BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

A UTOPIA NEGATIVA: LEITURAS DE SOCIOLOGIA DA LITERATURA

Jacob J. Lumier




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Individualismo e Reificação:

Sobre a ética do escritor, a ironia e

O problema estético do gênero romanesco.

Coeficiente de realidade do indivíduo

A sociologia dos personagens se integra no âmbito de uma pesquisa mais ampla sobre a existência possível de uma homologia entre a história das estruturas reificacionais e a das estruturas romanescas.

A sociologia da literatura se desenvolveu impulsionada pelos debates em torno do romance e sua origem na cul-tura gerada pela burguesia. Nesses debates sobressai o problema da natureza das transformações sociais que efetivamente provocaram ou fizeram sentir como neces-sária a criação de uma forma romanesca nova. Tal a análi-se da correlação entre o mundo romanesco do persona-gem em suas relações com os objetos figurados, por um lado e, por outro lado, as transformações na vida social do século XX. Interesse de análise este provocado, depois de Balzac e Stendhal, pela acentuada dificuldade reconhe-cida junto aos autores contemporâneos em descrever a biografia e a psicologia do personagem, sem limitar-se ao anedótico ou ao fato diverso.

Desta forma, os sociólogos buscaram verificar a hipó-tese de que a forma romanesca, como estrutura das rela-ções personagem/objetos no mundo do romance, deva ser compreendida como sendo a mais imediatamente e a mais diretamente ligada às estruturas comportamentais de troca mercantil e de produção para o mercado, na medida em que estas estruturas sociais e econômicas admitem uma psicossociologia particular.

Observando o romance no século XX, constatou-se, por um lado, a transformação da unidade estrutural per-sonagem/objetos como levando não somente ao desapa-recimento mais ou menos acentuado do personagem, mas, correlativamente, acentuando o reforço da autono-mia dos objetos. Constatação esta que logo faz lembrar a observação de que as estruturas auto-reguladoras da e-conomia capitalista levam ao deslocamento progressivo do que Lucien Goldmann chamou coeficiente de reali-dade do indivíduo, cuja autonomia e atividade são transpostas para o objeto inerte .

Como transposição do coeficiente de realidade do indivíduo para o objeto inerte, a reificação é um processus psicológico permanente, agindo secularmente no âmbito da produção para o mercado.

Com efeito, este autor percebeu que o estudo da alte-ração verificada no plano dos personagens literários se integra no âmbito de uma pesquisa mais ampla sobre a existência possível de uma homologia entre a história das estruturas reificacionais e a das estruturas romanescas.


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