômica os avanços tecnológicos  impuseram uma reestruturação na infraestrutura e gerência das organizações,  fazendo com que o perfil do trabalhador e sua relação com o trabalho mudassem. 
      O  grande desafio dessas organizações é saber lidar com flexibilidade, qualidade,  produtividade e satisfação dos clientes, para isso é preciso que todos os  funcionários estejam alinhados e preparados para alcançar os objetivos e metas  da empresa. 
      De acordo com RIBEIRO  (2005), o desempenho do colaboradorobservado e analisado periodicamente. A instituição verifica quais  foram seus resultados em suas tarefas. Posteriormente, o colaborador recebe  essas informações e busca melhorar seu desempenho visando crescer profissionalmente.
              Em  uma organização, o desempenho dos funcionários é constantemente avaliado,  direta ou indiretamente, pelo próprio colaborador, por seus colegas e também  pelos seus supervisores. Isso tem relação com a tendência natural que o ser  humano tem de julgar uns aos outros. 
              Para se obter uma avaliação mais formal, foram criados  diversos métodos para a aplicação desta avaliação. Dentre os inúmeros métodos  existentes, podemos citar os mais tradicionais utilizados pelas organizações,  comentados por diversos autores (CHIAVENATO, 2000; FRANÇA, 2002; GIL, 2001;  MARRAS, 2000). 
METODOLOGIA SMART
As organizações definem metas para seus  colaboradores com o propósito de cumprir sua missão, porém é necessário que  estes colaboradores estejam engajados e envolvidos diretamente nessas metas e  objetivos estipulados da empresa. Essas metas podem direcionar os funcionários  ao desenvolvimento e sucesso do negócio.
      Pelo fato da definição de metas ser uma parte  importante da avaliação de um colaborador, foi desenvolvida uma ferramenta de  metas denominada SMART. 
      Segundo LIMA NETO (2010), SMART é uma metodologia criada  para guiar a elaboração de metas e objetivos de uma organização. Essa sigla é  proveniente das palavras:
   Specific (Específico): A  categoria “S” dentro da metodologia SMART, propõe que o objetivo            seja específico, ou seja, focado na  resolução de alguma problemática. Esse objetivo, não     deve ser vago – deve ter seus pormenores muito bem definidos.
  Measurable  (Mensurável): O objetivo deve sempre ter medidas quantitativas, para  facilitar             sua avaliação. De  preferência, deve ter algum indicador de desempenho atribuído a si.
   Accurate (Exato): O objetivo deve ter  flexibilidade incorporada ao seu atingimento. Precisa            ser atingível, ou seja, possível.
  Realistic (Realista): Com  esforços, deve ser possível alcançá-lo. A organização deve             fornecer as ferramentas necessárias  para que o colaborador possa atingir o objetivo.
  Time bounded  (Limitado no tempo): O atingimento da meta deve ter um prazo  existente e             desafiador, porém  com tempo o bastante para ser concluído.
  BALANCED SCORECARD
O  Balanced Scorecard (BSC) é uma ferramenta de gestão de desempenho, que pode ser  utilizada pelos gestores para medir o desempenho dos colaboradores, acompanhar e  controlar a execução das metas pela equipe e verificar se estão caminhando no  sentido correto para alcançar o objetivo central da organização. O objetivo do  BSC é identificar as ações que devem ser tomadas para alcançar melhores resultados  para organização e monitorar as consequências decorrentes dessas ações.
      Para  MARTINS et al. (2010):
      De acordo  com Kaplan e Norton (1997), o BSC é um instrumento que mede o desempenho  organizacional em quatro perspectivas (financeira, clientes, processos internos  e aprendizagem/crescimento), permitindo que a organização acompanhe o  desempenho financeiro, monitore e ajuste a estratégia. [...] (p. 23)
Ainda para MARTINS et al. (2010), o BSC é baseado em quatro pilares que refletem a visão e estratégia organizacional:
Perspectiva  financeira – Abrange o crescimento e o perfil da receita, a melhoria  da produtividade e a redução de custos, além da utilização de ativos em relação  a estratégia de investimento.
      Perspectiva  do cliente – As empresas identificam os segmentos de clientes e  mercado nos quais desejam competir, assim, as empresas alinham suas medidas  básicas de resultado relacionados aos clientes, como: satisfação, fidelidade,  retenção, captação e lucratividade, com segmentos específicos de clientes e  mercado.
      Perspectiva  processos internos – Os executivos procuram conhecer os processos  críticos que devem ser melhorados na empresa buscando assim a excelência, a fim  de atender aos objetivos dos acionistas e dos clientes.
      Perspectiva  aprendizagem e crescimento – Trata das habilidades, dos conhecimentos  organizacionais, das capacidades e do comportamento organizacional, os quais  são indispensáveis para a organização se manter competitiva. (p.23 e 24)
O  alinhamento estratégico dentro da construção do plano em uma avaliação de  desempenho é outra forma de garantir a assertividade do trabalho na  organização. Se a empresa dispõe de uma estrutura com missão, visão, valores e  toda forma de cultura corporativa, podemos criar formas de alinhar esses itens  macro a todas as metas individuais dos colaboradores. Dessa forma criamos uma  cascata, atribuindo as responsabilidades área por área. 
      Uma  boa ferramenta que corrobora esse alinhamento é o balanced scorecard. Quando  vinculamos os objetivos e metas a categorias pré-estabelecidas, estamos  alocando todo trabalho aos objetivos da organização como um todo.
A INFLUÊNCIA DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NOS PROCESSOS DE RECURSOS HUMANDOS
As avaliações descritas acima devem ser entendidas como uma forma de  aumentar a competência e não apenas ser uma ferramenta de controle. Com esses  processos é possível corrigir, orientar e incentivar os colaboradores.
      Segundo (ZARIFIAN, apud, FLEURY, 2001, p.187), competência  é a inteligência prática para situações que se apoiam sobre os conhecimentos  adquiridos e os transformam com tanto mais força quanto mais aumenta a  complexidade das situações.
      Já para LEME (2005),  competência é um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes  correlacionadas, que afetam parte considerável de alguém, que se relaciona com  seu desempenho, que pode ser medido segundo padrões preestabelecidos, e que  pode ser melhorado por meio de treinamento e desenvolvimento.
      A gestão por  competências é uma ferramenta onde são avaliados os conhecimentos, as  habilidades e as atitudes do indivíduo, buscando com ela identificar os  talentos que a organização possui e as deficiências dos funcionários, para  posteriormente oferecer recursos de aperfeiçoamento, como por exemplo,  treinamento e desenvolvimento. Com isso o desempenho dos colaboradores gera  melhora, produzindo mais e trazendo resultados positivos para a organização.
      Para algumas empresas  esses processos visam direcionar o colaborador a um planejamento de carreira na  organização, como consequência de resultados positivos baseado em suas  avaliações. 
  “Carreira é uma sequencia de atitudes e  comportamentos, associados com experiências e atividades relacionadas ao  trabalho, durante o período de vida de uma pessoa” (DUTRA apud HALL 1996, p. 17).
      Já para SOUZA (2005,  p.63), “A carreira é uma coisa que se sonha, planeja e constrói. Ninguém nasce  pronto. Cada qual, respeitadas as suas tendências, traz dentro de si potencial  especifico para desenvolver a própria carreira e alcançar sua realização até a  plenitude”. 
      A partir das  definições citadas acima é possível entender melhor a definição da palavra  carreira, que nada mais é que um caminho a ser trilhado por uma pessoa  relacionado à sua vida profissional.
      O planejamento de  carreira é o resultado do esforço do colaborador em todos os processos de  gestão por competências e avaliações de desempenho é a superação de suas  limitações profissionais e pessoais. 
      Segundo BASTOS FILHO  (2000, p.63), o planejamento de carreira é um trabalho de preparação que segue  um roteiro e um método adequado, essa preparação que o profissional faz deve-se  partir do seu sonho pessoal e do seu autoconhecimento, buscando maneiras de  libertar-se de suas limitações, condicionamentos e fragilidades.
      Um  modelo que sintetiza de forma genérica as proposições de diversos autores para  planejamento de carreira é apresentada por (LONDON e STRUMPH, apud, DUTRA, 1996, p. 26). Segundos  esses autores, o planejamento de carreira depende de três tarefas de  responsabilidade do individuo:
Tais  autores afirmam que cada indivíduo pode conduzir seu próprio plano de carreira,  mas é necessário que a pessoa reconheça seus pontos fortes e fracos, qualidades  e defeitos, para então formar um perfil de si próprio e traçar uma meta para  sua carreira profissional.
              A  carreira do indivíduo não depende apenas de suas atitudes, mas também das  oportunidades oferecidas pela empresa. O colaborador precisa saber onde  pretende chegar analisando se é possível alcançar seu objetivo dentro da  organização, através dessa análise o empregado identificará se a organização  oferece as ferramentas necessárias para alcançar seus objetivos profissionais  ou não.
      A avaliação de desempenho como citado anteriormente, faz parte de  uma cadeia da gestão de recursos humanos, entre os processos que compõem essa  gestão estão o treinamento e a remuneração, tais fatores estão agregados aos  valores da organização. 
      O  treinamento é a ferramenta para melhoria do desempenho dos funcionários dentro  da organização, ou seja, as empresas oferecem treinamentos aos colaboradores  visando seus planos estratégicos. Através da avaliação é possível identificar  as necessidades destes treinamentos e as dificuldades dos empregados ao  desenvolver suas funções. 
      O  treinamento é uma forma de investimento no quadro de funcionários, pois é  possível desenvolver colaboradores competentes ao cargo e melhorar sua  contribuição para com os objetivos da empresa.
      DESSLER  (2013, p.140) diz que, “o treinamento também é utilizado para integração/socialização  do funcionário ao novo cenário profissional ou até mesmo para reciclagem dos  antigos.”.
      Para  Gil (2001):
      O  treinamento refere-se ao conjunto de experiências de aprendizagem centradas na  posição atual da organização. Trata-se, portanto, de um processo educacional de  curto-prazo e que envolve todas as ações que visam deliberadamente ampliar  capacidade das pessoas para desempenhar melhor as atividades ao cargo que  ocupam na empresa. (p.122).
 A remuneração é um dos principais fatores na  procura de um emprego, por isso as organizações preocupam-se em realizar uma  estratégia para definir a remuneração mais compatível com os valores atribuídos  a cada colaborador. 
      Nesta  perspectiva, RIBEIRO (2005, p.266) aponta a remuneração como base onde se obtém  condições de suprir as necessidades básicas na sociedade. O pagamento referente  a prestação de serviços nomeia-se por diversos nomes estratégicos tais como:  salário e honorários etc. O salário é o mínimo a receber do serviço e a  remuneração é o acompanhamento, ou seja, os benefícios.
      A  remuneração é a compensação pela prestação de serviço do profissional para a  organização. Existem dois tipos de remuneração mais utilizadas nas empresas,  são elas:
Remuneração  Fixa- Também chamada de salário-base, é o valor mínimo que o funcionário recebe  a cada mês e que serve de referência para vários cálculos trabalhistas, como  por exemplo, as horas extras; no Brasil, não pode ser inferior ao salário  mínimo legal.
      Remuneração  variável: Inclui bônus, comissões, plano de participação nos lucros ou  resultados etc.
      Benefícios  – Também denominados remuneração indireta, incluem benefícios obrigatórios por  lei; A remuneração fixa, a remuneração variável e os benefícios formam juntas,  a chamada remuneração total ou remuneração global do funcionário. ACADEMIA  PEARSON (2010, p.166). 
   
      Para  MARRAS (2012), atualmente algumas organizações praticam pelo menos algum tipo  de remuneração estratégica, tais empresas acreditam que esse tipo de  remuneração consegue energizar a organização ao ponto de oferecer o que falta  para obtenção de um nível de produtividade maior e provocar mudanças favoráveis  nos resultados da empresa.
      A  remuneração por desempenho também pode ser uma alternativa estratégica para a  motivação dos colaboradores, porém é preciso que tenha uma boa gestão de  Recursos Humanos para que essa estratégia seja realizada de maneira correta e  justa. 
      Diante  deste contexto, pode-se dizer que, a remuneração é um grande incentivo de  motivação aos funcionários e o induz ao cumprimento dos objetivos e metas da empresa,  bem como no aumento de sua produtividade. Porém, as remunerações devem estar de  acordo com as leis trabalhistas, com a política de cargos e salários da empresa  e com os valores praticados no mercado, com todas essas estratégias alinhadas é  possível reter seus talentos na empresa e atrair novos com melhores  qualificações, buscando assim obter reconhecimento e vantagem frente ao mercado  competitivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A  avaliação de desempenho é uma ferramenta que vem sendo utilizada pelas  organizações, com a concorrência do mercado fica ainda mais claro que as  organizações precisam adotar uma estratégia para obter vantagem competitiva.  Tal estratégia está relacionada a qualificação do quadro de funcionários.
      Conforme  visto neste artigo, existem vários métodos para se avaliar o desempenho de um  funcionário, porém para que se obtenha um resultado positivo é necessário que a  organização estabeleça objetivos a serem alcançados e se aplicadas corretamente  podem gerar benefícios para o avaliado, avaliador e para a organização. 
      São  muitos os benefícios obtidos em uma avaliação de desempenho, através deste é  possível mensurar o grau de contribuição de cada colaborador promovendo  treinamentos e aperfeiçoamentos adequados para aqueles que apresentam  necessidade, remanejamento de funcionários entre departamentos, além de  estabelecer uma visão clara dos objetivos estratégicos da organização através  de feedback do avaliador, com isso o avaliado consegue investir mais em seu  desenvolvimento, melhorando assim o seu desempenho. 
      Outra  vantagem é a remuneração que envolve bonificações e premiações para aqueles  funcionários que se destacam nas avaliações, isso faz com o que o avaliado se  sinta motivado a continuar desempenhando seu trabalho visando os objetivos da  organização e sendo reconhecido profissionalmente.
      Esses  benefícios agregam à organização um quadro de funcionários qualificados,  competentes e comprometidos com suas funções, fazendo com que ela se destaque  no mercado e que atraindo e retendo talentos.
      Porém,  se cada método não for aplicado corretamente pode haver desvantagens em se  utilizar a avaliação de desempenho.
Antes de formular um sistema de avaliação do desempenho na organização, as pessoas envolvidas precisam decidir aquilo que pretendem fazer com as informações a serem geradas por ela. A falta de clareza quanto aos objetivos da avaliação do desempenho tem sido uma das mais freqüentes causas de seu insucesso (BAUMGARTEN, 2000; BÖHMERWALD, 1996).
Uma  das principais desvantagens é o efeito halo,MARRAS  (2000):
  “É  a tendência que o avaliador imprime ao processo de avaliação quando se deixa  levar por alguma característica do avaliado, que o marcou de forma tão  significativa que lhe impede de interpretar as demais características com  neutralidade e clareza.” (p.179).
      De  maneira geral, o efeito halo ocorre quando o avaliador simpatiza ou não pelo  avaliado, tal efeito causa uma interferência muito grande na avaliação, pois  seu avaliador terá sempre uma opinião positiva ou fará um julgamento errôneo,  isso faz com o que gere muitos erros e interpretações equivocadas sobre o  avaliado, por isso, o avaliador deve ter maturidade profissional para assim  conseguir separar o emocional, do ético e profissional.
      Os  erros cometidos na aplicação da avaliação, a falta de imparcialidade dos  participantes, bem como a falta de objetividade da avaliação também contribui  para o insucesso deste processo estratégico da empresa. 
      Muitas  dessas avaliações não dão um feedback que os avaliados tanto esperam, gerando a desmotivação dos funcionários. Já que  essa avaliação foi feita de forma inadequada misturando sentimentos pessoais ao  invés de avaliar o profissional pelo lado produtivo e eficiente. Quem avalia  também cria incentivos para que o desempenho seja eficiente, mas depende do CHA  (conhecimento, habilidade e atitude) por parte do funcionário.
      A  avaliação de desempenho requer um planejamento e este processo é adquirido à  longo prazo, porém muitas empresas não tem o tempo adequado para elaborar um  plano, analisar os resultados e fazer as mudanças necessárias, fazendo com o  que todo o processo seja trabalho jogado fora.
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