Contribuciones a la Economía


"Contribuciones a la Economía" es una revista académica con el
Número Internacional Normalizado de Publicaciones Seriadas
ISSN 1696-8360

 

LOGISTICA E GESTAO DE ESTOQUES

 

Lais Santos da Silva (*)
Luciane da Silva Gomes (**)
lusilvapel1@gmail.com  
 

 

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo analisar o processo logístico, dando uma maior ênfase ao controle de estoque, identificando a importância que um estoque significa no equilíbrio entre compra e venda, buscando reduzir ao máximo as quantidades de produto mantidas, diminuindo a imobilização do capital de giro e os processos para melhor gerenciar. Desta forma o trabalho abordará conceitos de logística e estoque e os níveis. Sendo útil para qualquer empresa que trabalha com a venda de qualquer produto o direcionamento adequado dos estoques, como fator determinante para seu sucesso e planejamento. Podendo atender a demanda e com isso acarretar lucros para a empresa, proporcionando aos seus clientes um atendimento com maior eficiência e eficácia.

Palavras-chave: Logística – Estoque – Controle - Processos
 


Santos da Silva y da Silva Gomes: "Logistica e gestao de estoques" en Contribuciones a la Economía, diciembre 2009 en http://www.eumed.net/ce/2009b/


1. Logística

Atualmente no Brasil, devido à grande competitividade, as empresas estão na busca de métodos logísticos para melhor gestar, aperfeiçoando seus processos e assim também diminuindo custos. Porém nem todas as empresas conseguem chegar aos resultados esperados, é preciso muita dedicação e o dimensionamento adequado dos seus estoques.

Neste sentido, é necessário que a empresa busque processos de padronização que facilitem o controle de estoque, podendo assim atender rapidamente a cada pedido solicitado, mantendo uma relação de confiança com seus clientes. Nos estoques, quando lotados, é possível notar que escondem erros que muitas vezes acabam sendo descobertos na hora da venda. Portanto as empresas já podem contar com diversos programas que melhoram o fluxo dos estoques tornando mais fácil chegar ao resultado esperado.

Analisando assim, como funciona o controle logístico e as dificuldades encontradas, e comparando com a realidade da empresa.

Apesar de a logística ser um tema moderno, ela já era utilizada pelos militares desde os tempos bíblicos para o deslocamento de recursos, armazenagem e distribuição. Atualmente as empresas, tanto públicas como privadas, a adotam como uma vantagem competitiva, na busca de melhor agilidade e assim expandir seu mercado.

De acordo com Ballou (1993, p. 17):

Logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimenttação e armazanamento que visam facilitar o fluxo de produtos. A Logística é um assunto vital. É um fato econômico que tanto os recursos quanto os seus consumidores estão espalhados numa ampla área geografica.

Através da logística as empresas podem reunir informações mais rapidamente a respeito de seus processos, e também manter um equilíbrio conforme a demanda, pois se a empresa demorar a reagir, o reflexo será a perda de vendas.

Conforme Bowersox, Closs (2001, p. 21):

O gerenciamento logístico inclui o projeto e a administração de sistemas para controlar o fluxo de materiais, os estoques em processo e os produtos acabados, com o objetivo de fortalecer a estratégia das unidades de negócios da empresa.

Levando em consideração que o objetivo principal da logística é ter os produtos e serviços no local desejado e no momento em que é solicitado com o menor custo possível. É preciso ter o domínio do fluxo de material e os serviços, gestando de forma conjunta todas as atividades logísticas da empresa.

O principal desafio da empresa para Bowersox, Closs (2001, p.20) é:

[...] coordenar o conhecimento específico de tarefas individuais numa competência integrada concentrada no atendimento ao cliente. Na maior parte das situações, o âmbito desejado dessa coordenação transcende a própria empresa e amplia-se para incluir clientes, assim como fornecedores de materiais e de serviços. Em sentido estratégico, o executivo principal de logística assume a iniciativa de expandir as fronteiras empresariais para facilitar o efetivo relacionamento na cadeia de suprimento. O que faz a logística contemporânea interessante é o desafio de tornar os resultados combinados da integração interna e externa numa das competências centrais da empresa.

Conforme mencionado pelo autor, além dos resultados combinados, as empresas devem estar sempre atentas às ameaças e oportunidades que o mercado oferece para poder se estabelecer nas melhores condições e usando a logística como auxílio para melhorar o fluxo da informação. O que para Bowersox, Closs (2001, p.175) “inclui pedidos de clientes de ressuprimento, necessidade de estoque, programação de atividade dos depósitos, documentação de transporte e faturas” e, com isso, todos envolvidos na organização terão a informação e o tipo de necessidade da empresa e buscam os melhores métodos de gerenciar seu sistema logístico.

Outro cuidado que as empresas devem ter está relacionado com a qualidade dos serviços oferecidos, necessitando dar informações ao cliente sobre seus produtos, mostrar a qualidade, informar sobre seus preços e ainda criar um diferencial no mercado.

Desta forma a logística auxilia na fidelidade de clientes que procuram essa instituição, pois saberão que o produto solicitado estará à disposição na quantidade e no momento em que desejarem.

Conforme Novaes (2004, p. 14):

A relação de confiança e parceria entre o consumidor e o varejista, embora se apoiando na atenção pessoal, no profissionalismo e na honestidade do comerciante, vai depender em muito do desempenho logístico da cadeia de suprimento no seu todo.

E completa:

Qualquer deslize nas operações logística, seja um desentendimento entre dois elementos da cadeia percebido pelo consumidor, seja um atraso não justificável, seja uma falta de cortesia por parte do motorista que faz a entrega, ou por parte do instalador, tudo isso vai se somando negativamente, e depondo contra os esforços de venda e de marketing das empresas participantes.

Contudo é necessário ainda mais preocupação por parte das empresas de um bom planejamento, buscando o aperfeiçoamento continuo dos processos e diante de tantas variações de mercado, envolvendo todos os colaboradores e avaliando as necessidades que cada componente do processo necessita, por serem eles que produzem o sucesso da empresa.

Segundo a Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML), (apud Novaes, 2004, p. 328):

O operador logístico é o fornecedor de serviços logísticos, especializados em gerenciar todas as atividades logísticas ou parte delas, nas várias fases da cadeia de abastecimento de seus clientes, agregando valor aos produtos dos mesmos, e que tenha competência para, no mínimo, prestar simultaneamente serviços nas três atividades consideradas básicas: controle de estoque, armazenagem e gestão de transporte.

Considerando o grande número de pessoas envolvidas no desempenho logístico, através de uma padronização dos processos diminuiriam muitas falhas cometidas no dia-a-dia e ainda reduziriam custos dos processos que teriam que ser refeitos pelo mau desempenho, ou seja, evitaria o retrabalho.

Para que o serviço logístico seja eficiente as empresas buscam proporcionar treinamentos para os colaboradores, assim atingindo seus objetivos. Entretanto, se ficar estagnado acaba saindo do mercado, pois os clientes estão cada vez mais exigentes e não aceitam erros. Se um produto solicitado chegar com atrasos e/ou com defeito a imagem da empresa estará manchada para este cliente e, diante desta situação, ele poderá não indicar a empresa para outros possíveis compradores.

Por fim a logística está sendo aprimorada a cada dia, trazendo muitos facilitadores para as empresas, ou seja, basta elas planejarem e utilizarem os recursos da melhor forma em seus processos para chegar ao sucesso.

2. Estoque

Estoque é um dos setores que exerce papel de suma importância dentro de uma empresa, por ser ele que mantém todos os produtos necessários para seu funcionamento, tornando-se essencial em uma gestão eficiente.

Ainda, há empresas que necessitam ter maior volume de estoque do que outras; isso dependerá do tipo de produto que ela trabalha e da demanda. Desta forma torna-se primordial manter a rotatividade dos produtos. Conforme Barbieri (2006, p. 35) “os estoques são constituídos por todos os itens de materiais destinados à venda, ao processamento interno e ao consumo concernentes às atividades fins da organização”.

Segundo Ballou (1993, p. 204) “o controle de estoque é a parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa”.

As empresas precisam analisar o tipo de serviço que será oferecido, quantos e quais produtos serão mantidos em estoque periodicamente, pois a demanda varia conforme o tempo e, além disso, novos produtos são lançados a todo o momento, tornando-se ainda mais necessário um bom controle para que os processos não escondam falhas e a empresa possa lucrar mais.

Conforme Bowersox, Closs (2001, p. 255) “controle de estoque é um processo rotineiro necessário ao cumprimento de uma política de estoque. O controle abrange as quantidades disponíveis uma determinada localização e acompanha suas variações ao longo do tempo”.

Portanto, não é fácil controlar um estoque. É preciso muita disciplina para que não ocorram perdas de vendas por falta de materiais, e ainda a insatisfação do cliente, como também manter materiais em grandes quantidades que acabam imobilizando o capital de giro e resultando no aumento dos custos de manter-se. Com uma grande quantidade de material parado o lucro irá reduzir e a empresa terá que esperar a venda para poder obter o lucro e ainda tem os custos de manter esse estoque, tais como obsolescência, roubos, danos, seguros, impostos e ainda se o estoque for mantido por empréstimos haverão os juros bancários.

É preciso então, buscar um equilíbrio entre as quantidades de materiais a serem adquiridos, levando em consideração os custos de mantê-lo. Se o estoque tiver um bom funcionamento, a empresa terá uma previsão de demanda facilitando na hora da compra.

Há críticos que consideram os estoques como desperdício, como, por exemplo, Ballou (2001, p. 251) para quem os estoques “absorvem capital que poderia ser destinado a usos melhores, como para melhorar a produtividade ou a competitividade”. Todavia nota-se que não há previsão para o dia de amanhã e que imprevistos podem ocorrer, como atrasos das distribuidoras, roubos de carga, enchentes e o fato de as mercadorias não chegarem ao destino, mesmo porque a demanda não é sempre a mesma.

Por esses dentre outros motivos entende-se que é quase impossível trabalhar sem estoque, pois qual empresa irá querer deixar de produzir ou de vender devido ao produto não estar disponível na empresa.

Dessa linha de pensamento participa Novaes (2004, p. 328), para quem “sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda final do produto”. Neste sentido entende-se que todas as decisões tomadas neste setor se refletirão no desempenho das empresas, e se eles precisarem de um determinado material para produzir e não dispuserem dele a produção irá parar e a entrega irá atrasar. Isso não é difícil ocorrer, devido ao mau planejamento ou atraso do fornecedor na entrega, trazendo prejuízo para a empresa podendo esta até perder o cliente devido a esta falha.

Então, para organizar um setor de controle de estoque conforme Dias (2008, p. 25) é necessário:

a) determinar “o que” deve permanecer em estoque: número de itens;

b) determinar “quando” se devem reabastecer os estoques: periodicidade;

c) determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado: quantidade de compra;

d) acionar o departamento de compra para executar a aquisição de estoque: solicitação de compra;

e) receber, armazenar e guardar os materiais estocados de acordo com as necessidades;

f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor; fornecer informações sobre a posição do estoque;

g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados;

h) identificar e retirar do estoque os item obsoletos e danificados.

Se a empresa assim gestar, ela terá um sistema logístico preciso e com informações corretas a respeito dos estoques, mantendo somente quantidades de materiais necessários, atendendo a demanda da empresa, mantendo a rotatividade dos materiais e aumentando o lucro.

2.1 Funções dos Estoques

As funções dos estoques são dispor de um produto ou serviço para o cliente com os custos do fornecimento o mais acessível possível. A empresa, tendo o conhecimento de seus estoques com precisão, não deixará faltar o produto para a produção, e poderá avaliar a necessidade de investimento para que o sistema específico alcance seus objetivos.

Para Bowersox, Closs (2001, p. 226) as quatro principais funções desempenhadas pelos estoques são: “especialização geográfica, estoques intermediários, equilíbrio entre suprimento e demanda e gerenciando incertezas.”.

No caso da especialização geográfica a empresa pode contar com alguns fornecedores localizados nas proximidades da empresa ou que possuem estoque com uma gama de diversos produtos, podendo, contudo, serem adquiridos vários tipos de produtos de um mesmo fornecedor e assim poderá fabricar de modo mais econômico, diminuindo custos para manter estoque como também com transporte.

Estoques intermediários: os produtos são fabricados e distribuídos em lotes maiores que a demanda, reduzindo custos com transporte, onde a fabricação é feita por partes para depois serem vendidos.

Equilíbrio entre suprimento e demanda: significa ter o planejamento de certo produto que é vendido em maior quantidade em certa época do ano para que não haja faltas nem sobra para a estação seguinte.

Gerenciando incertezas: significa a incerteza das vendas futuras, sendo que o estoque de segurança auxilia com certo grau de segurança nessa função.

As empresas podendo contar com estas funções poderá produzir e vender sem grandes preocupações, pois poderão contar com os materiais necessários na hora que for preciso, necessitando somente de um bom gerenciamento para estimar a demanda de certo produto em um intervalo de período.

2.2 Avaliação de Estoque

Além de avaliar o tipo e função, a empresa também deverá analisar os diferentes métodos de avaliação de estoque para verificar a quantidade de material e o capital investido. Conforme Dias (2008, p. 159) são:

a) A avaliação feita através do custo médio é a mais freqüente. Tem por base o preço de todas as retiradas, ao preço médio do suprimento total do item em estoque. Este método age como um estabilizador, pois equilibra as flutuações de preços; e, a longo prazo, reflete os custos reais das compras de material.

b) Primeiro a entrar, Primeiro a sair ( First in, First out). A avaliação por este método é feita pela ordem cronológica das entradas. Sai o material que primeiro integrou o estoque, sendo substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido, devendo seu custo real ser aplicado.

c) Último a entrar Primeiro a sair (Last in, First out). Esse método de avaliação considera que devem em primeiro lugar sair as ultimas peças que deram entrada no estoque, o que faz com que o saldo seja avaliado ao preço das últimas entradas. É o método mais adequado em períodos inflacionários, pois uniformiza o preço dos produtos em estoque para venda do mercado consumidor.

d) A avaliação pelo custo de reposição: tem por base a elevação dos custos em curto prazo em relação à inflação.

Na avaliação pelo custo médio a empresa não sairá lucrando mais do que sua margem de lucro nem perdendo, devido à media entre os valores primeiro e ultimo adquiridos tendo um valor real. O método PEPS é muito utilizado pelas empresas que trabalham com produtos que tenham validade, assim reduzindo as perdas por este prazo, e o valor de cada um dos produtos será mantido conforme o valor adquirido. Já o método UEPS, por ser o último produto a entrar em estoque deve ser o primeiro a ser vendido, mantém o valor do último produto adquirido para a venda, e os já existentes em estoque com o valor real de cada produto. Já o custo de reposição, mesmo que em um período não sejam adquiridos produtos, corre o risco de que se o mercado sofrer uma elevação o mesmo acompanha esta inflação.

Assim todos os métodos têm suas vantagens, deixando a escolha a critério da empresa para que resolva quais os métodos que serão próprios em seus processos para, dessa forma, começar a implantar resultando assim em melhor lucratividade e menores perdas.

3. Conclusão

A logística é um tema utilizado há muito tempo, porém ela vem se aperfeiçoando a cada momento e se tornando muito importante como uma estratégia competitiva e para o gerenciamento adequado das empresas podendo, assim, diminuir seus custos e eliminar processos que não agreguem valor para o cliente.

Em empresas que mantém um grande número de variedades de materiais em seus estoques verifica-se a importância de um sistema logístico sincronizado desde o momento da compra até sua movimentação e venda. Os clientes sabem de seus direitos e exigem produtos no momento que solicitam, e se a empresa não oferecer isto, pode acabar na perda da venda, pois o cliente vai na busca de seu produto e comprar na concorrente, o que faz com que ele fique com uma imagem negativa da empresa que não pode lhe atender.

Por fim conclui-se que o gerenciamento adequado de estoques tem obtidos resultados ótimos bem como a posição da empresa no mercado devido a organização e mensuração adequada dos estoques.

REFERENCIAS

BALLOU, Ronald H., Gerenciamento da cadeia de suprimento: planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BARBIERI, José Carlos; MACHLINE, Claude. Logística hospitalar: teoria e prática. São Paulo: Saraiva, 2006. 325p.

BOWERSOX, Donald J; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. 594p.

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 336p.

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: resumo da teoria, questões de revisão, exercício, estudo de casos. 3. ed. Compacta São Paulo: Atlas, 1990. 270p.

NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 408p.

NOTAS

1. Aluna Gestão Hospitalar - Anhanguera Educacional S/A

2. Professora orientadora Anhanguera Educacional S/A


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