BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

ENERGIA, ECONOMIA, ROTAS TECNOLÓGICAS. TEXTOS SELECIONADOS

Yolanda Vieira de Abreu y otros




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5.8 SUSTENTABILIDADE

5.8.1 Preço do Serviço X Capacidade de Pagamento

A comunidade tem, hoje, condições de arcar com os custos do serviço desde que utilizem a oficina para seus trabalhos e revendam no mercado o produto. A tabela 05 mostra as possibilidades de utilização da oficina para a produção. Os valores apresentados são os praticados hoje para a venda aos turistas e no mercado das cidades e comunidades vizinhas.

Além da venda dos produtos listados na tabela 05, in natura, a comunidade pode implantar uma micro agroindústria para processamento das frutas extraídas bem como agregar valor a estes produtos pelo processamento. Polpa de frutas, compotas, geléias, e outros produtos artesanais podem ser acrescentados na gama de possibilidades, segundo o cronograma da tabela 06.

A partir de programas para pequenos produtores disponibilizados pelo governo federal, a comunidade pode adquirir equipamentos de refrigeração para conservação da matéria prima, bem como dos produtos processados. Como a energia disponibilizada é toda para a produção. O cronograma da tabela 06 mostra que durante todo o ano há matéria prima para coleta, plantio e processamento.

Como se pode ver a comunidade tem total condição de ser auto-sustentável porque tem como aplicar a energia no processo produtivo e existe mercado para os produtos da comunidade.

5.8.2 Impacto Sobre a Renda Local, Empregos Diretos e Indiretos a Partir da Implantação da Micro Usina

Conforme já apresentado, a renda média da comunidade era cerca de R$ 200,00/mês por família. Dividindo-se o valor total da tabela 05 por 12 meses pode-se ter um valor aproximado de R$ 600,00, adicionado ao valor atual a renda familiar aumenta para R$ 800,00/mês. Há que se considerar que os valores apresentados na tabela 05 representam a capacidade mínima de produção e processamento na oficina comunitária.

Outro aspecto a considerar é que a princípio não há aumento significativo no número de empregos diretos ou indiretos com a instalação da energia porque não se considera o responsável pela O&M e o gestor como empregos porque se está propondo que uma mesma pessoa assuma estas responsabilidades e que não tenha esta atividade como sua atividade principal, mesmo porque a remuneração é somente a título de contribuição. No entanto, aumentando a produção, alguém deverá ser responsável por fazer as negociações, transporte para os centros de comercialização, gerando empregos diretos e indiretos desta atividade. Por outro lado, membros da comunidade que, outrora, tinham tempo ocioso poderão utilizar a oficina comunitária para a produção e aumentar sua renda.

Outro aspecto a considerar é que alguns membros da comunidade têm deixado a região devido à falta de opção, principalmente os filhos e netos que estão tendo acesso à educação formal. A vida agropastoril não lhes parece atrativa porque não propicia acesso aos itens disponíveis nas cidades vizinhas (Mateiros e São Felix). Com a demanda produtiva, estes poderão permanecer na localidade e periodicamente dirigirem-se as cidades como opção de lazer ou de compras de outros produtos que não estão disponíveis na comunidade.

5.8.3 Análise de Viabilidade Econômica

Sob o ponto de vista social e tecnológico este tipo de sistema é totalmente replicável, no entanto sob o ponto de vista econômico nem sempre estes sistemas de geração isolados apresentam-se economicamente viáveis, apesar de ser uma solução quase obrigatória em certas circunstancias. Por tanto fazer uma análise, mesmo que rudimentar de viabilidade econômica se faz necessário para verificar em que situação este tipo de sistema pode ser replicado a contento. Foram adotados dois indicadores básicos VPL e Pay Back. A taxa mínima de atratividade (TMA) adotada foi à mesma que se pagaria em um financiamento em órgãos oficiais para implantação do sistema.

Em geral o BNDS ou BASA na região norte, que disponibiliza dinheiro para este tipo de aplicação apresenta taxas de juros atrativas, com valor médio de 6% a.a.

Considerando TMA=6%, valores cobrados pelo órgão financeiro oficial para este tipo de projeto e via útil de 30 anos, criaram-se os seguintes cenários:

• Cenário 1

– TMA = 6,0%

– VPL = 0

– Recuperando capital investido

– Payback=13,76 anos

– Custo energia: R$ 1,86 /kWh

– Contribuição por família=R$ 165,73

• Cenário 2

– TMA = 0,0%

– VPL = 0

– Recuperando capital investido

– Payback = 8,0 anos

– Custo energia: R$ 1,17 /kWh

– Contribuição por família=R$ 104,57

• Cenário 3

– TMA = 0,0%

– VPL = 0

– Capital inicial a fundo perdido

– Payback = 20 anos

– Custo energia: R$ R$ 0,805483 / kW/h

– Contribuição por família=R$ 64,95 mensais

Esta simples análise mostra que em qualquer situação o projeto é viável economicamente, no entanto, somente no cenário (c) uma comunidade aos moldes da apresentada neste caso terá condições de arcar com o preço do serviço de fornecimento de energia para o processo produtivo. Há que se analisar o custo da implantação de linha de distribuição convencional até estas comunidades.


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