Tesis doctorales de Economía

 

TURISMO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: UMA ANÁLISE URBANO-REGIONAL BASEADA EM CLUSTER

Jorge Antonio Santos Silva

 

 

 

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2.1.5 Paul N. Rosenstein-Rodan – Teoria do grande impulso (big push)

Contrapondo-se à abordagem gradualista e incrementalista da teoria tradicional e estática do equilíbrio, na condução de políticas de promoção do desenvolvimento econômico, surgiu entre as décadas de 1940 e de 1950, uma outra vertente analítica denominada teoria do desenvolvimento, cujo argumento central residia na consideração de que o desenvolvimento consiste em uma série de saltos descontínuos (natura facit saltus).

Um dos primeiros defensores desta nova teoria a destacar a importância das descontinuidades da vida econômica (economias externas) no processo de desenvolvimento foi Rosenstein-Rodan (Theory of the “Big Push”, 1957).

As relações funcionais entre os fatores causais no crescimento econômico estão repletas de indivisibilidades e descontinuidades, o que torna necessário um esforço mínimo ou um forte empurrão [big push] com o objetivo de superar a inércia inicial da economia estagnada e conseguir colocá-la em movimento visando alcançar níveis mais elevados de produtividade e renda, [tradução livre nossa]. (HIGGINS, 1970, p. 378).

Segundo Souza (1999), Rosenstein-Rodan, era partidário da idéia de que para tirar uma economia da estagnação e promover o seu desenvolvimento era necessário a realização de um conjunto de investimentos em uma gama variada de indústrias, promovendo-se verdadeiro ataque frontal, [visando provocar] um grande impulso na economia (big push), de sorte que os novos trabalhadores constituiriam mercado para as novas atividades. (SOUZA, 1999, p. 237).

Com diversas indústrias sendo criadas em simultâneo, cada uma delas encontraria mercado na própria região, por ocorrer uma expansão interna da massa salarial e pelo efeito-renda sobre o consumo. Neste contexto, verificaria-se a lei de Say, pois a demanda iria crescer em função do aumento da oferta.

Para Rosenstein-Rodan, as economias externas constituem o eixo de diferenciação entre a teoria estática e a teoria do crescimento, onde assumem extrema importância. Ele distingue três classes de indivisibilidades e economias externas:

 indivisibilidades da função de produção (da oferta), especialmente as relacionadas à oferta de capital de utilidade pública – infra-estruturas (indivisibilidade do capital);

 indivisibilidade da demanda (complementariedade da demanda – reduzindo o risco de não haver mercado e incrementando o incentivo a investir, verificação da lei de Say);

 indivisibilidade na oferta de poupança.

Por tais motivos, o atuar pouco a pouco, passo a passo, não terá como efeito total a soma dos fragmentos ou das partes. Uma quantidade mínima de investimento é uma condição necessária (mas não suficiente) para o progresso. Tal é, em duas palavras, o argumento básico da teoria do forte empurrão ou impulso [big push], [tradução livre nossa]. (ROSENSTEIN-RODAN, 1957, apud HIGGINS, 1970, p. 379).

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