TURISMO E DESENVOLVIMENTO ESTUDOS DE CASO NO CENTRO DE PORTUGAL

Paulo Carvalho

1.2 Oportunidades

O turismo de natureza, de acordo com o Plano Estratégico Nacional de Turismo (2007), faz parte do conjunto de 10 produtos turísticos estratégicos para Portugal, definidos tendo em conta as características do país e o potencial de crescimento do mercado.
De acordo com o já citado estudo da THR, o mercado europeu de turismo de natureza apresentou nos últimos anos um crescimento regular. Em 2004, foram realizados 22 milhões de viagens cuja principal motivação foi usufruir deste produto, correspondendo a 9% do total de viagens realizadas pelos europeus. Para 2015 espera-se que este produto atinja os 43,3 milhões de viagens, o equivalente a um crescimento anual de 7%.
As oportunidades de crescimento estão relacionadas com os seguintes factores: maior e crescente consciência ambiental entre a população dos países emissores; aumento da preferência por áreas envolventes não massificadas como destino de viagem; crescente preferência por férias activas em detrimento de férias passivas (procura de emoções); aumento da procura de experiências com elevado conteúdo de autenticidade e de valores éticos; tirar partido das valências “património e cultura”; forte presença de oferta de viagens de natureza na internet, acessíveis a uma fatia crescente da população.
Existe para este produto uma importante procura secundária. A procura secundária de turismo de natureza é o conjunto das viagens que obedecem a outras motivações principais (sol e praia, touring, etc.) mas nas quais os viajantes realizam, com maior ou menor intensidade, actividades relacionadas com a natureza, quando se encontram no destino (THR, 2006).
Havendo condições para o desenvolver, o turismo de passeio pedestre, enquadrado no âmbito do turismo de natureza, poderá constituir um produto a incrementar no país, com impactos importantes para alguns destinos internos, seja ao nível da sua revitalização, seja ao nível da sua afirmação como destinos turísticos. As regiões definidas como prioritárias para o desenvolvimento do turismo de natureza são os Açores, a Madeira, o Porto e Norte e o Centro (PENT, 2007). As áreas de grande interesse natural e as áreas de montanha são aquelas com maior potencial de desenvolvimento de produtos de turismo de passeio pedestre (Tovar, 2010). O turismo pode mesmo constituir uma oportunidade de as revitalizar, diversificando a sua base de sustentação, uma vez que estas apresentam, muitas vezes, graves problemas económicos e sociais que vão levando à perda de população e abandono dos espaços.
A ideia não é nova e algumas destas áreas, tão importantes como palco das actividades de pedestrianismo organizadas com fins não comerciais, são também destinos turísticos, onde o passeio pedestre assume a componente principal do produto turístico.

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