Este texto apresenta uma contextualização geral das dez maiores empresas de biodiesel no Brasil, segundo a ANP (2010) e em seguida sua participação nas diversas regiões brasileiras.
No cenário mundial, o Brasil está entre os maiores produtores e consumidores de biodiesel, tendo no ano de 2009 uma produção de 1,6 bilhões de litros, e uma capacidade instalada, em janeiro de 2010, de cerca de 4,7 bilhões de litros (ANP, 2011). Isto significa que houve crescimento substâncial para a produção do biodiesel em relação à capacidade instalada que as empresas possuem.
Na tabela 1.1 estão relacionadas as 40 maiores empresas com produção efetiva acima de 2.000m³ de biodiesel, autorizadas a produzir e comercializar biodiesel em 2010, conforme dados levantados junto a ANP (2011). Esta tabela foi construída a partir da soma das produções de todas as unidades produtoras pertencentes às dez empresas como, por exemplo: Granol com 3 (três) unidades produtoras, Petrobrás com 3 (três) unidades produtoras, Caramuru com 2 (duas) unidades produtoras, BSbios com 2 (duas) unidades produtoras, e Brasilecodiesel com 6 (seis) unidades produtoras, as demais empresas com apenas uma unidade produtora. Essa metodologia de elaboração da tabela em questão, a faz diferente da tabela apresentada pela ANP que computou somente a produção efetiva. O Gráfico 1.1 demonstra que a diferença entre a capacidade instalada e a produção efetiva, ou seja, a ociosidade é maior que a produção em todas as regiões, sendo que na Região Norte do País, a diferença é menor em relação ao que foi detectada nas outras regiões.
A Região Nordeste, proporcionalmente, foi a que apresentou maior diferença entre a capacidade instalada e a produção efetiva em termos percentuais. Em relação às outras regiões, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, pode-se observar a possibilidade de dobrar a atual produção brasileira de biodiesel que foi de 2.396.955m³ em 2010, segundo a ANP (2011).
As diferenças encontradas na relação entre capacidade instalada e a produção efetiva têm principais causas as estratégias mercadológica de cada empresa e condições de obtenção de matérias primas e logística de distribuição. O Presidente executivo do grupo Fiagril, o senhor Miguel Vaz, afirma que tem acesso a uma matéria-prima mais barata por estar no Mato Grosso, mas mesmo assim os preços do leilão são abaixo do esperado porque a concorrência é muito grande. Poderíamos pensar em investir em uma nova planta, mas agora os aportes estão mais cautelosos, sem uma perspectiva de médio e longo prazo definida (BIODIESELBR, 2011).
As empresas aguardam uma possível negociação com o governo a respeito de um novo patamar para além da mistura obrigatória de 5% o chamado B5. As estruturas industriais atuais podem suportar esse possível aumento, porém, deve-se levar em conta a capacidade de fornecimento da rede de fornecedores. Para isso é necessário revitalizar a logística de distribuição desse produto. Na figura 1.1 se observa a dispersão das usinas de biodiesel pelo território brasileiro.
Na tabela 1.2 apresenta a relação da produção de grãos de cada Região, exemplificando a produção de soja em relação à produção efetiva de biodiesel. Sendo esta a matéria-prima mais utilizada pelos produtores de biodiesel, sua produção guarda uma relação direta com a localização das usinas.
A Região que apresenta a maior oferta de soja e biodiesel é o Centro-Oeste, que coincidentemente, também, apresenta o maior número de usinas de biodiesel instaladas.
Tabela 1.2 Produção de Soja versus Produção efetiva de biodiesel por Região em 2010.
Região |
Produção de Soja |
(%) |
Produção efetiva |
(%) |
Norte |
1.691,7 |
2,46 |
93.881 |
4,17 |
Nordeste |
5.309,5 |
7,73 |
186.297 |
8,28 |
Centro-Oeste |
31.586,7 |
46,00 |
870.680 |
38,70 |
Sudeste |
4.457,6 |
6,49 |
423.124 |
18,80 |
Sul |
25.642,7 |
37,32 |
675.668 |
30,05 |
Brasil |
68.688,2 |
100,00 |
2.249.650 |
100,00 |
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da ANP (2010) e CONAB (2009/2010)
Esta Tabela 1,2 apresenta que a menor quantidade esta na Região Norte com 93.881m³ de biodiesel produzido e também a menor quantidade de produção de soja. Esta oleaginosa se destaca na produção de biodiesel por ter sua cadeia de produção já desenvolvida, principalmente quanto à logística de transporte.
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