As potencialidades e os recursos para os lazeres turísticos em Miranda do Corvo incluem o património paisagístico associado à Serra da Lousã (onde se destaca um sítio da Rede Natura 2000); o património construído de inspiração religiosa como o Mosteiro de Santa Maria de Semide (classificado como Imóvel de Interesse Público, em 30/01/1993) e o Santuário do Senhor da Serra (em vias de classificação); o artesanato e em particular a olaria, as rendas em fio de algodão fino, a cestaria aproveitando matérias-primas de origem vegetal (castanho, acácia, vime), a latoaria, a tanoaria e a escultura (em pedra); a gastronomia local e regional (designadamente a doçaria conventual e a chanfana); a feira de velharias e os capítulos das confrarias (Cabra Velha, Jeropiga, Vinho, Matança do Porco); as aldeias serranas (Gondramaz, Cadaval e Galhardo); o património natural ligado aos cursos de água (com destaque para o Rio Dueça), à vegetação ribeirinha e aos resquícios dos soutos e carvalhais na Serra da Lousã.
Este quadro de recursos/potencialidades reflecte a diversidade paisagística de Miranda do Corvo e aparece alinhado com alguns dos mais importantes segmentos de mercado do designado turismo alternativo nomeadamente o turismo de natureza, cultural e rural. Contudo, a afirmação do turismo depende da existência de verdadeiros produtos turísticos e nesta óptica a realidade turística de Miranda do Corvo está longe de corresponder ao nível das suas potencialidades. De igual modo, é muito relevante a organização/planeamento e a gestão/articulação das diferentes ofertas.
Para explicitar a importância actual e as tendências evolutivas do turismo em Miranda do Corvo, vamos considerar como matriz de análise as fontes estatísticas oficiais, e os projectos, planos e realizações que nas últimas três décadas deram visibilidade e suscitaram interesse no sentido de atrair investimentos, alicerçar produtos e captar (mais) visitantes.
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