Para saber o grau de desenvolvimento do local, utilizaram-se alguns índices para verificar o desempenho econômico e social e melhorar a qualidade de vida da população, da economia e do meio ambiente, em uma localidade. O primeiro índice que se trabalhou foi o “Índice de Pobreza de Fishlow” (SOUSA, 1977), que demonstra o nível de desenvolvimento ou subdesenvolvimento de um local.
Tal índice é uma função crescente do salário da população de uma região, cuja função pode ser comparada com outras diferentes; assim, dado um certo nível de salário mínimo, pode-se calcular o quanto será redistribuído aos que ganham menos do que este nível; daí, estimarem-se os que ganham menos àquele nível de salário estipulado; depois, calcula-se o rendimento dos pobres àquele nível; também o salário da classe de altos rendimentos a ser transferida para os de baixo salário; finalmente, calculam-se o salário da classe alta e o índice de pobreza de tal localidade.
Outro índice importante na medição de grau desenvolvimento local é concernente ao índice de qualidade de vida; assim aparece o de Villota (1981), onde ele orienta sobre os aspectos mais elementares da qualidade de vida de um ser humano, ao incorporar em sua fórmula a esperança de vida ao nascer, a mortalidade infantil e o grau de alfabetização da população, que explica a forma de acumulação de capital humano, ao envolver benefícios e custos em tal processo.
Na fórmula se apresentam as seguintes informações em termos de índices que participarão de uma maneira geral; para o primeiro caso, o Índice de esperança de vida ao nascer, daí que:
= 0, si a esperança de vida no ano é de 38 anos;
= 100, si a esperança de vida no ano é de 77 anos.
= 0, si a taxa de mortalidade infantil é de, 229 mortos por 1.000 nascidos vivos.
A fórmula para o índice dos dados de esperança de vida no ano de nascer, como o primeiro indicador, é:
Para o segundo caso, vem o Índice de mortalidade infantil, dado da seguinte maneira:
= 100, si a taxa de mortalidade infantil é de 7 mortos por 1.000 nascidos vivos.
Para se obter os valores de segundo índice, a fórmula é:
A taxa de alfabetização denota a porcentagem da população maior de 15 anos que sabe ler e escrever; portanto, pode se passar automaticamente ao índice do terceiro indicador designado por:
Em fim, o Índice de qualidade de vida (IQV) define-se como a média aritmética simples dos índices de indicadores. De tal maneira que:
Sendo:
- índice de esperança de vida no ano de nascer.
- índice da taxa de mortalidade infantil.
- índice (taxa) de alfabetização.
O IQV estará compreendido entre zero e cem. A ponderação explícita é igual para os três indicadores-componentes; ela depende da maneira como se constrói a escala.
Um terceiro índice que foi utilizado é o de desenvolvimento humano, que faz parte da metodologia de Delgado e Feijó (2007), composto de esperança de vida, educação e produto interno bruto, cujo índice fica representado pela seguinte fórmula:
Esse índice oscila entre 0 e 1, pois para esperança de vida ao nascer o IDH utiliza o mínimo de 25 anos e um máximo de 80 anos; para a componente educação o mínimo é de 0 e seu máximo é 100%; e, para o nível de renda tem-se 100 no mínimo e 40.000 no máximo U$ para o PIB PPA per capita.
Um quarto índice importante é o de Sicsú & Crocco (2003) que analisa a questão da localização de um empreendimento frente às variáveis que denotam a distribuição no local, no caso salário frente à população. Para este trabalho o índice de distribuição espacial ficou estabelecido da seguinte forma:
Esse índice relata a quantidade de assalariados no município (SALlocal) com relação à microrregião (SALmicrorregional) distribuído pela população local (POPlocal) pela microrregional (POPmicrorregional); isto indica se há uma distribuição concentrada, ou desconcentrada, ou se está uniforme; ao mesmo tempo indica uma carência ou excesso dentro da localidade.
Esse índice quando se apresentar maior do que a unidade significa dizer que o município possui uma quantidade de assalariados, ad hoc, em relação ao total microrregional, mais que proporcional ao tamanho da população local, frente à microrregião. Em termos de desenvolvimento econômico, isto quer dizer, é uma sociedade que possui uma distribuição salarial acima da média, mas concentrada.
Quanto ao índice com valor menor que a unidade, infere-se que o município possui uma quantidade de assalariados em relação ao total da microrregião, menos que proporcional ao tamanho da população do local, em relação à microrregional, assim pode ser considerado um município com nível de assalariado abaixo da média, carente de assalariamento por habitante e isto cria dificuldades para o desenvolvimento local.
Para Castro e Nascimento (2007) em seu Índice de Desenvolvimento Turístico (IDT), verifica-se um primeiro índice que trabalha os benefícios do turismo para o local (DE) é caracterizado por: a) DE1 é a proporção do número de vagas de trabalho geradas pelo turismo ocupadas pela população tradicionalmente da localidade; b) DE2 é a proporção da renda dos trabalhadores tradicionalmente locais ocupados no setor turístico em relação á renda geral de todos na atividade turística; c) DE3 é a proporção do número total de empresas ligadas ao turismo de propriedade de pessoas tradicionalmente locais.
Assim, ;
Um segundo índice explica a infra-estrutura local, que é: a) IB1 é a proporção dos indivíduos de um determinado território que não sofreram algum tipo de violência, em um período de tempo determinado; b) IB2 é a proporção total do lixo produzido no território que é dada uma destinação final adequada; e c) IB3 é a proporção total do volume de esgoto produzido por dia que é dado tratamento certo.
Portanto, ;
Um terceiro índice explica a preservação do meio ambiente natural, histórico e cultural, calculado pela proporção de participação relativa no total das despesas públicas com a manutenção, preservação e valorização da identidade cultural do território e do patrimônio histórico e natural somado aos gastos ligados diretamente com o turismo.
Daí, ; finalmente,
Esses sub-índices se congregam em um índice geral que denota o nível em que se encontra o turismo numa localidade.
Portanto, . Quanto mais próximo da unidade, melhor é o Índice do turismo no território em questão.
Essas técnicas de trabalho foram utilizadas para indicar o nível de desenvolvimento ou atraso do Cariri Paraibano; assim formular estratégias que melhorem o processo de desenvolvimento local e sair do atraso. Os dados que foram coletados para uso nas fórmulas, estão no site do IBGE, divulgação municipal pela Federação das Associações de Municípios da Paraíba (FAMUP); internet, cidade@) e revistas ou teses sobre o assunto.
En eumed.net: |
1647 - Investigaciones socioambientales, educativas y humanísticas para el medio rural Por: Miguel Ángel Sámano Rentería y Ramón Rivera Espinosa. (Coordinadores) Este libro es producto del trabajo desarrollado por un grupo interdisciplinario de investigadores integrantes del Instituto de Investigaciones Socioambientales, Educativas y Humanísticas para el Medio Rural (IISEHMER). Libro gratis |
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