ECONOMIA SERGIPANA

Cid Olival Feitosa

Capítulo I – ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIA SERGIPANA

O objetivo deste capítulo é apresentar alguns aspectos do processo de formação econômica do Estado de Sergipe, procurando mostrar, dentro dos traços gerais da economia nordestina, as especificidades inerentes à sua economia. O período de análise será aquele compreendido entre a efetiva ocupação do seu território (século XVI) até a década de sessenta do século XX, quando se encerra a fase de “articulação comercial” da economia nordestina com o mercado nacional.
O capítulo está estruturado em três tópicos. No primeiro, apresenta-se uma síntese da gestação do complexo mercantil escravista em Sergipe e a passagem para o complexo capitalista exportador. No segundo, descrevem-se os impactos que a crise de 1929 trouxe para a economia regional, buscando compreender como Sergipe se inseriu no processo de articulação comercial da economia brasileira. No terceiro tópico, apresentamos o surgimento da indústria sergipana, ressaltando os efeitos (estímulo, bloqueio e/ou destruição) que processo de industrialização do país trouxe para a economia estadual.

Síntese da Formação Econômica

Até o início do século XX, a economia brasileira era caracterizada como um “arquipélago de regiões”, formada por “ilhas” que mantinham laços econômicos bem mais importantes com o exterior do que com as diversas partes do país. Contudo, a literatura econômica normalmente trata a Região Nordeste em seu conjunto, como se fosse um todo homogêneo ou indiferenciado. Araújo (2000e), porém, destaca que embora traços gerais possam ser identificados, a percepção da realidade nordestina exige uma análise mais detalhada acerca das suas diversas sub-regiões, em virtude de seus variados processos de ocupação humana e econômica, sobretudo num momento histórico em que ainda não se manifestava o movimento de “homogeneização1 ” capitalista.
Assim sendo, visando analisar a formação econômica sergipana faremos, inicialmente, uma descrição sumária da economia nordestina, buscando apreender a sua inserção no movimento geral da economia brasileira, para, em seguida, tratarmos do nosso objeto de estudo, a Economia de Sergipe.


1 O termo “homogeneização” aqui empregado diz respeito ao poder que o capital tem de “desfazer” fronteiras territoriais em busca das condições de valorização. Como diz Brandão (2003, p. 50), o capital busca “criar condições básicas universais para o valor se valorizar em termos absolutos e universais, abrindo horizontes e dispondo espaços para a valorização capitalista mais ampla”. Assim, adverte o autor, “a homogeneização não deve ser associada a nenhuma idéia de afinidades ou de solidariedade de uma ‘comunidade’ particular, mas ao movimento universalizante do capital, arrebatando mesmo os espaços mais remotos a um único domínio”.

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