AS NUANCES DO ATUAL PROCESSO DE INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL: RELAÇÃO DE FORÇAS DO ESTADO E ENTRE OS ESTADOS

Roberto Mauro da Silva Fernandes
Adauto de Oliveira Souza

DOIS ESTADOS E UM PROJETO: Brasil e Bolívia nos rumos da integração

Neste capítulo verificaremos a conjuntura integracionista entre Brasil e Bolívia no início do século XXI, num processo que ganha consistência no período pós-ditaduras, contexto que remonta dos acordos Paz-Sarney em 1988, que levam as negociações sobre o gás natural boliviano, que abrange o movimento cocalero, como também, as questões mais recentes circunscritas as suas fronteiras e a Rodovia Bioceânica (Eixo Brasil-Bolívia-Chile da IIRSA).

Brasil e Bolívia possuem um histórico relacionamento que advêm desde os tempos em que a política externa das nações estava marcada pelas “políticas de fronteira”, linha comum ao período histórico em que esses Estados  possuíam governos de exceção, ganhando novos rumos, com perspectivas estimulantes, no período de globalização. Os dois países criaram um núcleo de permanências nas relações bilaterais que desde finais da década de 1920 se articulam no interior de uma diplomacia econômica com tendência a cooperação.

Os acordos entre Brasil e Bolívia sempre estiveram pautados em questões que giram em torno do petróleo, da resolução dos problemas de infra-estrutura física, das questões concernentes a fronteira, energia e comunicação. Segundo Osmar Ramão Galeano de Souza, “[...] As ações que se estabeleceram entre os dois países passaram a ser articuladas fora dos parâmetros e objetivos estabelecidos pela economia proposta pelos centros maiores (SOUZA, 2004 (c), p.140).
Contudo, os projetos de cooperação circunscritos aos dois Estados a partir da segunda metade da década de 80, não se estabeleceram sob as inspirações puramente locais e paroquiais, atendiam as exigências externas e se orientaram dentro da pauta internacional.

Assim Brasil e Bolívia nesse início de século XXI convergem no sentido da integração, apesar das celeumas características no seio dos seus ambientes estatais, que concomitantemente refletem nas relações dos dois Estados no exterior. Os atritos são conseqüência das fissuras características a formação dos seus quadros sociais, que construíram as suas histórias através de caminhos distintos, que possuem particularidades ainda desconhecidas por ambos os lados.

O processo de integração da América do Sul entre Brasil e Bolívia (como também no contexto geral do continente), além de buscar aglutinações no campo econômico e político, deve também, criar novas possibilidades para que as suas respectivas sociedades (seus povos) se conheçam, para que o “outro” não seja analisado como “maligno”, devemos conhecê-lo, não absolutamente, mas, de uma maneira que seja suficiente para não criarmos realidades infundadas sobre os pares que protagonizam uma nova realidade para a América do Sul: a integração.

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