Revista: CCCSS Contribuciones a las Ciencias Sociales
ISSN: 1988-7833


REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ADMINISTRADOR E SUAS PRÁTICAS ÉTICAS: UM ESTUDO INTRODUTÓRIO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - COMÉRCIO EXTERIOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

Autores e infomación del artículo

Alfredo Cesar Antunes *

Taciana Cordazzo **

Universidade Estadual de Ponta Grossa, Brasil

alfredo.cesar@hotmail.com

Resumo
A proposta do estudo é reiniciar as discussões sobre a formação do cidadão, que atua nas organizações, pelo viés da formação profissional. Cada vez mais as discussões sobre uma consolidada formação ética -também na universidade- apresentam como decorrência, um aluno educado e capaz de intervir de forma conveniente na realidade onde irá exercer sua profissão. No ambiente organizacional, exige-se gradualmente, a conquista de mais espaço, traduzido por lucro, poder, conquistas tecnológicas, reconhecimento, muitas vezes valorizando o “ter” em contraponto do “ser” ou da evolução econômica em detrimento à evolução social. A perspectiva apenas funcionalista ou racionalizante presente nos modelos de gestão predominantes na sociedade contemporânea transcende o espaço organizacional e está vigente nas relações sociais em geral, inclusive nas relações acadêmicas. O curso de Administração propõe formar cidadãos com constituição humanística, portanto percebe-se que existe diferença entre ser “um bom administrador” e “um bom técnico”, pois no primeiro caso as competências e habilidades são mais complexas e maduras, como é o exemplo do desenvolvimento do comprometimento ético e social dos alunos.Sendo expostas tais considerações, o eixo central desse estudo aponta a analise das representações sociais dos alunos do curso de Administração com linha de formação em Comércio Exterior, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), onde as práticas de gestão e aparição da ética apresentam-se de forma paradoxal. Apesar de preambular, entende-se como partida do debate para a investigação que envolve a formação do sujeito capaz de alterar sua comunidade promovendo a cidadania. Compreende-se que neste caso a representação social possui reflexos multifacetados, ou seja: na prática da ética surgem atores como o papel docente, o currículo do curso, as políticas da Instituição de Ensino Superior (IES), assim como o cotidiano dos alunos: seu envolvimento com a política institucional e a sociedade. Porém o recorte do estudo é investigar a significação elaborada pelos discentes sobre a perspectiva da ética. Acolhe-se a teoria das representações sociais de Moscovici, como apoio para a discussão do trabalho. Trata-se de estudo qualitativo-quantitativo com procedimento metodológico exploratório-descritivo, através de pesquisa bibliográfica e estudo de caso, com coleta de dados por meio de questionário e análise de conteúdo. O estudo pode indicar algumas perspectivas na direção de esclarecer como o aluno percebe a formação acadêmica no que diz respeito à ética, à politica e a sociedade, e se esta formação é suficiente para enfrentar dilemas entre a ética e a competitividade.A noção que nos apresenta em alguns âmbitos é que competição e eficácia estão acima da valorização do sujeito e dos valores democráticos vigentes na sociedade. Aponta-se uma lacuna entre "o que deve ser" e o que de "fato é" no mundo corporativo. Como se, para ser competitivo, segundo a lógica de mercado, o gestor pudesse seguir uma "outra moral" e devesse ser julgado por critérios diferentes daqueles válidos para a sociedade em geral. É esta lógica, enviesada, que devemos afastar de nossas práticas educacionais reavaliando novas situações. Nem sempre o que foi apresentado, mesmo de forma preliminar, é verdade absoluta, ao contrário. Não entende-se nesta proposta que a generalização seja genuína nem engenhosa, mas aponta-se para uma lacuna sobre a fragilidade da concepção da ética na amostra registrada, e algo tão importante quanto: a articulação, integração entre docentes e o foco do Projeto Pedagógico do curso, de forma que este entendimento poderá determinar o sucesso da operacionalização didática. Observou-se no projeto de curso de Administração da UEPG a tentativa de formar cidadãos que interfiram na sociedade, porém, na prática esse contexto nos parece distante do real ajuste exigido entre as disciplinas e corpo docente, trazendo a representação social percebida pelo aluno que a ética (em todo seu conjunto de significados) aparece em papel importante, porém coadjuvante.

Palavras-chave: Ética, formação profissional, sociedade, práticas de gestão, competitividade,

Abstract

The purpose of the study is to restart discussions on the formation of the citizen, who works in organizations, the bias training. Increasingly, discussions on a consolidated ethics -also training in university-present as a result, an educated student and able to intervene in a convenient way in which reality will exercise their profession. In the organizational environment, it requires gradually conquering more space, translated by profit, power, technological achievements, recognition, often valuing the "have" as opposed to "being" or economic developments over the social evolution. The prospect only functionalist or rationalist present in prevailing management models in contemporary society transcends organizational space and is effective in social relations in general, including in academic relations. The course of Directors proposes to form citizens with humanistic formation, so it is perceived that there is a difference between being "a good administrator" and "a good coach," because in the first case the skills and abilities are more complex and mature, as is the case the development of ethical and social commitment of the students. Such considerations being exposed, the central axis of this study aims to analyze the social representations of the Administration course students with online training in foreign trade, the State University of Ponta Grossa (UEPG), where management practices and appearance of ethics have If paradoxically. Although preliminary, it is understood as starting the debate for research that involves the formation of the subject able to change your community promoting citizenship. It is understood that in this case the social representation has multifaceted reflections, ie the practice of ethics arise actors like teaching role, the course curriculum, policies of Higher Education Institution (HEI) as well as the daily lives of students: his involvement with the institutional politics and society. But the study of the cut is to investigate the meaning elaborated by students about the perspective of ethics. Welcomes the theory of social representations of Moscovici, such as support for discussion of the work. It is a qualitative and quantitative study of descriptive exploratory methodological procedure, through literature research and case study with data collection through a questionnaire and content analysis. The study may indicate some perspectives towards clarifying how the student perceives the academic training with regard to ethics, politics and society, and this training is enough to face dilemmas between ethics and competitiveness. The notion that presents us in some areas is that competition and efficiency are above the value of the subject and democratic values ​​prevailing in society. Points is a gap between "what should be" and that "the fact is" in the corporate world. As if, to be competitive, according to market logic, the manager could follow "another moral" and should be judged by different criteria from those valid for society in general. It is this logic, biased, we should move away from our educational practices reevaluating new situations. Not always what was presented, even in a preliminary way, is absolute truth, the opposite. Do not understand is this proposal that the generalization is genuine or ingenious, but points to a gap on the fragility of the ethical conception in recorded sample, and something as important as: the joint integration between teachers and the focus of the Educational Project of course, so that this understanding can determine the success of teaching operation. It was noted in the Administration course project of UEPG to attempt to form citizens who interfere in society, but in practice this context seems distant real in the adjustment required between disciplines and faculty, bringing the social representation perceived by the student that ethics (in all its range of meanings) appears in an important role, but supporting.

The study may indicate some perspectives towards clarifying how the student perceives the academic training with regard to ethics, politics and society, and this training is enough to face dilemmas between ethics and competitiveness. The notion that presents us in some areas is that competition and efficiency are above the value of the subject and democratic values ​​prevailing in society. Points is a gap between "what should be" and that "the fact is" in the corporate world. As if, to be competitive, according to market logic, the manager could follow "another moral" and should be judged by different criteria from those valid for society in general. It is this logic, biased, we should move away from our educational practices reevaluating new situations. Not always what was presented, even in a preliminary way, is absolute truth, the opposite. Do not understand is this proposal that the generalization is genuine or ingenious, but points to a gap on the fragility of the ethical conception in recorded sample, and something as important as: the joint integration between teachers and the focus of the Educational Project of course, so that this understanding can determine the success of teaching operation. It was noted in the Administration course project of UEPG to attempt to form citizens who interfere in society, but in practice this context seems distant real in the adjustment required between disciplines and faculty, bringing the social representation perceived by the student that ethics (in all its range of meanings) appears in an important role, but supporting.

Key-words:Ethics, professionaltraining,company, management practices,competitiveness



Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Alfredo Cesar Antunes y Taciana Cordazzo (2016): “Representações sociais do administrador e suas práticas éticas: um estudo introdutório do curso de Administração - Comércio Exterior da Universidade Estadual de Ponta Grossa”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (julio-septiembre 2016). En línea: http://www.eumed.net/rev/cccss/2016/03/administrador.html

http://hdl.handle.net/20.500.11763/CCCSS-2016-03-administrador


Introdução

A relação entre as práticas de gestão e a ética apresenta-se incoerente em alguns ambientes organizacionais competitivos. No âmbito da educação profissional este eixo também incentiva a investigação. Analisar as representações sociais dos alunos do curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Comércio Exterior (COMEX), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em direção à medida deste paradoxo, assume o centro do estudo a ser considerado, de forma preambular.
Compreendendo que neste caso a representação social possui desdobramentos e reflexos multifacetados – tanto no ambiente micro quanto no ambiente macro- ou seja, na prática do estudo da ética surgem atores diversos como a influência do papel dos professores, do currículo do curso, das políticas do Departamento de ensino, do Colegiado de curso e da IES,assim como o cotidiano profissional onde os alunos estão inseridos e suas particularidades.  Neste último incluem-se as experiências profissionais em empresas(seja através de estágios curriculares, ou empregos), as próprias representações do curso quanto ao comportamento e (des) proximidade em relação à sociedade, ou ainda em contato com os profissionais que exercem a administração. Nesta perspectiva mais abrangente a ética constrói sua dinâmica inter-atores.
Entretanto, optou-se neste momento, por delimitar a representação do aluno face à profissão, percebendo que a partir da formação profissional e desta representação, a ética será refletida nas organizações. Em estudos futuros outros atores e suas relações participantes desta dinâmica poderão ser examinados.
O objetivo deste estudo é investigar a significação elaborada pelos alunos sobre o que é a Administração sob a ótica da ética, deste modo refletir a vinculação entre as organizações e o papel do administrador que enfrenta um provável dilema: as práticas de gestão em prejuízo da ética.  A ética em alguns momentos está submetida à competitividade, que apoiada em algumas práticas de gestão invasivas exige cada vez mais o aumento da produtividade.  O estudo pode indicar perspectivas na direção de esclarecer como o aluno de Administração- COMEX-, percebe a formação acadêmica ética-política-social e se esta formação é suficiente para resolver possíveis impasses entre a ética e a competitividade e fortalecer as práticas contemporâneas colaborativas entre organização e sociedade.
A sociedade postula aos administradores valores éticos, posicionamentos políticos e sucesso enquanto gestores organizacionais, públicos ou privados, inclusive transpondo postos de autoridade superior na política, em esferas estadual e nacional.
A grande preocupação enquanto estratégia educacional é se estaríamos formando sujeitos aptos para cumprir o mérito. Esta inquietação também pronuncia uma das hipóteses viáveis do estudo. Mencionam-se as características gerais da Administração e do Administrador:

A formação do administrador não deve meramente reprodutora de padrões hegemônicos e, ao se pensar na formação do administrador e no seu perfil, é necessária uma reflexão crítica, que leve o aluno a considerar não só os aspectos econômicos da organização, mas as necessidades reais da Sociedade (Periard, 2006).

Sendo apresentada a questão central, ou seja, qual a representação social que o aluno do curso de COMEX da UEPG percebe enquanto sua formação ética, política e social, pretende-se viabilizar o estudo a partir do apoio da Teoria das Representações Sociais (TRS), fundamentada aqui por Moscovici. Existem possibilidades de outras teorias, em conjunto, desvelarem o tema auxiliando a compreensão da ética, como é o caso da Teoria da Burocracia de Max Weber quando trata do poder racional legal e ainda a Abordagem de Cultura das Organizações centrada nos valores e crenças, como aborda Prestes Motta, Fleury, e Maria Ester de Freitas. Porém neste estudo, exploratório, será tratado questões de representação social do aluno. Posteriormente em outro nível, o entorno (que envolve o problema) poderá ser investigado em sua amplitude e profundidades necessário.
 Trata-se de estudo qualitativo-quantitativo e o procedimento metodológico adotado será exploratório-descritivo, através de pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso com coleta de dados por meio de questionário, a partir de amostra não probabilística por acessibilidade dos alunos formandos em 2015 e 2016 na UEPG.
 Além do questionário, foi realizado a observação e estudo de conteúdos da disciplina de Ética, Responsabilidade Social e Gestão do Terceiro Setor; da disciplina de Sociologia aplicada à Administração e da disciplina de Comportamento Humano nas Organizações, para auxiliar na contextualização e análise de dados. Os resultados devem evidenciar o posicionamento simbólico dos estudantes em relação ao papel do administrador e as práticas de gestão pautadas pela ética e sua formação enquanto cidadãos. O presente estudo iniciará com a apresentação do curso de COMEX da UEPG, seguido de breve abordagem da prática de gestão, também propostas de discussão em torno de alguns referenciais de ética seguida da abordagem da Teoria das Representações Sociais (TRS) que se dará através das contribuições propostas por Moscovici, por fim apresentam-se os resultados e as conclusões.
Destaca-se que a análise parte do estudo publicado em 2010, por Borges, Medeiros e Casado, sobre as práticas de gestão e representações sociais do administrador em que a ética e a competitividade estão presentes de forma paradoxal, simplificadas e permeadas por mitos. Também o incentivo dos estudos de Guimarães (2009) sobre a representação social e a formação da consciência crítica no curso de graduação em Administração da UFRGS.

O curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Comércio Exterior- COMEX-da UEPG

De acordo com o que consta no Projeto Pedagógico de Curso (PPC), foi criado pela Resolução UEPG alterações pelas: Resolução CA 370/97 e CEPE 221/000315de 24.11.1997, reconhecido pelo Decreto Estadual 1730 de 13.08.2003 e publicado no Diário Oficial do Estado do Paraná 6540de 13.08.2003.
Posteriormente, a Resolução no.01de 02.02.2004 institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração. Cabe salientar que o curso de Administração – Linha de Formação em Comércio Exterior obedece em termos de lei, as mesmas Diretrizes Curriculares Nacionais que o curso de Administração.
Encontra-se no PPC, atualizado apenas em 2005, desde sua criação, um diálogo referenciando a preocupação, à época, com o campo de trabalho dos egressos e sua formação, como nota-se a seguir:

Indagamos às empresas, quais seriam os motivos para contratação ou não contratação de nossos egressos e como resultado obtivemos que 34% das empresas consideravam nosso egresso um bom administrador, mas 48% delas consideravam nosso egresso um bom técnico. PPC do curso. (UEPG, 2006).

Pode-se inferir neste caso, que existe diferença entre ser “um bom administrador” e “um bom técnico”. Entende-se que no primeiro as competências e habilidades são mais complexas e maduras, como é o exemplo do desenvolvimento do comprometimento ético e social dos egressos.Ainda observando o PPC, as diretrizes curriculares e a análise ambiental apontam para “uma formação humana mais intensa”, aliada a aspectos globais da área de atuação e, por este motivo a grade proposta apresenta uma maior carga horária nestas disciplinas de formação humana, sem, contudo tirar o enfoque quantitativo.
Antunes (2010) argumenta que disciplinas como Antropologia, Filosofia e Sociologia, próprias das ciências humanas, por vezes são apresentadas como coadjuvantes em alguns processos de formação profissional, e as disciplinas técnicas são estreladas em detrimento das disciplinas de formação e desenvolvimento humano. Portanto a reflexão sobre a formação profissional de Administração é complexa e ainda constitui-se em desafio entre o humanístico e o técnico.
O Campo de atuação do profissional de administração é bastante amplo: o mercado mundial, empresas públicas privadas, ONGs; de grande, médio e pequeno porte; tanto indústrias, especificamente agroindústrias, quanto comércio e prestação de serviços.  O profissional poderá atuar nestas organizações na modalidade de colaborador interno ou na condição de consultor externo, em suas diversas especializações (Finanças, Orçamento, Produção, Logística, Recursos humanos, Comércio Exterior; Tecnologias e sistemas de informação; Mercadologia, Custos; Métodos e sistemas, dentre outras).Para completar o currículo pleno do curso superior de graduação em Bacharelado em Administração, constando no verso do diploma - “Linha de Formação em Comércio Exterior”, o acadêmico deverá perfazer um total mínimo de 3.260 (três mil, duzentas e sessenta) horas, sendo 1.088 (mil e oitenta e oito) horas em disciplinas de Formação Básica Geral, 1.904 (mil, novecentas e quatro) horas em disciplinas de Formação Específica Profissional, 68 (sessenta e oito) horas em disciplinas de Diversificação ou Aprofundamento e 200 (duzentas) horas de Atividades Complementares, distribuídas em, no mínimo, 04 (quatro) anos e, no máximo, 07 (sete) anos letivos. Segue descrição sobre o curso:

Ressalta - se também a formação do administrador que deve ser técnica aliada apratica, suprindo a necessidade das empresas em época de crise, com inovação nasdecisões, criatividade e reflexão somadas as habilidades e conhecimentos adquiridos na graduação (Silva, F. Guaraci Alves, et al, 2000).

As disciplinas do curso de COMEX que possuem relação mais direta com a formação ética, política e social de acordo com o Catálogo Geral 2014 divulgado no site da UEPG são ainda incipientes em relação à proposta humanística narrada no PPC do curso que apresentam-se em três disciplinas, a saber:

  • Ética, responsabilidade social e gestão do terceiro setor, com 68horas
  • Sociologia aplicada à administração com 68horas,
  • Comportamento humano nas organizações, com 136h.

O PPC pressupõe que estas disciplinas devem ser operacionalizadas de forma interdisciplinar com todas as outras do curso, porém a realidade acadêmica não proporciona tais recomendações, nem existem indícios. As causas não serão tratadas neste momento, embora seja importante o destaque. Nesse campo, a apresentação da educação interdisciplinar aparece como uma possibilidade de compartilhamento de conhecimentos e saberes que auxiliam na compreensão das relações sociais, sejam éticas ou políticas,e que permita a superação de ideias já concebidas. Ainda cabe o alerta,por vezes os professores que ministram algumas disciplinas da área da sociologia ou psicologia socialsão formados em Administração, tornando a interdisciplinaridade ainda um objetivo distorcido e longe de ser efetivado.
Especificamente quanto à formação dos futuros administradores brasileiros, com técnicas e conteúdos americanosreplicados,existiram criticas de diversos autores aos cursos de Administração que, até a década de 1990,ainda negligenciavam a dimensão ética na formação desses futuros profissionais.Tal preocupação é ainda pertinente no Brasil, cabendo registrar que, desde 1992, oMEC oficializou o ensino da disciplina de Ética em todos os cursos de graduação e pós-graduação na área de Administração(ITELVINO, 2006) e, desde 2005, as DiretrizesCurriculares Nacionais dos cursos de graduação em Administração preveem o ensino deética profissional como disciplina obrigatória para o conteúdo curricular de formaçãobásica.Com base em ementas de disciplinas de Ética ministradas em cursos deAdministração no BrasilItelvino (2006) fez um importante estudo e concluiu que hádeficiências no tocante a conteúdos como responsabilidade social, cidadania econscientização.

Ética e organizações

No final do século XX e início do XXI o sentimento anticorporação surgiu em várioslocais do mundo e tornou-se parte da atenção de movimentos sociais e assuntofrequentena mídia, conforme nos indica Borges, Medeiros e Casado (2009).
Estas reflexões também invadiram a tradicional escola de negóciosa Harvard Business School (HBS), para discutir sobre as responsabilidades das escolas na formação educacional dos futuros gestores.
Sob o título How To Fix Business School, a Harvard BusinessReview (HBS) abriu um fórum online para promover o diálogo entre especialistas, executivos, estudantes e leitores, durante cinco semanas, nos meses de abril a maio de 2009. Um dos objetivos do fórum [...] é (re)discutir a responsabilidade das escolas de negócios em eventos que marcaram as últimas décadas: escândalos corporativos e crise financeira [...] Uma das questões de destaque desse debate avalia se a crise econômica foi o resultado das ações de alguns executivos não éticos, ou se ela foi causada por algo de natureza sistêmica presente na educação que esses executivos receberam” (BORGES, MEDEIROS e CASADO, 2009, p.535).

Ainda, seguindo as palavras das autoras citadas, nas últimas décadas diversos autores questionaram sobre a preparação da nova geração de gestoresque ocupará posições de decisão na hierarquia das organizações tanto do setor público quanto privado.

A visão instrumental e racionalizante que caracteriza o modelo de gestão predominante na sociedade contemporânea transcende o espaço organizacional e está presente nas relações sociais em geral [..] Teorias que não consideram quaisquer comparações entre o que é certo ou errado são propagadas, ideologicamente,nas escolas de negócios, conforme Ghoshal (2005, p. 76), o que despoja os estudantes de qualquer senso de responsabilidade moral (BORGES, MEDEIROS e CASADO, 2009, p. 535).

Ainda, de acordo com as autoras, podem-se destacar dois fatores no comportamento do administrador, a “moral muda” e o "homem-camaleão".
No que se refere ao primeiro fator as autoras explicam que “Estas tensões levam ao que Bird e Waters (1987) descreveram como “a moral muda” dos administradores, ou seja, estes evitam falar sobre questões morais para evitar confrontos e manter a harmonia nas relações entre os diversos públicos”.
Em relação ao "homem-camaleão" as autoras citam o estudo de Caldas e Tonelli (2000) in Borges, Medeiros e Casado:

Uma nova personalidade que se move mais pela reação, apresentando comportamento mimético que imita as “personalidades” mais valorizadas. Este indivíduo tende a ser mais submisso ao lidar com a incerteza no ambiente organizacional e é dominado pela ansiedade. Ele tem propensão a seguir tendências e experimentar novidades e técnicas da moda (BORGES, MEDEIROS e CASADO, 2009, p. 536).

A distinção entre as dimensões moral e ética é abordada por Zilbersztajn (2002)considerando a primeira como um ato individual e a segunda como um princípio organizacional [...] define ética como "uma tentativa de sistematizar as noções correntes de certo e errado, com base em algum princípio básico".
Mesmo que a questão do relativismo ético pudesse ser resolvida a partir de um padrão cultural comum, caberia perguntar como as organizações podem ser incentivadas a adotar padrões éticos. Se o comportamento aético adiciona custos às transações, por nem sempre ser alcançada a cooperação voluntária, quais são as prescrições que podem ser feitas para mitigar o problema, seja na esfera privada, seja na pública? Como as sociedades, e dentro delas as organizações, podem ser induzidas a incorporar princípios éticos? (ZYLBERSZTAJN, 2002)
            Com a mesma perspectiva, pode-se questionar então, como os cursos de preparação profissional podem induzir e incorporar princípios éticos aos futuros profissionais?

Teoria das representações sociais – Moscovici

Sempre necessitamos saber o que temos a ver com o mundo que nos cerca. De acordo com Jodelet (1989) é necessário ajustar-se, conduzir-se, localizar-se física ou intelectualmente, identificar e resolver problemas que ele põe. Eis porque construímos representações. E, da mesma forma que, ante as coisas, pessoas, eventos ou ideias, não somos equipados apenas com automatismos, igualmente não somos isolados em um vazio social: compartilhamos o mundo com outros, neles nos apoiamos — às vezes convergindo; outras, divergindo — para o compreender, o gerenciar ou o afrontar. Por isso as representações são sociais e são tão importantes na vida cotidiana. Elas nos guiam na maneira de nomear e definir em conjunto os diferentes aspectos de nossa realidade cotidiana, na maneira de interpretá-los, estatuí-los e, se for o caso, de tomar uma posição a respeito e defendê-la.Com as representações sociais tratamos fenômenos diretamente observáveis ou reconstruídos por um trabalho científico. Esses fenômenos tornaram-se, depois de alguns anos, um objeto central das ciências humanas.
O conceito de representações sociais nos chegou através de Durkheim. Porém a visão de outros autores contemporâneos, como Moscovici difere: propõe considerar a representação social um fenômeno, antes visto como um conceito.
A teoria das representações sociais apresenta-se como um novo movimento teórico-metodológico. Na década de 1960, Moscovici, apresenta sua obra La psychanalyse: son image et son public, onde iniciou os estudos de representações através da psicanálise. Nesta fase surgem questões investigativas decorrentes de seu estudo: como o homem constrói a realidade, e como o conhecimento científico é tratado e utilizado pelo homem comum. Como estas ocorrências eram apropriadas e através dos processos de comunicação eram transformadas em representações sociais, ou seja, no deslocamento do universo reificado para o universo consensual. Difere, entretanto, da psicologia social que é centrada nos processos psicológicos e não nos sociais, ou ainda dissociados do contexto histórico, enquanto na teoria das representações sociais este fator é relevante.
A representação social pode ser entendida como um conjunto de proposições e explicações da vida cotidiana durante a comunicação interindividual.Poderia ainda ser comparada na sociedade contemporânea aos mitos e crenças nas sociedades tradicionais, ou uma versão moderna do senso comum (MOSCOVICI, 2013).
O primeiro passo foi dado por Piaget ao estudar a representação do mundo da criança. Para o autor, Moscovici (2013), existe necessidade contínua de re-construir o “senso-comum”. Se as representações coletivas se constituem em um instrumento explanatório e se referem a uma classe geral de ideias e crenças para o autor são fenômenos que necessitam ser descritos e explicados, estes fenômenos estão relacionados com um modo particular de compreender e se comunicar (um modo que cria tanto a realidade como o senso comum), desta forma usando o termo social em vez de coletivo (MOSCOVICI, 2013, p. 49).
Interessa discutir o lugar que as representações sociais ocupam em uma sociedade pensante, antes uma esfera sagrada e uma esfera profana. Agora em universos consensuais (visível, humano) e reificados (sistemas de entidades sólidas, desiguais).No universo consensual a sociedade é vista como um grupo de pessoas livres e iguais com possibilidade de falar em nome do grupo. O pensar é feito em voz alta.
De acordo com o autor supracitado, de fato, percebemos um mundo em que de um extremo estamos familiarizados com coisas feitas pelo homem e por outras coisas que nunca veremos como partículas ou genes. Desta forma quando nos encontramos em um dilema onde necessitamos de um ou outro signo para distinguir uma representação de outra, ou uma representação do que ela representa, um signo que nos dirá: “esta  é (ou não) uma representação”.
Acolhe-se a Teoria das representações sociais de Moscovici, como apoio para a discussão do trabalho entendendo-se que a ideia de realidade social é tanto física quanto imaginária e que os sujeitos representam os fatos de acordo com as circunstâncias contextuais e cotidianas, pois existem como elemento de uma rede social que criam individual ou coletivamente representações para suas expressões e ações.
É sobre este referencial e contexto, que a análise deste estudo se propõe: a ética e a competitividade assumem quais papéis de representações sociais na percepção dos alunos do curso de COMEX. Como estas representações influenciam a tomada de decisões dos futuros profissionais, a partir deste universo de conteúdos disciplinares em conjunto com sua prática profissional. Significa dizer, de acordo com o autor, que não conseguimos informações que não tenham sido distorcidas por representações superimpostas. Nossa predisposição genética herdada, as imagens e hábitos que aprendemos, a cultura, tudo isso se junta para dar sentido aos objetos e pessoas em uma cadeia de percepções. Deve-se neste momento olhar o entorno do aluno quanto imposições (conscientes ou não) do meio.

Procedimentos metodológicos e Análise dos resultados

Sem pretensão de generalizar opiniões, porém com iniciativa de proceder a análise sobre a representação social que os alunos formandos do curso de COMEX demonstram em relação à ética e a competitividade no mundo do trabalho, optou-se pelo estudo exploratório e descritivo (GIL, 2007). Além desta classificação o estudo trata de um estudo de caso.
Levando como apoio conceitos de prática de gestão, de ética e a teoria de representações sociais para olhar o curso com suas características, obteve-se através da aplicação de instrumento de coleta de dados como o questionário, algumas inferências que nos auxiliam enquanto estratégia educacional e também como conhecedores de uma realidade que apesar de já explorada, pouco alterada. O fenômeno, o objeto e os sujeitos da pesquisa: o problema da ética nas organizações, a representação social da ética e os alunos do curso de administração com linha de formação em Comércio Exterior são destacados (SÁ, 1998).
O questionário foi aplicado para os alunos do curso mencionado, com amostra por acessibilidade, no período de janeiro a março de 2015, pelo aplicativo on line do google docs, sem identificação do aluno. A turma de 2015 é composta por 23 alunos dos quais 12 foram os respondentes.
Aqui ressaltamos que um número reduzido de respondentes pode levar à fragilidade da análise, porém como mencionado não pretendemos uma análise linear, dogmática ou definitiva, mas uma reflexão sobre o tema. A turma de 2016 é composta por 30 alunos, dos quais 24 respondentes. O instrumento foi distribuído em 09 perguntas fechadas e 01 aberta, procurou-se investigar quais eram as percepções que o aluno apresenta no que se refere à ética e competitividade, frente aos conteúdos estudados ao longo dos 04 anos de curso. Ainda a verificação de que, a partir dos conteúdos ministrados, o aluno apresenta indícios de que no mundo do trabalho a ética, a moral, a questão social, seja priorizada nas tomadas de decisões e práticas de gestão.

Resultados

Apresentam-se os resultados por meio de gráficos, conforme as respostas obtidas da aplicação do questionário aplicado nas turmas de formandos dos anos de 2015 e 2016, no curso de COMEX, conforme descrito na metodologia. As perguntas estão guiando algumas hipóteses para inferências sobre a investigação.

  • Você acha que o mundo corporativo, ou seja, o mercado de trabalho, da sua área de atuação é diretamente ligado à ética ou à competitividade?

Compreende-se que neste caso, a ligação do trabalho do administrador exclusivamente com ética não aparece, mas sim a ética em conjunto com a competitividade (67%) e que especificamente para o entendimento dos alunos não seriam opostos. Ainda temos a aparição de 33% da percepção da ligação do ambiente de trabalho do administrador exclusivamente à competitividade. Na questão seguinte observa-se que no entendimento acadêmico as disciplinas que contêm temas sociais são insuficientes (75%) para as exigências do mundo do trabalho.

  • As disciplinas que aboradaram os temas ética, sociedade ou política,durante o curso foram:
  • Nas disciplinas estudadas no curso, a tomada de decisão deve levar em conta:

As decisões aparecem pautadas na relação custo x benefício em torno de 70% das vezes, e a ética em nada pesa nestas contribuições.

  • Na prática, em seu ambiente corporativo você:

Aparentemente, o ambiente empresarial dita as normas pelas quais os colaboradores reproduzem, sem contestações, na maioria das vezes (50%) as atividades de gestão. Moscovici (2013) atenta para a prescrição da representação social como uma força impositiva, tudo o que está colocado antes mesmo de iniciarmos a pensar. Portanto, o ambiente em que está inserido o aluno já traz consigo algumas representações em relação ao comportamento do funcionário em uma organização.

  • A competitividade é mais importante que a ética?

Na questão 5, temos a percepção de que a ética aparece simbolicamente ao aluno como uma restrição à competitividade, ao desenvolvimento organizacional. Ou ainda, atores antagônicos à mesma cena. Para superar o colonialismo e desenvolver a consciência crítica, um grupo social deve refletir sobre os condicionamentos históricos e conduzir-se diante deste conhecimento como sujeito, nos ensina Guerreiro Ramos (1996, p.48). O mesmo pensamento é compartilhado com Freire (1982, p. 27 apud GUIMARÃES, 2009):

[...].o ato de estudar, ato difícil, exige a presença curiosa do sujeito face ao mundo e demanda uma ação transformadora sobre a realidade.

  • Você sente-se seguro em discutir, analisar e decidir sobre situações em que as estratégias políticas ou sociais permeiam as tomadas de decisões?
  • Após o curso você está apto para interferir nas políticas sociais de sua região?

Nas questão 6, a maioria dos alunos declara estar seguro em tomar decisões gerenciais que envolvam o cenário político e social, porém inseguros quanto à sua colaboração na sociedade, o que revela a fragilidade do entendimento ou percepção dos alunos quanto a significação da colaboração social. Este contraponto fica mais claro na questão 7.

  • O curso foi fator motivador para seu desenvolvimento ético, social e político?
  • O curso oferece bom referencial para o desenvolvimento técnico profissional?

Nas questões 8 e 9 os alunos manifestam que o curso foi pouco motivador para seu desenvolvimento ético, social e político, e mediano na preparação técnica. Estas questões nos remetem ao resgate do planejamento do projeto pedagógico: desenvolver tanto a questão humanística quanto técnica.
Neste momento é possível uma reflexão, quando o foco ou identidade do curso não é bem definida ou explicitada, transfere-se ao aluno a mesma dualidade. Neste caminho aponta Abric(apud Franco, 2004) que apenas o conhecimento de um conteúdo, diríamos “técnico”, não é suficiente. O que realmente fornece consistência e relevância aos conteúdos disciplinares é a sua forma de organização, sua significação, mas essencialmente seu sentido.
A última pergunta, aberta, solicita a citação de duas palavras que definam práticas de gestão. A palavra ética aparece duas vezes, e as mais citadas foram liderança e competência.

Conclusões

Amplo escopo de possibilidades abre-se para a investigação das relações éticas na sociedade, em especial em países cujas instituições legais são frágeis. Compreender melhor a arquitetura dos contratos implícitos que regem as relações entre as organizações pode ser a chave para o avanço da investigação.
Em relação ao ensino, a retomada do tema da ética nos programas das escolas de Administração, pode trazer importante contribuição, em especial para os países em transição. Finalmente, é perceptível que, não necessariamente movidas por atitudes benignas e cooperativas, mas para manter o seu valor de reputação, as organizações tendam a preocupar-se crescentemente com o tema. Tanto as organizações privadas como os organismos públicos e as organizações não-governamentais terão, então, a sinalização das vantagens a serem colhidas no longo prazo.
Apontamentos no PPC do curso em análise norteavamequilíbrio entre todos os posicionamentos, necessidades, especificidades regionais e globais (internacionalização), preocupando-se com que o egresso não fosse literalmente “jogado”na prática profissional sem uma preparação mais acentuada com a sua formação quantitativa e financeira, mas também uma forte formação humanística. No texto deste documento mostra-se nítida a relevância e o esforço que se apresentava teoricamente aos alunos para que sua formação holística :técnico, tecnológico,social, político e humanístico, nas palavras do documento, fossem executados. Ainda pode-se destacar que

Pela interdisciplinaridade procura-se organizar um currículo que vá além da mera justaposição de disciplinas, mas sim propiciar um diálogo permanente com outros conhecimentos, transversalmente na medida do possível, objetivando a constituição de identidades que integrem conhecimento, competências e alguns valores que permitam o exercício da cidadania, da responsabilidade social e sua inserção flexível no mundo do trabalho (UEPG, 2006).

No entanto, a operacionalização das propostas indicam que ainda o êxito não foi alcançado ou que as estratégias do curso mudaram sem delineamentos concretos e analíticos. Esta operacionalização depende de uma série de elementos que tenham objetivos comuns e que possuam identidade com o que está posto. Talvez uma nova proposta de trabalho, contemplando o “holístico” deva ser desenvolvido como princípios orientadores do curso.
A noção que nos apresenta em alguns âmbitos é que, de acordo com estudos de Faria (apud BORGES, MEDEIROS e CASADO, 2011, p. 536)

Competição e eficácia estão acima da valorização do sujeito e dos valores democráticos vigentes na sociedade. Ele identificou uma lacuna entre "o que deve ser" e o que de "fato é" no mundo corporativo. Como se, para ser competitivo, segundo a lógica de mercado, o gestor pudesse seguir uma "outra moral" e devesse ser julgado por critérios diferentes daqueles válidos para a sociedade em geral.

É esta lógica, enviesada, que devemos afastar de nossas práticas educacionais reavaliando novas situações.
Nem sempre o que foi apresentado, mesmo de forma preliminar, é verdade absoluta, ao contrário. Não entendemos nesta proposta que a generalização seja genuína nem engenhosa, mas aponta-se para uma lacuna sobre a fragilidade da concepção da ética na amostra registrada, e algo tão importante quanto: a articulação, integração entre docentes e o foco do Projeto Pedagógico do curso, de forma que este entendimento poderá determinar o sucesso da operacionalização didática. Vemos em muitos projetos dos cursos de Administração a tentativa de formar cidadãos que interfiram na sociedade, porém, na prática esse contexto nos parece distante da real articulação exigida entre as disciplinas.
Portanto, cabe a reflexão crítica pela academia, acerca do tema proposto. Nas palavras de Moscovici (2013 p. 105), “o que se requer é que examinemos o aspecto simbólico de nossos relacionamentos e dos universos consensuais em que nós habitamos, e significar implica, por definição, que pelo menos duas pessoas compartilhem uma linguagem comum, valores comuns e memórias comuns”.

Referências

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* Possui graduação em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1994), mestrado em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e Doutorado em Educação Física/Ciência do Desporto pela Universidade Estadual de Campinas (2012). Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual de Ponta Grossa e docente do Mestrado e Douturado Interdisciplinar em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Formação Profissional, atuando principalmente nos seguintes temas: formação profissional, sociologia e representações sociais.

** Possui graduação em Administração pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1997). Mestre em Ciências Sociais Aplicadas, área Instituições Políticas e Políticas Públicas no Brasil, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2004). Doutoranda em Ciências Sociais, linha História, Cultura e Cidadania. Atualmente é professora assistente da Universidade Estadual de Ponta Grossa nos cursos de Administração, Comércio Exterior e Ciências Contábeis. Tem experiência na área de Administração e Administração Pública.


Recibido: 24/05/2016 Aceptado: 22/07/2016 Publicado: Julio de 2016

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