Revista: CCCSS Contribuciones a las Ciencias Sociales
ISSN: 1988-7833


CULTURA E CIDADANIA ENTRE 1930 – 1964: PERCEPÇÃO POLÍTICA

Autores e infomación del artículo

Nellis Oliveira Santos *

João André Tavares Fernandes**

Universidade Mogi das Cruzes-UMC

nellis.oliveira@gmail.com

Resumo: O artigo trata-se do desenvolvimento cultural e da democracia trazendo expectativas sobre o desenvolvimento da cidadania sob a ótica das desigualdades sociais no Brasil, sobre tudo percebendo através dos princípios de uma política de esquerda ou direita a mudança continua do sistema brasileiro. Para elaboração deste artigo utilizou-se a abordagem qualitativa através da análise bibliográfica. Este artigo tem como objetivo específico analisar, refletir e entender a cultura e a percepção política entre 1930 – 1964.
Palavras-chave: educação, classes, estado, trabalhista.


Abstract: The article deals with cultural development and democracy bringing expectations about the development of citizenship under the perspective of social inequalities in Brazil, especially perceiving through the principles of a left or right policy the continuous change of the Brazilian system. For the elaboration of this article we used the qualitative approach through the bibliographic analysis. This article aims to analyze, reflect and understand culture and political perception between 1930 and 1964.
Key words: education, classes, state, labor.

Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Nellis Oliveira Santos y João André Tavares Fernandes (2017): “Cultura e cidadania entre 1930 – 1964: percepção Política”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (julio-septiembre 2017). En línea:
http://www.eumed.net/rev/cccss/2017/03/cultura-ciudadania.html

http://hdl.handle.net/20.500.11763/cccss1703cultura-ciudadania


 INTRODUÇÃO

O artigo assume retratar a cultura trazendo como base Marilena Chaui (2008) comentando memórias, ressignificação, desigualdade social e cidadania. Mas como falar de cidadania e cultura sem comentar sobre política para construção dos direitos civis, não seria possível, então para isso traremos para discussão autores como: Pochmann (2004,), Azevedo Marques De (2001), Heloisa Pontes (2008).

PERCEPÇÃO SOBRE CULTURA

Marilena Chaui, (2008, p.55) em sua publicação Cultura e Democracia, a cultura denota o cultivo, o cuidado. No século XVIII a palavra cultura aparece com um significado mais intenso avalizando a civilização através do sistema político, política e sociedade civil. Embrenhando-se nos gêneros das artes, ciências, técnicas, filosofia e os ofícios. Com isso podendo observar a linha do tempo com uma ótica progressiva das mudanças de uma civilização.
No século XIX com o Iluminismo na Revolução Francesa a cultura, reaparece constituindo um ramo das ciências humanas, a antropologia. Houve o início de processo avaliativo nas sociedades através de informações que eram derivadas do ocidente capitalista e a falta desses subsídios informativos considerava-se garantia da ausência de cultura ou pouco evolucionada. As informações consideradas era sobre o Estado, o mercado e a escrita. “A cultura é a ruptura da adesão imediata à natureza, adesão própria aos animais, e inaugura o mundo humano propriamente dito” (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 56).
A condição humana possui capacidade para interagir-se com o ausente por meio da linguagem e do trabalho, isto é, superar uma conjuntura por ser impulsionado ao que esta ausente. Assim então, o homem atuante histórico percebe-se como chave impulsionadora através do tempo ao descobrimento do possível, ou seja, trazer resultados embasados em fatos históricos, logo, memórias, no intuito de construir o futuro através de metas pré-estabelecidas. (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 56)
Marilena Chaui, (2008, p.57) afirma que a antropologia européia durante seus últimos cinqüenta anos do século XIX apresenta ao mundo uma cultura que começa a ser analisado como as sociedades percebem que evoluíram ou não través da antropologia social e política nos seguintes aspectos: Estrutura linguajar; Crença; Sexualidade; Vestimentas; Gastronomia; Modelos de trabalho; Moradias; Musicalidade; danças e diversões; Analogias sociais; Família; Poder; Guerra e paz; Vida e morte.
Haja vista, com a evolução na questão da sociedade profere o entendimento como os indivíduos se relacionam, pois a divisão entre os seres impera na sociedade dentro das ansiedades e desejos de cada cidadão, logo divisão das classes. (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 58).
Se compararmos, numa manhã, cinco ou seis jornais, perceberemos que o mesmo mundo – este no qual todos vivemos – transforma-se em cinco ou seis mundos diferentes ou mesmo opostos [...] em função do leitor que a empresa jornalística tem interesse (econômico e político) de atingir.  (CHAUI, 2008. p. 60)

1.2 RESSIGNIFICAÇÃO

De acordo Marilena Chaui, (2008, p.59) a indústria cultural oculta às linhas culturais, apresenta ou reapresenta para sociedade em massa como sendo o novo para um mercado de consumo. Faltando assim profundidade ou conhecimento nessa nova reapresentação do passado, abafando uma possibilidade de futuro estimado através do conhecimento histórico.
Como pode ser a cultura tratada do ponto de vista da democracia?
          Cultura e Estado: o estado como produto da cultura e não produtor da cultura. Cultura e Mercado: a estima cultural deriva da competência para agradar as pessoas e deixa claro que a cultura seja percebida do seu ponto final. Cultura e criadores: decorrente de evidências históricas físicas e do processo na passagem temporal realizada.
Conforme apresentado por Chaui, (2008, p.62) apud “Paul Virilio (1993), “[...] desaparição das unidades sensíveis do tempo e do espaço vivido sob os efeitos da revolução eletrônica e informática. A profundidade do tempo e seu poder diferenciador desaparecem sob o poder do instantâneo”.
Virilio coloca um modelo de pensamento voltado para o imediatismo, no qual a evolução ocorrida ou ocorrendo principalmente com tecnologia da informação promove algo que se torna fugaz e efêmero referente às culturas, pois não vivemos mais nos detalhes para compreensão real da vida em sociedade, não nos aprofundamos justamente pela rapidez das informações e falta do contato presente. Ficamos na superficialidade do conhecimento dos lugares e indivíduos, aceitando apenas uma percepção do que estamos ouvindo ou vendo por meios tecnológicos, por necessidade em obter informações rápidas para atender necessidades especificas. (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 62).

1.3 MASSIFICAR; DEMOCRATIZAR A CULTURA E NEOLIBERALISMO

No Brasil a situação foi justamente massificar a cultura. Isso se deu quando dirigentes do Estado buscaram absorver para seu controle toda cultura provinda de forma social querendo expandir sua divulgação para sociedade por meio público. Então o Estado passa atender internamente da cultura com moldes de mercado. “O Estado é produto da cultura e não produtor de cultura. E um produto que exprime a divisão e a multiplicidade sociais.” (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 64).
Cada gênero cultural produzido possui sua história, história essa que esta em cada linha desenhada, música composta, coreografia e vestuário das danças entre outros que provém de um passado único que sim pode estar ressignificado. (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 64).
Quando modelos de culturas são motivadas para produção em massa, deixa de ter uma história marcada pelo passado de um povo, e passa a ser produto comercial ou prazer em fazer algo em momentos vagos. Com a ideia de passar algo novo e muitas vezes de nossa própria história. (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 65).
Democracia, imagem apresentada de infinitas possibilidades de liberdade sendo que a sociedade esta dentro de um regime de igualdade amparada sob um regimento legal e representada por parlamentares no qual foram alocados na política através do voto do cidadão. Porém a sociedade se divide por si própria em classes, justamente por possuírem diferentes opiniões e formas culturais e o voto que era para escolher apenas esse ou aquele parlamentar para representar a sociedade encontra outro obstáculo separação das classes, cada uma possui suas necessidades. Pode-se dizer em classes superiores e inferiores no que se diz quanto ao seu poder aquisitivo, ocasionado a estratificação dos indivíduos. (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 66).
O “jeitinho brasileiro”, como identificado por Marilena Chaui, (2008, p. 71), pois a execução das leis não são aplicadas no mesmo rigor para as camadas como ditas superiores, causado a repressão nas camadas inferiores. Com isso a raça brasileira reprimida passa a ser hostilizada pelo preconceito marginalizado de uma situação política e econômica no país. A sociedade não pode aceitar que os conflitos de interesses desviem a atenção do Estado da divisão das classes e principalmente dos direitos sociais e iguais a todos os cidadãos.
O Brasil dentro do neoliberalismo significou reduzir o Estado e aumentar o setor privado com a intenção do livre mercado e impedindo a democracia, visto desse modo percebe-se que a democracia viria a ser uma melhor opção para o cultivo do cidadão e seus direitos. Mas dentro disso abre-se outra discussão sobre a possibilidade do Socialismo. (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 75). Extinção do Estado através do auto-gerenciamento da sociedade, mas com uma sociedade democrática e política dos direitos socialista. (CHAUI, MARILENA, 2008. p. 76).

NARRATIVA BRASILEIRA ENTRE 1930 – 1964

2.1 CIDADANIA

A percepção sobre cidadania política se desenvolve através do processo de transformação no momento de mutação para o capitalismo no período de 1930 a 1940. (SAES, DÉCIO AZEVEDO MARQUES DE, 2001, p. 396).

Com a depressão mundial de 1929 onde reverberou na década de 1930 com motivação pós-liberal, situação ratificada no Brasil com o fim da política oligárquica café com leite que situou desde a década de 80 no século XVIII até a depressão de 1929. Não havendo assim a participação dos indivíduos da sociedade e características positivas para uma cidadania. (POCHMANN, 2004, p. 04)

De 1937 a 1945 com o Estado Novo, a burocracia do Estado foi efetivada de forma adequada visando redução ou distribuição apenas de uma parcela do seu patrimônio para sociedade no intuito de supressão da cidadania política da classe media urbana, ampliando assim a capacidade de decisão do Estado. (SAES, DÉCIO AZEVEDO MARQUES DE, 2001, p. 399).
Foi percebido pelas classes dominantes que não ausentava o voto dos analfabetos, e nem tinha preocupação de um movimento revolucionário na das classes mais baixas, indicando assim sua total incredulidade nas questões hegemônicas e políticas das classes. Por esse motivo na época chegou a se pensar que o golpe de 1964 foi o início da reconstrução de uma nova era da oligarquia. O desenho reconhecido no novo período democrático e histórico foi percebido de 1945 a 1964 decorrente a queda do Novo Estado e habilitação do Estado burocrático. Nesse processo a proteção social para os cidadãos funcionou para desenvolvimento capitalista brasileiro, possibilitando o clientelismo e posicionando autoridades locais a trabalho do Estado, sabendo que através das urnas não seria possível o retorno sistema oligárquico. (SAES, DÉCIO AZEVEDO MARQUES DE, 2001, p. 401).

Na depressão de 30 a classes médias dos centros urbanos e industrializados buscam melhorias para eles como cidadãos e trabalhadores. (SAES, DÉCIO AZEVEDO MARQUES DE, 2001, p. 397).

Tais resultados corporificaram, no período 1930-1964, o que se convencionou chamar uma “crise de hegemonia” no seio do bloco das classes dominantes. A expressão “crise de hegemonia” não indica, aqui, a ocorrência de reviravoltas constantes durante o período em questão, no terreno da definição dos objetivos a serem perseguidos pela política econômica e social de Estado. Ela sugere sobretudo que nenhuma fração da classe dominante – propriedade fundiária, burguesia mercantil-exportadora, capital bancário, burguesia industrial – poderia de fato se identificar com a orientação geral assumida pela política de Estado a partir da revolução de 1930. (SAES, DÉCIO AZEVEDO MARQUES DE, 2001, p. 397).

Em lógica ao desenvolvimento industrial, surge também o fortalecimento dos processos produtivos no que diz qualidade para uma nova estrutura industrial para produção. Com os novos processos desenvolvidos para o sistema trabalhista, em 1940 propõem-se a definição do salário mínimo e tributação, desenvolvida, credenciada e financiada através do Estado. O trabalhador passa a ser contribuinte através da folha de pagamento ao sistema de proteção social de até 11,5% do salário. Com isso como maioria dos trabalhadores se concentrava na zona urbana esse novo sistema representava 1/3 do seu custo total.  (POCHMANN, 2004, p. 10).
Foi colocado em prática então um modelo compensatório através da política, abolindo direitos políticos e substituindo por direitos sociais movidas por conquistas sindicais contribuindo para participação de voto dos trabalhadores. Isso reprimiu o Estado que de certa forma bloqueava correntes liberais de esquerda e direita da classe média, porém não obteve apoio das antigas e nem novas classes dominantes. (SAES, DÉCIO AZEVEDO MARQUES DE, 2001, p. 399).
 Em 1961 foram criados fundos para financiar a assistência social, contudo foram creditados novos financiamentos gerando problemáticas da ótica institucional e das relações sociais entre classes, haja vista que a cidadania rural estaria comprometida por ser a mais desvalorizada com o crescimento urbano industrial. (SIMOES, TIAGO MARTINS; MARINHO, RICARDO JOSÉ DE AZEVEDO. 2015 P. 357).

2.2 CULTURA

Na área artística e cultural os brasileiros bolchevistas atuaram fortemente, para a construção da “literatura social” a partir da depressão de 30, produzindo canções e cantando com escritores comunistas ou admiradores do modelo de regime provindo do Partido Comunista Brasileiro - PCB. A seguir alguns dos principais representantes ou simpatizantes do modelo bolchevista conforme Marcos Napolitano (2014, p. 39).

Houve um momento do surgimento da crise da esquerda onde os comunistas e trabalhistas restringidos dentro do sistema que atuavam, nacionalismo policlassisita derrubado em 1964, na busca de questões revisionarias no âmbito político e cultural contra a ditadura. Em 1960 a nova esquerda lutava contra opiniões contrárias sobre o nacional popular, como exemplo tropicalismo musical e teatral. (NAPOLITANO, MARCOS, 2014, p. 48).

No decorrer da década de 30 no século XIX, a ideologia em paralelo a política esquerda e direita seguia um caminho conflitante, missionário para trilhar a cultura brasileira e gerando dificuldades ambíguas na construção empática da esquerda e direita. Isso se dava principalmente pelo abismo educacional entre os dois modelos no que se diz acesso às melhores bases culturais para construção cognitiva dos indivíduos. (NAPOLITANO, MARCOS, 2014, p. 39).

Mesmo sabendo que a educação no Brasil estava em atraso principalmente comparando-se com países da América Latina, pelos parlamentares brasileiros, pouco foi desenvolvido para melhoria nesse segmento no país, entre 1930 e 1964. (KANG, THOMAS H.. 2011, p. 574, apud, KANG, 2009, 2010; PIRES, 1996).

Na Constituição de 1934, sabendo sobre o déficit educacional no país se deu muita importância para esse item incluindo principalmente no Título V e Capitulo II da Constituição que a educação publica básica seria de responsabilidade dos Estados no que se diz planejamento orçamentário e a União ficaria responsabilizada pelo ensino superior. (KANG, THOMAS H.. 2011, p. 581; BRASIL, CONSTITUIÇÃO DE 1934, art. 150)

Em 1934 surge a fundação da Universidade São Paulo tornando viável contratar professores estrangeiros, acontecendo no Brasil uma renovação intelectual. (PONTES, HELOISA. 2008 p. 513). Os franceses contribuirão muito para implantar e fortificar a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Estimulou a abertura referente ao pensamento jurídico em vigor nos núcleos tradicionais de educação superior brasileiro. Contudo, ampliando o numero de intelectuais a principio no segmento literário, forjados ao modelo de exigência européia e critérios acadêmicos de avaliação, títulos e projeção acadêmica. (PONTES, HELOISA. 2008 p. 514, apud, Miceli 2001a: 101-102).
 
A produção intelectual pouco arraigada a memória brasileira buscou fundamentação no conhecimento em diversas áreas como base os países mais desenvolvidos.  Devido à sinergia jovial, esperança, contingências, desconforto dentre outros, entre professores franceses e alunos, agregavam-se dentro da Universidade através de um desenvolvimento cultural por inércia e exploratório na área do conhecimento. (PONTES, HELOISA. 2008 p. 514).

Dentro da fundação da Universidade São Paulo foi criado o Departamento de Cultura e o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, tornando-se rapidamente o eixo e centro para um novo sistema de produção intelectual principalmente de 1940 a 1950 com seu corpo docente de alto desenvolvimento. (PONTES, HELOISA. 2008 p. 516).

Pontes (2008 p. 519), através de sua pesquisa evidencia que em 1938 nomeia-se o primeiro presidente da Associação Brasileira de Escritores da Revista do Brasil e coleção Documentos Brasileiros, o historiador Otávio Tarquínio de Souza (presidente do Brasil de 1918 – 1932, na era café com leite) , que faz seu mandato até 1943. Dos vários escritores da coleção estavam: Sérgio Buarque de Holanda; Gilberto Freyre; Otávio e Souza e Lúcia Miguel Pereira.

ESQUERDA OU DIREITA.

Conforme Fretel (2011. p. 324), foi percebido através de estudos de especialistas que os modelos políticos de esquerda ou direita são linhas perpendiculares, contemporâneos, derivado do centro da Europa Ocidental e segmentado a uma percepção de cartel, ocasionando: Crescimento de conspiração interpartidário, Programa eleitoreiro dos partidos e Desenvolvimento da censura política.

Haja vista que, no território brasileiro o que separa o modelo esquerdista ou de direita não vem a ser a desigualdade, como visto nos países capitalistas centrais, no Brasil o que diferencia os dois modelos seria o meio para chegar ao resultado positivo no tratamento da desigualdade social. Para a direita o princípio que prevalece seria estabelecer o Estado como interventor no processo da desigualdade, quanto à esquerda questionaria a domínio do Estado principalmente quanto à restrição dos movimentos sociais e políticos de direitos e igualdades.  (TAROUCO, GABRIELA da SILVA; MADEIRA, RAFAEL MACHADO. 2013. p. 158, apud, SINGER, 2002)

3.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A BASE POLÍTICA DE ESQUERDA

Com visões teóricas e trazendo a metodologia para poder ser realizado uma comparação de um estudo crítico sobre a história esquerdista no Brasil, o modelo passou pela ditadura militar tentando se estruturar através dos movimentos populares, grupos e partidos secretos de esquerda. Procurou se embasar de forma fortalecida através dos conceitos pesquisados na a sociologia e ciência política.  Reavendo opiniões e propostas sobre movimentos feministas e negros. (ARAUJO, MARIA PAULA NASCIMENTO, 2002. p. 347).

[...] recuperando imagens e representações destes grupos; levantando a memória de militantes de uma série de partidos e organizações políticas que viveram praticamente toda a sua existência em regime de clandestinidade; revelando trajetórias de vida e biografias fortemente marcadas pelo confronto com a repressão e a violência do regime militar. (ARAUJO, MARIA PAULA NASCIMENTO, 2002. p. 347)

3.2 BREVE ENTENDIMENTO SOBRE A POLÍTICA DE DIREITA

Como na Europa Ocidental houve um grande crescimento dos movimentos trabalhistas e propagação da expectativa dos conceitos marxistas, então a esquerda passa a defender o operário buscando direitos e tratativa da desigualdade derivada do processo capitalista, como percebido na época. Com o progresso do movimento de esquerda a burguesia se posiciona a direita em defesa do capitalismo, aumentando os debates da socialdemocracia.

Os modelos keynesianos e marxistas onde pensam em instrumentos coletivos de distribuição amplamente de bens e serviços sociais faz com que no início de 1930 tonifique a oposição entre o livre mercado e o Estado intervencionista, posicionando o liberalismo para a direita também em defesa ao capitalismo. (TAROUCO, Gabriela da Silva; MADEIRA, Rafael Machado. 2013. p. 151).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebemos nesse artigo as passagens narrativas do Brasil, visto que, o recorte principal vem a ser entre os anos de 1930 e 1964, podemos evidenciar situações culturais no que engloba memória, artístico, literário e educação. Demonstra também um ponto de vista sobre a política esquerda e direita.
Acredito caro leitor que, o que fica mais arraigado no nesse artigo venha a ser a comparação inevitável sobre educação do ensino básico e superior da época com os dias atuais e também a luta inconstante para reduzir a desigualdade no Brasil através da democracia sendo ela esquerda ou direita. Visto que nosso problema não seria a desigualdade, mas sim os meios para conquista do poder como Estado – Nação e como se faz oposição no país.
 No Brasil através da constituição de 1988 onde houve grandes conquistas legitimadas para as classes trabalhadoras, demonstrando a eficácia política em detrimento ao direito e exercício do voto. (SAES, DÉCIO AZEVEDO MARQUES DE, 2001, p. 405).
Seria pretensioso de mais concluir esse artigo, pois a proposta visa continuar a discussão sobre os assuntos abordados, mesmo porque o Brasil ainda esta em faze de mudança justamente por ser jovem na prática dos assuntos abortados comparados aos países mais desenvolvidos.

REFERÊNCIA

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*Coordenador de Curso Nível II e Professor de Graduação atualmente na Universidade Mogi das Cruzes - Atuei como Coordenador de Curso Nível I e professor de Graduação e Pós - Graduação na Anhanguera Educacional de Jacareí - SP - Experiência Industrial por 12 anos na Johnson & Johnson em São José dos Campos SP. Experiência Comercial por 4 anos em vendas. Mestrando em Políticas Publicas; MBA em Controladoria; MBA em Marketing e Vendas; MBA em Gestão de Negócios e Graduado em Logística.

** Mestre em Educação - Universidade Cidade de São Paulo (2013). Possui Graduação em Administração de Empresas - Centro Universitário do Norte Paulista (2000). Pós Graduado em Gestão Estratégica de Negócios - Instituto Nacional de Pós Graduação (2006), Pós Graduado Docência no Cenário do Ensino para Compreensão - Universidade Cidade de São Paulo (2010), Pós Graduado na Docência no Ensino Superior - Universidade Cidade de São Paulo (2010). Atualmente é Coordenador dos Cursos de Administração e Relações Internacionais da Universidade de Mogi das Cruzes/Campus Sede (UMC/SP). Professor na Universidade Cidade de São Paulo - (UNICID/SP) e na UBS Escola de Negócios (UBS/SP) nos cursos de Administração e Gestão de Varejo. Professor convidado do programa de Pós-Graduação Lato Sensu na Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU/SP). Profissional com mais de 15 anos de experiência em Gestão de Pequenas e Médias Empresas.


Recibido: 11/05/2017 Aceptado: 09/08/2017 Publicado: Agosto de 2017

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