A CRISE MUNDIAL E OS IMPACTOS NA ECONOMIA FLORESTAL DO ESTADO DO PARÁ-AMAZONIA-BRASIL.

Regio Pantoja Da Silva
Heriberto Wagner Amanjás Pena

1.4. Aspectos socioambientais do setor florestal

Tamanho desenvolvimento se deu à custa de muita degradação do planeta e em ritmo tão acelerado que a natureza não consegue mais repor seus insumos na mesma proporcionalidade. Atualmente o mundo clama por ações e desenvolvimento de teorias e sistemas em prol da preservação do meio ambiente e de um novo modelo pautado em práticas sustentáveis.
Visto por algumas empresas como custo ou despesas e por outras, como oportunidade de melhorar e expandir seus negócios, e desta maneira sendo usado como estratégia para expandir seus negócios e ao mesmo tempo melhorar se marketing de boas práticas de sustentabilidade, preservando ou otimizando o consumo dos recursos naturais, as empresas a investir mais e melhor nesta área, sobretudo com o intuito de gerar uma nova visão e uma nova maneira e se “pensar” a sociedade no que se refere às questões ambientais e de desenvolvimento sustentável.
Contudo, a devastação em torno dos recursos florestais na Amazônia, vem gerando forte pressão da comunidade internacional, bem como as recentes catástrofes naturais nas áreas urbanas em função das alterações climáticas, que acaba por repercutir negativamente no exterior e acirra o debate entre a sociedade civil organizada, levou o governo brasileiro a introduzir modificações importantes na legislação ambiental, com polêmicos debates entre a ala ruralista e a ala dos ambientalistas.
O fato é que o Brasil possui umas das legislações ambientais mais modernas do mundo. De acordo com Berta Bercker (2004, pag.130) “o modelo socioambiental não como solução geral para desenvolvimento regional, e tampouco como um corpo estranho, mas como uma inovação que deve ser fortalecida mediante sua articulação com as políticas públicas federais, regionais e estaduais.Desafios para sua sustentabilidade são a diversificação da produção, a capacitação dos recursos humanos, a agregação de valor aos produtos florestais e à sua interconectividade, de modo a obter complementaridade”. O interesse comum é o desejo do desenvolvimento e a sustentabilidade social e ambiental que garanta a recuperação de áreas degradadas e criando condições e planejamento do uso do solo para futuras gerações bem estruturadas na cadeia produtiva abrindo novas oportunidades econômicas para a população.
Atualmente a cadeia produtiva florestal, é representada principalmente pelo setor madeireiro, que ocupa posição de destaque na economia paraense na pauta de exportação do estado, sobretudo em função da vocação exportadora do estado e das condições naturais, a exemplo de outros produtos e/ ou commodities.
Apesar da grandeza e da posição de destaque, há de se levar em consideração alguns entraves, que acaba por engessar o setor, estimulando de alguma forma a prática ilegal, como invasões em áreas de manejo pelos chamados “sem tora”, e atraso na liberação dos projetos de planos de manejo florestal, além dos altos encargos trabalhistas e tributários (vale ressaltar que este não é um “privilégio” exclusivo do setor), transmitindo uma imagem negativa perante a sociedade.
De acordo com Bill Drayton, fundador da Ashoka Empreendedores sociais, a sociedade moderna apresenta duas metades: A metade empresarial e a metade social (Melo Neto e Froes, 2002, pag. 79). A metade empresarial é baseada na competição, nas demandas e oportunidades do mercado. É formada por micro, pequenas, médias e grandes empresas, e tem como foco o lucro e o retorno aos seus “stake holders”. Ainda de acordo com Drayton a metade empresarial, por fazer parte de um modelo capitalista, tem apoio incondicional do governo, sendo beneficiado por meio e políticas de qualificação de mão de obra, fomento ao crédito, entre outros. Tais medidas influenciam e colaboram para o fortalecimento da metade empresarial.
Já na metade social, prevalece conceitos diferentes do anterior, como solidariedade, cooperação, parceria, participação e democratização (Melo Neto e Froes, pag. 79). Percebe-se que os valores apresentados na metade social são bastante distintos da metade empresarial. O Estado também contribui para essa distorção, pois de acordo com Drayton, há o investimento equivocado na metade social, criando e colocando em prática políticas públicas populistas e de governo de caráter assistencialistas, clientelistas e eleitoreiras. Daí a necessidade em se criar mecanismos de estímulos às práticas empreendedoras que objetive o desenvolvimento da metade social, sem deixar de desenvolver a metade empresarial de maneira sustentável, ou seja, equacionar as duas metades para dar suporte político, ético e moral.

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