Tesis doctorales de Ciencias Sociales

SUBSÍDIOS PARA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O TURISMO NO ESPAÇO RURAL NA ROTA DAS TERRAS-RS

Paulo Ricardo Machado Weissbach





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2.2 Em busca de um conceito para o turismo no espaço rural

O curso atual da humanidade remete para uma globalização econômica em que as comunicações se apresentam ágeis e os processos produtivos se aproveitam de um progresso significativo das tecnologias. Em um mundo de produção massificada e em larga escala, a valorização do pequeno, do exótico e raro, do natural e das individualidades locais não é tão paradoxal porque leva ao entendimento de que o contraponto é necessário. Assim, a “[...] representação do campo [...] como símbolo de liberdade, paisagem, beleza e saúde, tem dado origem à emergência de novas procuras e comporta potencialidades que podem e devem ser aproveitadas a favor do mundo rural”. (CRISTOVÃO, 2002, p. 81). Ainda segundo o mesmo autor:

Face às experiências de vida na cidade e ao mundo globalizado e tendencialmente homogêneo, as idéias construídas sobre o quotidiano no campo, o contato com a natureza e as culturas tradicionais, traduzem-se numa revalorização social do rural e do local e induzem uma busca do singular, do específico, do autêntico. O espaço rural ganha, por este meio, um crescente valor simbólico e assume uma legitimidade diferente da legitimidade alimentar do passado [...]. É, na essência, uma legitimidade fundada na representação dos campos como locais de liberdade, beleza, segurança e saúde, de pertença e enraizamento (CRISTOVÃO, 2002, p. 84-85).

Conseqüentemente, o turismo no espaço rural significa, para o turista, uma experiência diferente do seu dia-a-dia e fortemente calcada no imaginário do rural. Além do que, o espaço rural (ou campo na linguagem do senso comum), já vem servindo, há algum tempo, para o estabelecimento de sítios de lazer, segundas residências ou condomínios rurais, isto em razão da tranqüilidade e da suposta qualidade de moradia superior dos ambientes não urbanos. Solla (2002, p. 112) afirma que o turismo no espaço rural não é novo, visto que numerosos são os exemplos de utilização do campo para descanso na Grécia antiga. Recente é, pois, o estudo do turismo no espaço rural.

Uma característica marcante do turismo no espaço rural é a questão da peculiaridade das regiões rurais. O modo de produzir a existência humana nessas áreas é o diferencial que atrai os citadinos para o ambiente rural. Em outros termos, é dizer que o turismo no espaço rural se diferencia do modelo de produção em massa, pois os serviços não são prestados tal como no ambiente urbano. Isto significa que no espaço rural é possível ser encontrado um turismo que não é massificado porque resulta de uma singularidade local. A tendência mundial tem sido da padronização da produção. Aproveitando o avanço tecnológico, a produção em grande escala reproduz objetos e situações semelhantes umas das outras. A padronização contraria a singularidade e os produtos, por uma questão de economia de custos e aumento do ganho financeiro, cada vez se parecem mais. São consumidos os mesmos produtos nas mais variadas partes do planeta, fortalecendo a idéia da “aldeia global”. Com a atividade turística ocorre o mesmo. Os parques temáticos reproduzem “lugares”, simulam situações, inebriam os sentidos de um modo que tanto faz estar em Orlando, na Flórida, quanto no interior de São Paulo, ou em algum lugar da Indonésia. De maneira análoga, o turismo de massa cria espaços desterritorializados ou não-lugares, segundo Marc Augé (1994, p. 36). No revés disto, o turismo no espaço rural apresenta-se como uma alternativa de se ter um convívio com o singular, com um espaço impregnado de particularidades e significados que só fazem sentido no âmbito do lugar.

No Brasil, o turismo rural vem sendo estudado por autores como Almeida (1997; 1999) e Rodrigues (1998; 2000), entre outros, que são unânimes em apontar a atividade como uma possibilidade viável no contexto das produções econômicas do mundo rural, razão pela qual se verifica a necessidade de ordenações no setor. Neste contexto, o setor público assume importância relevada, já que ele é o coordenador das atividades de planejamento que possibilitam a realização do turismo, enquanto que à iniciativa privada cabe o empreendimento nos projetos turísticos. Todavia, “[...] o poder público pode desestimular a iniciativa privada ao criar instrumentos legais sem captar a fundo a essência da atividade turística [...]”, quer dizer, as políticas públicas de turismo devem estar “[...] coordenadas com as demais políticas setoriais afins [...]” e serem usadas para um planejamento coerente e eficaz no que tange à busca do desenvolvimento local (ALEXANDRE, 2003, p. 1).

Então, com a finalidade de definir as bases de estudo desta pesquisa caminha-se para a busca de um conceito para o turismo no espaço rural, uma dificuldade contemporânea polêmica porque traz em seu âmago uma questão primordial na consideração de um fenômeno: a atividade é relativamente nova em termos de estudos acadêmicos. É assim que muitas analogias não podem ser ainda feitas. Se, sob a ótica acadêmica o turismo no espaço rural é recente, como uma atividade turística vem sendo desenvolvida desde remotos tempos.

Há de considerar, também, as várias abordagens sob as quais o fenômeno é estudado. Existem estudos geográficos, ecológicos, econômicos, sociológicos, entre muitos, que se preocupam com o turismo no espaço rural. Sob um ponto de vista essas múltiplas abordagens são úteis, pois permitem uma focalização multidisciplinar. De outro modo, ao concentrar-se exclusivamente em uma área do conhecimento, o estudo tende para uma especialização excessiva e para uma visão disciplinar do fenômeno turístico.

Talvez a maior dificuldade em se conceituar o turismo realizado no espaço rural, afora as várias modalidades possíveis e nomenclaturas existentes, seja o fato da “[...] própria indefinição do que é o mundo rural”. (BRICALLI, 2003, p. 61). A questão da dicotomia entre o rural e o urbano, já tratada anteriormente, mostrou que a discussão não se encontra encerrada, muito pelo contrário. Assim, a busca por um conceito de turismo no espaço rural, já parte de uma incerteza. Esta incerteza, no entanto, não serve de limitador à pesquisa e à produção de trabalhos acadêmicos tem provado diferente.

Para se chegar ao conceito de turismo no espaço rural é prudente verificar um outro conceito que vem sendo utilizado com maior freqüência e que tem confundido algumas definições: turismo rural. O turismo rural tem sido conceituado como “[...] a atividade turística correlacionada a atividades agrárias, passadas e presentes, que conferem à paisagem sua fisionomia nitidamente rural”. (RODRIGUES, 2000, p. 54). Também tem sido apontado como uma alternativa para os proprietários rurais, visto as especificidades próprias do espaço rural e de seus prováveis atrativos, sobretudo em relação a um visitante urbano. Calatrava citado por Almeida e Blós (1997, p. 43) observa:

[...] el especial interés que adquiere la demanda de turismo en zonas rurales, motivada por una creciente valoración, en las sociedades urbanas, de la vida en contacto con la naturaleza y una apreciación de los valores culturales de las sociedades rurales.

Assim, a definição do turismo no espaço rural tem variado segundo os interesses que norteiam a sua abordagem, ou seja, os estudiosos prendem-se a questões estruturais, semânticas e de ordem sistematizadora. Já os investidores e pessoas ligadas à sua exploração, que seguem os rumos econômicos, são pragmáticos, no sentido de uma solução imediata. O Centro de Produções Técnicas, de Viçosa-MG, organismo voltado para a organização de material didático para investidores, conceitua o turismo rural como “[...] um turismo que atende a uma clientela turística atraída pela produção e consumo de bens e serviços no ambiente rural produtivo”. (HOSKEN; VIGGIANO, 1997, p. 7).

De forma genérica (pela imprecisão e falta de parâmetros delimitadores), o turismo no espaço rural tem sido chamado extensivamente de turismo rural. Tulik (2003, p. 11) explica que alguns autores já questionam a utilização genérica do termo turismo rural, dizendo que ele se refere exclusivamente ao turismo ligado ao conteúdo rural, excluindo outras formas de turismo.

Pimentel coloca que turismo no espaço rural engloba todas as explorações turísticas no meio rural, já o turismo rural diz respeito às atividades turísticas ligadas ao modo de produção agropecuária, recursos naturais e culturais locais, como segue:

[...] o turismo no espaço rural engloba a totalidade da exploração turística no meio rural. Entendemos como sendo turismo no espaço rural, qualquer atividade turística no meio rural, desde spa’s até parques temáticos. Esse turismo não requer clara identidade entre as atividades de lazer e o ambiente onde as mesmas ocorrem. [...] turismo rural responde ao coletivo de incursões turísticas de lazer praticadas no campo, mas interligadas ao modo de produção agropecuário e aos recursos naturais e culturais locais (PIMENTEL, 2003, p. 133).

Cals; Capellà e Vaqué apud Novaes (1999, p. 139), assim se pronunciam sobre o assunto:

[...] sin embargo, es más apropiado referirse a la globalidad de los movimientos turísticos que se desarrollan en el medio rural con la expresión ‘turismo en espacio rural’, y reservar la de turismo rural para aquellas manifestaciones que en mayor medida se identifican con las especificaciones de la vida rural, su hábitat, su economía y su cultura.

Araújo (2000, p. 32) também concorda que os conceitos atribuídos ao turismo rural são amplos e indefinidos, razão pela qual prefere usar o termo “[...] turismo no espaço rural, no lugar de turismo rural, objetivando, assim, maior clareza conceitual, posto que aquele termo reflete maior amplitude de oportunidades no meio rural”.

Segundo Talavera (2002, p. 21) o turismo no espaço rural está baseado na combinação da natureza, contato humano e cultura, com a pretensão de beneficiar tanto o turista como o residente, provocando um baixo nível de impactos e caracterizando-se pela autenticidade, exotismo e aproveitamento de recursos latentes antes não explorados. Continua o autor:

El estilo de vida rural se ha consolidado como un atractivo basado, sobre todo, en estereotipos y perspectivas diferentes a lo urbano, agregado a esto su desarrollo en un medio ambiente tan idealizado como aquel modo de vida. Se enfatiza así una imagen de independencia, naturaleza, salud, tranquilidad y conservación del patrimonio cultural, claramente enfrentados, casi dicotómicamente, a los problemas que la vida urbana acarrea o que perciben como tales los ocupantes de las ciudades [...] (TALAVERA, 2002, p. 22).

Bovo (2002, p. 212), em estudo que procura um conceito para o turismo rural, diz que ele varia desde uma consideração abrangente, que agrupa todas as atividades turísticas realizadas em espaço rural, até uma que se baseia na oferta turística , ou seja, existem várias modalidades de turismo no espaço rural, umas ligadas estritamente ao modo de vida rural, outras baseadas no aspecto paisagístico natural, ou ainda, outras que apresentam a forma como são produzidos os gêneros alimentícios e as matérias-primas no espaço rural. Tulik (2003) faz referência à confusão terminológica decorrente da variedade natural e cultural do meio rural e das diferentes formas de turismo praticadas. Como pode ser verificado, a autora concluiu de modo semelhante ao de Bovo (2002):

Os diferentes critérios utilizados vêm resultando numa profusão de categorias não excludentes, tornando difícil a identificação dos diferentes tipos de turismo e, mais ainda, a conceituação de cada um deles. A confusão terminológica ocorre, ainda, pela variedade natural e cultural que se comunica às diferentes formas de turismo, principalmente àquelas relacionadas às motivações (TULIK, 2003, p. 27).

Rodrigues (2001, p. 131), partindo do conceito de espaço para definir as várias modalidades turísticas rurais, diz que “[...] várias tipologias podem ocorrer simultaneamente num determinado local. Ou seja, pode haver turismo ecológico, agroturismo e turismo cultural ocorrendo juntos no mesmo espaço rural e ao mesmo tempo”.

No Dicionário Enciclopédico de Ecologia e Turismo, Pellegrini Filho (2000, p. 279-280) conceitua turismo rural como: “Produção e consumo de bens e serviços turísticos em espaço e ambientes rurais (fazenda, sítio, beira-rio e semelhantes); também se diz menos comumente, turismo no meio rural”. Embora admita o uso do termo turismo no meio rural, o autor não se rende ao termo, preferindo utilizar, genericamente, turismo rural, a exemplo de muitos outros autores.

Também genérica é a definição adotada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário em seus instrumentos para fomento do turismo na agricultura familiar: “[...] os equipamentos localizados na área rural que desenvolvem atividades de lazer, recreação, esportivas, de eventos, não apresentando, necessariamente, vínculo com a produção agropecuária e a cultura rural.” (MDA/PRONAF, 2005).

Talavera (2000, p. 155) conceitua turismo rural da seguinte maneira:

[...] uso ou aproveitamento turístico do entorno não-urbano, atendo-se às premissas do desenvolvimento sustentável: gerar efeitos eminentemente positivos (conservação do patrimônio, proteção do meio, etc), tem lugar em áreas ‘não-invadidas’, de incluir os habitantes locais como atores culturais, ser minoritário e promover, por meio de encontros espontâneos e da participação, o contato cultural.

Solla (2002, p. 117) simplifica dizendo que o turismo rural “[...] é aquele que se desenvolve no meio rural e que tem como principais motivações os elementos próprios desses ambientes”. Os elementos a que o autor se refere incluem os aspectos culturais do espaço rural, sobretudo aqueles que o meio urbano não pode proporcionar, tais como a tranqüilidade, contato com a natureza e forma de vida tradicional.

Rodrigues (2000, p. 61-67) propõe a seguinte classificação para o que ela denomina “Turismo rural propriamente dito”:

1. Turismo rural tradicional

a) de origem agrícola;

b) de colonização européia;

2. Turismo rural contemporâneo

a) hotéis-fazenda;

b) pousadas rurais;

c) segunda residência campestre;

d) campings rurais.

O professor Joaquim Anécio Almeida (1999, p. 90), estudioso do turismo rural no país, diferencia o turismo no espaço rural do turismo rural da seguinte forma: “[...] distingue-se o turismo em espaço rural do turismo rural, quando o conjunto da população usufrui os rendimentos provenientes da atividade turística.” Alves (2003, p. 205) também aponta a diversidade tipológica dentro das atividades turísticas rurais, concluindo que se entende o turismo em espaço rural como “[...] um conjunto de atividades, modalidades ou mesmo tipologias de turismo inseridas nesse espaço”.

Campanhola e Graziano da Silva (2000, p. 150) generalizam, utilizando o termo “turismo no meio rural” como sinônimo de “turismo em áreas rurais”. Uma das mais recentes obras publicadas no país, que pretende discutir o turismo no espaço rural, traz por título: Turismo no espaço rural: enfoques e perspectivas. Nesta obra, organizada por Anderson Pereira Portuguez, autores discutem o turismo, com ênfase no turismo rural. Isto não furta o aparecimento de termos, tais como: turismo no meio rural, turismo no espaço rural e turismo em área rural, como sinônimos, o que causa confusão terminológica. Até mesmo os autores que nesta obra empreendem em um estudo de conceituação de turismo no meio rural, não o fazem, limitando-se a reproduzir conceitos de turismo rural e agroturismo já existentes. Nesta publicação, Novaes (2006, p. 284, grifo nosso) chega a dizer que agroturismo e turismo rural são semelhantes, o que justificaria serem considerados como uma só tipologia. Diz, ainda, que turismo no espaço rural “[...] constitui-se em toda a atividade turística desenvolvida em espaço ou meio rural, o que torna esta categoria bem mais abrangente [...]”. Ou seja, embora tente simplificar, a autora não explica o uso do termo turismo em espaço rural e turismo no meio rural como sinônimos. A diferença entre os termos será verificada a seguir em uma proposição de taxonomia para as atividades turísticas realizadas no espaço rural.

Como pôde ser verificado, existem muitos conceitos que dizem respeito às atividades turísticas no espaço rural. Assim, tendo em vista a diversidade de considerações a respeito do que venha a ser turismo rural, turismo no espaço rural e outros termos correlatos, adota-se para este estudo a seguinte taxonomia (Figura 2), tomando os estudos de Bricalli (2003), Rodrigues (2000) e Tulik (2003) como principais norteadores:

Turismo no Espaço Rural (TER)– são todas as formas de turismo realizadas no ambiente rural, ou seja, em ambiente não-urbano. Para esta definição toma-se o conceito de área rural do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para a caracterização do Turismo no Espaço Rural não é levado em consideração nenhum critério indicador ou limitador das várias modalidades turísticas que ocorrem em ambiente rural. Desta forma, a questão da infra-estrutura utilizada ou dos elementos que servem de atratividade são desconsiderados. Trata-se de um termo generalizante. Simplificadamente significa a abrangência de qualquer atividade turística realizada no ambiente rural, relacionado ou não com a cultura ou o ambiente local. O TER contém outras segmentações turísticas específicas, como o Turismo em Áreas Rurais (TAR), o Turismo no Meio Rural (TMR) e o Turismo Natural (TN).

Turismo em Áreas Rurais (TAR)– turismo realizado em ambiente rural que foi alvo de interferência humana para que a atividade acontecesse (denota infra-estrutura específica). Desta forma, o turismo em áreas rurais somente ocorre em ambientes que sofreram modificações para acolher os turistas. Exemplos são os hotéis-fazenda ou spas rurais. Há de considerar que o turismo em áreas rurais também se vale de elementos do mundo rural que existiam antes da chegada do turismo, entretanto, a intervenção no sentido de criar uma infra-estrutura adequada é marcante. Além disso, muitos elementos estranhos ao mundo rural são incorporados para fazer parte da oferta turística. Pode-se relacionar o TAR ao turismo rural contemporâneo proposto por Rodrigues (2000), sem, no entanto, torná-los semelhantes, visto que o primeiro é menos restrito que o outro.

Turismo no Meio Rural (TMR) – turismo que se vale dos elementos pré-existentes no mundo rural, antes da chegada da atividade turística. Em outras palavras, esta modalidade prioriza a infra-estrutura que já existia, no entanto, esses elementos são adaptados com a finalidade turística. O exemplo mais marcante é a fazenda-hotel, onde a sede de uma antiga fazenda sofre reparos e adaptações para acolher turistas. Também podem ser incorporados outros elementos à estrutura local, porém, existe uma preocupação para que eles não tirem o caráter tipicamente rural das construções e estabelecimentos. Assim, o turismo no meio rural guarda estreita relação com a identidade rural local. Nele, o aspecto histórico e cultural é fundamental. Fazendo uma analogia, o TMR assemelha-se ao turismo rural tradicional (RODRIGUES, 2000, p. 61-67). No TMR valoriza-se a cultura, o modo de vida, a maneira de se produzir (MTUR/SEGMENTAÇÕES TURÍSTICAS, 2006, p. 50).

Turismo na Natureza (TN) – segmentação turística que está contida no TER e distingue-se do TAR e do TMR pelo fato de que depende, fundamentalmente, dos elementos naturais para a sua ocorrência. A existência de corpos d’água, vegetação em relativa abundância, acidentes físicos marcantes, como escarpas, voçorocas, cavernas, paredões e passos, entre outros, são essenciais para a ocorrência deste tipo de turismo. Existe, pois, uma necessidade de elementos naturais para a existência do Turismo na Natureza. Várias segmentações e práticas podem ser encontradas neste tipo de turismo: turismo ecológico, ecoturismo, trilhas, mergulho, montanhismo, dentre muitas. O Turismo na Natureza independe da consciência em conservar ou preservar o meio natural, no entanto, o turista deseja estar em contato com ele.

A Figura 3 expõe de modo esquemático o Turismo no Espaço Rural, sua classificação e algumas segmentações e práticas existentes:


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