BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

GOVERNANÇA CORPORATIVA. ESTRATÉGIA DE VALOR EMPRESARIAL

Ísis Mota Krüger y Luciane da Silva Gomes




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CAPITULO IV

4 CASOS DE EMPRESAS QUE ADERIRAM À GOVERNANÇA CORPORATIVA

Atualmente o número de empresas que aderiram à governança corporativa é bastante considerável. Segundo Barros apud Carnier as empresas mostraram que estão conscientes da importância da transparência, a governança passa a desempenhar papel fundamental no lançamento de ações, e já está sendo precificada pelos investidores.

No ano de 2004 foi um ano importante para a governança corporativa no Brasil. Foi o ano em que sete empresas fizeram ofertas públicas iniciais de ações, o maior número em oito anos. Dentre essas, cinco para o Novo Mercado: Natura Cosméticos, Grendene, Dasa-Diagnósticos da América, CPFL Energia e Porto Seguro Seguros e duas no Nível 2 de governança corporativa: ALL – América Latina Logística, que, na época, já era de capital aberto, e Gil Linhas Aéreas Inteligentes. Segundo Carnier (2008) todas elas tiveram valorização de seus papéis, em níveis que chegaram a superar 90% (noventa por cento), com elevada liquidez. Essas empresas planejam novas iniciativas e atraem mais empresas para a idéia de abrir o capital.

Em 2005 eram somente essas sete empresas que faziam parte da listagem do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, enquanto que no Nível 1 eram 31 empresas e 7 no Nível 2 de governança corporativa. Atualmente o cenário da listagem da Bovespa é bastante diferente. No Nível 1 de governança corporativa estão listadas aproximadamente 45 empresas, no Nível 2 estão listadas aproximadamente 20 empresas e no Novo Mercado são mais de 100 empresas listadas. A evolução do pensamento e da maneira de agir das empresas brasileiras está em constante mudança, juntamente com o mercado. As empresas estão dedicando – se mais aos fatores a quem elas dependem.

Analisando as listas da Bovespa nota-se que, a maioria das empresas que estão listadas no Novo Mercado, são empresas que abriram seu capital após o surgimento do Novo mercado da Bovespa, lembrando que são essas as empresas alvo do Novo mercado. Poucas empresas migraram para o Novo Mercado visto que este exige muitas mudanças nas empresas que já estão com suas ações na bolsa. O que facilita para as empresas que entram na bolsa, pois as mudanças já são feitas exatamente como exige o Novo Mercado, como a obrigação das ações ordinárias e sem possibilidade de vender ações preferenciais. Para as empresas que ainda não abriram o capital, lançar somente ações ordinárias é apto.

A governança corporativa também defende os investidores e funcionários em caso de venda de empresas, como a venda da Dixie Toga (líder no setor de embalagens) em 2005 para a norte-americana Bemis. O negócio envolveu a compra de 92,27% das ações ordinárias, mas, por considerar que a empresa brasileira privilegia a governança, a Bemis decidiu manter toda a diretoria da Dixie. Dessa forma, contrariou a praxe nesse tipo de negociação, que prevê a troca de diretores como uma das primeiras providências depois de concluída a venda.

Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Dixie Toga, Thomas Auerbach apud Carnier (2008) uma transação como esta envolve amplo trabalho de due dilligence, em que são levantados todos os dados e procedimentos sobre a empresa a ser adquirida, no caso da venda da Dixie, ao final desse processo não ficou nenhuma pendência. A companhia foi dissecada e os compradores comprovaram que todos os controles, exigidos ou não pela legislação, tinham sido adotados.

Isso levou a Bemis a manter a diretoria da Dixie, pois a companhia mostrou eficiência, alto grau de controle e forneceu ainda informações abundantes e seguras.

Além do levantamento contábil, o levantamento que precedeu a compra da Dixie Toga envolveu a análise do comportamento da empresa em relação a cuidados com o meio ambiente, trabalho social e o procedimento operacional nas fábricas e a Bemis constatou que a Dixie cumpriu todas as normas e que atuaram sempre com base na governança. (Auerbach apud Carnier, 2008)

Segundo Gonzales apud Steinberg (2003) empresas brasileiras como o Itaú, Bradesco e Gerdau têm suas ações mais valorizadas pelo mercado de capitais por causa de suas posturas ligadas a governança corporativa. A nova Lei das Sociedades Anônimas, por exemplo, prevê que, em caso de transferência de controle acionário, os detentores de ações ordinárias recebam 80% do valor pago aos controladores. Mas Gerdau e Itaú resolveram, como uma prática de governança corporativa, igualar os direitos. Já o Bradesco é reconhecido pelo mercado como uma das empresas de maior investimento social no país, com a Fundação Bradesco, que tem mais de quarenta anos. Salientando que, atualmente, nenhuma destas empresas estão na listagem do Novo Mercado da Bovespa, todas estão listadas no Nível 1 de governança corporativa.


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