ENERGIA, ECONOMIA, ROTAS TECNOLÓGICAS. TEXTOS SELECIONADOS
Yolanda Vieira de Abreu y otros
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O projeto gerar foi até a comunidade para apoiar o projeto descrito anteriormente. No entanto, a equipe que estava no local desenvolvendo aquele projeto desapareceu e deixou a comunidade sem alternativa para utilizar a energia disponibilizada.
A equipe do projeto decidiu, então, instalar uma casa de farinha na comunidade disponibilizando algumas máquinas. A casa de farinha tem alguns componentes básicos: máquina de ralar mandioca elétrica, prensa manual e forno secador rotativo movido a motor elétrico.
Uma máquina de ralar mandioca com capacidade para 50kg/h A máquina de ralar mandioca já foi levada para a comunidade porque é pequena e leve. A figura 16 mostra dois membros da comunidade utilizando a máquina quando da sua chegada na comunidade.
Como se vê na figura 17 foi disponibilizado para a comunidade uma prensa manual retirada da umidade da massa de mandioca ralada, com capacidade de 1000kg/h.
Um forno secador com misturador elétrico com capacidade de 1.300kg/dia foi disponibilizado na oficina comunitária.
5.7.5 Custo da Geração e Distribuição (kWh)
Os custos de O & M (Operação e Manutenção) foram compostos pelos custos de reposição das baterias, contribuição para o gestor, manutenção dos aerogeradores, substituição dos inversores após sua vida útil ou avaria e um fundo de reserva de 5% do valor dos custos de O & M, arrecadado para garantir eventualidades não previstas. A tabela 03 mostra esta composição.
A tabela 04 mostra a potência e quantidade de energia gerada no sistema.
O custo por kWh cobrado é obtido dividindo-se o custo anual total pela energia produzida anual. Assim:
Valor: R$ 0,805483 / kW/h
Este custo não inclui distribuição, já que a as residências não foram atendidas pelo projeto, somente o processo produtivo.
As residências não foram atendidas devido à grande dispersão o que acarretaria em perdas significativas de potência na rede.
5.7.6 Gestão do Sistema
Para se garantir que a energia será utilizada de forma equitativa ou proporcional por todos os membros da comunidade foi necessário implantar um sistema de gestão. A gestão é feita pela comunidade. A sugestão foi que a comunidade elegesse uma ou duas pessoas para serem treinadas para este fim. Estas pessoas além de fazerem a manutenção periódica do sistema, dentro das possibilidades também seriam responsáveis por gerir o uso da oficina garantindo que todos tivessem acesso a ela de forma equitativa.
Estes gestores são os responsáveis por levantar a tarifa de uso da energia da oficina comunitária. A forma de cobrança foi o sistema de rateio. Cada família terá o direito de usar a oficina e seus equipamentos seguindo uma escala determinada pelos gestores e cada família da comunidade contribuirá com uma parcela fixa mensal, aproximada de R$ 70,00 (setenta reais).
Estes gestores trabalhariam em sistema de escala semanal. Considerando que as horas de trabalho nesta ocupação é bem pequena estes gestores teriam tempo para cuidar dos seus negócios (pastoreio, plantio etc.) e receberiam, a título de contribuição, o valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a ser descontado da sua contribuição para o uso da oficina, já que lês também são produtores. Periodicamente a comunidade pode trocar os gestores através de eleição.
Alternativamente a este sistema, havendo problemas de entendimento na comunidade, pode-se cobrar por tempo de uso da oficina comunitária. Havendo eventos envolvendo toda a comunidade, todos podem ser tarifados ou isentados a critério da própria comunidade, desde que a quantia necessária para a manutenção do sistema, principalmente reposição do Baco de baterias, seja acumulada ao logo do tempo necessário.