BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

ENERGIA, ECONOMIA, ROTAS TECNOLÓGICAS. TEXTOS SELECIONADOS

Yolanda Vieira de Abreu y otros




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1.5.2 Construção e Manutenção do Biodigestor

O custo de construção de um biodigestor é relativamente baixo, podendo oscilar de acordo com a região, tamanho e capacidade de geração. Na tabela 05 estão relacionados os materiais necessários para a construção de um biodigestor de 1,9 metros de profundidade por 1,5 metros de largura e 03 metros de comprimento. O tempo de construção considerando estas proporções é de aproximadamente uma semana.

QUANTIDADE DESCRIÇÃO

02 m³ Areia

01 m³ Brita média

5,5 metros Plástico flexível com pelo menos 2,8 metros de largura

04 unid. Tubo PVC de 03 polegadas

09 unid. Sacos de 50kg de cimento

60 unid. Blocos de cimento (12cmX20cmX40cm)

* Tubo de PVC de ½ polegada (*distância do ponto de uso do Biogás)

02 unid. Tubos de PVC de 3 polegadas com um cotovelo

0,5 metros Corda Grossa

03 unid. Galão semi-preenchidos com areia

A construção inicia-se com a escolha do local, que deverá ser plano e próximo à fonte de biomassa. Escolhido o local faz-se a abertura de um buraco de 1,5 m de largura por 3,0 m de comprimento e 2,0 metros de profundidade. Em seguida, cava-se uma vala com ângulo de 45º para a entrada da biomassa e no lado oposto cava-se outra vala com ângulo de 30º para a saída do biogás. Após este procedimento, prepara-se as paredes do biodigestor com os blocos de cimento, devendo a massa utilizada ser preparada na proporção de 09 sacos de cimento para 02 metros de areia e 01 metro de brita (9:2:1). Ao se preparar as paredes, fixam-se os tubos de entrada e saída, sendo que a tampa de plástico rígido só deverá ser acoplada à estrutura após a secagem de todo o material. Após o final do processo, coloca-se um corta chama no tubo de saída.

Após aproximadamente 20 dias do início de funcionamento do processo tem-se o biogás pronto para ser usado, lembrando que a adição de material no biodigestor deve ser diária para que se possa obter uma produção constante e suficiente para atender as necessidades da propriedade. Para a manutenção do biodigestor é importante considerar dois pontos: o primeiro é verificar constantemente se não há entrada de água de chuvas ou outras fontes, pois isso interfere na produção do biogás, e o segundo ponto consiste na verificação constante dos tubos utilizados a fim de se evitar vazamentos.

A pressão do biogás poderá ser controlada adicionando-se peso (pedras, sacos, etc.) sobre a cúpula, significando que no início do processo a cúpula poderá ficar mais baixa, pois não há grande volume de biogás dentro do biodigestor. Com o aumento da produção de biogás os pesos deverão ser retirados de maneira que a cúpula possa se expandir aumentando o tamanho do reservatório de biogás.

Atualmente existem no mercado diversas empresas que comercializam modelos de biodigestores, que pode variar desde o de alvenaria até os de lona, sendo mais práticos de instalar e utilizar. Com um custo médio de construção variando em torno de R$ 1.500,00, após entrar em funcionamento com apenas dois anos é possível recuperar todo o investimento através da economia na utilização de GLP, eletricidade, pilhas e substituição do uso da lenha.

Uma das grandes vantagens da utilização de biodigestores é que ele pode ser implantado em qualquer propriedade que possua animais para fornecer biomassa para sua alimentação. Este modelo de tecnologia apropriada pode ser dimensionada de acordo com a demanda do agricultor ou pecuarista e sua utilização é recomendada para qualquer tipo ou tamanho de propriedade rural ou em comunidades isoladas, não atendidas pelos sistemas de distribuição de energia.

Já o biofertilizante, sua utilização em solos de baixa fertilidade e intemperizados, típicos do cerrado, resulta em benefícios como a economia com corretivos e adubos químicos, ativação da atividade microbiológica e melhoria na estrutura física, influenciando dentre outros, a capacidade produtiva do solo. Sua aplicação pode ser realizada através de pulverização ou fertirrigação, devendo o produto ser diluído nas proporções de 1:10 (uma parte de biofertilizante e 10 partes de água) com aplicações semanais.

A praticidade na construção, condução e utilização desta tecnologia associada aos benefícios econômicos e ambientais que proporciona, torna este modelo real e aplicável às condições da agricultura familiar e pequenas comunidades rurais, tendo como consequência o aumento da produtividade de lavouras e hortas além da geração alternativa de energia, promovendo assim a melhoria da qualidade de vida da população rural.


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